Capítulo 8: Bomba na Midtown
O final de semana passou se rapidamente e a segunda - feira logo chegou. Minha avó ficou o final de semana todo me questionando para saber se Peter era meu namorado.
Acordei bem cedo, me arrumei e saí diretamente para escola, como sempre alguns minutos antes para não ter nenhum imprevisto. Assim que chego, encontro com o Peter, me aproximo dele que está com um copo na mão.
— Bom dia, Homem- Aranha. — Digo animada mas em um tom baixo.
— Não fala isso, alguém pode ouvir. — Ele olha ao redor para ver se havia alguém no corredor que tenha ouvido.
— Não tem ninguém aqui, Pet. Não precisa de preocupar.
— Pega. — Ele estende o copo para mim. Peguei o copo e beberiquei um pouco.
— Obrigada. — Sorrio e continuo bebendo o milkshake.
— Vamos para a biblioteca, lá é discreto e não há câmeras de segurança.
Fomos para a biblioteca sem ninguém, entramos e nos sentamos em uma das mesas que ficava no fundo e quase ninguém iria nos notar.
— Tudo certo? — Pego as luvas que eu trouxe e coloco nas minhas mãos.
— Pra que essas luvas? — Pergunta, pega o notebook e coloca na mesa.
— Para não deixar as digitais. — Falo o óbvio e pego o envelope que tem as fotos e um pincel.
— Como se eles fossem ver as digitais. — Diz Peter que revira os olhos.
— Vai que eles façam isso, aí quem iria se ferrar seria eu. — No envelope escrevo o nome do diretor com letra de forma.
— Estou quase hackeando o site de fofocas... essa vai ser fácil. — Peter acaba se gabando mas ignoro.
Fico aguardando ele terminar. Depois de alguns minutos ele consegue entrar no site.
— Pronto e agora? — Ele pergunta.
— Coloca as fotos e na legenda apenas coloca "Bomba do ano, professor tem encontros às escondidas com aluna"
Ele faz o que digo e pública, desliga o notebook, em seguida olha para mim esperando para saber o restante do meu plano.
— Agora você vai me ajudar a deixar esse envelope na sala do diretor.
— Como você vai, espertinha?
Olho ao redor da biblioteca e vejo uma entrada para um duto de ar.
— Pelo o duto. — Peguei a minha mochila e entreguei para ele. — Apenas abre para mim e depois mando uma mensagem para entregar a mim.
— Se quiser eu posso ir .
— Não precisa, apenas abra e fique de olho no seu celular.
— Anny é perigoso.
— É melhor eu ir, estudei os mapas da escola para chegar até a sala do diretor.
— Deixa eu ir, por favor.
— Não, Peter. Eu vou e você fica por aqui para quando eu sair você me ajudar.
Ele desiste de tentar me fazer mudar de ideia. Olho ao redor para checar se realmente não havia ninguém e faço um sinal para ele abrir; ele abre rapidamente a tampa do duto - claro né, ele é o Homem-Aranha, tem bastante força para isso.
Peter sai do meio para eu entrar.
— Toma cuidado aí. — Ele fala e acabo revirando os meus olhos. Muita preocupação atoa, não é como se eu fosse ficar presa.
— Credo, quanta preocupação, Peter.
Entro com cuidado no duto, como sou magra, consigo sem dificuldade nenhuma.
Vou andando pelo dutos, depois de um tempo acho a sala do diretor Davis - valeu a pena ter estudado aqueles mapas. Jogo o envelope que cai bem em cima da mesa dele.
Dou meia volta e cheguei ao duto que entrei, peguei meu celular e mandei mensagem para o Peter, dizendo para ele vim até o duto para abrir e ver se tem alguém ao redor, é claro.
Rapidamente ele chega e eu saio do duto.
— Você está bem?
— Claro que estou. — Respondo sua pergunta e dou um sorriso.
— Já está todo mundo comentando sobre a publicação.
— Se vierem falar com a gente sobre isso, vamos nos fazer de surpresos.
— Acho que você está meio sujinha, Anny. — Ele fala.
Olho para a minha roupa e vejo que está cheia de poeira.
— Ainda bem que trouxe umas roupas para usar, caso essa sujasse.
Pego minha mochila e sai calmamente da biblioteca, vou para o banheiro feminino, entro em uma das cabines, troco de roupa; assim que saio do banheiro o sinal toca muito antes do horário e vou para a sala. Com certeza o diretor já está sabendo de tudo e quer tirar satisfações.
Sento na carteira e espero a professora de Literatura chegar. Sem demora ela chega e inicia a aula com um assunto novo. Na metade do horário, Valentina entra na sala, pega suas coisas que estava com uma amiga e olha diretamente para mim com ódio em seus olhos.
Tento não pensar nisso que aconteceu e foco nas outras aulas. As horas passam rapidamente, ainda bem. Logo elas aulas terminam, guardo os meus materiais na mochila e saio da sala.
Caminho até o meu armário, coloco a minha senha e ao abrir, sinto alguém me puxar pelo o meu braço. Olho para a pessoa que está a fazer isso, era Valentina olhava com muita raiva a mim. Será que ela descobriu que foi eu que fiz isso tudo?
— Vem comigo. — Ela praticamente ordena.
— Não irei com você a lugar nenhum. — Tento protestar contra isso.
Ela agarra ainda mais meu braço com força e me puxa até o vestiário, tento me soltar do aperto dela, mas não tive sucesso. Entramos no vestiário e ela decide finalmente me soltar.
— Isso é tudo culpa sua. — Ela me acusa e tento me fazer de sonsa.
— Do que você está falando?
— Você sabe muito bem, sua idiota, não adianta se fazer de sonsa. Tinha que estragar o meu lance com o Thomas. Tudo isso é sua culpa.
Ela se aproxima de mim e me empurra com bastante força contra um dos armários que tem no vestiário que estava atrás de mim. Sinto uma dor forte em minhas costas.
— Lembra da Alex? Ela era minha prima, só sabia falar mal de você, que você acabou a vida da sua mãe.Por isso ninguém suporta ficar do seu lado, Anny. Você só sabe desgraçar a vida das pessoas, ela mesma foi embora e nem manteve contato com você, nunca ligou para você de verdade.
Respirei fundo e segurei as lágrimas que estava ameaçando cair dos meus olhos, eu tinha que ser forte nesse momento. É muito difícil essa situação, ninguém nunca havia falado comigo desse jeito.
Apenas falei da morte da minha mãe para a Alex, eu confiava nela mas pelo visto nossa amizade não era algo verdadeiro para ela.
— Você não sabe de nada, Valentina. Eu apenas queria te livrar daquele cara, ele estava apenas lhe usando. Ele mesmo deve ter usado várias alunas, você é só mais uma na vida dele.
— E você acha que ligo para isso? Eu queria mesmo que ele me usasse, ele sabe muito bem como fazer. Se ele já teve outras, eu não ligo. Eu sou a única na vida dele agora, ele mesmo já deixou isso claro várias vezes. — Ela dá um sorriso de lado.
— Você é tão suja. Não imaginei que você seria assim.
— Você não viu nada, Anny.
— Você é uma vadia, isso sim.
Foi apenas eu dizer isso que ela vem para cima de mim, me puxa pelos cabelos e me joga no chão.
Ela fica por cima de mim e dá um soco que instantaneamente sinto o gosto horrível de sangue. Tento empurrar ela, mas ela é mais forte do que eu. Agarro seu cabelo, vem um tufo - sabia que ela usava aplique.
Ela deve ter ficado com mais raiva ainda, novamente desfere outro soco e uma raiva sobe em mim, tento empurrá-la, mas dessa vez dá certo.
Valentina é arremessada contra um dos armários, levanto e olho para as minhas mãos, vejo faíscas saindo das mesmas.
Sem querer, liberei uma outra quantidade de luz que acaba atingindo o teto, onde tinha lâmpadass que na mesma hora queimam, isso acaba causando um apagão na escola. Provavelmente deve ter atingido a rede elétrica. Nessa hora entra o Peter ofegante junto com a MJ no vestiário.
— O que aconteceu aqui? — Pergunta Peter assustado e preocupado.
Olho para a Valentina desmaiada e novamente olho para as minhas mãos que estavam normais, sem nenhum poder.
— Eu não faço a mínima ideia.
— Anny apenas fez o que essas escola toda queria falar. — MJ fala dando de ombros.
Reviro os meus olhos e sento no chão - que diabos foi isso? - Pergunto para mim e Peter olha para mim com bastante preocupação.
— Vamos. — Apenas concordo e sigo.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top