Parte 4

Bucky saiu da loja, deixando para trás o suave aroma baunilhado que a envolvia, e logo foi acolhido pelo frescor e aroma de terra molhada que se espalhava do lado de fora. Uma fina chuva havia caído entre o momento em que ele estacionou sua moto em uma vaga próxima e os longos minutos que levou decidindo o tecido perfeito para suas novas cortinas, que agora eram uma realidade graças às suas novas encomendas. Com um olhar pensativo, ele observou o nome "Home Harmony" em seu caderno e marcou um "check" na frente, seguindo o mesmo procedimento que havia feito nas outras lojas que Ellie recomendara dias atrás.

Apenas precisando contornar o majestoso Prospect Park para chegar em casa, Bucky desfrutou da bela paisagem. Não importa qual rota escolhesse ou como estivesse o tempo, o caminho de volta era sempre uma experiência agradável. Era revigorante sair, e ainda mais reconfortante voltar.

Ao chegar em casa, Bucky retirou  a capa protetora do compartimento abaixo do assento de sua moto e a colocou sobre ela, protegendo-a do clima que aparentemente persistiria chuvoso pelo restante do dia. Enquanto subia os degraus úmidos em direção à entrada de sua casa, Bucky viu a encomenda em sua porta, uma modesta caixa parda com a inscrição "Amazon" nas laterais. Provavelmente havia sido entregue durante sua ausência, já que não havia notado a caixa ao sair.

Bucky desceu os degraus novamente e atravessou a rua com a caixa em suas mãos, subiu as escadas da casa da sua vizinha e pressionou suavemente a campainha. As casas deste lado da rua exibiam sutis diferenças, com tons mais claros ou coloridos e com portões baixos delimitando o terreno. Os detalhes arquitetônicos eram semelhantes, todas de quatro pavimentos, com o primeiro ligeiramente rebaixado em relação ao nível da rua, abrindo espaço para um pequeno jardim diante da janela e uma entrada independente ao lado das escadas. O segundo pavimento abrigava a entrada principal, com a escadaria que conduzia os visitantes à porta. A residência de Ellie, em particular, reluzia em branco, em marcante contraste com a porta preta ornamentada com detalhes dourados na fechadura e na tampa da caixa de correio.

Em questão de minutos, Ellie abriu a porta, enquanto limpava as mãos sujas de tinta com um paninho que exibia manchas em diversas nuances de cores.

James — ela disse com um sorriso radiante quando o viu.

— Ocupada? — Perguntou, percebendo que Ellie provavelmente estava trabalhando em uma pintura.

— Na verdade não, eu já estava limpando os pincéis quando você tocou.

Bucky apenas sorriu e dirigiu seu olhar para a caixa que segurava em suas mãos.

— Bom... seja lá o que for aquilo que você me disse para comprar... chegou — ele disse, o tom animado entrelaçado em suas palavras. — Pensei que você poderia me ajudar com isso — acrescentou, arqueando as sobrancelhas em um convite silencioso.

— Mentira? Já?! — disse entusiasmada, depois deu alguns passos para trás e jogou o paninho dentro de um cesto ao lado do aparador próximo às escadas.

Nesse momento, Bucky teve um pequeno vislumbre da casa de Ellie: o interior claro com paredes brancas e um belo assoalho de carvalho acinzentado, que contrastava de maneira sutil com o corrimão da escada em ferro forjado preto em estilo Arte Nouveau. O corrimão apresentava desenhos sinuosos de flores, folhas e galhos por toda sua extensão. Fascinante. Combinava com ela.

Depois de calçar rapidamente os tênis brancos casuais que estavam embaixo do aparador, Ellie passou os dedos pelo cabelo para ajeitá-lo e voltou até Bucky. Ao olhar para a camisa branca que vestia, ela suspirou ao notar algumas manchas de tinta pelo tecido de algodão.

— Vou precisar de mais alguns minutos — Ellie disse com uma risada tímida. — Eu vou trocar de roupa rapidinho. Entra, fique à vontade — ela acrescentou antes mesmo que Bucky pudesse responder. Então, virou-se rapidamente para subir as escadas, e Bucky pôde ouvir os seus passos rápidos e abafados ecoando pela casa silenciosa.

Bucky então observou a soleira, limpou os sapatos no tapete antes de entrar e fechou a porta atrás de si. Antes de prosseguir com sua análise do ambiente, sutis ruídos pelo assoalho se aproximaram lentamente.

O Border Collie, com sua pelagem reluzente, se aproximou, parando aos pés de Bucky. Ele ergueu um olhar doce para o Sargento enquanto se sentava, segurando uma bolinha vermelha entre os dentes.

Que? — Bucky sussurrou, e em resposta, o cãozinho emitiu um som baixinho e agudo.

Bucky suspirou e, então, olhou na direção das escadas antes de se abaixar na frente do animal.

— Você quer brincar... — Ele perguntou, deslizando os dedos no pelo sedoso até encontrar a coleira em meio ao amontoado de pelos pretos e brancos. — Miles... — Bucky leu o nome na medalha dourada. Em um gesto sutil, a patinha direita de Miles repousou delicadamente sobre a mão enluvada de Bucky.

Miles... – Ellie chamou, fazendo o cãozinho virar sua atenção para ela enquanto descia as escadas. Ela estava vestida com um suéter de tricô colorido e folgado e o mesmo short jeans. — O que eu te disse sobre brincar com a bolinha dentro de casa? — ela dirigiu um olhar repreensivo a Miles, como se ele pudesse compreedê-la. — Desculpe... — murmurou ao se aproximar de Bucky, acariciando o focinho de Miles antes de remover gentilmente a pata que estava sobre a mão do seu vizinho.

Os dois seguiram em direção à casa de Bucky. Ao entrarem, ele comentou sobre como a casa ainda estava um pouco vazia. No entanto, o que realmente chamou a atenção dos olhos castanhos curiosos foi o novo assoalho de Bucky. A madeira amendoada, com veios e nós sutis, se estendia por todo o amplo espaço, abrangendo não apenas a sala de jantar e a área de estar, mas também fluindo até a cozinha e corredor, além dos degraus da escada.

— É tão lindo — murmurou ela, interrompendo os pensamentos de Bucky, enquanto admirava a elegância natural que a madeira trouxera ao ambiente, o que o levou a seguir o olhar dela para observar o mesmo cenário.

— Levou a semana toda para trocar, mas pelo menos ficou bom. Antes era escuro e algumas tábuas estavam soltas — informou, gesticulando em direção ao piso.

Ellie sorriu em compreensão.

— Exatamente como a minha quando eu me mudei – Ellie disse com um sorriso e lançou um olhar de relance para Bucky. — Então, onde você gostaria de ouvir música? — Perguntou animada, indicando a caixa em sua mão.

Bucky ponderou por um momento e depois levantou o indicador, apontando para cima. Ele a conduziu até o último pavimento da casa, até a biblioteca.

Uau... — Ellie murmurou, seus olhos vagando pelos detalhes do ambiente. Estava perdida na beleza que a cercava, sem saber por onde começar a apreciar. As estantes, repletas de livros antigos e novos, erguiam-se majestosamente até o teto, e uma escada delicada aguardava pacientemente, pronta para auxiliar na busca pelos títulos nas prateleiras mais altas. A lareira imponente, cuidadosamente incrustada entre as estantes, emanava uma sensação acolhedora. E ali, diante dela, o elegante Chesterfield ocupava seu lugar de direito, não mais escondido em um canto tímido de um antiquário, mas brilhando em todo seu esplendor no meio de um ambiente tão solene como aquele.

— Eu tive que correr com a reforma dessa coisa — Bucky dirigiu-se até a lareira —, do contrário, o piso não teria ficado pronto. — Acrescentou, passando a mão sobre os detalhes da nova marcenaria que cercava a lareira. Ela era verdadeiramente magnífica, com uma moldura esculpida em pedra e uma estrutura exterior de madeira pintada em um elegante tom de verde musgo, adornada com intrincados entalhes. Em seu interior, uma parede de tijogos em tons terrosos criava uma atmosfera rústica e acolhedora.

— É lindo, Bucky... — suas palavras escaparam como um sussurro, incapaz de desviar os olhos dos detalhes do ambiente ao seu redor.

Bucky conteve um sorriso enquanto a observava em seu transe. Ellie se aproximou dele, deslizando os dedos delicados pelos detalhes da marcenaria antes de seguir até as estantes que continuavam o design da lareira. Ela então alcançou as prateleiras do lado direito da lareira.

— A maioria das coisas aqui foram deixadas pelo antigo morador — Bucky explicou, enquanto Ellie examinava os volumes. Seu dedo fino traçou suavemente o lombo de um livro antigo. — A maioria deles está aqui há décadas — acrescentou, gesticulando com a mão, indicando as histórias e os móveis que compunham a biblioteca. O aroma suave das páginas antigas, amareladas pelo tempo, envolveu Ellie, tornando o lugar ainda mais encantador aos olhos azuis.

— "O Hobbit"? — Ellie perguntou, retirando outro título da coleção de livros mais antigos e olhando para Bucky.

— Encontrei isso em uma loja de livros usados — ele respondeu. — Eu li quando foi lançado, em 1937 — acrescentou.

— Nossa... — Ellie murmurou, seus olhos dançando por sobre as prateleiras de livros. — Eu li "Alice no País das Maravilhas", a primeira edição ilustrada lançada em 1916 — acrescentou com orgulho, então houve uma breve pausa e um sorriso brincou em seus lábios. — Claro que não em 1916... — murmurou com uma risadinha, fazendo um sutil movimento com a cabeça para esclarecer a confusão que as suas palavras poderiam ter causado. É claro.

— 1916? Você no mínimo seria mais velha do que eu — Bucky disse com um tom divertido, provocando um rubor nas bochechas de Ellie, que riu de si mesma.

— Quantos anos você tem? — Ellie perguntou, com genuína curiosidade, seus olhos castanhos brilhando com interesse.

— Cento e sete — Bucky respondeu com um sorriso tímido.

Ellie riu sutilmente, seus pensamentos divagando.

Assim que Bucky finalmente escolheu o local para colocar o dispositivo que Ellie o convencera a comprar, eles abriram a caixa, revelando uma ainda menor dentro dela, com uma imagem simples de um pequeno auto-falante branco na parte frontal.

Bucky arqueou uma sobrancelha para ela.

— Ah, não julga, Bucky... — Ellie cutucou o braço de Bucky com o seu, um gesto que fez sua respiração vacilar. — Então, vai ser ali? — Apontou para a prateleira que contornava a marcenaria da lareira.

— Isso — ele respondeu e depois esboçou um um sorriso irônico, sem grandes expectivas em relação àquela pequena tecnologia.

Ellie revirou os olhos e pegou a caixa azul das mãos de Bucky, retirando o dispositivo da embalagem e posicionando-o com cuidado acima da lareira. Em seguida, ela o conectou à tomada, e uma suave luz azul começou a contornar a parte superior do aparelho.

— Você vai precisar de alguns aplicativos para configurá-la — Ellie informou. — Me empresta seu celular? — Ela pediu, e ele prontamente retirou o telefone do bolso da sua calça, desbloqueando a tela do aparelho. — Tudo bem se eu baixar alguns aplicativos?

— À vontade — ele disse, entregando seu celular a Ellie, antes de se dirigir até o sofá. Com um ranger aconchegante, ele se acomodou no couro, afundando ligeiramente no assento.

Ellie ficou em pé parada por um tempo, concentrada no celular enquanto configurava o aparelho. Quando parecia ter terminado, ela se juntou a Bucky no sofá.

— Eu vou ser boazinha e deixar minha conta do Spotify logada para você — ela disse, arrancando uma risada baixa de Bucky.

— Obrigado? — Bucky respondeu com um tom irônico e divertido. Ele não tinha ideia do que aquilo significava.

Ela tentou encará-lo com uma expressão brava, mas, paradoxalmente, a seriedade em seu olhar e os lábios pressionados desencadearam, sem intenção, uma percepção fofa e adorável em Bucky.

— Bom, vou começar com algo sutil — disse, pouco antes de "La Vie en Rose" preencher o ambiente com uma qualidade impressionante através do alto-falante. A melodia era suave e agradável aos ouvidos de Bucky.

A voz delicada de Edith Piaf encantou os próximos minutos, enquanto a música pairava pelo ambiente. Bucky notou Ellie sorrindo para o momento e logo seus lábios também se curvaram em um sorriso. Ela deveria realmente apreciar aquele tipo de música. E aquela coisa.

— E então, o que achou? — Ellie perguntou, com um olhar expectante em seu rosto.

— Vale minhas vinte pratas — ele brincou, fazendo Ellie rir. No entanto, ela logo cruzou os braços e recostou as costas no encosto, tentando sufocar o sorriso, mas falhando em parecer irritada. Simplesmente adorável. — Estou brincando, boneca. Isso é incrível — disse gentilmente, inclinando-se ligeiramente na sua direção, apoiando o braço no encosto, e a mão direita alcançando uma mecha castanha-dourada, puxando-a suavemente.

Ellie permaneceu em silêncio, mordendo o lábio inferior para esconder o sorriso. Ela cruzou as pernas e começou a balançá-las de maneira agitada, talvez tentando disfarçar o impacto inesperado do termo afetuoso. Boneca... Sussurrou em sua mente, as palavras repetindo-se em um loop constante, quase perdidos nos recantos de seus pensamentos.

— O que mais essa coisa faz? — Perguntou, desviando o olhar para as pernas expostas de Ellie, admirando a sutil sombra que a iluminação do ambiente lançava sobre os contornos suaves de seus músculos. Seus olhos então se fixaram na a mão delicada que repousava sobre a coxa, notando os vestígios de tinta azul acinzentada sob suas unhas.

Ellie cruzou os braços, escondendo as mãos no suéter fofo, e depois o encarou.

— Você pode usar o comando de voz, pode falar com ela — explicou, adotando um tom falsamente irritado que arrancou uma expressão confusa e divertida de Bucky. — Assim... — disse, em seguida, demonstrou: — Alexa, toque "Count Me In", por favor.

Bucky ficou impressionado quando percebeu que o dispositivo respondeu ao pedido de Ellie. Uma voz feminina murmurou algumas palavras pelo alto-falante, em seguida, a suave melodia de um piano começou a ressoar pelo ambiente.

Alexa? — Bucky perguntou, confuso, fazendo o rádio parar para responder ao seu comando de voz.

Ellie riu, e a música voltou a tocar depois do silêncio que se seguiu ao inadvertido acionamento de Bucky.

— Esse é o nome dela, se você chama, ela responde — explicou. — Quer tentar?

— Acho que não — ele riu, um sorriso tímido brincando em seus lábios.

Os dois passaram horas envoltos em conversas sobre o pequeno dispositivo mágico que realizava quase todas as tarefa solicitadas. Ellie explicou como Bucky poderia usá-lo para definir um despertador, consultar a previsão do tempo, obter respostas para suas perguntas e, claro, ouvir música através do aplicativo que ela gentilmente havia instalado em seu celular. Bucky estava fascinado, nunca tinha imaginado algo como aquilo antes. Tecnologia. Seus olhos brilhavam enquanto Ellie explicava, ao mesmo tempo em que se deleitava com sua voz serena, quase melódica, e da sua agradável companhia.

— O que poderia ter de errado com uma música que se chama "Pony"? — Perguntou, ao ver o título brilhando na tela de bloqueio. No entanto, em poucos segundos, ele percebeu que tinha falado cedo demais.

Um som sedutor e envolvente emergiu do pequeno auto-falante, inundando o ambiente com sua batida lenta e sensual, e a lírica seguiu por um caminho igualmente peculiar através da voz rouca e melódica, acrescentando um toque de provocação à música.

— Posso? — Ellie pediu para pausar a música, suas bochechas assumindo um tom rosado. Bucky apenas esticou os dedos da mão direita, que repousava entre eles sobre o sofá, fazendo um gesto silencioso para que ela esperasse. Como se estivesse realmente se divertindo, ele balançava a cabeça no ritmo da música, os olhos fechados, batendo levemente os calcanhares no chão. Ele deslocou sutilmente a outra mão sobre o encosto, enquanto o quadril se movimentava para frente, atraindo involuntariamente os olhos castanhos para a região. A cena arrancou um riso um tanto constrangido de Ellie.

— É... cativante... — Bucky disse com uma risada.

— Você fez careta para Maroon 5 e está curtindo isso? — Ela disse, balançando a cabeça, sem conseguir conter o riso. Bucky apenas deu de ombros e fez um beicinho. Preferia "Pony" ao tal Adam Levine.

Bucky umedeceu os lábios com a língua e encontrou os olhos castanhos, que foram atraídos pelo sutil movimento. No entanto, ela desejou não ter ouvido um certo trecho da música naquele exato momento — "the things I would do to you, and your body, every single portion". Com um movimento desconfortável, Ellie se mexeu no sofá, desviando o olhar para os livros ao seu redor, sentindo a temperatura subir, enquanto a sugestão na música pairava no ar.

Ele notou a reação de Ellie, seu olhar perspicaz capturando o ligeiro desconforto através das bochechas ruborizadas. Um sorriso malicioso brincou em seus lábios, e ele inclinou a cabeça levemente, como se estivesse ciente do efeito que a música e a atmosfera estavam tendo sobre ela naquele momento. Seus olhos travaram nos dela por um instante, carregados de um desejo sutil, antes de ele desviar o olhar, permitindo que Ellie recuperasse sua compostura.




Ellie colocou o prato vazio sobre a mesa de centro e voltou a se acomodar no sofá, limpando as mãos no guardanapo. O aroma das ervas aromáticas e do queijo derretido, oriundos da pizza de margherita que Bucky havia pedido, ainda flutuava no ar, envolvendo o ambiente e agradando as narinas.

Hm... – Ellie murmurou, deslizando rapidamente a lateral do indicador pelo lábio inferior antes de falar —, Elvis Presley foi quase da sua época, acho que você pode gostar — disse, enquanto observava Bucky procurar pelo nome no aplicativo.

— Eu já ouvi esse nome antes — disse, olhando para ela de relance.

Após criarem uma playlist com músicas que Bucky deveria conhecer e dividirem uma pizza inteira, ele a acompanhou de volta até sua casa. Por sorte, não estava chovendo e o clima estava agradável, com o fresco aroma da terra molhada ainda pairando no ar devido à chuva que tinha caído poucos minutos antes e uma brisa suave que fazia as folhas das árvores sussurrarem uma delicada melodia, criando uma atmosfera reconfortante.

— Será que eu poderia...? — Bucky terminou a pergunta silenciosa ao entregar-lhe seu celular com o aplicativo de contatos aberto.

— Não vai anotar no seu caderninho? — Ellie brincou, arrancando um riso de Bucky. Com um sorriso, ela pegou o celular dele e apoiou-se no batente da porta, digitando seu número nos contatos.

— Vou, eu com certeza vou fazer isso depois — disse, entrando na brincadeira com um sorriso amigável, olhando para Miles deitado ao lado de sua dona.

— Prontinho — murmurou, entregando o celular a Bucky.

Bucky então se afastou devagar, acenando com um sorriso antes de descer os degraus. Ellie o observou enquanto ele atravessava a rua, antes de voltar ao aconchego reconfortante do seu lar.

Com os pensamentos à deriva enquanto mordiscava a unha do indicador esquerdo, Ellie Fleming ainda estava encostada na porta quando o som suave da vibração de seu celular desfez o silêncio, e a tela se iluminou sobre o aparador.

Ellie retirou os tênis pelos calcanhares e moveu-se quase que sorrateiramente em direção ao seu celular. Com um toque suave na tela, a mensagem do Sargento Barnes se destacou nas notificações. Seus olhos se voltaram para Miles, que a seguira, antes de ela finalmente pegar o celular.

Bucky: Só para você salvar o meu número.
Bucky: Boa noite, boneca.

Ellie fechou os olhos e sorriu, como se estivesse abrindo as portas para um jardim secreto em seu interior, onde milhares de borboletas dançavam em uma sinfonia de cores e movimentos. Boneca...

Ellie: Bons sonhos, James.
Ellie: Obrigada pela pizza.

~

Esse cap tem meu coração todinho 🤍

Musicas do capítulo:

1: La Vie en Rose - Édith Piaf

2: Count Me In - Early Winters

3: Pony - Ginuwine

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