Capítulo 48: Resgate

  Já tinha quarenta e oito horas que a Anny havia desaparecido e finalmente tínhamos encontrado a professora Carter, quando fomos em busca dela, descobrimos que não morava na sua residência a meses e foi difícil de a localizar.

  Neste exato momento, Nat e o Capitão estavam conversando com ela em uma sala e tentando descobrir o endereço do esconderijo de Thomas e Valentina.

  Estava angustiado e andando de um lado para o outro, até que eles finalmente saem, depois de quase uma hora dentro do local.

  — Conseguimos. — Diz Nat e eu respiro aliviado.

  — Ela apenas o ajudava nos experimentos, pois era coagida, ele ameaçava a filha dela que nesse momento está com ele.

  — Tio perfeito. — Diz Uller irônico.

  — Se preparem, saímos em 15 minutos. — Diz Senhor Stark, que aproxima-se de mim. — Vamos encontrar a sua garota.

  Assinto e saio, vou até o banheiro e coloco o meu traje. Mando uma mensagem para dona Amélia dizendo que iríamos resgatar a Anny. Ela estava super mal e preocupada, ordenou que eu falasse para ela tudo sobre a investigação.

  Peguei minha mochila e saí da sala, encontrei todos prontos antes mesmo do horário. Fomos para o térreo onde iríamos em uma aeronave, antes de entrarmos o senhor Stark começa a dizer os avisos.

  — Não podem em hipótese alguma matar algum daqueles adolescentes.

  — Então como vamos os derrota-los? — Perguntou Thor.

  — Bruce e Peter vão atrás do computador que desliga eles, na verdade desativa o chip, enquanto nós vamos apenas lutar com eles, mas sem matar. A prioridade é encontrar a Anny sã e salva.

  Todos assentimos e entramos na aeronave. Iriamos até Washington, direto para o esconderijo, pelo que descobriram que eles ficam no subsolo de uma casa antiga da família Carter que foi vendida, mas que hoje em dia está abandonada.

  Depois de algumas horas finalmente chegamos, minha ansiedade estava a mil e o meu coração estava aperto sentindo que a Anny estaria correndo perigo.

  Natasha começa a contar os seus passos, até que para em um lugar, se abaixa e encontra a entrada.

  — Achei. — Diz ela e entramos um por um pela a escada que havia.

  — Não esqueçam do plano. — Capitão nos relembra e cada um se separa.

  Ando lado a lado com Bruce Banner, eu estava bastante nervoso e ele percebeu.

  — Calma, Peter. Logo vamos encontrar ela. — Apenas assinto.

  Continuamos a andar até que demos de cara com um jovem. Ele vem para cima de mim e eu apenas dou um soco nele que não teve nenhum efeito ou impacto. Ele dá um soco em mim e acabei caindo no chão, que cara forte, senti o gosto de sangue em minha boca.

  Me levantei e dou alguns socos a mais nele, joguei algumas teias no mesmo que fica preso na parede.

  — Vamos.

  Eu e Bruce dessa vez corremos e chegamos na sala onde estava um computador para desativar os chips. Bruce vai até o PC e começar a mexê-lo. O cara em que bati antes, reapareceu, porém desta vez acompanhado por outro, era só o que me faltava.

  Os dois vem em minha direção enfurecidos, joguei teias neles e faço com que se colidem um ao outro, os dois batem as cabeças e caem no chão desacordados.

  — Vê se não matou eles. — Diz Bruce.

  — Eu não matei eles.

  — Vai logo ver.

  Respiro fundo e me aproximo de um deles, toquei no pulso para ver se estava tudo bem, mas ele agarra o meu braço e me joga contra uma parede. Soltei um gemido de dor. Devo ter pelo menos quebrado algumas costelas.

  Vejo ele se aproximar de Bruce, jogo uma das minhas teias e o puxo até mim, mas ele se solta e me dá um soco, o gosto de sangue na minha boca estava apenas piorando, dou um soco nele mas acabo recebendo dois em seguida.

  — Desliga logo. — Falo com dificuldade e dando um soco na cara de um deles, quando ia dar no outro o cara desmaia e cai no chão.

  — Consegui. — Diz Bruce.

  — Ainda bem. — Passo a mão pelo o meu rosto e atento para o sangramento

  — Ele quase acabou com você. — Diz ele tirando onda com a minha cara.

  — Mas demos um jeito.

  — Aqui temos algumas câmeras de segurança. — Ele clica no mouse e aparece todas as imagens, olho atentamente até que vejo em uma que Anny estava com Valentina e as duas estavam com espadas, lutando.

  — O que elas estão fazendo?

  — Não sei, mas é melhor você ir logo lá.

  Assinto e olho mais uma vez para o visor, decoro a sala e saio correndo em direção a mesma. Meu coração estava apertado, algo de muito grave iria acontecer.

  “Medo” a palavra que me resumia nesse exato momento. Peguei a espada que ela me entregou, meu coração estava acelerado, mas eu não podia demonstrar o meu medo a ela, isso não me ajudaria em nada.

  — Vai mesmo querer lutar com uma pessoa que não se alimenta e nem bebe água a quarenta e oito horas?

  — Sim. Agora vai querer arranjar desculpinha? — Pergunta debochada.

  — Não, não preciso disso, pois quem vai ganhar sou eu. — Dou um sorriso confiante a ela.

  — Quem ri por último, ri melhor.

  Vou para cima dela com minha espada, mas ela se protege com a dela e me empurra para trás. Respiro fundo e minha espada colidiu com a dela novamente, tento me desvencilhar de seus golpes.

  Em um golpe consigo fazer um corte em seu braço, olho para ela e vejo que seus olhos estavam vermelho.

  Dessa vez ela vem para cima de mim com bastante raiva, em um movimento rápido fico desarmada, engulo em seco enquanto ela apenas sorri.

  Em um piscar de olhos sou golpeada, abaixo a minha cabeça e vejo a espada saindo da região da minha barriga, uma dor dilacerante me atinge, coloquei a mão na ferida, dou alguns passos para atrás e caio no chão sangrando constantemente.

  Um filme se passa na minha cabeça, de minha vida toda, é isso que acontece quando a pessoa está morrendo, não é?

  Os momentos de minha avó cuidando de mim, o trabalho de ciências que eu fiz amigos de verdade, quando conheci os vingadores, minha madrinha e quando me apaixonei pelo Peter, do pedido de namoro que foi tão romântico, sinto meus olhos marejarem.

  Esse vai ser o meu fim? Vou morrer sem nem ao menos dizer uma última vez que amo as pessoas que fazem parte do meu coração?

  Comecei a sentir uma fraqueza, minhas mãos estavam sujas de sangue, ouvi a voz do Peter, mas deve ser a minha mente imaginando algo impossível.

  Ouço novamente a voz dele, será que ele está aqui de verdade?

  Olhei para a porta e vejo seu olhar assustado para mim, Valentina estava jogando bolas de fogos na direção do meu namorado, ela permanecia perto de mim, mas estava muito concentrada em acabar com ele também.

  Já não basta acabar comigo? Agora tem que fazer a mesma coisa com ele?

  Uma raiva se apodera em mim, vejo a espada que ela usou em mim ensanguentada, peguei ela e vejo que minhas mãos estavam tremendo e lágrimas escorrendo dos meus olhos. Olhei novamente para ele e vejo ela atingir o seu braço, isso faz com que ele caia no chão.

  Ela ainda estava de costas para mim, totalmente concentrada em acabar com o Peter. Tentei segurar a espada com firmeza; com dificuldades consigo ficar em pé, vejo o meu sangue pingar no chão.

  Empurro a espada contra o corpo de Valentina pelas costas, no mesmo instante ela para de jogar bolas de fogo contra o Peter, vira-se a mim e vejo que a espada ultrapassou o seu corpo, seu olhar era de dor e caii no chão.

  Perco o restante das minhas forças, caio sentada, no chão meu corpo estava fraco cada vez mais. Peter se aproxima de mim desesperado.

  — Meu amor, calma e respira, você vai ficar bem. — Vejo os seus olhos marejarem.

  – Me-e descu-ulpa. — Faldi a ele com dificuldade.

  — Não se esforce e nem peça desculpas, isso não foi sua culpa.

  — Eu-u te amo-o. — Digo a ele que olha surpreso para mim, mas antes que fale algo, sinto os meus olhos pesarem e fecharem sem a minha permissão.

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