Capítulo 39: Dupla imbatível
O final de semana em Orlando, foi incrível. Fomos em tantas atrações, primeiro no Harry Potter and the Escape from Gringotts é uma mistura de montanha russa e simulador, tinhamos que usar usar óculos 3D, tivemos que enfrentar uma fila enorme mas valeu a pena.
Todos tinham que escapar das profundas cavernas que ficam no subsolo do banco comandado pelos duendes, Gringotes, infelizmente acabei ficando separada dos meus amigos mas foi sensacional.
Tinha uma atração que tinha vários carros dos filmes velozes e furiosos, tiramos várias fotos neles. Depois fomos em outra atração sobre Jurassic Park, estávamos andando calmamente até que um dinossauro apareceu do nada, Mj deu um grito pelo susto. Fomos em outras atrações mas não em todas.
Infelizmente não pude continuar, ainda tentei fugir de voltar a Nova York, mas não deu muito certo. Graças a Deus, a Senhora Carter não tocou mais sobre assunto, torço mentalmente para que ela tenha esquecido.
Toda vez que o Peter a via, abaixava a cabeça e ficava todo vermelho. Realmente coloquei ele em uma situação delicada. Eu e ele iríamos iniciar as nossas investigações amanhã e iria pedir a minha avó para fazer um traje para mim.
Já é segunda-feira, estava quase no horário do Peter chegar, antes iria imprimir os arquivos que conseguiu. Estava procurando alguns trajes no Pinterest, não sou uma pessoa muito boa em desenho, prefiro compor e cantar, muito mais fácil.
Ouvi vozes, ele já deve chegado. Salvo as fotos de alguns trajes e saí do quarto com o celular na mão, vejo ele conversando com a minha avó abertamente.
— Oi, Peter. — Cumprimento ele e sorrio.
— Oi, Anny. — Ele sorri e senti o meu coração acelerar.
— Vovó, preciso da sua ajuda. — Aproximo-me dela e falo em um tom baixo.
— Ajuda em quê, querida?
— Preciso de um traje.
— Traje? Tipo de super heroína?
— Isso mesmo. — Peguei o meu celular e mostrei a foto do traje que achei bonito no Pinterest.
— Sabia que você tinha poderes. Natasha me falou mas esperei que você tomasse iniciativa.
— É, eu tenho...não tive escolha de aceitar ou recusar. E me desculpe por não ter falado nada, fiquei com medo de como você poderia lidar com isso. — Falo receosa.
— E eu sei que você é o Homem-Aranha. — Ela diz e aponta para o Peter que ficar branco e arregala os olhos.
— E-eu? Claro-o que não. — Ele tenta desmentir.
— Não precisa mentir para mim. Eu já te vi passar por aqui com o sua roupinha de Homem-Aranha e sempre parando na janela do quarto da minha neta.
— É Peter, o jeito é admitir. — Falo e cruzo os meus braços.
— Mas eu não sou o Homem-Aranha, Anny.
— Ele é, vovó. — Confirmo a suspeita dela e sinto Peter me fuzilar com olhar.
— O que vocês vão investigar?
— O desaparecimento dos alunos da Midtown.
— Querida, quero que me prometa que se correr algum risco vai pedir ajuda para algum daqueles vingadores e vai voltar viva sempre quando for investigar.
Engulo em seco, sei o "porque" do pedido dela, sempre foi apenas nós duas. Sempre foi assim, se eu perdesse ela ou vice-versa, seria como se a vida tivesse perdido sentido.
— Não se preocupe, nada vai acontecer. — Digo para ela e sorrio.
— O meu coração não diz isso. — Diz ela e noto um tom de receio e medo em sua voz.
— Nada vai me acontecer, eu prometo que vou me cuidar. — Dou um abraço nela, tentando a reconfortar.
— E eu prometo que vou cuidar dela. — Diz Peter.
— Então você é o Homem-Aranha mesmo. — Diz vovó, se afastando de mim.
— Sou. — Ele finalmente admite.
— Você é igual a sua mãe, namora com super-herói. — Minha avó fala radiante e acabo murchando como que ela falou.
— A gente não namora, vovó.
— Meu filho, você está esperando o quê para pedir a minha neta em namoro? Antes tem que pedir para mim é claro.
—Vovó. — Repreendo ela e vejo o Peter abaixar a cabeça. — Faça o meu traje, por favor. Vamos, Peter.
Saí andando até o meu quarto e ele me segue, sem falar nenhuma palavra.
— Me desculpe pela a minha avó, às vezes ela é intrometida.
— Tudo bem. — Diz e nos sentamos na minha cama.
Será que ele não quer nada comigo? Nem falou nada sobre o que vovó disse, suspiro e peguei os arquivos que estavam em suas mãos.
— Então, o que encontrou? — Pergunto tentando mudar esse clima.
— Nesses arquivos tem tudo falando sobre a alteração no DNA que provavelmente deve ter sido usado na Valentina. Fala também sobre um chip que foi ou está sendo criado.
Leio os arquivos cuidadosamente, falando detalhadamente sobre tudo esses processos. O chip seria minúsculo e injetado na nuca da pessoa, que daria a pessoa força suficiente para derrubar um touro, velocidade, imunidade perfeita. Seria como se fosse um super soldado, tudo interligado a um grande computador.
— Para que será que vai ser usado esses chips? Será que vai ser nos adolescentes desaparecidos? — Faço perguntas que não seria respondidas justamente pelo Peter, que quer descobrir a mesma coisa.
— Acho que provavelmente sim, será que o esconderijo deles é aqui em Nova York?
— Não sei...Valentina parece ser rica e não burra. Jamais iria ter um esconderijo aqui, deve ser em outro estado. Talvez não muito longe daqui.
— Mas qual? Eu queria entender o "porque" disso tudo.
— O que sabemos da Valentina? Pode ser algo relacionado a mim.
— Ligado a você? Acho que não. - Ele pega um arquivo que tinha tudo falando sobre Valentina e entrega-me.
Valentina Watson, dezoito anos de idade. Nasceu em Nova York, mas mudou-se para Los Angeles quando tinha 7 anos. Aí me Deus não pode ser! Me levantei da cama e comecei a andar de um lado para outro.
— Anny? — Peter chama a minha atenção.
— Eu e a Vale...Valentina já fomos melhores amigas.
— Melhores amigas? Como assim? — Ele questiona bastante confuso.
— Como eu não pude reconhecer ela? Deve ser por isso a raiva dela por mim.
— Tem como me contar?
— Eu e a Valentina eramos muito amigas na pré escola e na escola, até que apareceu o Leonardo ele era crush dela, mas aí viramos amigos, aos poucos ela foi ficando de lado e em seguida foi para Los Angeles. — Conto a ele.
— Tudo isso por causa de um garoto? — Ele pergunta incrédulo.
— Eu não acredito que ela é a Valentina, era uma garota tão doce e super legal. O que aconteceu com ela? — Fitei o chão e comecei a pensar no que poderia ter acontecido. — Isso é tudo culpa minha.
— Nada disso é culpa sua, Anny. — Ele se levanta da cama e se aproxima de mim.
— Se eu tivesse reconhecido ela ou mantido contato nenhum desses adolescentes teriam sido sequestrados, Peter. Eu tinha até o contato dela, mas quando fui ligar, ele tava borrado porque estava em uma calça que tinha sido lavada. — Sinto meus olhos marejarem.
— Nós vamos encontrar eles, tá bom? — Ele ergue o meu rosto e olho em seus olhos.
— Nem que tenha que ser a última coisa que eu faça na vida. — Falo determinada.
Uma semana já havia se passado, estava me esforçando ao máximo, juntamente com o Peter para encontrar as pessoas que haviam desaparecido. Meu traje já estava pronto, porém ainda não havia o usado.
Hoje às aulas iriam se iniciar e também voltaria a trabalhar. Acordei cedo e me arrumei, tomei café com minha avó. Vou caminhando para escola ao som de Ed Sheeran, Thinking Out Loud.
"As pessoas se apaixonam de maneiras misteriosas
Talvez seja tudo parte de um plano
Bem, eu continuarei a cometer os mesmos erros
Esperando que você entenda"
Logo cheguei na escola, vejo que alguns grupinhos estavam se juntando e abraçando-se, colocando papos em dia.
Dessa vez não seria igual no começo do ano letivo, quando eu estava sem amigos. Seria totalmente diferente, avisto meus amigos e caminho até eles.
— Bom dia. — Cumprimento e sorrio para eles.
— Bom dia. — Eles respondem em uníssono.
— Lá vem o mala do Flash. — Comenta Ned e o Flash se aproxima, seu olhar direciona para mim e sorri.
— Oi Anny. Você está bonita a cada vez mais. — Diz ele e o olho confusa, vejo que Peter o fuzila com o olhar.
— O que você quer, Flash? — Pergunto com tédio.
— Liz quer falar com você.
— Comigo? Para quê?
— Não sei, só você indo para saber. — Reviro os olhos com o que ele falou.
— Depois nos vemos, gente. — Digo e vejo o Peter ainda o fuzilando com o olhar. Será que é ciúmes? Acho que não, nem temos nada sério.
Saio andando com o Flash que logo puxa assunto comigo.
— Você está saindo com o Peter?
— Isso te interessa por acaso? — Pergunto irritada.
— Só queria saber, naquele dia da festa da Liz, quase nos beijamos. — Ele fala dando de ombros.
— Por que você veio falar disso agora? Já faz meses que isso aconteceu e eu estava bêbada, Flash.
— Essa vai ser a sua desculpa? "Eu estava bêbada?"
— Eu não estava sóbria e você sabe disso. — Avisto a Liz conversando com a Beth no final do corredor. — E esqueça aquele dia.
Saio andando até elas e deixo ele para trás, me aproximo delas e Liz ao me ver, dá um sorriso simpática.
— Oi, Anny. — Ela me cumprimenta.
— Oi Liz. — Cumprimento ela de volto e logo a amiga dela sai, nos deixando sozinhas.
— Queria te fazer um convite muito especial.
— Pois faça. — Que convite poderia ser? Não consigo imaginar.
— Quero te convidar para o Decathlon.
— Sério? — Pergunto sendo totalmente pega de surpresa.
— Sim, um dos alunos foi embora para outra cidade e apenas você poderia preencher essa vaga.
— Hum, entendi. Vocês vão participar de algum campeonato?
— Sim, estamos já quase na reta final do campeonato nacional. Vai aceitar?
— Não sei. Vou pensar e qualquer coisa falo com você.
— Estaremos na biblioteca no final das aulas.
Apenas assinto e o sinal é tocado, vou para a sala de aula que agora seria aula de Literatura. Logo as primeiras aulas se passam rapidamente, o intervalo chega e nos reunimos na mesa que sempre nos sentamos.
— Então... — Peter pigarreia. — O que a Liz queria com você?
— Não era nada importante. — Digo e simplesmente volto a comer.
— O melhor foi o Flash dando em cima de você. — Comenta MJ e ri.
— O pior você quis dizer, né? Ele estava me relembrando daquele dia que quase beijei ele, mas coloquei a culpa na bebida. — Rio. Peter apenas ficou na dele o restante do intervalo.
As seguintes aulas se passaram bem rápidas até. Passei as aulas todas pensando se devia aceitar ou não. Saí da sala, fui até a biblioteca e encontrei a Liz que me olhava com expectativa, apenas aceno com a cabeça e ela pede para eu esperar.
Alguns minutos se passam e ela volta, acompanho ela, mas fico esperando a mesma anunciar-me, disse que todo mundo iria ficar animado. Ouço ela falando em alto em um bom som "Pode vir, integrante nova do Decathlon."
Respirei fundo e entrei na sala, vejo que todos ficaram de boca aberta ao me ver. Apenas sorri e recebi o "seja bem-vinda" deles, me acomodei em uma cadeira e fico para a reunião. Percebi o quão organizados e dedicados eles eram, com certeza eu não iria me arrepender de ter entrado.
Assim que acabou, fui direto para a livraria, hoje iria arrumar os livros novos com um funcionário novo. Nem iria para o treino com a Natasha por causa disso.
Após alguns minutos chego e sou recebida pela a senhora Johnson que me dá um abraço caloroso.
— O meu sobrinho é o novo funcionário, ele teve alguns problemas com a família e eu o acolhi. - Ela conta-me tudo rapidamente e entramos na livraria.
O rapaz estava tão concentrado em tirar os livros das caixas que nem reparou a gente se aproximando.
— Jake. — Senhora Johnson o chama e ele finalmente nos nota. — Essa é Anny e Anny esse é o meu sobrinho Jake, espero que vocês se deem bem.
Ele estende a mão para mim e sorri, um sorriso lindo e caloroso. O cumprimento e começamos a trabalhar, ele é simplesmente maravilhoso, acredito que vamos ter uma amizade incrível.
Na noite anterior percebi como o Jake era um cara incrível e muito legal, tão novo já passou tanta coisa. Ouvi o meu celular notificar que chegou uma nova mensagem, é do Jake, dizendo que me esperava em frente ao prédio. Me despedi de minha avó.
Como iríamos estudar juntos, ele insistiu para que passasse a me buscar para irmos juntos, vejo ele em cima da moto e me entrega o capacete, coloco e subo na moto.
Tinha me esquecido como era bom andar de moto, ainda mais em uma velocidade considerada alta. O vento batendo em meu rosto fazendo com que os meus cabelos voassem. Após alguns minutos chegamos na escola, descemos da moto dela e sinto vários olhares em cima de nós, vejo os meus amigos e aceno de longe.
Iria mostrar a escola para Jake e o levar até a secretária, dito e feito. Infelizmente hoje não teríamos aulas juntos, mas o convidei para passar o intervalo comigo e os meus amigos.
As primeiras aulas se passaram e o intervalo havia chegado, já estava sentada na mesa com meus amigos, quando Jake se aproxima.
— Oi Jake, pode se sentar. — O cumprimento e ele sorri em resposta. — Gente, esse é o Jake sobrinho da Senhora Johnson. Jake, esses são os meus amigos, Ned, MJ e Peter. - Aponto para cada um e eles o cumprimentam.
— Você é de onde, Jake? — Pergunta MJ.
— Sou de Washington.
— Sério? Eu também sou, que coincidência. — Comenta ela.
— Ele vai trabalhar comigo na livraria, nos conhecemos ontem. — Falo a eles.
— Ainda bem, pensei que iria trabalhar com alguém insuportável. — Jake fala e revira os olhos.
— Ei, eu sou um amorzinho quando eu quero.
— Como você disse, quando quer. — MJ reforça e rimos.
— Por que se mudou para Nova York? — Pergunta Ned curioso, enquanto Peter continua quieto.
— Problemas familiares. — Diz ele e volta a comer. — A gente vai junto para a livraria, Anny?
— É claro, amei andar na sua moto. Pode apostar que não vou recusar uma carona sua tão cedo. — Digo e sorrio para ele, ouço Peter bufar.
— Com esse seu rostinho angelical, seria difícil não oferecer uma carona. — Jake notou e decidiu colocar lenha na fogueira.
— Cara, qual é a sua? — Pergunta Peter irritado e se levanta bruscamente da cadeira.
— O que foi? — Pergunta Jake se fazendo de desentendido.
— Você mal chegou e já está dando em cima da Anny. — Diz Peter vermelho de irritação, eu e Jake nos entreolhamos e começamos a rir.
Ned, MJ e Peter nos olham confusos e devemos ter demorado pelo menos cinco minutos rindo, quando paramos de rir, Jake diz:
— Você acha que eu estou dando em cima da Anny? — Pergunta ele para Peter que apenas assente. — Se eu fosse hétero eu até dava em cima dela, mas eu sou gay.
Vejo a cara que o Peter fez, provavelmente ficou envergonhado. Dou uma risada e ele olha com uma cara de envergonhado.
— Desculpa...eu não sabia. — Lamenta Peter.
— Tudo bem, todo mundo acha que sou hétero, mas se eu fosse já teria roubado a Anny de você.
— Somos apenas amigos. — Dou ênfase na palavra amigos
— Já que são apenas amigos, posso te apresentar para alguns amigos meus gatinhos. — Ele alfineta o Peter.
— Claro.
Peter se levanta e sai enfurecido, começamos a rir dele.
— Ele está morrendo de ciúmes de você. — Diz MJ.
— Eu sei, mas nem temos nada sério. — Falo dando de ombros.
— Ele é lerdo mesmo, mas logo deve te pedir em namoro. — Jake conclui.
— Até parece viu.
Voltamos a comer, nosso intervalo acaba e as aulas voltam. Meus pensamentos voltam-se todos em Peter, será que ele realmente estava com ciúmes de mim?
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