Capítulo 37: Encontro com Peter Parker

  Minhas férias no Brasil foram incríveis e inesquecíveis, uma hora eu teria que voltar para Nova York, é justamente isso que está acontecendo agora.

  Tinha acabado de desembarcar com minha avó e MJ. Peter havia dito que viria nos buscar com sua tia. Os pais de MJ não poderiam vir buscar ela, pois estavam atolados no trabalho.

  Saio na frente e logo vejo Peter, sinto o meu coração acelerar, deixo a minha mala e corro até ele que me abraça fortemente.

  — Eu senti tanto a sua falta. — Ele fala baixo para que apenas eu ouça.

  — Eu também senti sua falta. — Me afasto dele e depósito um beijo em sua bochecha. Ouço uma tosse forçada e vejo a May.

  — Oi, Anny.

  — Oi, May. — Dou um abraço rápido nela.

  Vovó e MJ cumprimentam eles, saímos do aeroporto, colocamos as malas no porta malas e entramos no carro. Coloco minha cabeça no ombro do Peter e expiro o cheiro dele.

  — Peter? — MJ chama ele e sinto que aí vem coisa. Estava no banco de trás ela, Peter e eu.

  — Sim?

  — Sabia que teve um garoto que deu em cima da Anny? — Pergunta MJ ao colocar lenha na fogueira.

  — MJ cala a boca. — Digo e tiro a minha cabeça do ombro dele.

   Vejo Peter ficar emburrado, cruza os braços e May resolve se intrometer.

  — O garoto era gatinho, Anny? — Pergunta ela querendo piorar a situação, antes que eu fale algo, minha avó se pronuncia.

  — Era gatinho sim, gaúcho dos olhos verdes.

  — Podem ir parando, eu nem dei moral para aquele garoto. — Falo já irritada.

   — Sério? — Pergunta Peter.

   — Claro, elas estão apenas querendo que você fique com ciúmes. — Explico e dou um beijo na bochecha dele.

   — E conseguiram. — Ele resmunga.

   — Se sente ciúmes, é porque gosta. — Diz MJ.

   — Não vejo a hora de vocês se assumirem. — Diz May animada.

   — Nem eu. — Comenta a minha avó.

   Logo chegamos na residência da MJ, Peter ajuda ela a tirar a mala e nos despedimos. Voltamos a seguir para o trajeto da minha casa.

  — Que tal sairmos na segunda? — Sugere Peter, em um tom baixo.

  — Está me convidando para um encontro?

  — Sim, que tal um cinema?

  — Claro, mas pode ser depois do meu treino? Natasha disse que já aproveitei demais as férias.

   — Pode ser. Será que ela deixaria eu assistir o seu treino? — Ele pergunta tímido.

   — Quer me ver passando vergonha?

   — Você não vai passar vergonha.

   — Com certeza a Nat vai me fazer passar vergonha.

 May estaciona o carro em frente ao prédio, descemos do carro e tiramos as malas, vovó entra na minha frente.

  — Então, segunda nos vemos. — Diz Peter.

  — Segunda, se quiser passar aqui antes.

  — Vou passar, não se preocupe.

  Viro-me para entrar no prédio, mas resolvo voltar até o Peter e dou um beijo rápido nele.

  — Agora sim, tchau.

  — Tchau, Anny. — Sorrimos e entro no prédio.

       
  Passei o final de semana todo dormindo e tentando acostumar-me com o fuso horário. Já estava quase no horário de ir para o treino, notei que o passeio para a Universal seria nesse final de semana, como o tempo passa rápido.

  Tomei um banho, vesti uma calça jeans e blusa vermelha. Calcei meu tênis e coloquei dentro de uma mochila, uma calça legging e blusa para que eu pudesse usar no treino.

  Termino de me arrumar e vejo uma mensagem do Peter dizendo que estava esperando-me em frente ao meu prédio. Despeço de vovó e logo desço, encontro com ele e dou-lhe um selinho.

  — Vamos? — Estendo a minha mão para ele, que a pega. Dessa vez ele tinha vindo com sua bicicleta, subimos nela.

  — Tenho que te apresentar um doce maravilhoso do Brasil.

  — Qual é o nome? — Ele pergunta com curiosidade.

  — Brigadeiro.

  — Brigadero? — Ele tenta pronunciar o nome, solto uma gargalhada.

  — Brigadeiro. — Falo novamente.

  — Nome difícil.

  Fomos o caminho todo conversamos e após alguns minutos chegamos. Ele coloca uma corrente na bicicleta e entramos na torre dos vingadores e fomos para o andar, onde geralmente ocorre o treino. Vejo a Nat, vou até ela e dou um abraço.

  — Parece que alguém estava com saudades.

  — Estava e muito. — Me afasto dela e sorrio.

  — Depois quero saber como foi as suas férias, agora vai se trocar.

  Apenas assinto e caminho até o banheiro, troco de roupa rapidamente e volto para a sala de treino. Entrego a minha mochila para o Peter, que provavelmente iria ver o meu treino mesmo.

  — O que vamos treinar hoje?

  — Espada.

  — Estou na era medieval por acaso? — Perguntei em tom de deboche e ela me entrega uma espada.

  — Voltou tão engraçadinha.

  Caminhamos até o centro do tatame e nos posicionamos.

  — Para usar uma espada, precisa ter habilidade e técnica.

  Assinto e ela continua a explicação. Mostrando-me o jeito de segurar corretamente a espada e as posições dos pés. Aprendi alguns golpes e como tentar vencer o adversário. Por incrível que pareça, passei nenhuma vergonha na frente do meu crush, eu ouvi um amém?

  Depois do treino, fui ao banheiro e tomei um banho, vesti a roupa que eu tinha vindo para a torre. Saio do banheiro e caminho até o Peter.

  — Vamos? — Perguntei a ele e ajeitei a alça da mochila em meu ombro.

  — Vamos. — Ele entrelaça a mão dele na minha e sorrio.

  Saímos da torre, fomos de bicicleta para até o shopping. Era apenas alguns quarteirões. Chegamos em pouquíssimos minutos e fomos para o cinema, vimos que o filme iria iniciar e compramos os ingressos para assistirmos um filme de terror.

  Compramos pipoca e refrigerante, logo a sessão começou e assistimos o filme. A cada cena que eu me assustava, Peter me abraçava fortemente.

  Depois do filme ter acabado, voltamos de bicicleta e Peter me acompanhou até em casa, paramos em frente ao meu prédio.

  — Obrigada pelo nosso terceiro encontro. — Agradeço ele e sorrio.

  — Terceiro?
 
  — Sim. Tivemos aquele no shopping, parque de diversões e esse de hoje.

  — Então você sempre conta todos os nossos encontros? — Ele coloca as mãos na minha cintura e puxa-me para mais perto dele.

  — Não é sempre, vim contar só agora.

  — Aham sei, mas quero que saiba que vamos ter muitos encontros.

  Sorrio e o beijo, coloco meus braços ao redor do pescoço dele. Ah como eu senti falta dele, dos nossos beijos e abraços. Paramos o beijo por falta de ar.

  — Sexta vamos para a Universal, né?

  — Não tem como eu convencer vocês? — Ele questiona com um biquinho nos lábios, fofo demais.

  — Não mesmo, apenas se conforme. — Neguei com a cabeça.

   — Sabia que fazer esse trabalho foi a melhor coisa da minha vida?

  — Foi? — Pergunto e sorrio, devo estar parecendo uma boba apaixonada.

  — Sim, pois eu realmente te conheci de verdade e me encantei por você.

  — Sabia que você tinha uma quedinha por mim.

  — Quedinha? Eu tenho é um quedão por você. — Rimos.

  Trocamos mais alguns beijos antes de eu entrar no prédio, assim que entro no apartamento vou direto para o meu quarto, me jogo na cama com um sorriso bobo no rosto.

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