Capítulo 3 Não Se Preocupe Comigo
-Vai pra casa, Niki. Sua mãe vai ficar preocupada com você.
Jay estava para ser transferido para um quarto onde dividiria com um outro paciente e estava tentando fazer o mais novo ir embora. Se sentia um pouco melhor e não tinha nada que o outro pudesse fazer ali.
Ainda mais com o horário de visitas se encerrando nos próximos minutos e o dia também estava começando a escurecer o que tornada as ruas mais movimentadas e perigosas. Niki, assim como Jay, passava o dia sozinho já que a mãe tinha que trabalhar sendo babá. Os dois podiam fazer o que quiserem por aí desde que não se machucasse.
-Posso ligar para a mamãe e falar que vou demorar um pouco. Só vou quando você estiver no quarto.
Niki era sempre muito insistente e não desistia até que conseguisse o que queria. Apesar de novo ele era muito dedicado com os seus amigos mais velhos sempre cuidando e ajudando da mesma forma que eles faziam consigo.
O loirinho mais novo subiu um pouco junto de Jay e pode ver onde ele iria ficar. Neste mesmo quarto tinha um outro menino que estava usando fones e mantinha os olhos fechados. Seus amigos tinham acabado de sair e não pareciam estar bem.
-Niki, vai. Está tudo bem, ok? Mando mensagem mais tarde e também tenho que falar com os meus pais.
O mais novo se aproximou do outro o abraçando com força e sussurrando para que ele se cuidasse de verdade. Jay o empurrou de leve para que fosse embora e Niki o deixou rindo fraco. Amava o jeito dele ser protetor e sempre cuidar tão bem dos outros.
O garoto deitado na cama ao lado ficou quietinho o tempo todo com exceção de alguns murmúrios que era a música que ele estava escutando ao mesmo tempo que balançava seus pés sobre a cama. Ele parecia com dor e incomodado com algo, mas não fazia nada para mudar tal fato.
O quarto por ser pequeno não tinha muito espaço nele, além de uma pequena estante e do armário que ficava próximo ao banheiro não tinha mais nada por lá. A pequena janela era protegida com uma tela e todo o ambiente era apenas branco e sem qualquer outra cor presente ou um pequeno objeto qualquer que servisse de decoração.
De repente o silêncio foi rompido com uma tosse extremamente forte que assustou Jay que apenas conseguiu observar o outro paciente arrancar os fones com força e correr na direção do banheiro pressionado o peito enquanto continuava tossindo também sentindo um gosto amargo na boca.
O sangue sempre entregava o quão mal ele estava e a tendência era apenas piorar se não aceitasse seguir as regras como deveria.
-Me desculpe por isso.
O outro paciente se arrastou lentamente até a sua cama após se desculpar com Jay mesmo sabendo que não precisava fazer isso. Estar doente não era culpa sua pelo menos em partes já que fumava mais do que tudo e juntando com o histórico de doenças que tinha na sua família era óbvio que algo daria errado em algum momento.
-Você quer que eu chame uma enfermeira pra você ou algo do tipo?-Jay estava pronto para apertar o botão que chamaria a enfermeira, mas o outro negou fracamente.
-Não se preocupe comigo. Isso acontece sempre.
Aos poucos Jay foi caindo no sono e lentamente enquanto o outro paciente ao seu lado também ia fazendo o mesmo, mas secretamente o último pensamento deles foi um ao outro.
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