Capítulo 24: Feliz aniversário, Anny Martini!

  Hoje era o melhor e pior dia da minha vida ao mesmo tempo. Melhor pois é o meu aniversário e pior porque é o dia em que minha mãe faleceu.  

  Acordei com a minha avó super animada cantando parabéns para mim com um cupcake e uma velinha em mãos, assoprei e recebi um beijo em meu rosto.

  Em seguida me arrumei para a escola, tomei o café da manhã e fui diretamente para a escola, caminhando como sempre. Hoje eu iria fazer algo que fiz apenas uma vez na vida, eu precisava disso.

  Cheguei na escola e fui até o meu armário, abri e peguei alguns livros das aulas de hoje e o fechei, sinto mãos cobrirem os meus olhos.

  — Quem é? — Pergunto assustada.

  — Sua melhor amiga. — Responde, dou uma risada e a pessoa tira as mãos dos meus olhos.

  — Quem disse que você é a minha melhor amiga? — Questiono e ela olha confusa para mim.

  — Eu sou a sua única amiga mulher.

  — Mas eu nunca falei que você era a minha melhor amiga.

  — Mas eu sei que sou, queridinha. — Pisca ela para mim e rimos. — Parabéns, vocês crescem tão rápido. — Ela me dá um abraço apertado.

  — Está parecendo a minha avó. — Nos afastamos e fomos para a sala de aula.

  — É de tanto conviver com ela. - Rimos e nos sentamos. — Pretende fazer algo para comemorar o seu aniversário?

  — Não, mas pretendo fazer algo que nunca fiz na vida.

  — O que? — Pergunta curiosa.

  — Não posso te dizer. — Respondo e ela arregala os olhos.

  — Vai pichar alguma parede? — MJ pergunta curiosa novamente.

  — Não.

  — Vai matar alguém?

  — O quê? Claro que não.

  — Vai beijar o Peter?

  — Não...nem estou falando com ele. — Digo e faço um biquinho.

  — Então, se estivesse falando com ele, iria dar um beijo nele?

  — Não tenho mais o que fazer, ele também nem deve saber que o meu aniversário é hoje.

  — Até parece, do jeito que ele está apaixonado por você, deve ter comprado um presente a meses.

  — Exagerada. — Ri.

  Logo o professor chega e a aula começa. O restante foi uma lerdeza, torci ansiosa para poder ir embora. Assim que se encerrou apenas me despedi de MJ e sai em disparada da escola.

  Antes de ir para o meu destino, decidi passar em uma floricultura, comprei uma rosa e fui para o metrô, logo o metrô passa e entro, o meu destino: cemitério. 

  Sim, o cemitério. Vim apenas uma vez no túmulo da minha mãe, eu era pequena e desde então nunca mais fui.

  Sempre penso em minha mãe, mas não consigo lidar que ela se foi, tento manter meus pensamentos nela como se ela estivesse viva e por perto.

  De longe avisto o túmulo dela e caminho até ele, continua do mesmo jeito igual a última vez, vejo o seu retrato e o quão bonita era, depósito a rosa no túmulo e respiro fundo.

  — Oi mãe. — Minha voz começa a ficar embargada. — Queria te pedir desculpa por todos esses anos não ter vindo até você aqui, por ter te abandonado aqui...sinto tanto a sua falta, mesmo sem eu nem ter te conhecido. — Passo minha mão em meu rosto que já estava inundado de lágrimas. — descobri quem é o meu pai, quem diria que ele é alguém tão poderoso hein? — Rio em meio as lágrimas. — Sinto muito por ele nos ter abandonado, ainda não sei o motivo, mas deve ter sido por algo plausível...aconteceu tantas coisas nesses últimos meses, mãe.

  Respiro fundo e seco novamente as lágrimas que rolavam com muita insistência.

  — Me apaixonei pela primeira vez,, ele é bem legal, mas mentiu para mim, porém não consigo guardar rancor dele sabe, o meu amor por ele é tão grande que às vezes me assusta, sabe...nunca senti o que sinto por ele com outra pessoa. — Dou uma pausa e respiro fundo, então prossigo — Também fiz amigos bem legais, conheci a minha madrinha recentemente...conheci até o meu tio, eu tenho bastante medo dele, entretanto fingo que não tenho. — Rio e olho para a fotografia dela. — Vovó segue bem, depois de todos aqueles problemas de saúde, ela está finalmente bem.

  Olho para o céu e sorrio.

  — Só quero que saiba que sinto muito a sua falta, que jamais esquecerei de você, que te amo muito, mãe. Te amo muito mesmo, sei que você sempre estará ao meu lado.

  Assim que termino de falar, sinto uma brisa leve que me atingir. Levanto e saio do cemitério com a minha alma muito mais leve.

  Pego novamente o metrô e vou para o meu bairro, olho o meu celular e vejo uma mensagem do Ned me parabenizando e da Senhora Johnson pedindo para que eu vá à livraria.

  Depois de uns 30 minutos chego e desço no quarteirão, logo chego na livraria e sou recebida pela a Senhora Johnson que me abraça e me dá um presente de aniversário, deve ser algum livro e agradeço a ela, após isso vou atrás do Loki/Noah.

  Logo o vejo e vou até ele, cutuco suas costas. Ele se vira e sorrir brevemente.

  — Oi, Anny e feliz aniversário. — Ele me abraça rapidamente.

  — Oi e obrigada, tio Loki. — Digo para que apenas ele ouça e sorrio.

  — Tenho um presente para você. — Ele se vira e pega um pacote mal embrulhado.

  — Não precisava. — Falo meio sem jeito.

  — Primeiro aniversário que passo ao lado da minha querida sobrinha.

  — Então vamos ver o que titio Loki me deu. — Vejo ele fechar a cara, toda vez que o chamo assim ele disse que pareço uma criança de sete anos.

  Abro o pacote e vejo um pingente, tinha um aspecto de antigo, era toda de ouro e parecia ser um homem, era algo bem estranho devia ser de Asgard. Eu estava naquele momento que você ganha algo, mas não gosta, porém agradeci.        

  — Obrigada pelo o presente, gostei bastante. — Dou um sorriso a ele.

  — Quero que cuide muito bem dele, não fique andando com ele por aí como é de ouro, podem roubar de você.

  Apenas assinto e penso, quem iria querer roubar esse negócio? Coloco dentro da minha mochila junto com o livro e sinto o meu celular vibrar, abro e vejo uma mensagem de minha vó perguntando que horas eu iria para casa, respondo que iria agora mesmo.

  Me despeço do Loki/ Noah, não sei mais como chamar ele e da senhora Jonhson, vou caminhando para o apartamento.

  Quando chego, apenas queria tomar um banho e comer qualquer coisa, estava cansada de tanto andar por aí.

  Logo estava em frente ao meu apartamento, pego a minha chave e abro a porta, tudo estara escuro, que estranho até que as luzes são acessas e ouço um coro dizendo "Surpresa".

  Olho assustada para quem estava presente na sala, minha avó, Nat, Ned, Mj...e Peter. Abro um sorriso assim que o vejo que corresponde na hora.

  Minha avó vem primeiro e me abraça, dizendo os parabéns, em seguida vem Nat, Mj e Ned, por último vem Peter que me dá um abraço que se fosse por mim ficaria horas abraçada com ele. Fico toda boba ao lado dele, isso é até ridículo.

  Digo para a minha avó que vou tomar um banho rapidinho, dito e feito, banhei rapidamente e tratei de vestir um vestido rosa porque tudo era rosa, minha cor favorita, meu vestido era de alcinha e ia até acima dos meus joelhos, calcei uma sapatilha nude, passei apenas um gloss nos lábios e deixei os cabelos soltos.

  Voltei para a sala, ficamos conversando sobre coisas legais e comemos muito, tinha sanduíches, salgados, sorvete, entre várias outras comidas para degustarmos. Antes de cantarmos os parabéns inventaram de eu abrir os meus presentes.

  — Vou querer ver o primeiro do Ned. — Digo e ele me entrega, Natasha estava tirando fotos minhas abrindo os presentes, pedido de minha avó. — O que será que é? — Rasgo o embrulho e vejo que era uma blusa de Friends. — Como você sabia que eu amo essa série?

  — Tenho os meus contatos — Ele diz e o abraço e agradeço pelo presente.

  — Vamos ver o que a minha melhor amiga comprou para mim. — Falo e sorrio para ela que entrega um pacote, rasgo o embrulho de papel e arregalo os meus olhos a ver o meu livro favorito. — Orgulho e preconceito, garota eu te amo. — Rimos e abraço ela forte. 

  Já tinha contado para ela que amava as obras de Jane Austen e que sou louca para ir a Inglaterra, pretendo conseguir uma bolsa para Oxford. Espero conseguir realizar o meu sonho.

  — Vamos ao presente do Peter. — Um sorriso involuntário se forma em meus lábios.

  Ah como eu sou apaixonada por esse garoto, ele me entrega uma sacola, vejo que tinha uma caixinha a pego e vejo que tinha um pingente de coração, abro e dentro havia uma foto nessa. Foi no dia que fomos para o parque de diversão.

  — Posso colocar? — Ele pergunta tímido.

  — Claro. — Fico de costas para ele, ajeito o meu cabelo e ele a coloca com delicadeza.

  — Obrigada. — Me viro e o abraço, assim que me afasto dele vejo que todo estavam nos observando. 

  — Madrinha...o que você vai me dar? — Ela pede um segundo e vai até o quarto da minha avó, volta com um violão em suas mãos, vou até ela animada que me entrega o violão. — Como sabia que eu toco?

  — Um passarinho me contou. — Ela olha para a minha avó que ri.

  — Muito obrigada, madrinha. — Dou um abraço rápido nela.

  — Pode tocar um pouco? — Pede ela e assinto.

  — E cantar também. - Minha avó sugere.

  — Você canta? — Questiona MJ, não tinha falado para ela que canto e nem pretendia.

  — Canto, mas não pretendia contar para vocês tão cedo. — Falo, ela apenas revira os olhos.

  Me sento em uma cadeira, penso em que música tocar até que recordo-me de uma que compôs. Começo a tocar as notas da música e em seguida canto:

  — O momento em que o sinal é vermelho antes de ir
O momento em que as cortinas estão fechadas antes do show
O momento em que você cansou, mas talvez só mais uma
É assim que me sinto antes de te deixar sozinho

  Sinto o meu rosto corar e olhares sobre mim. Tento deixar a vergonha de lado e prossigo com a música.

  — E nós poderíamos esperar
Mas qual é a graça de esperar?
Quando poderíamos chegar ao limite, sim, sim, sim, sim
Comece a segurar os meus ombros
Com as duas mãos quando eu te abraçar
Então amor, qual é o problema? Sim sim 

  Olho para a minha avó que estava filmando emocionada, dou um sorriso e continuo a música.

   — Consegue sentir a tensão aumentando?
Agora você está chegando perto
Agora você está chegando perto
Quase amor, é quase amor
Acelere isso, porque estou animada
Não desacelere mais
Não desacelere mais
Quase amor, é quase amor

  Dessa vez decido olhar para o Peter, que estava totalmente atento, ao invés de desviar o olhar como sempre, ele continua. 

  — É quase amor, é quase amor
Mas poderia ser amor
Quase amor, quase amor
Mas poderia ser amor
Quase amor, quase amor
Mas poderia ser amor
Pode ser amor, pode ser 

  Fecho os meus olhos e continuo a tocar e cantar a música. 

  — É quase amor, é quase amor
Mas poderia ser amor
Quase amor, quase amor
Mas poderia ser amor
Quase amor, quase amor
Mas poderia ser amor
Pode ser amor, pode ser

Eu quero você como a meia-noite quer uma visão
Eu quero você como um solitário quer um quarto vazio
Eu quero você como um beijo longo e atrasado
Eu preciso de você mais do que nunca

E nós poderíamos esperar
Mas qual é a graça de esperar?
Quando poderíamos chegar ao limite sim, sim, sim, sim
Comece a segurar os meus ombros
Com as duas mãos quando eu te abraçar

Então amor, qual é o problema? Sim sim
Consegue sentir a tensão aumentando?
Agora você está chegando perto
Agora você está chegando perto
Quase amor, é quase amor
Acelere isso, porque estou animada
Não desacelere mais
Não desacelere mais

Quase amor, é quase amor
É quase amor, é quase amor
Mas poderia ser amor
Quase amor, quase amor
Mas poderia ser amor
Quase a-a-a-a-a-amor, quase amor
Mas poderia ser amor
Poderia ser amor
Poderia ser, sim, oh não
Nós poderíamos esperar
Mas qual é a graça de esperar?

  Encerro a música e começam a bater palmas para mim, agradeço aos elogios. Minha avó vem com um álbum em mãos, levanto-me e deixo o violão na cadeira. 

  — Esse é o meu presente, querida. - Sorrio e dou um abraço forte nela. 

  Para quem não sabe minha avó começou a me chamar de querida, após ter lido a coleção da Seleção, da autora Kiera Cass. Achei muito falso o jeito que Maxon chamava as selecionadas e vovó começou a me chamar assim. 

  — Obrigada, vovó. — Me afasto dela e depósito um beijo em sua bochecha. 

  Me sento ao lado de MJ que estava super curiosa para vermos o álbum, os meninos se aproximam. Na capa estava o meu nome em letras grandes e na cor rosa, já amei por ter a minha cor favorita.

   Abro o álbum e logo avisto uma foto de minha mãe na gravidez. Ela era tão linda, eu sou quase igual a ela, a única diferença é a cor dos olhos. Os dela eram verdes e os meus azuis, que foram herdados do Thor. 

  Continuo vendo o restante das fotos, tinham fotos da minha infância, da minha pré adolescência e até os dias de hoje, as últimas fotos eram minha só com o Peter, com os meus amigos, com a Nat e com a vovó.

  Em seguida, fomos até o bolo e começam a cantar os parabéns para mim, foi muito emocionante esse ano eu sinto que será totalmente diferente, na verdade já está sendo, que seja para melhor.  

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