Capítulo 7: Noite de pizzas

  Hoje já é sábado. O Peter combinou de nos encontrarmos hoje, até hoje eu ainda não consigo acreditar que ele é o Homem- aranha.

  Como ele pode ser aquele cara valente que salva todo mundo, mas quando um idiota mexe com ele faz nada? Fazer o que né, ele que foi picado pela a aranha, não eu.

  Combinei de ele vir aqui no apartamento para mostrar o que conseguiu sobre o professor estranho. Na espera de que ele tenha conseguido algo, não aguento mais ver a cara de cínico daquele professor.

  Como todo final de semana, acordei cedo e ajudei a minha avó com as coisas do dia a dia.

  Fomos no supermercado para comprarmos algumas coisas para a casa. Aproveitei e comprei os ingredientes para fazer meu amado milkshake de morango.

  Já era noite de sábado e minha avó saiu com umas amigas dela para jogar bingo e fofocar, todo sábado ela faz isso, virou sagrado já.

  Me despeço dela e fico esperando na sala o Peter chegar - ainda bem que ela saiu, se não iria ficar querendo saber se o Peter é um namoradinho meu. Como nunca namorei ela iria ficar animada com a idéia.

  Ouço alguém bater na janela, levanto e vou até a mesma, vejo o Peter vestido de Homem-Aranha. Abro a janela.

  — Não sabe bater mais na porta? — Pergunto incrédula e dou um espaço para ele entrar.

  — Se acostume, geralmente, apareço assim. — Ele fala.— Tenho que ir ao banheiro, preciso trocar de roupa.

  — É bem ali. — Aponto aonde fica. Ele vai até o local indicado.

  Espero o Peter sair, ele sai rapidamente, vestido com as suas roupas do cotidiano dele.

  — Vamos ao que interessa, Anny.

  — Então, o que descobriu? — Sentamos no sofá  e o olho.

  — Para isso, você tem que me dar comida. — Ele dá um sorriso de lado.

  — Sério isso? Vai ser como uma forma de pagamento?— O olho em reprovação, igual como minha avó olha as vezes para mim.

  — Não, apenas estou com fome mesmo. — Ele fala dando de ombros.

  — O que você quer pra comer então? — Pergunto e pego meu celular.

  — Pizza. — Diz ele, todo sorridente.

  — Sério? — Arqueio uma das sobrancelhas.

  — Sim.

  — Ok, então.

  Vejo nos meus contatos o número de uma pizzaria e mando mensagem.

  — Vai querer de quê? — Pergunto a ele.

  — Uma de quatro queijos e outra de calabresa.

  — Duas, Peter? — Pergunto incrédula.
  
  — Para nós dois.

  — Então tá.

  Peço as pizzas e refrigerante e olho para ele.

  — O que você descobriu? — Cruzo os braços.

  — Você nem sabe com quem o Thomas tem um caso. — Ele pega o celular e procura algo por alguns segundos.

  — Com quem? — Pergunto curiosa.
 
  — Com a Valentina Watson.

  — Mentira! Aquela ruiva, popular que se acha? — Arregalo os olhos — Tem fotos?

  Ele me entrega o seu celular, vejo as fotos dos dois e fico sem ação nenhuma com a mão na boca.

  — Sério isso? — Olho para ele ainda sem acreditar.

  — Sim. A professora de ciências, senhora Carter, foi algumas vezes na casa dele, mas não parecia um encontro amoroso. Porém, descobri algo.

— Diz logo.

  — Eles são irmãos e quando entrei na casa dele, vi uns projetos de DNA, para alterações.

  — Alterações para quê?

  — Isso eu não sei, não deu tempo de ver direito e nem de tirar foto.

  Depois disso ficamos em silêncio, enquanto eu fico vendo as fotos. Ouço a campainha tocar, me levanto, vou até a porta, pego as pizzas e pago, levo até a mesa e Peter me segue, nos sentamos.

  — O que vamos fazer? — Peter pergunta e começa a se servir.

  — Podemos colocar a foto do Thomas com a Valentina naquele site de fofocas da escola, deve ser fácil hackear e revelar também, para mandarmos anonimamente para o diretor.

  — Quando vamos fazer isso? — Ele olha para mim.

  — Você faz essa parte do site e eu revelo as fotos, deixo tudo pronto para segunda feira, porque a bomba vai explodir. — Sorrio mas logo desfaço.

  — Certeza que quer isso? — Ele pergunta receoso.

  — Claro, Peter. Imagina com quantas alunas ele possa ter feito isso?

  — É verdade...

  Ficamos comendo até que a minha vó chega. Ah não, que ela não fale nada sobre o Peter ser meu namorado.

  — Oh querida, não sabia que teríamos visita. — Ela dá um sorriso bem largo.

  — Esse é o Peter e ele já estava de saída. —Falo e Peter olha confuso para mim.

  — Eu sou Amélia, querido. — Minha avó se apresenta e Peter se levanta todo atrapalhado.

  — Olá Dona Amélia, sou Peter Parker. — Ele estende a mão à minha avó que sorri e lhe cumprimenta também.

  — Você e Anny são namorados? — Pergunta a minha avó, descaradamente.

  — Claro que não vovó, nem somos amigos.

— Então o que ele está fazendo aqui?

— Nada, vamos Peter.

  — O Peter nem terminou de comer ainda, querida. — Diz minha avó

  — Dona Amélia está certa — Peter senta e continua a comer.

  Minha vó se senta na mesa conosco e pega um pedaço da pizza.

— Como você conheceu minha netinha, Peter?

  — Ah... Estudamos juntos, Dona Amélia.

  — Você tem algum interesse por ela? — Ela pergunta diretamente.

  Arregalo os olhos e vejo Peter se engasgar. Dou um tapinha nas costas deles, que logo se recupera.

  — Não, não mesmo. — Ele ri e olha para mim. — Somos apenas colegas de classe.

  — Hum sei. — Ela olha para mim e para o Peter desconfiada. — Mas caso queira ficar com a minha netinha, tem que pedir permissão a mim.

   — Vovó — Olho para ela e coro. — Acho melhor você ir, Peter.

  Ele apenas concorda, levanta e se despede da minha avó, acompanho ele até a porta.

  — Me envie as fotos e não esqueça de comprar o meu milkshake. Quero segunda-feira e esquece tudo o que a minha avó lhe disse.

  Antes que ele fale algo, empurro ele e fecho a porta. Agora vou ter que aguentar minha vó, o final de semana todo insinuando algo, não mereço isso.

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