Capítulo 18: Encontro de amigos
Havia se passado uma semana. Noah foi contratado e ele era super gente boa, sempre fazendo-me rir com o seu humor ácido.
Neste exato momento, tinha acabado de chegar à livraria. Hoje era quarta-feira, meu treino na torre dos vingadores deu tudo certo, melhorei um pouco os meus poderes.
Já havia aprendido o básico de várias lutas, como: muay thai, boxe, jiu-jitsu, ainda faltavam outros. Entro na livraria e vou até a área onde os funcionários guardam os seus pertences, deixo a minha mochila no armário. Quando eu estava saindo, dou de cara com o Noah.
— Ai que susto, Noah. — Levo a mão ao meu peito, onde o meu coração estava acelerado.
— Desculpa, não foi a minha intenção. — Ele dá um sorriso fraco.
— Tudo bem. — Sorrio e espero ele guardar os pertences.
— Tenho um convite para te fazer.
— Convite? Que convite? — Pergunto curiosa ao saímos da sala.
— Então... – Ele pega um papel e entrega. — No sábado vai ser inaugurado uma lanchonete, achei bem legal, poderíamos ir com seus amigos.
Pego o folheto e avalio. Parecia ser um lugar interessante mesmo. Pela a foto da lanchonete, tinha um aspecto retrô, quem sabe dê certo com a galera.
— Vou falar com os meus amigos e te aviso.
Ele sorri e começamos a trabalhar sem parar um minuto de falar. Ele é bem legal, espero que os meus amigos gostem dele também.
Quando acaba o nosso turno, pego as minhas coisas e vou. Despeço-me dele.
— Tchau, Noah. Vou falar com os meus amigos amanhã. — Viro-me para sair da livraria, mas ele toca em meu braço.
— Posso te acompanhar até a sua casa? Está bem tarde.
— Não precisa, Noah. — Trancamos a livraria e saímos.
— Claro que precisa, algo pode te acontecer Anny.
— Eu sei me defender, não precisa se preocupar. — Dou um sorriso tentando convencer ele.
— Não adianta me convencer, irei te acompanhar assim mesmo. — Apenas dou de ombros e vamos conversando até chegar em frente ao prédio onde moro.
— Chegamos. — Olho para ele que está observando minuciosamente o prédio.
— Está entregue em sua residência, nos vemos amanhã, senhorita Martini. — Rio com o que ele diz.
Ás vezes ele não fala igual um jovem normal, o que acho bem estranho, porém, eu prefiro não comentar nada.
— Até amanhã. —Aceno e entro no prédio, vou direto para o meu apartamento, chegando, não encontro minha avó, talvez ela tenha ido dormir.
Vou direto para o meu quarto, faço alguns deveres e durmo. No dia seguinte, eu tinha acabado de chegar na escola, vou até o meu armário, abro e pego alguns livros que iria usar nas aulas de hoje, fecho-o e quando virei-me, dou de cara com o Peter, parece que esta semana tiraram para me assustar.
— Ai, que susto, Peter — Olho para ele com os olhos arregalados e elevo a minha mão ao peito.
— Desculpa, a minha intenção não era te assustar. — Ele ri.
— A intenção era me matar de susto, isso sim. — Reviro os olhos e cruzo os braços.
— Jamais iria fazer isso com você, somos amigos. — Ele passa o seu braço pelo os meus ombros e vamos caminhando para a sala.
— Não sei se posso confiar nas suas palavras. Amigos não fazem isso— Respiro fundo e sinto o cheiro dele, que é único e muito bom.
— Poxa, assim você me mágoa Anny. Isso foi apenas para ver se você estava acordada mesmo. — Olho-o de canto de olho e rio.
— Está muito engraçadinho para o meu gosto.
— Sempre fui assim. — Ele dá um sorriso.
— Sempre não, aconteceu algo? — Entramos na sala, não havia chegado nenhum dos dois. Nos sentamos nos nossos lugares.
— Apenas acordei de bom humor. — Ele sorri novamente e sinto o meu coração acelerar, mas respiro fundo.
— Tenho um convite para você e a galera.
— Que convite? — Pergunta ele curioso.
— Assim que os dois chegarem eu falo.
Continuamos conversando assuntos aleatórios até a professora de literatura chegar. Ned e MJ chegaram atrasados, então resolvi falar com eles apenas no intervalo.
As outras aulas se passam, vamos todos juntos para o refeitório, entramos na fila e pegamos o que queremos comer, depois nos sentamos em uma mesa, tomo um pouco do meu suco e decido falar logo.
— Gente, quero falar uma coisa para vocês.
— Deixa eu tentar adivinhar, você finalmente está saindo com um cara? — MJ diz.
— O quê? Claro que não. — Rio e vejo o Peter fechar a cara, o que eu achei bem estranho.
— Então é o que? — Ned pergunta.
— Um amigo meu nos convidou para ir a uma inauguração de uma lanchonete.
— Que amigo? — Peter questiona.
— Noah, vocês não o conhecem. Ele trabalha comigo na livraria e viu que vai ter essa inauguração de uma lanchonete bem legal. — Digo e tomo um pouco do meu suco.
— Vai ser quando? — MJ pergunta.
— Amanhã.
— Não sei se vou, temos provas na segunda e tenho que estudar. — Peter diz.
— Até parece que Peter Parker, não estudou para essas provas semanas antes. — Digo em um tom de sarcasmo.
— Ah...eu posso não ter estudado, ué. — Peter fala e dá de ombros.
— Vamos Peter, vai ser legal. — Dou um sorriso para ele.
— Está bem, eu vou mas não sei onde fica esse lugar. — Ele fala.
— Então, vocês podem ir para a minha casa e todos vamos juntos. — Dou a ideia e eles concordam.
— Finalmente vou conhecer a sua vó. — Ned fala e rimos.
Ele realmente foi o único que ainda não conheceu a minha vó. Após alguns minutos o recreio acaba mas durante esse tempo, senti alguns olhares do Peter sobre mim, porém, quando olhava para ele, sempre desviava a atenção, que estranho.
Fui para outra sala junto a MJ, nessa aula não havia a companhia dos garotos. Entramos e nos sentamos juntas, ela olha para mim com um olhar curioso.
— Por que está me olhando com essa cara? — Olho para ela com uma das minhas sobrancelhas arqueada.
— Você percebeu o jeito que o Peter estava olhando para você?
— Não, eu não percebi. — Me faço de desentendida.
— Até parece que você me engana, está bem na cara que ele está a fim de você.
— A fim de mim? — Tento conter a vontade de rir. Até parece que Peter Parker estaria gostando logo de mim, o cara que é apaixonado pela mesma meninas há anos.
— Sabia, você também está a fim dele. — Ela sorri.
— Ah MJ, eu não sei o que sinto. Na verdade, eu nunca gostei de alguém, então não sei se o que sinto por ele, é algo além de amizade. — Falo e suspiro.
— O que você sente quando fica perto dele?
— Ah eu sinto o meu coração bater acelerado, sinto uma alegria imensa, como se fosse um êxtase. Eu não sei explicar os efeitos do Peter sobre mim.
— Você está apaixonada por ele.
— Apaixonada não, apenas gostando.
— Não se preocupe, ele também está louquinho por você.
Resolvo ignorar o que ela disse. O professor de história entra na sala e começa a dar sua aula. Infelizmente não consegui reparar na aula, todos os meus pensamentos eram direcionados ao Peter.
Assim que as aulas acabam, saio em disparada para fugir de qualquer gracinha da MJ e do Peter também, abaixo a minha cabeça quando vejo o Ned e acelero o passo, acabo esbarrando em alguém e derrubo os livros dessa pessoa, abaixo-me e o ajudo, ao entregar os livros, olho para pessoa em que esbarrei.
Arregalo os meus olhos ao ver que era a Valentina que está me olhando muito zangada, levanto-me e entrego lhe os livros .
— Sempre no meu caminho, né Anny, mas logo estará fora dele — Prendo o ar e saio mais rápido ainda, ouço a voz do Peter me chamar, mas continuo andando.
Resolvo não ir para a torre dos vingadores, estava sem a mínima disposição para treinar e nem apanhar da Natasha, mas também eu não queria ir para o apartamento, então sigo para a livraria.
Chego e aceno para o Noah que já estará lá. Começo a trabalhar, ele havia me distraído muito bem que eu acabara esquecendo o que aconteceu na escola.
Confirmo com ele sobre sábado e marcamos de nos encontrar em meu apartamento. O meu horário de trabalho passa ligeiramente, assim que acaba vou para a apartamento sozinha mesmo com o Noah insistindo em levar-me, mas eu recuso.
Assim que chego, vou direto para o meu quarto, mando apenas uma mensagem para MJ, dizendo para ela avisar aos garotos que viessem para o meu apartamento às 19h, para irmos todos juntos, vejo uma mensagem do Peter perguntando se eu estava bem, apenas respondo e deixo o celular de lado. Tomo um banho, como daqueles pães de queijo que a minha avó faz que eu amo muito e em seguida logo durmo.
O sábado logo chegou e fiz as mesmas coisas de sempre, ajudei a minha vó em casa e fiz meus deveres. Estava olhando-me frente ao espelho, tinha acabado de me arrumar. Estava usando uma calça jeans preta, vestindo também uma blusa branca de alça, como a noite estava um pouco fria, visto uma jaqueta de couro, calcei um dos meus tênis branco e deixei meus cabelos soltos, passei apenas um gloss em meus lábios e saí do quarto. Quando estava caminhando em direção a sala, ouço vozes. Será que eles já chegaram? – penso.
Pego meu celular e vejo que já estava na hora, e que acabara de chegar uma mensagem do Noah dizendo que estava nos esperando lá embaixo.
Chego na sala e vejo MJ, Ned e Peter conversando com a minha vó, parece que eles a amam, eu também a amo muito, uma das melhores pessoas que tenho em minha vida. Peter me nota e sorri.
— Oi, Anny. — Ele dá um sorriso. — Você está bem bonita. —Ele me elogia e acabo corando.
— Obrigada, Peter. – Todos olham para mim. – Vamos? A nossa carona já chegou.
Nos despedimos da minha vó e descemos, assim que saímos vejo o Noah encostado em um Audi A5 preto, bem estranho – onde será que ele arranjou dinheiro para comprar um carro desses? – Minha mente indaga.
— Oi Noah. Esses são os meus amigos, Michelle, Peter e Ned. — Aponto para cada um. — E esse é o Noah.
Eles se cumprimentam e entramos no carro, fomos o caminho todo conversando e rindo, menos o Peter que estava meio emburrado.
Após alguns minutos, chegamos na lanchonete que é muito bonita, tanto dentro e quanto fora era branco com vermelho, até o chão é bonito com detalhes em branco e preto como se fosse um grande xadrez.
Nos sentamos em um tipo de banco americano retrô vermelho, a mesa não é tão grande como os bancos, vem uma garçonete até nós com uma roupa dos anos 80 e patins nos pés nos entregar o cardápio, fazemos os nossos pedidos e olho ao redor.
Vejo um jukebox, nunca tinha visto um pessoalmente e vejo também uma pequena pista de boliche em um canto e alguns casais dançando em uma pista de dança bem bonita, volto a olhar para a galera e encontro Peter olhando para mim, ao notar que o vi, ele lança um sorriso, ouço alguém bufar do meu lado e era o Noah.
— Algum problema? — Pergunto para ele em um tom baixo.
— Não, nenhum. — Ele olha para o Peter. — E você, Patrick, tem algo com a Anny? – Arregalo os meus olhos.
— É Peter! — Ele resmunga e não responde à pergunta do Noah.
— Você não respondeu à minha pergunta.
— Pra que você quer saber?
— Me preocupo com ela e com quem se mete. – Peter olha-o seriamente.-
— Você está é interessado nela, isso sim. — Ele diz na lata.
— E se eu estiver? Isso vai te incomodar? – Noah pergunta e coloca seu braço por cima dos meus ombros, Peter fica vermelho e se cala.
O restante da noite foi assim entre os dois se alfinetando, o clima estava bem pesado e chato. Perdi até a vontade de me divertir, MJ olhava para mim toda hora como se fosse para ver o óbvio. Não acredito que os dois estavam brigando só por causa de mim, será que o Peter sente algo realmente? E se ele gosta de mim, por que não fala nada? Igual ele falou para a Liz, está tudo tão confuso.
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