Capítulo 38: Parque da Universal
A sexta finalmente havia chegado, hoje iríamos para Flórida. Nessa semana tinha me encontrado com os meus amigos e Peter insistindo para irmos a NASA, mas como sempre dissemos iríamos para a Universal e ponto final.
Já estava com a minha mala pronta e na portaria do prédio com a minha avó esperando uma mini van da escola que viria me buscar. Nessa viagem, iria eu e meus amigos, juntamente com o diretor e a senhora Carter, nossa professora de ciências e irmã do Thomas.
Vejo a mini van parar em frente ao prédio, com meus amigos dentro dela acenando animadamente, dou um abraço apertado em minha vovó.
— Se divirta muito lá, querida.
— Vou me divertir muito, não se preocupe. — Afasto-me dela, dou um beijo em sua bochecha.
Saio do prédio com minha mala, iria ser apenas um final de semana em Orlando, então não iria precisar de tantas coisas. Coloco a minha mala na van e me sento ao lado do Peter.
— Oi. — Cumprimento ele e sorrio.
— Oi, animada para ir ao parque?
— Muito, você vai ver que irá ser melhor que a NASA.
— Duvido. — Cruza os braços e fala emburrado.
— Sabe que pedindo para o Stark ele te leva para a NASA né?
— Será? — Ele questiona duvidoso.
— É claro, se quiser posso pedir por você.
— Nem venha com essa ideia.
Como eu não tinha pensado isso? Tony com certeza daria um jeito do "pirralho" dele ir a NASA, vou dar um jeito de falar com ele quando retornarmos. Logo chegamos no aeroporto, pegamos as nossas malas e adentramos no aeroporto.
Ultimamente ando viajando muito, nunca imaginei que viajaria tanto assim em minha vida
Entramos no aeroporto e somos recebidos por um funcionário, que nos leva até um avião particular. Pensei que iríamos em um voô comercial, mas eu estava totalmente enganada, entramos e nos acomodamos, claro que me sentei ao lado de Peter.
— A gente podia tentar descobrir alguma coisa com a senhora Carter. — Dou a ideia para Peter que olha para mim espantado.
— Eu não acho que ela tenha algo a ver com os sumiços dos adolescentes.
— Eu sei, mas o irmão dela e a Valentina podem ter.
— Ela parece ser tão boa, não acho que seria capaz de ajudar eles. — Ele fala.
— Devemos desconfiar de qualquer um, Peter.
— Está bem...mas como vamos descobrir?
— Tá com o seu traje?
— O que? Claro que não.
— Dúvido que a May não tenha colocado.
— Claro que ela não colocou, assim que chegarmos no hotel te provo.
— Assim que chegarmos te conto o meu plano.
Encosto a minha cabeça no ombro dele, olho para MJ e Ned conversando animadamente.
— É impressão minha ou está rolando algo entre eles? — Pergunto para Peter.
— O quê? Acho que não, se estivesse ele teria me falado.
— Você falou por acaso que estava rolando algo entre nós pra ele?
— Não...
— Então, ele não vai te falar nada, Peter. Mas eu shippo os dois.
Fomos o voô todo assistindo um filme que o Peter tinha baixado e também havia trazido adaptador para fones, ele simplesmente pensou em tudo.
Aterrissamos na Flórida, saímos do aeroporto e havia uma limosine nos esperando.
— Nossa, uma limosine. É a primeira vez que tem uma na viagem. — O diretor fala, eu e Peter nos entreolhamos. Sabíamos quem estava responsável por todo esse luxo.
Entramos na limosine e logo chegamos em hotel luxuoso. Fazemos o nosso check in e cada um foi para o seu quarto, o do Peter era em frente ao meu, apenas deixei as minhas malas e fui no quarto dele, bati na porta e ele abre, logo em seguida.
— Pode entrar. — Diz e entro, fecho a porta. — Acredita que ela colocou dentro da mala?
— Isso é bem a cara dela mesmo, vamos colocar logo o nosso plano em prática.
— E qual é? — Pergunta curioso.
— Veste o seu traje. — Ordeno a ele.
— Na sua frente? — Ele pergunta e eu arregalo os meus olhos.
— O quê? Claro que não. — Fico de costas para ele. — Agora pode se trocar.
— Então, qual é o seu plano?
— Vou no quarto dela, pedi ajuda em algo que só ela pode me ajudar, você entra e pega o celular dela, vai até o Ned e pede para ele descobrir a senha, tenta encontrar algo de relevante no celular e passa para o seu.
— Certeza que esse seu plano vai dar certo?
— Vai sim... só é meio doido. Posso me virar?
— Pode.
Viro-me e observo ele de cima a baixo com o seu uniforme, caminho até ele.
— Sabia que você fica um gato com esse uniforme? — Dou um selinho nele. — Vou logo lá, quando eu estiver acabado de falar com ela, eu te mando uma mensagem para ir deixar o celular dela de volta.
Ele apenas assente, saio do quarto dele e vou até o dela, bato na porta e logo ela abre.
— Oii Anny. Precisa de algo?
— Oii professora, preciso da sua ajuda
— Pode entrar. — Ela dá um espaço para mim entrar. — O que aconteceu? — Ela fica de costas para a janela e vejo Peter, decido mudar de plano.
— Não sei se você notou, mas eu e o Peter estamos entrando em um relacionamento. — Olhei para ela que assente. — Então, você sabe que nós jovens de hoje em dia nos relacionamos cedo...e eu...
— Você? — Ela incentiva-me a continuar e olho para Peter que estava atento a tudo que eu estava falando.
— Eu acho que estou grávida.
— É o que? Como assim? Meu Deus, vocês não sabem se prevenir? — Ela pergunta exasperada.
— Calma, eu que devia estar nervosa, pois o meu futuro está em jogo. — Digo com um falso nervosismo que parece dar certo que ela acalma-se.
— Desculpa, vamos em uma farmácia comprar um teste para você. — Assinto, ela pega sua bolsa que estava na cama e saímos do quarto dela. Ainda bem que ela esqueceu de pegar o celular, descemos até o hall do hotel e pedimos um táxi.
O táxi logo chega, fomos até uma farmácia em completo silêncio, entramos e ela compra alguns testes de gravidez e ainda pegas umas camisinhas e paga, se o Peter ver isso é capaz de morrer de vergonha. Entramos no carro que taxista estava nos aguardamos.
Voltamos para o hotel e fomos para o meu quarto.
— Faça esses três testes e tiramos essa dúvida. — Ela me entrega os testes e sorrir nervosa.
Entro no banheiro e penso - em que enrascada eu fui me meter? - O jeito foi fazer a porcaria dos testes, saio do quarto e deixo os testes em cima da mesa, torço mentalmente para que ela não comece a me dar sermões.
— Independente do resultado, você precisa aprender a se prevenir, Anny. Existem camisinhas que ajudam a prevenir não só uma gravidez indesejada como doenças transmissíveis.
Começo a ouvir várias doenças que podem ser transmitidas sem a camisinha, já estava ficando enojada. Até que decido interromper ela:
— Acho melhor vermos o resultado.
— Verdade. — Ela pega os testes. — Deu negativo, que susto você me deu garota.
— Ufa, ainda bem que não está vindo nenhum bebê. — Falo fazendo uma graça. — Acho melhor acabarmos por aqui. — Me levanto da cadeira.
— Mas quais eram os seus sintomas? Os testes podem ter dado um falso resultado.
Era só o que me faltava, já devia fazer uma hora que eu estava com ela, meu celular vibra e vejo uma mensagem do Peter dizendo que já tinha pegado o celular dela e tudo o que iríamos precisar e deixado novamente no quarto dela, estava no quarto do Ned me esperando.
— Eu estava apenas com o meu ciclo menstrual atrasado, mas isso sempre acontece.
Ela pega as camisinhas e me entrega, arregalo os meus olhos com a quantidade totalmente exagerado.
— Pegue, se previna. Não queremos nenhum bebê, não é? E caso fique sem camisinha, tome a pílula do dia seguinte.
— Obrigada pela ajuda, professora. — Dou um sorriso fraco, ela era tão legal e prestativa, será que está ajudando o irmão por livre e espontânea vontade?
— Se precisar de qualquer coisa é só falar comigo.
Ela sai do meu quarto, espero alguns minutos e vou até o quarto do Ned, bati na porta com dificuldade, Peter abre e se assusta ao me ver com tantas camisinhas.
Entrei no quarto e joguei as camisinhas na mesa, me sentei e vi que estavam a MJ e Ned esperando que eu falasse algo.
— O que foi?
— Você falou para a professora que achava que estava grávida. — Diz Peter exasperado.
— Eu e você sabemos muito bem que é mentira, eu ia pedi para ela comprar absorvente, mas ia ser rápido, com esse meu segundo plano vocês tiveram mais tempo com o celular.
— Ela tem razão. — Diz MJ.
— Nunca mais vou conseguir olhar na cara da senhora Carter. — Diz Peter. — Ela pensa que temos uma vida sexual ativa.
— Só vai pensar, mas já foi. Descobriram algo? — Pergunto e dou de ombros.
— Sim, encontramos vários arquivos sobre modificações no DNA e sobre um chip. — Comentou Ned.
— Chip? — Perguntei confusa.
— Um chip que parece estar... — Ned é interrompido por MJ.
— Gente, estamos de férias em Orlando. Quando voltarmos para Nova York, vocês falam sobre isso.
— Ela tem razão. — Peter imita a MJ que revira os olhos.
— E você, Peter, usa essas camisinhas para não termos um mini Peter chato, igual a você. — Ela alfineta ele, peguei uma camisinha e joguei na cara dela.
— Ei, eu estou aqui. — Falo a ela.
— Eu sei, e isso serve para você também.
— Vou é jogar no lixo. — Peguei todas elas e joguei no lixo do banheiro do Ned.
— Justo no lixo do meu quarto?
— É...queria que eu jogasse onde?
Como tínhamos chegado na parte da tarde, não iríamos ao parque hoje, apenas amanhã. Decidimos pedir hambúrgueres, batatas fritas e refrigerantes para comermos no quarto do Ned, ficamos conversando e nos divertimos, até que deu o horário de ir dormir.
Eu e Peter nos despedimos deles, MJ ainda ficaria "conversando" com Ned, com certeza algo estava rolando entre os dois. Caminhamos até os nossos quartos e quando estava entrando no mesmo, me viro para Peter.
— Peter...você pode vir dormir comigo? Sem segundas intenções é claro — Pergunto.
— Claro, eu vou só tomar um banho e vestir minha roupa de dormir...e venho para o seu quarto.
Assinto, entro no meu quarto. Pego meu pijama e uma toalha, vou ao banheiro e tomo um banho rápido, visto meu pijama e saio do quarto.
O quarto estava escuro, mas eu não havia deixado ele assim. Encontro o meu celular com dificuldade, ligo a lanterna e vejo o Peter na minha cama, dou um grito e levo minha mão ao peito, ele liga o abajur.
— Meu Deus, você me deu um susto Peter.
— Desculpa, essa não era a minha intenção.
— Até parece. — Coloco o meu celular para carregar e me deito na cama. — Te conheço muito bem.
— É...vamos dizer que não era a minha intenção, mas acabou virando quando não te encontrei, devia ter gravado. Foi engraçado. — Ele ri e dou um tapa no braço dele.
— Tão engraçadinho. — Falo e ele me puxa para um abraço.
Minha cabeça fica na curva do seu pescoço, expiro o seu perfume que eu amo. Depósito um beijo no local e vejo que ele se arrepia, dou mais beijos no pescoço dele e no queixo até chegar em sua boca que engatamos em um beijo intenso.
Me sento em seu colo, nosso beijo continua mais intenso, sinto suas mãos passearem pelo o meu corpo, seus dedos roçam na minha pele que estava quente. Paro o beijo por falta de ar.
— A-acho melhor dormirmos. — Digo com dificuldade e ele assente. Nos ajeitamos na cama, coloco minha cabeça em seu peito e sinto sua mão fazer cafuné em meus cabelos. — Boa noite, Peter.
— Boa noite, Anny.
Logo adormeço em seus braços, com certeza era uma dos melhores lugares do mundo.
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