Parte 8

Nova Iorque despertava sob o calor crescente da primavera, que envolvia a cidade em tons de verde e a enfeitava com a poesia do florescer das flores. O desabrochar tímido impregnava o ar com uma mistura de perfumes, à medida que as árvores se vestiam com folhas novas, dispersando o aroma floral. Era um típico dia primaveril na cidade que nunca dorme.

Miles, após o passeio no parque, encontrava o conforto sob os raios do sol que inundavam o ateliê de Ellie. Lá, ela se dedicava à sua mais recente obra de arte, enquanto uma melodia animada ecoava pelo espaço.

Ellie mordia suavemente o lábio, seus olhos estreitos em total concentração enquanto aplicava com maestria uma camada leve e delicada de azul turquesa no amplo linho estendido diante dela. Um sorriso de satisfação dançava em seus lábios quando apreciou a precisão de cada pincelada. Com cuidado, ela colocou o pincel agora carregado com tinta azul turquesa sobre a mesa lateral. Em seguida, selecionou um pincel com cerdas ligeiramente mais espessas, mergulhando apenas a ponta na tinta azul petróleo da paleta. Ela levou o pincel até a tela, traçando movimentos livres que davam vida a um tranquilo lago, adornado com vitórias-régias e flores de lótus flutuando sobre suas águas.

Ela afastou seu rosto para uma análise minuciosa, deslizando um dos pés do banco e apoiando-o no chão. Seus olhos se perderam na tela, buscando qualquer detalhe que pudesse ter passado despercebido, enquanto murmurava a lírica da melodia "Girls Just Want to Have Fun" que ecoava ao fundo.

— O que você acha, Miles? — Indagou, inclinando o corpo para o lado, esforçando-se para enxergar além da moldura de seu quadro. Miles logo ergueu a cabeça e levantou as orelhas para sua dona, que não pôde conter um sorriso diante da adorável resposta.

Antes que Ellie pudesse ponderar sobre os detalhes que faltavam em sua pintura, a campainha ressoou, enviando um arrepio de excitação por seu corpo. Miles, sempre alerta para visitantes, saltou em resposta e correu do ateliê para investigar quem estava na porta. Ellie também se levantou rapidamente, recolheu todos os pincéis usados, mergulhando-os em um recipiente com água e, em seguida, apanhou o paninho na mesa. Ela cuidadosamente limpou as mãos manchadas de tinta no tecido antes de se dirigir à porta.

Ellie soltou um suspiro profundo, delicadamente ajustando uma mecha solta atrás da orelha, antes de abrir a porta e encontrar, para sua satisfação, o Sargento Barnes do lado de fora.

— Oi, James — cumprimentou, seu sorriso irradiando entusiasmo enquanto pronunciava as palavras.

— Oi, Ellie — murmurou com a voz rouca, deixando escapar uma risada suave. Em seguida, aproximou-se brevemente e deslizou o polegar sobre a bochecha de Ellie, removendo um vestígio de tinta azul turquesa. O toque sutil fazendo o rosto de Ellie aquecer.

Ela o convidou a entrar e o guiou até o último pavimento onde se encontrava o seu ateliê, com Miles seguindo-os de perto. Os olhos azuis de Bucky não perdiam um detalhe enquanto percorriam pelo segundo pavimento, supondo que quarto de Ellie seria por ali. Cada canto revelava detalhes sutis do estilo escandinavo e belas obras de arte coloridas.

Quando ele ergueu os olhos, deparou-se com Ellie subindo as escadas à sua frente. Além do vestígio de tinta branca em suas pernas, outro detalhe chamou sua atenção de maneira irresistível. O shortinho curto e justo que ela usava ousadamente delineava as curvas de sua bunda, desafiando qualquer tentativa de desviar o olhar. Com determinação, ele forçou seus pensamentos a vagar por um território diferente, como um quadro de flores texturizadas e coloridas que dominava uma das paredes no último pavimento, oferecendo refúgio momentâneo para sua mente inquieta.

— Eu só preciso limpar os meus pincéis — ela explicou ao adentrarem o ateliê, enquanto Miles retornava ao seu lugar cativo sob o sol, sobre sua mantinha.

— Tudo bem... — Bucky murmurou, imerso nos detalhes do espaço. Metade do ambiente estava coberta por uma lona acinzentada, protegendo o belo assoalho de carvalho. Lá, um grande cavalete sustentava a pintura em que Ellie trabalhava, acompanhada por uma mesinha repleta de tintas. Ao fundo, uma escrivaninha de madeira sustentava um notebook, enquanto móveis ao redor ofereciam compartimentos organizados para tintas e pincéis.

— Droga... — Ellie murmurou, procurando algo na mesinha ao lado de sua pintura. — Preciso pegar um produto lá embaixo. Eu já volto, fique à vontade — ela avisou e saiu rapidamente do ateliê.

Bucky, então, examinou minuciosamente os detalhes antes de retornar ao local onde havia notado o magnífico quadro no corredor. A obra de arte com uma textura elevada, retratando diversas flores coloridas, iluminada por uma luz especial que enchia o corredor de vida, contrastando com as paredes claras.

Ao explorar cuidadosamente todo o ambiente, seus olhos se depararam com uma parte adjacente ao ateliê, repleta de prateleiras com vários livros. Um sorriso surgiu em seus lábios, e ele se dirigiu ao cômodo, rindo para si mesmo ao descobrir que Ellie também tinha uma biblioteca. Era óbvio.

Bucky explorou o ambiente com passos serenos, observando os detalhes que apresentavam uma estética ligeiramente mais moderna do que a sua. Os móveis de madeira clara exibiam simplicidade em seus traços, exceto pela lareira, elegantemente embutida entre as prateleiras repletas de livros que emanavam uma aura clássica. O frontão em mármore branco com sutis detalhes dourados conferia um toque de elegância. Algumas peças antigas adornavam as prateleiras, como uma máquina de escrever, das mais antigas que já vira, o que parecia ser totalmente a cara de Ellie. Uma vitrola incrivelmente bem conservada também estava presente, acompanhada por várias fotografias antigas dispostas pelas prateleiras.

Sua atenção se voltou para a poltrona próxima à lareira, onde encontrou o título "O Pequeno Príncipe". Ele o pegou e folheou, admirando as ilustrações. Seus olhos, em seguida, se moveram para uma seção das prateleiras dedicada exclusivamente a um tema: borboletas. Desde contos de fadas e poemas sobre borboletas até obras sobre diversas espécies, uma grande parte da estante estava dedicada a esse assunto.

Para ele, tudo à sua volta era inegavelmente "Ellie" — seus gostos, paixões e curiosidades se manifestavam em cada canto do ambiente.

Além dos livros e das antiguidades, algumas fotos antigas chamaram sua atenção, como imagens da construção da Ponte Golden Gate e da antiga Times Square, trazendo à tona lembranças do dia em que visitaram o antiquário e Ellie adquiriu fotos antigas tiradas por desconhecidos. No entanto, uma foto em particular prendeu os olhos azuis, de uma forma estranhamente familiar: uma garotinha de cabelos curtos segurando um bichinho de pelúcia. Bucky mal precisou analisar os detalhes da foto para perceber que o bichinho de pelúcia nas mãos da garotinha era um coelho, como se ele tivesse uma vaga lembrança, como se nas profundezas de sua memória, aquela foto estivesse desencadeando alguma recordação há muito esquecida. Pegando a fotografia para verificar o que havia no verso, ele murmurou o que encontrou escrito com uma bela caligrafia: "Barbie, 1942", em tinta azul.

— É a minha avó — a voz serena de Ellie ecoou por trás de Bucky, fazendo-o se virar para olhá-la.

Um suspiro baixo escapou dos lábios de Ellie antes de ela fixar seu olhar na foto que Bucky segurava, seu rosto exibindo uma expressão tranquila e introspectiva.

— Isso foi no Queens? Na... Unisphere? — Ele perguntou, fazendo uma expressão confusa enquanto tentava identificar o local na fotografia, que mal apresentava detalhes dos arredores, mas algo nela lhe parecia familiar.

— Na verdade, sim — Ellie soltou uma risada, uma melodia estranha que se desviou de sua risada habitual, e depois enfiou as mãos nos bolsos de trás de seu short.

— Desculpa, não quero atrapalhar — murmurou, colocando a fotografia de volta em seu lugar antes de se aproximar de Ellie. — Eu só passei para convidar você para um jantar, quero tentar algo novo... — disse, deixando um sorriso escapar —, e também para avisar que o Sr. Filch me chamou para conversar no abrigo; vou para lá daqui a pouco.

Rapidamente a expressão no rosto de Ellie se iluminou, deixando que um sorriso se desenhasse em seus lábios delicados.

— Isso é maravilhoso, James! E eu adorei o convite... Mas vai ter um evento na galeria hoje, e eu preciso estar lá — disse entre um suspiro. — A menos que você não se importe de eu chegar um pouquinho tarde... — acrescentou, mordendo o lábio inferior para conter um sorriso travesso.

— Parece perfeito para mim — Bucky sorriu e, num gesto impulsivo, segurou o rosto delicado de Ellie entre as mãos e acariciou um beijo no topo de sua cabeça. — Te vejo mais tarde então — murmurou, afastando-se por um instante, levando consigo alguns fios castanhos emaranhados em sua barba.

Ellie sentiu um calor intenso percorrer cada célula do seu corpo com a aproximação e o toque de Bucky. Com delicadeza, segurou os pulsos dele enquanto mantinha seu olhar firme nos olhos azuis profundos e hipnotizantes.

— O que você vai preparar? — Perguntou, o tom genuinamente curioso e animado.

Bucky ponderou sua resposta e se afastou ligeiramente em direção à porta da biblioteca.

— Surpresa — disse com um sorriso divertido e se retirou do cômodo. — Cadê o cão? Vai me seguir até a porta ou vai ficar aí? — Perguntou à distância, enquanto descia as escadas. Ellie logo ouviu o ruído das patas de Miles pelo assoalho, seguindo Bucky, o que a fez rir e revirar os olhos.


. . .



Hm, James... Isto está divino! — Ellie murmurou enquanto saboreava mais uma porção do salmão grelhado, dourado e suculento, que repousava com elegância no centro de um prato de porcelana branca sobre a mesa. O molho de maracujá, com sua tonalidade dourada e cintilante, escorria delicadamente sobre o peixe, enquanto uma suave nuvem aromática se erguia, preenchendo o ambiente com uma combinação de fragrâncias que inebriava os sentidos de Ellie.

Bucky deixou escapar um riso de satisfação e alívio enquanto observava Ellie saborear sua refeição. O brilho em seus olhos ecoava a mesma satisfação que o sorriso cativo em sua expressão. A receita do salmão era relativamente simples, e ele estava sempre ansioso para experimentar seus novos utensílios de cozinha, mas havia uma certa responsabilidade especial em cozinhar para ela.

— Tem mais uma coisa — ele anunciou, levantando-se e atraindo os olhos castanhos consigo enquanto se dirigia à cozinha. Enquanto ele se afastava, ela aproveitou para saborear o delicioso molho de maracujá da ponta de seu indicador.

Uau! — Ellie exclamou com um riso entusiasmado ao vê-lo retornar, segurando com destreza uma garrafa de vinho e um saca-rolhas em uma mão, enquanto a outra equilibrava duas taças de cristal.

— Me disseram que esta era a melhor opção para acompanhar com peixe — Bucky comentou ao colocar as taças e a garrafa de vinho na mesa. Em seguida, ele posicionou o saca-rolhas enquanto segurava a garrafa com a mão de vibranium, retirando a rolha com facilidade.

— Bom, qualquer vinho ficaria perfeito com um prato como este — ela comentou, lendo o rótulo com título em francês em letras douradas. Em seguida, seus olhos castanhos brilhantes acompanharam cada movimento das mãos de Bucky enquanto ele servia o vinho branco nas duas taças, permitindo que o inebriante aroma de frutas exóticas e notas florais sutis pairassem no ar.

— Obrigada, James — Ellie murmurou, umedecendo os lábios antes de pegar a taça.

Os dois brindaram, e antes que Ellie desse o primeiro gole, os olhos azuis se fixaram nela.

— Promete que vai devagar hoje? — Perguntou em tom retórico, provocando Ellie e arrancando uma risada dos lábios delicados.

— Claro... — revirou os olhos, mas não pôde conter o sorriso. Em seguida, deu um gole no delicioso vinho branco francês, que rapidamente cativou seu paladar com uma sinfonia de frutas exóticas. Notas de abacaxi e toranja dançaram em sua língua, e ela tomou outro gole breve para apreciar o sabor doce e natural das frutas, habilmente equilibradas pela refrescante acidez do vinho, que, por sua vez, limpava seu paladar, convidando-a a saborear um novo gole, envolvendo-a em uma experiência memorável.




— Esta parte é interessante, James... Você já tinha visto sua coleção de literatura erótica antes? — Ellie indagou, suas palavras um tanto trêmulas e sua voz com uma tonalidade intrigada enquanto se erguia nas pontas dos pés, acariciando os volumes com a ponta dos dedos, a outra mão segurando sua taça de vinho.

— Sim, e isso já estava na casa, boneca. Eu só... ainda não sei fazer com eles — respondeu, seu olhar atento enquanto apoiava a cabeça na mão, que repousava no encosto do Chesterfield.

Os olhos azuis se embriagavam com a visão à sua frente. Ele adorava ver Ellie em sua biblioteca, fascinado pela maneira como ela se perdia nos títulos e sempre encontrava algo a dizer sobre algum livro antigo que já tinha lido. Amava vê-la naqueles trajes, a saia de couro preta, curta e justa, que abraçava suas curvas, revelando suas belas pernas. A camisa social branca, cuidadosamente enfiada na saia, acrescentava um toque de sofisticação e sensualidade, com alguns botões desabotoados, criando um generoso decote que revelava seu sutiã de renda preta, uma visão que ele não sabia se deveria apreciar abertamente.

— Como você não sabe? — Ela riu, prendendo o olhar nele. Em seguida, com um sorriso travesso, escolheu um dos títulos mais recentes daquela prateleira. — Só tem uma coisa para se fazer com esses livros — declarou com simplicidade, sua fala levemente arrastada, enquanto retornava rapidamente ao sofá, com os olhos azuis dele a acompanhando. — Isso é terrivelmente bom — acrescentou com uma risada, balançando o livro em sua mão antes de tomar o último gole de vinho e, com movimentos um tanto desajeitados, colocou a taça na mesa de centro e se acomodou novamente no sofá.

— O que vai fazer? — Ele perguntou com uma risada, examinando o livro que ela havia escolhido. Ele observou a imagem na capa e fez uma careta ao ver a ilustração de uma gravata.

Ellie lançou-lhe um olhar significativo, pigarreou discretamente e, após ajustar-se, passou as páginas do livro com destreza, abrindo-o aleatoriamente antes de iniciar sua leitura.

   "Ele solta minha mão, deixando que eu continue sozinha, e fecha os olhos; eu faço aquele movimento de vaivém nele todo. Ele mexe o quadril, pressionando ligeiramente minhas mãos, e eu automaticamente o aperto mais. Um gemido gutural escapa de dentro dele. Foder a minha boca... hum... Eu me lembro dele enfiando o polegar na minha boca e pedindo para eu chupar com força. Ele abre a boca quando sua respiração fica mais intensa. Inclino-me para frente, enquanto ele ainda mantém os olhos fechados, envolvo-o com os lábios e chupo tidamente, passando a língua na pontinha.".

Os olhos azuis se arregalaram ligeiramente e seu rosto se tingiu de rubor à medida que as palavras de Ellie navegavam pelo trecho do livro. Bucky engoliu em seco e desviou o olhar, inclinando a cabeça para trás sobre o encosto do sofá. Ele mordia os lábios com tanta força que a pressão desbotava a cor de sua carne, deixando seu lábio momentaneamente pálido sob o esforço. Lutava para domar as emoções que o inundavam enquanto a voz melódica recitava as palavras provocantes do livro. Empenhou-se em conter a excitação que ameaçava dominá-lo diante da audácia das palavras que fluíam dos lábios delicados, resistindo à tentação de permitir que sua mente vagueasse por pensamentos envolvendo "foder", "chupar" e os lábios brilhantes.

Ellie prosseguiu, se divertindo com o trecho do livro, lendo-o com um tom provocante e ousado, impulsionada pelo efeito das várias taças de vinho branco francês que tinham sido saboreadas.

      "Eu me abaixo e o enfio na boca. Ele geme de novo. Rá! Minha deusa interior está elétrica. Posso fazer isso. Posso fodê-lo com a boca. Giro a língua pela pontinha de novo, e ele flexiona e levanta os quadris. Está com os olhos abertos agora, excitadíssimos. Seus dentes estão cerrados e ele continua o movimento de vaivém, eu o enfio mais ainda na boca, apoiando-me em suas coxas. Sinto suas pernas tensas embaixo das minhas mãos...".

Sem inibição alguma, Bucky ergueu o olhar e permitiu que seus olhos deslizassem pelas elegantes pernas de Ellie, enquanto ela continuava a leitura, entregando-se ao trecho sensual que se desdobrava diante dela. A saia curta revelava quase demais, especialmente quando ela se acomodou com uma perna sobre o sofá e a outra pendurada, seu pé roçando o assoalho de madeira. A mão de Bucky formigava com desejo, quase sendo subjugada pela tentação da abertura entre as pernas torneadas, que pareciam se estender provocativamente em sua direção. Em seguida, ele ergueu o olhar, admirando o generoso decote que exibia os seios arredondados, carinhosamente encaixados pelo sutiã de renda preta, provocando sua imaginação com possibilidades ousadas que ardiam em sua mente.

Bucky tentou afastar os pensamentos, até que voltou sua atenção novamente para a leitura de Ellie.

      "— Ai... que gostoso — murmura. Chupo com mais força, passando a língua pela cabeça de seu pau impressionante. Protegendo os dentes com os lábios, aperto a boca em volta dele. Ele sibila ao respirar com os dentes cerrados, e geme. — Nossa. Até onde você aguenta? — pergunta. Hum... Enfio-o mais fundo ainda na boca, assim posso senti-lo até a garganta, e então novamente nos meus lábios.".

Ouvir Ellie pronunciar todas aquelas palavras, incluindo a referência ousada, fez com que Bucky perdesse temporariamente o controle, resultando em uma excitação crescente sob o tecido de seu jeans. Por um breve momento, lamentou não ter almofadas para ocultar a reação inesperada, levando-o a disfarçar a situação com a mão. No entanto, ele se concentrou apenas na voz sedutora de Ellie, que estava completamente imersa na narrativa erótica, enquanto sua mente se entregava às sutilezas sensuais da história.

      "— Anastasia, vou gozar na sua boca — seu tom ofegante é um sinal de alerta. — Se não quiser que eu goze, pare agora. Ele mexe os quadris de novo, com os olhos arregalados, cautelosos, cheio de lascívia e desejo — ele me deseja. Deseja a minha boca. nossa. As mãos dele estão segurando meu cabelo. Posso fazer iso. Pressiono com mais força ainda, e, num momento de extraordinária confiança, mostro os dentes. Isso o derruba. Ele grita e fica imóvel, e sinto o líquido quente e salgado descendo pela minha garganta. Engulo depressa...".

Ellie soltou uma risada cristalina, fechando o livro com um gesto repentino. Seus olhos encontraram os de Bucky em um estado de agitação visível, o rubor tingindo suas bochechas e sua mão ansiosamente ocultando o calor pulsante que despertara sob seu jeans. Um arrepio incontrolável percorreu o corpo dela em ondas irregulares, fazendo sua pele se eriçar, provocando uma intensa e incontrolável umidade entre suas pernas. Sua risada, sob a influência do álcool, reverberou pelo ambiente, carregada com um tom de embriaguez, enquanto sua audácia e desejo se amplificavam.

— Parece que esse livro mexeu bastante com você, Sargento Barnes — ela sussurrou, com uma voz que carregava um tom lento e sensual. Então, com graça, inclinou-se para colocar o livro sobre a mesa de centro, fazendo a barra de sua saia de couro se enrolar e subir, revelando um vislumbre de suas pernas esculpidas.

Os olhos azuis de Bucky se fixaram no pequeno detalhe de tecido branco da calcinha de Ellie, e sua excitação pulsou intensamente sob a mão, fazendo com que seu jeans parecesse quase insuportável. Seus olhos não conseguiam evitar seguir o rastro da pele arrepiada de sua coxa, revelando seu desejo inegável.

— Ellie... — ele balbuciou, finalmente conseguindo conter suas emoções. — Melhor você dormir, pode ficar com a minha cama. Eu vou...

— Obrigada por hoje, James — ela murmurou, interrompendo-o e deslizando pelo sofá para se aproximar dele. — O jantar estava maravilhoso.

Bucky soltou um grunhido, incapaz de desviar o olhar da visão tentadora, observando atentamente os belos seios agora completamente à vista pelo generoso decote, tão próximos. Ellie deslizou seus dedos pelo cabelo dele, fazendo com que seu couro cabeludo arrepiasse sob o toque gentil em sua nuca.

— Eu vou dormir aqui. Tem uma toalha limpa no meu banheiro, eu não usei, você pode pegar... — disse, pressionando a mandíbula e desviando o olhar para os livros, o teto ou qualquer coisa que não fossem os seios redondos, as pernas arrepiadas ou os lábios delicados.

— Eu adoraria outra taça — ela murmurou, ignorando-o com um tom travesso.

Bucky voltou a dirigir seu olhar na direção dela, seus olhos encontrando os belos olhos castanhos que o cativavam. Sentiu seu corpo todo se acender com o toque sutil dos dedos delicados sobre sua mão direita, que repousava sobre a excitação que pulsava sob o tecido.

Por um breve momento, ele desejou que sua mão não estivesse ali, não para impedi-la de tocá-lo, mas para que ela o tocasse diretamente. Seus pensamentos se permitiram vagar para um canto intensamente sensual de sua mente, recordando a voz melódica pronunciando palavras carregadas de desejo, enquanto imaginava não os personagens do livro, mas ele mesmo, desfrutando da cena, com os lábios dela acariciando sua excitação pulsante sob o jeans. Em seguida, balançou a cabeça, afastando os pensamentos à foça.

— Vem — ele se ergueu com agilidade, levantando-a em seus braços, com seu braço de vibranium apoiando suas pernas enquanto o outro segurava com cuidado suas costas, arrancando dela um pequeno e surpreso grito.

Bucky a levou até o andar de baixo, até o seu quarto, e a colocou gentilmente na cama. Sem olhar diretamente para ela, ele pegou uma de suas camisas pretas no gaveteiro e a jogou em seu colo.

— Banho e dormir. — ele ordenou, lançando um breve olhar em sua direção enquanto indicava a porta do banheiro, em seguida deixou o quarto e fechou a porta atrás de si.

Bucky suspirou profundamente, deixando suas costas encontrarem o apoio da porta, enquanto a excitação pulsava incessantemente sob o jeans. Imagens ardentes dançavam em sua mente, imaginando os contornos sob a calcinha branca de Ellie, pensando em seu sabor, na sensação do calor de sua pele e os belos seios que agora imaginava sem o sutiã de renda preta que os escondia. Cenas provocantes de Ellie com os lábios explorando sua excitação ecoavam em sua mente, fazendo com que seu desejo se tornasse uma torrente incontrolável. Bucky estava à beira de um abismo. Não tinha se entregado à alguém há um tempo incalculável, mas Ellie parecia ter desencadeado todo o desejo acumulado em um único e explosivo dia.

~

Me empolguei. Ficou quente aí também? 🤍

Música do capítulo

Girls Just Want to Have Fun - Cyndi Lauper

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