Capítulo 31: Nova Asgard
Gritei tanto que acabei ficando rouca, logo a luz branca nos deixou em terra firme, acabei caindo no chão um pouco desnorteada.
Vejo a mão estendida do Thor para mim, aceito e ele me ajuda a levantar.
— Seja bem vinda a Asgard. — Olho para a frente e vejo uma passarela que direciona ao palácio.
Começamos a caminhar pela a passarela e o Thor continua a falar:
— Asgard sempre foi governado pela a nossa família, mas essa é a Nova Asgard. A nossa antiga foi destruída pela nossa irmã Freya.
— Destruída? Eu não sabia que vocês tinham uma irmã. — Questiono
— É uma longa história. Ela tinha sede de vingança e para derrota-la, tivemos de destruir Asgard.
— Ah sim, acho que entendi.
— Após isso começamos a planejar a Nova Asgard, esse foi um dos motivos de ter demorado ir para a Terra. Faz pouquíssimo tempo que temos esse novo reino. — Apenas assinto, até parece que acredito.
Ele foi porque provavelmente Loki tentou roubar o tesseract, ainda usando a minha forma. Preciso ter uma conversinha com ele.
Continuamos a andar pela a longa passarela, podia ter um carro ou sei lá o que para nos levar, ainda continuo sedentária. Vejo os asgardianos com as suas vestes bem diferentes das que usamos na Terra, algo parecido com medieval.
Thor prosseguiu falando sobre Asgard, que os asgardianos eram conhecidos por serem mantenedores da paz, atrás dos noves reinos. Contou também sobre a passagem ser aberta para os noves reinos somente por uma pessoa, um tal de Heimdall.
Alguns dos moradores se reverenciam para o Thor e o Loki, logo chegamos no palácio. Na frente tinha alguns soldados, somos recebidos por servos que pegam a minha mala e levam para algum lugar. Estava encantada com tudo, Asgard era fantástico.
— Está gostando de Asgard? — Loki pergunta
— Sim, é fantástico. — Respondo para ele sorrindo mas logo desfaço, ele apenas me olha confuso.
— Bom, irei repousar em meu quarto, nos vemos no jantar. — Loki se despede e logo sai.
Thor e eu caminhamos em silêncio por alguns minutos, até que ele resolva puxar assunto.
— Eu soube que os seus poderes são semelhantes ao meu.
— Sim, eles são, mas acho que sumiram. — Digo e suspiro.
— Sumiram? Como assim? — Pergunta confuso e continuamos a caminhar pelo palácio.
— Sim, acho que usei muito e ele pode ter evaporado, não sei explicar.
— Acho que tenho a solução, venha comigo. — Ele fala e apenas o sigo.
Caminhamos pelos corredores do grandioso palácio, entramos em uma sala e vejo vários potes, com conteúdos coloridos. Thor pega um pote em que o líquido é amarelado, pega um copo e deposita um pouco do conteúdo, estende o copo para mim.
— Esse chá vai ajudar os seus poderes ressurgiram.
Tomo um gole e era doce, agradável de ingerir. Ele olha ao redor, pega um outro pote. Tomo outro gole e quando ia ingerir mais um pouco, ele fala:
— Ah não, eu te dei Valeriana. — Olho para ele confusa. — Isso vai te dar um sono horrível, capaz de ficar dois dias dormindo.
Caminho até uma pia rapidamente e despejo o líquido.
— Se eu não conseguir acordar, já vão saber o porque.
— Desculpa. — Ele diz meio sem graça. — Esse é o certo.— Agora ele me entrega outro copo.
— Certeza? — Pergunto receosa e olho para o copo que o conteúdo era azul.
—Certeza absoluta.
Tomo a porção de uma vez, espero que essa seja a certa de verdade.
— Amanhã veremos se o seus poderes voltaram. Acho melhor você ir para o seu aposento, se arrumar para o jantar.
Saímos da sala e caminhamos pelo o corredor, até que encontramos uma figura loira.
— Papai. — Vejo que Thor coloca um sorriso em seu rosto e recebe a garota de braços abertos.
Será que é minha irmã? Pelo visto eles tem uma boa relação. Queria eu ser assim com ele, sinto uma pequena inveja ao ver essa cena. Eles se separam e olham para mim.
— Lorride, essa é Anny, a sua irmã.
— Aquela da Terra que você me disse? — Ele apenas assente, pelo visto ele tinha falado de mim para sua família.
— Olá. — Digo e dou um sorriso tímido, estendo a minha mão para ela, mas ao invés de apertar, ela me puxa para um abraço inesperado.
— Fiquei tão animada quando o papai disse que eu tinha uma irmã. — Nos separamos e olho para ela.
— Você é filha única? — Questiono curiosa.
— Não, tenho dois...na verdade, três irmãos agora. Você vai conhecer eles depois.
Apenas assinto para o que ela falou. Que mudança, logo eu que era filha única, agora tenho três irmãos.
— Meninas, tenho que ver algumas coisas sobre o reino, nos vemos no jantar. — Nos despedimos dele.
Lorride coloca o seu braço nos meus ombros. Que intimidade é essa, querida? - Penso.
— Vou te acompanhar até o seu quarto.— Ela fala sorrindo.
— Está bem. Vocês sempre usam isso? — Pergunto para ela sobre um vestido que está usando, é como aqueles de filmes de princesa medieval, na verdade ela é uma.
— Ah sim, sempre. Como você é uma princesa também terá que usar.
— Odeio usar vestidos, uso apenas em ocasiões especiais.
— Pois aqui você vai ter que usar, não é tão ruim assim e também tem a coroa, toda princesa deve usar.
Após alguns minutos chegamos no meu quarto, finalmente. Eu estava cansada e com muito sono, provavelmente é o chá que tomei.
— Chegamos, quer que eu entre? — Olhei para ela e vejo que estava esperando que eu dissesse sim.
— Claro, pode entrar. — Entramos no quarto e vejo o quão grande é. — Uau, é maior que o meu apartamento.
— Apartamento? O que é isso?
— Ah, é onde eu moro. Acho que é meio complicado de te explicar, se você for um dia a Terra, vai saber como é. — Me jogo na cama e ela apenas se senta delicadamente, uma verdadeira princesa digna de Asgard.
— Como é a Terra? — Ela pergunta com um olhar bastante curioso.
— Ah, eu acho que é normal, não sei te dizer isso, sempre vivi em Nova York, mas um dos meus sonhos é conhecer a Terra toda. — Fito o teto. — Como é o nome dos seus irmãos?
— Nossos irmãos. — Ela me corrige educadamente. — Thrud e Uller.
— Como eles são?
— O Uller é muito legal, você deve gostar dele, mas ele está em uma missão, não sei quando volta. - Percebi o tom triste em sua voz. - A Thrud é legal as vezes, em outras horas é chata.
— Você é a caçula?
— Eu era, agora é você.
— Vou para o meu quarto, arrumar-me para o jantar, logo algum serv deve vir deixar um vestido e te ajudar se arrumar, até mais, Anny.
— Tchau. — Aceno e logo ela sai, suspiro e pego o meu celular, vejo que havia wi-fi mas tinha me esquecido de pedir a senha.
Após alguns minutos depois, ouço alguém bater na porta.
— Pode entrar. — Falo em tom alto. Uma moça morena, que tinha os cabelos castanhos estava preso em um coque, entra em meu quarto com um vestido em mãos.
— Olá princesa, sou Kristen e vim lhe ajudar em se arrumar.
— Ah não precisa. — Levanto da cama.
— Pelo menos deixe-me fazer uma maquiagem e um penteado em seu cabelo. — Pondero a ideia dela.
O que custa aceitar né? Sou uma princesa de Asgard agora.
— Está bem. — Ela me entrega as toalhas e vou ao banheiro.
Fico surpresa ao ver como é enorme o banheiro, maior que o meu quarto nos Estados Unidos. Vejo que tinha uma banheira, dou pulinhos por dentro e trato logo de encher, coloco uns sais cheirosos e entro. Fico alguns minutos dentro, não podia ficar muito tempo.
Saí logo antes que eu perca minha coragem, me enrolo nas toalhas fofas e saio do quarto, vejo o vestido que estava estendido na cama, era simplesmente maravilhoso. Pedi ajuda para Kristen, não saberia colocar um vestido daqueles.
Ficou perfeito em mim, era azul claro. O decote era discreto, o vestido era longo ia até os meus pés, um cinto com pedrarias foi ajustado em minha cintura, o vestido era leve e muito bonito. Simples, perfeito para mim.
Me sentei em uma cadeira, em frente a um espelho. Em alguns minutos eu estava pronta, Kristen fez uma trança embutida em meus cabelos e uma maquiagem leve, nunca me senti tão bonita. Pedi para ela tirar uma foto minha, agradeci a ela por esse favor.
Ouvimos alguém bater na porta e entrar, é Lorride que se aproxima de mim animada.
— Você está tão linda, Anny. — Ela sorri para mim e acabo sorrindo de volta.
— Você está linda também. — Olho para o vestido dela que era branco com alguns detalhes dourados, tiro algumas fotos com ela e fomos para a sala de jantar.
Assim que adentramos, vejo que todos já estavam na mesa. Acho que acabei me atrasando com Lorride, pedimos com licença e me sento ao lado dela na mesa.
Olho para as pessoas que estavam sentadas, Thor e Loki estavam, mas havia duas pessoas que eu nunca conhecia duas mulheres, todas duas loiras com os olhos azuis, uma era nova e a outra mais velha.
Essa família tem a genética boa todos loiros e com olhos azuis, apenas Loki que não é assim. Os servos deixam o prato de entrada. Olho abismada para o tanto de talheres que haviam sobre a mesa, em seguida olho para a Lorride e pego mesmo talher que ela.
Começo a comer de pouco a pouco, quando ouço o barulho da porta sendo aberta, vejo um rapaz alto, loiro e forte, mas era diferente pois não tinha olhos azuis e sim verdes. - Quantos filhos o Thor tem? Coitada da esposa dele. - Meus pensamentos eram muitos para hoje.
— Uller, que bom que está de volta. — Thor fala animado e o rapaz sorri.
— Fico feliz em voltar para casa, Thor. — Ele fala e olho para os trajes dele que parecia ser de exército.
— Sente-se, por favor. — Ele olha para a mesa e direciona o seu olhar para mim, vejo um sorriso brotar em seu rosto, tento segurar a vontade de revirar os olhos, ele resolve sentar-se justamente ao meu lado.
— E você quem é, gracinha? — Ele pergunta. Antes que eu responda ele, Thor se pronuncia.
— Essa é minha filha e mais respeito.
— Filha? Tenho uma nova irmã? Vocês esconderam ela muito bem, pois eu nunca tinha a visto.
— Ela é uma bastarda. — Diz a loira mais velha e me fuzila com o olhar, percebo um dose de ódio em sua fala.
— Sif! — Thor olha para ela com um olhar de repreensão, tomo apenas um gole da minha água para ver se o meu nó na garganta se desfaz.
— O que foi, querido? Falei alguma mentira por acaso? — Diz ela cinicamente.
— É verdade, papai. Mamãe está certa. — A outra loira se pronuncia.
— Apenas ignore-as, são idiotas. — O loiro ao meu lado fala baixo apenas para eu ouvir.
Thor olha para mim como se tivesse pedindo desculpas, o restante do jantar foi um silêncio constrangedor. Se eu soubesse que seria assim, não teria vindo, apenas para ouvir falarem mal de mim sendo que nem me conhecem. Já percebi que não serei bem vinda nessa família.
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