Parte 12

Enquanto Ellie cuidadosamente plantava as novas mudas de lavanda nas floreiras das amplas janelas, o aroma da planta preenchia o ambiente de estar de Bucky com sua fragrância floral, herbácea e fresca, criando uma atmosfera relaxante. Cada gentil movimento que ela fazia para acomodar as mudas na terra rica em nutrientes liberava um perfume notável de lavanda.

— Continuo achando clichê — comentou Sam ao voltar ao interior da casa com Bucky, trazendo as últimas mudas para Ellie, que soltou uma risada sutil em resposta à sua observação.

— Pode ser, Capitão — Ellie admitiu com um sorriso, ajustando suas luvas de jardinagem antes de cuidar de outra muda. — Mas saiba que além de serem lindas, as lavandas têm um aroma incrivelmente relaxante. Elas podem ajudar a aliviar o estresse e a ansiedade, além de melhorar a qualidade do sono. — Ela explicou com serenidade. — E também ajuda a afastar os mosquitos, o que é uma bênção durante o verão — acrescentou.

Sam ponderou seus pensamentos por alguns instantes, seu olhar travesso revelando que estava prestes a criar uma piada sobre a situação.

— Você ouviu isso, Buck? Você deveria espalhar várias plantas dessa planta pela casa inteira — Sam provocou com um tom divertido. Ele deu um tapinha no ombro de Bucky, arrancando um revirar de olhos e um suspiro do amigo. — Na verdade, deveria ter considerado em morar em uma fazenda e cultivar uma plantação inteira dessas coisas — acrescentou, seu sorriso travesso se ampliando no rosto.

Bucky revirou os olhos mais uma vez, enquanto Ellie soltou uma risada diante da fala de Sam.

— Você vai me ajudar com o quarto ou não, Samuel? — Disse, o tom mal-humorado.

— Claro, ele é meu, sou eu quem vai dormir no quarto de hóspedes — disse, mantendo o tom descontraído. — Afinal, todos sabemos que a Ellie não precisará dele — Sam acrescentou com um sorriso malicioso, lançando um olhar sugestivo na direção de Ellie. Em seguida, ele se retirou da sala, subindo as escadas, deixando Ellie e Bucky em um constrangimento silencioso. Suas faces coraram e uma tensão no ar os deixou sem saber como reagir.

Os lábios de Bucky se entreabriram, mas nenhum som saiu. Ellie, sentindo a mesma tensão, desviou sua atenção para as lavandas que começaram a dançar ao sabor de uma brisa suave.

Am... Por favor, fique à vontade... eu vou estar lá em cima — Bucky finalmente conseguiu dizer, sua voz trêmula de nervosismo. — Eu... O banheiro... no final do corredor! — ele apressou-se em acrescentar, antes de praticamente disparar em direção às escadas, seus passos ansiosos ecoando pelo ambiente.

Ellie soltou uma risada suave, suas bochechas ainda queimando pelo momento anterior, antes de finalmente liberar o fôlego que involuntariamente estava segurando. As palavras de Sam ecoavam vivamente em sua mente enquanto ela continuava a cuidar das mudas de lavanda.




Durante a tranquila tarde de sol, Ellie se dedicou com carinho às mudas recém-plantadas nas floreiras da casa de Bucky. Enquanto suas mãos habilidosas afundavam na terra macia para acomodar cada muda com delicadeza, seus ouvidos captaram o distante barulho dos heróis no andar de cima, trabalhando com a marcenaria do novo quarto de hóspedes. O som de batidas ritmadas do martelo e o zumbido de outras ferramentas ecoavam pelas paredes da casa. No entanto, Ellie continuou seu trabalho tranquilamente, cada gesto sendo executado com gentileza, e um sorriso de satisfação apareceu em seu rosto quando viu as mudas recém-plantadas começarem a dançar ao vento.

Após um tempo, Ellie finalmente retirou as luvas, sentindo a textura da terra úmida sob seus dedos e o resquício dela sob as unhas. Os olhos castanhos percorreram pelas as flores, que lhe retribuíram com uma profusão de cores em nuances roxas e um aroma inebriante. Com um sorriso no rosto, ela fechou as janelas e se dirigiu à cozinha, onde deixou as luvas sobre a bancada e lavou as mãos antes de abrir a geladeira e se servir com um copo de água gelada. A sensação refrescante da água deslizando pela sua garganta foi uma recompensa merecida depois de uma longa sessão de jardinagem.

Ela permaneceu no aconchego da cozinha por um momento, permitindo-se envolver pela tranquilidade que o ambiente proporcionava. O suave perfume da lavanda pairava no ar, trazendo uma sensação de serenidade à casa.

— Nossa... Ellie, isso ficou incrível! — Bucky elogiou, sua voz suave misturando-se ao som de seus passos ao aparecer no ambiente, capturando a atenção dos olhos castanhos. Ellie percebeu os olhos azuis perdidos na dança sutil que suas novas plantas faziam nas floreiras.

Bucky atravessou o ambiente de estar até Ellie, que estava na cozinha, do outro lado da bancada, e soltou um riso sutil ao notar algumas pequenas folhas verdes escondidas em suas mechas e um pouco de terra úmida em seu nariz. Simplesmente adorável.

— Seu nariz... — ele murmurou com um sorriso enquanto gentilmente usava os dedos para limpar o dorso do nariz dela.

Ellie riu, agradecendo-o com um sorriso tímido e um rubor suave que tingiu suas bochechas.

— Você também tem uma coisinha — ela disse, deslizando o indicador pela bochecha dele e exibindo o pó de madeira que não apenas cobria seu rosto e cabelo, mas também suas roupas e botas escuras. — Como estão as coisas lá em cima?

Bucky desceu o olhar pela sua roupa, removendo o pó com as mãos.

— Bem... Agora só precisamos remover os móveis antigos e instalar o que fizemos — comentou, sacudindo os cabelos compridos desta vez.

Os olhos curiosos se fixaram nas dog tags que saíram de dentro da camisa preta quando Bucky tentou afastar o pó, e ela pôde ler o nome "Steven G. Rogers" em uma delas. Ellie mal percebeu o quão próxima estava de satisfazer sua curiosidade ao inspecionar as dog tags de perto. Quando se deu conta, o peitoral musculoso estava bem à sua frente, a meros centímetros de distância, e seu olhar rapidamente se ergueu para encontrar os olhos azuis e os lábios rosados de Bucky.

Ellie pigarreou, virando-se sutilmente para admirar as plantas nas floreiras do lado de fora.

— Elas são lindas, não acha? — Perguntou, sentindo o calor do corpo de Bucky próximo ao seu.

— Muito, boneca... — ele murmurou.

Ela lançou-lhe um olhar rápido, percebendo que os olhos azuis não desviaram dela, fazendo seu rosto corar mais uma vez.

— James — o nome dele escapou pelos lábios dela, suave como um sussurro. Mais uma vez, ele notou a respiração dela acelerar quando seus dedos tocaram suas mechas, retirando cuidadosamente as pequenas folhas perdidas. Em seguida, sua mão encontrou seu lugar na nuca dela, o polegar afundando suavemente na bochecha macia.

Os olhos castanhos seguiram o mesmo caminho que os olhos azuis, descendo até os lábios dele e se fixando ali, enquanto Bucky se inclinava lentamente em sua direção. Ellie podia sentir a respiração quente dele acariciando seus lábios, e seu rosto esquentou quando percebeu a mão biônica de Bucky gentilmente se aconchegando em seu rosto, fazendo suas mãos involuntariamente pousarem na cintura robusta, onde podia sentir os músculos firmes e definidos.

Bucky roçou suavemente a ponta do nariz no dela, seus lábios estavam a centímetros de se encontrarem, quando o momento foi abruptamente interrompido por Sam Wilson, que surgiu carregando uma pilha com partes do móvel antigo do quarto.

— Vocês precisam ver o que eu... — Sam interrompeu a si mesmo quando seus olhos se voltaram para a cozinha. — Parece que cheguei em um momento inoportuno, presumo? Talvez eu devesse subir novamente? — Sam brincou, segurando as várias partes pesadas do móvel com um sorriso travesso no rosto.

Ellie e Bucky se separaram rapidamente, seus rostos corados de constrangimento. Bucky limpou a garganta, enquanto Ellie tentava recobrar a compostura.

— Não, Sam... Nós só estávamos... conversando. — Ellie respondeu com um sorriso nervoso.

Sam arqueou uma sobrancelha com desconfiança, mas decidiu não insistir.

— Eu te ajudo com isso, Sam — Bucky ofereceu, trocando um olhar cúmplice com Ellie antes de dar a volta na bancada e se dirigir até ele.

— Seria bom — disse, enquanto colocava as tábuas apoiadas na parede. Em seguida, deslizou a mão para trás, tirando algo do bolso da calça. — Mas antes, eu queria mostrar algo que encontrei dentro disso — olhou rapidamente para as partes do mobiliário que acabara de trazer.

Bucky e Ellie se aproximaram ansiosos para observar o que Sam tinha para mostrar. Ellie acelerou os passos, cativada pela curiosidade ao avistar Sam exibindo uma fotografia. Seu rosto se iluminou e um sorriso doce se curvou em seus lábios ao deparar com a cena congelada na imagem antiga: um casal jovem, diante de uma paisagem romântica de um parque arborizado, que permanecia notavelmente bem preservada.

— É ele — murmurou Ellie, os olhos fixos na foto. — O senhor que morava aqui — acrescentou, um sorriso nostálgico iluminando seu rosto ao encontrar o olhar de Bucky.

— "M e M" — leu Sam em voz baixa, ao virar a foto e examinar o verso. Seus olhos seguiram o traço elegante da caligrafia, a data desenhada em caneta preta, "1959", permanecia impecavelmente preservada.

Maurice — sussurrou ela, deixando o nome pairar suavemente no ar. — O nome dele era Maurice — explicou, resgatando uma antiga memória, um sorriso suave curvando-se em seus lábios. — Um dia ele bateu na minha porta — começou ela, transportando a todos para um passado não muito distante, enquanto os heróis se inclinavam para ouvir a história com uma curiosidade genuína. — Ele estava todo arrumado, vestido em um terno elegante e segurando um buquê de hortênsias brancas e azuis — Ellie riu baixinho, relembrando o doce momento, antes que um suspiro desfizesse seu sorriso. — Ele me chamou de "Meggy" e disse que iríamos nos atrasar para o nosso encontro — murmurou, sentindo o peso da lembrança do falecido vizinho, alguém que mal conhecia, mas que permanecia guardado em um recanto do seu coração.

— "M e M". — disse Sam com um sorriso e Ellie balançou a cabeça. — Maurice e Meggy — murmurou, deixando as palavras flutuarem suavemente no ar, como se estivessem recontando uma história de amor que o tempo havia gentilmente preservado.

— Ele parecia ser tão doce... — ela murmurou, os lábios pressionados em um sorriso melancólico, como se as lembranças estivessem envoltas em uma névoa suave.

— O que aconteceu com ele? — perguntou Sam, os olhos fixos na fotografia em suas mãos.

— Parece que pouco antes de tudo acontecer... antes do... Blip, ele perdeu a esposa, sua companheira de uma vida inteira — contou ela, com um fio de tristeza entrelaçada em suas palavras. — Ele viveu por anos com essa saudade, e faleceu pouco depois que eu me mudei — revelou, deixando escapar um suspiro ao concluir a narrativa, seu tom de voz carregado de melancolia. — Esse lugar ficou vazio desde então...

— Sinto muito, Ellie — murmurou Sam, estendendo a fotografia do jovem casal a ela.

Um brilho ressurgiu nos olhos castanhos ao examinar a fotografia com mais atenção, seus dedos percorrendo suavemente a imagem, delineando os contornos do jovem casal que sorria com uma alegria inocente.

— Tudo bem? — Bucky murmurou a pergunta, e Ellie assentiu, olhando rapidamente para ele e oferecendo um sorriso trêmulo.

— A Sra. Violet é amiga dele, talvez ela conheça algum familiar, filhos ou netos, que gostariam de ficar com isso — explicou Ellie, balançando suavemente a fotografia em sua mão.

Após o árduo trabalho de se livrarem dos móveis antigos, Sam, com sua energia inesgotável, decidiu usar seu talento para a mixologia para animar a noite e preparar alguns drinks para os amigos. O tilintar suave dos cubos de gelo e a fragrância cítrica do limão recém-cortado se mesclavam no ar e preenchiam o ambiente enquanto ele se dedicava a preparar suas misturas elaboradas.

— Você deveria continuar de onde pararam quando estiverem a sós novamente — sugeriu Sam, lançando um olhar rápido para Ellie enquanto agitava a coqueteleira em suas mãos. Ele a observou sentada confortavelmente no sofá, com as pernas cruzadas e os olhos concentrados na sinopse de um dos livros que ela havia retirado da biblioteca de Bucky.

— Do que você está falando, Sam? — Bucky perguntou, girando o copo com os dedos sobre a bancada, atraindo um olhar divertido e sugestivo do amigo.

— Você sabe do que estou falando — riu Sam, dando um tapa sutil no ombro do amigo antes de começar a servir as bebidas.

Antes que Sam pudesse servir o terceiro copo, o celular de Ellie vibrou sobre a bancada, a tela brilhante imediatamente capturando a atenção dos heróis. Ambos rapidamente desviaram o olhar para Ellie, que permanecia imersa na leitura do livro, alheia ao que acontecia na cozinha. O ar ficou carregado de uma tensão sutil enquanto Sam e Bucky, em um gesto quase sincronizado, desviaram o olhar novamente para o aparelho, curiosos com as mensagens que surgiam na tela, um rápido contato visual entre eles revelando uma troca silenciosa de curiosidade. Sam esforçou-se para esboçar um sorriso, tentando disfarçar o interesse que transparecia em seus olhos, enquanto percebia que Bucky compartilhava da mesma curiosidade.

Adam, cliente: É sempre triste ir até a galeria e não ter a sua ilustre presença, Srta. Fleming.
Adam, cliente: Adoraria vê-la da próxima vez que eu for.
Adam, cliente: Obs: comprei o seu quadro para por no meu escritório, aquele com a paisagem do lago e flores de lótus. Gostaria de tê-lo comprado diretamente com você.

Bucky soltou um suspiro discreto, disfarçando ao limpar os resquícios de açúcar dispersos pelo balcão, embora sua expressão sutil revelasse um incômodo que escapava aos olhos atentos do Capitão.

— Eu te avisei, se você não fizer nada... — Sam disse, deixando o pensamento suspenso no ar.

— Sam... — Bucky murmurou.

Sam revirou os olhos, em seguida, pegou seu copo e o de Ellie, direcionando-se em direção a ela no sofá.

— Experimente este, acho que vai gostar mais — disse ele, com um tom descontraído, estendendo a Ellie o drink de limão siciliano e vodka. Ela o encarou, um brilho divertido nos olhos semicerrados, indicando que os efeitos suaves da bebida já começavam a fazer efeito.

— Você quer mesmo me ver bêbada, Capitão — disse Ellie, com as palavras se enroscando sutilmente enquanto pegava o copo.

Bucky riu baixo ao observar os dois, depois se aproximou e sentou entre eles, ocupando o espaço que Sam gentilmente deixou para o amigo sentar.

— Qual você escolheu hoje? — Bucky perguntou ao se acomodar, seus olhos curiosos pousando no livro que Ellie segurava em seu colo.

Ellie sorriu diante da curiosidade de Bucky em relação ao livro que escolhera e, gentilmente, ergueu-o para exibir a capa, permitindo que ambos vissem. A capa, ilustrada com uma imagem sugestiva, capturou a atenção deles, revelando um título que deixava pouco à imaginação: uma história de romance carregada de paixão e intriga. O brilho divertido nos olhos de Ellie contrastava com a compostura contida de Bucky, criando um pequeno momento de cumplicidade entre os dois, uma conexão sutil que flutuava no ar como um segredo compartilhado.

— Então, esse é o seu tipo de leitura, hm? — provocou Sam de maneira descontraída, soltando uma risada contagiante.

Um riso suave escapou dos lábios de Ellie, enquanto um rubor se espalhava pelas suas bochechas. Ela se aninhou no sofá, deixando o rosto repousar no ombro de Bucky. Sua mão livre, com uma delicadeza quase imperceptível, encontrou a coxa robusta dele, um gesto que provocou um breve troca de olhar entre os amigos.

Bucky observava com uma mistura de apreensão e diversão como Ellie se entregava aos efeitos calorosos da bebida. Cada gole do coquetel de limonada com vodka fazia Ellie se sentir envolvida por uma alegria contagiante, e a cada riso que escapava dos seus lábios, ele podia perceber como a bebida suavizava suas inibições, permitindo que ela se soltasse cada vez mais.

Enquanto compartilhavam histórias e conversavam animadamente, Sam não pôde deixar de notar a crescente proximidade entre Ellie e Bucky. Seus olhos atentos capturaram os detalhes sutis: as pernas de Ellie recostadas na perna de Bucky, os olhos azuis do amigo incapazes de desviar-se dela, enquanto os dedos delicados de Ellie ocasionalmente procuravam o toque reconfortante de Bucky. A atmosfera ao redor deles estava impregnada com uma sutil mistura de amizade e um desejo discreto que se entrelaçavam.

— Bom, acho que já vou indo — comentou Sam, erguendo-se lentamente com as mãos apoiadas nos joelhos.

— Acho que eu também preciso ir... — murmurou Ellie, esticando os braços em um alongamento preguiçoso, arrancando uma risada de Sam.

— Eu te levo em casa — ofereceu Bucky, recebendo um olhar travesso do amigo.

Após esperarem o carro de Sam partir, Bucky e Ellie se direcionaram até a casa dela. Bucky observou em silêncio a residência, sempre envolvida em um aroma floral fresco e uma atmosfera acolhedora. Ele assistiu Ellie, de maneira desajeitada, colocar o celular e o livro sobre o aparador próximo à entrada, e soltou um suspiro ao recordar das mensagens que ela recebeu, depois seguiu o olhar pelas escadas.

— Acha que consegue subir sozinha?

Com os olhos semicerrados e um sorriso divertido, Ellie riu baixo enquanto o olhava.

— E se eu disser que não, James? Você vai me levar no colo como uma princesa, como fez naquele dia? — disse, suas palavras se embolando de uma maneira adorável.

Ponderando sobre suas próximas palavras e ações, Bucky relembrou o conselho de Sam. Seus pensamentos não exatamente se voltaram para o "continuar de onde haviam parado", considerando a vulnerabilidade de Ellie, induzida pelo álcool, era uma fronteira intocável para ele, uma linha que não ousaria ultrapassar. No entanto, ele se concentrou em encontrar outras maneiras de expressar seu interesse por Ellie, uma centelha de desejo que o instigava a encontrar outras formas, mais sutis e cuidadosas, de expressar suas intenções. A sombra de "Adam, o cliente", persistia como um lembrete constante da possibilidade de outro pretendente, possivelmente deslumbrado com a adorável Ellie. Uma pontada de ciúmes se enraizou no peito de Bucky, despertando uma vontade insaciável de proteger e reivindicar a atenção dela, mesmo que ainda fosse um território incerto.

— Na verdade, sim — disse ele finalmente. Os olhos castanhos seguiram Bucky enquanto ele se dirigia de volta à porta para trancá-la.

Sentindo o rubor quente novamente subir pelas suas bochechas ao vê-lo se aproximar, Ellie ergueu lentamente o olhar para ele. Pega de surpresa, um gemido sutil escapou por entre seus lábios quando Bucky se abaixou ligeiramente e a pegou no colo. Ele envolveu os braços fortes em torno de sua cintura, e suas pernas se enroscaram em volta do quadril de Bucky.

— Segura firme, boneca — Bucky murmurou. Suas mãos deslizaram habilmente pelas curvas das coxas de Ellie, os dedos audaciosamente ultrapassando o limite até alcançar a curva de sua bunda.

Com confiança, Bucky conduziu Ellie pelas escadas, até o seu quarto no pavimento de cima. Cada passo ressoava junto com a respiração ofegante e agitada de Ellie, que ecoava praticamente em seu ouvido.

Por um instante, Bucky observou atentamente os detalhes do quarto, mergulhado na suave penumbra iluminada pela luz amarelada que se filtrava pelas cortinas. Seus olhos percorreram cada canto, passando pela figura adormecida de Miles em sua caminha abaixo da ampla janela. Ele observou a cama majestosa, decorada com uma profusão de travesseiros e um recamier posicionado elegantemente à sua frente, enquanto um tapete felpudo cobria generosamente o chão. Cuidadosamente, Bucky colocou Ellie na cama, inclinando-se sobre ela antes de soltá-la.

Sem saber o que deveria dizer, Ellie apenas agarrou a camisa de Bucky, mantendo-o próximo a ela.

— O que? — Bucky balbuciou, sua risada nervosa preenchendo o espaço entre eles. Inclinando-se sobre ela uma vez mais, ele permitiu que ela o puxasse, o corpo de Ellie recostando-se vagarosamente na cama enquanto ele apoiava os braços em volta de sua cabeça.

— Fica um pouco... — murmurou Ellie, sua voz flutuando como um convite sutil e sedutor. Com um gesto suave, ela puxou Bucky para mais perto, permitindo que sua mão deslizasse pelos contornos musculosos de seu ombro antes de deslizar pela gola de sua camisa. Seus dedos exploraram a pele quente de suas costas, acariciando os músculos tensos, enquanto Bucky cedia gradualmente ao toque suave e quente de Ellie.

Sem pensar muito, Bucky deslizou sua mão de vibrabium habilmente por trás da coluna de Ellie e, com um gesto rápido, puxou-a para cima, deixando-a mais confortável na cama. Sem perceber, encontrou-se entre as pernas de Ellie, suas próprias pernas se envolvendo com as dela.

A pouca claridade iluminou o sorriso travesso que se formou nos lábios delicados, fazendo Bucky pressionar os olhos, arrancando uma risada de Ellie.

— Você consegue relaxar algum momento, James? — sussurrou em um tom sedutor, deixando seus dedos deslizarem suavemente pelos seus braços antes de segurar o quadril robusto, fazendo-o relaxar o peso do seu corpo sobre o dela.

Bucky sentiu os seios macios e os músculos sutis do abdômen contra o seu peitoral, enquanto as coxas dela se entrelaçavam em torno de seu corpo.

Bucky. — ele murmurou, lutando para conter a avalanche de emoções desencadeadas pela proximidade do corpo quente de Ellie sob o seu.

— Está bem... — murmurou com um toque de ironia, sua voz deliberadamente lenta, envolta em um ar sensual. Ela deslizou os dedos pelos fios longos, puxando-os suavemente, enquanto acariciava os músculos definidos do braço direito de Bucky com a outra mão. — Você prefere que eu fique por cima, Bucky? — sussurrou, com um sorriso malicioso nos lábios, desafiando-o suavemente com o olhar.

Bucky engoliu em seco, uma onda de arrepios percorrendo sua espinha enquanto a mistura de nervosismo e excitação tomava conta de cada centímetro do seu corpo. Seus olhos encontraram os dela, e o pulsar acelerado dos corações próximos criava uma sinfonia intensa, ecoando o desejo latente entre eles.

— Ellie... — ele balbuciou, os olhos apertados, incapaz de conter o torvelinho de sensações que a proximidade dela provocava. Enquanto ela explorava provocativamente seu braço com os dedos, uma corrente elétrica percorreu seu corpo. Ao sentir Ellie roçar as pernas pelo seu corpo, intensificando o contato entre seus quadris, Bucky recuou repentinamente, jogando-se ao lado dela e puxando um dos travesseiros para esconder a evidente excitação que o consumia. Apesar da luta interior que o dominava, ele forçou um semblante sério, embora o tumulto interior se revelasse em seus olhos.

— Sargento Barnes... — a voz de Ellie, embargada em um tom de fingida repreensão, envolveu-o, fazendo a denominação soar ainda mais sedutora do que o nome "Bucky" em seus lábios delicados e o tom embriagado.

Com um suspiro profundo, Ellie contemplou o teto por um breve momento, em seguida, ela se aproximou de Bucky, aninhando-se em seu corpo. Seu rosto encontrou abrigo em seu ombro, permitindo que seus dedos explorassem o peitoral robusto dele, enquanto sua perna encontrava repouso sobre o travesseiro que Bucky havia pegado.

Ela deixou-se levar pela calmaria que envolveu o ambiente, sentindo a batida tranquila do coração de Bucky sob seus dedos. Aconchegada em seu calor reconfortante, suas pálpebras pesaram e, sem resistir, ela afundou em um sono profundo e tranquilo. Enquanto ela adormecia, Bucky não pôde deixar de observar a serenidade que suavizava seus traços delicados.

Com um olhar carregado de ternura, Bucky acomodou-a ainda mais em seus braços, prometendo a si mesmo protegê-la de qualquer tormenta que pudesse ameaçar perturbar sua tranquilidade recém-encontrada. O silêncio envolveu o ambiente, permitindo que ambos se entregassem ao descanso merecido.

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top