Capítulo 17: Conhecendo Anny Martini

   Algumas semanas se passaram e nada do Thor se decidir de como iria aproximar-se de sua nova filha recém descoberta.

  Já estava irritado com toda essa indecisão e como não havia nada para fazer, resolvi ajudá-lo, pela primeira vez.

  Saio dos meus aposentos e vou até onde a majestade estaria, na sala do trono. Apenas entro sem bater na porta e o vejo com uma feição nada agradável.

  — O que você quer, Loki? — Pergunta Thor sem nenhuma paciência. Provavelmente estava com problemas no reino.

  — Vim aqui para te ajudar, tive uma excelente ideia.

  — Me ajudar? Em quê? Que eu saiba não preciso da sua ajuda em nada. — Ele fala.

  — Com a sua nova filha. — Sussurro para que ele apenas ouça, vejo sua postura mudar e ordena para que os guardas saiam do recinto.

  — Qual foi a sua brilhante ideia? — Pergunta sarcasticamente.

  — Ela é uma adolescente, certo? — Ele assente. — Então... Eu pensei em você me mandar para a Terra e eu posso tentar ser amigo dela.

  — Até parece que ela vai querer virar amiga de um ser que tem chifres. E por que eu enviaria logo você? Você não é a pessoa mais confiável.

  — Às vezes acho que você se faz de burro. — Falo e reviro os olhos. — Vou me transformar em um adolescente ou jovem, e também pelo fato de você não ter falado para ninguém, apenas eu sei.

  — Ah sim...- Ele dá uma pausa e pensa. — Como você iria se aproximar dela?

  — Ela trabalha ou estuda? — Pergunto para ele.

  — Ela faz os dois, estuda de manhã, à tarde faz um treinamento na torre dos vingadores e na parte da noite trabalha em uma livraria, onde a mãe dela trabalhou.

  — Não gosto desses seus amigos vingadores. — Faço uma cara de nojo ao dizer. — Posso ir ao trabalho dela e interessar-me por algo e puxar assunto com ela.

  — Ok então, vou te deixar fazer esse trabalho, vou te arrumar um apartamento, documentos. Seja discreto. Não fique usando seus poderes, pois os vingadores não podem de jeito nenhum saber que você estará na Terra.

  — Não se preocupe, não irei aprontar nada. — Dou um sorriso de lado maldoso. Até parece que não vou tentar nada. Esse meu irmãozinho não me conhece mesmo. – Penso.

  — Mas irei mandar alguém com você.

  — Estava bom para ser verdade. — Reviro os olhos.

  — Uller irá com você.

  — O que? Prefiro mil vezes outra pessoa do que ele.

  — Já está decidido. Amanhã vocês irão, ainda hoje vou mandar uma ficha sobre tudo Anny. Assinto e saio da sala do trono.

  Sigo para o meu quarto e fico pensando e fazendo estratégias para quando chegar naquela Terra. Depois de alguns minutos batem à porta do quarto. Um dos servos me entrega uma pasta, apenas pego e fecho a porta.

  Abro a pasta em que estava o arquivo sobre a garota, seu nome é Anny e tem 16 anos. Vai fazer 17 anos de idade, daqui quatro semanas.

  Essa menina é a cara do Thor: loira e dos olhos azuis, coitada, poderia ter a feição da mãe. Vejo o lugar onde ela estuda e onde trabalha também. Foi criada pela avó, trabalha desde o ano passado. Aqui diz que a avó teve alguns problemas de saúde, deve ser por isso que ela trabalha. Pelo visto, tem coração bom, já não gostei.

  Fico analisando a ficha, pelo que sei, ela estuda com um tal de Peter Parker, o menino inseto. Para que eu não tenha problemas, será melhor aborda-la na livraria. O restante do dia se passa vagarosamente, fico pensando nos planos malignos a fazer sem que alguém veja. E na aparência que eu poderia usar.

   No dia seguinte, coloco em prática o plano do meu novo "EU" na Terra, vou para frente do espelho, começo a transformar-me até que fico satisfeito com o que vejo. Havia me transformado em um jovem de quase 20 anos, com os cabelos loiros escuro, olhos verdes para diferenciar-se dos de Anny. Continuei com a mesma altura que tenho e não mudei muito no meu físico. Sorrio satisfeito com o meu trabalho.

  Saio dos meus aposentos e estava indo em direção a sala do trono, quando me aproximo vejo Uller já estava me aguardando, do lado de fora. Seguro-me para não revirar os olhos.

  — Vamos? — Pergunto a ele.

  — Thor quer falar com você antes de irmos. — Assinto e entro no recinto.

  — Olá, vossa majestade, desejava falar com o seu amado irmão?

   — Menos, Loki. Está muito boa sua aparência, se eu fosse você, continuaria com essa aparência, é bem melhor. — Ele ri discretamente e reviro os olhos. — Aqui estão os seus documentos, só falta você colocar sua foto, Uller já está com todos documentos certo.

  Pego os documentos, abro a carteira que estava escrito: "carteira de trabalho", eu não faço a mínima ideia de para que isso serve, mas estava escrito o meu novo nome.

   — Noah Miller, sério?

   — O que tem? Esse é o nome de ator famoso na Terra, achei que seria legal, apenas tive de mudar o sobrenome.

   — Idiota. — Resmungo e cruzo os meus braços. —  Algo mais?

   — Quero que você sempre se comunique comigo e como estará indo a sua brilhante ideia, ok? E assim que chegarem é para irem às compras, precisam agir igual os humanos.

   — Ok. Até logo irmãozinho.

   — Até Loki. — Viro-me e saio da sala, encontro o Uller no corredor e nos dirigimos para o local que sempre usávamos para ir aos planetas.

  Nosso destino foi escolhido e fomos transportados para a Terra, chegamos em um térreo de algum prédio. Saímos em silêncio, entramos em um elevador e descemos para o andar térreo. Seguimos em direção às lojas para fazermos as compras, depois, para uma lanchonete para comermos algo.

  Olho as horas e estava próximo do horário da garota ir pra livraria, vou para o quarto onde iria ficar. O quarto é tão pequeno que dá para adquirir claustrofobia. O que a gente não faz para tentar dominar o mundo né? – Penso.

  Arrumo-me e saio do quarto, vejo o Uller sentado na sala assistindo uma daquelas besteiras que os seres humanos assistem.

  — Vou lá atrás da filha do Thor, como é perto daqui você pode ficar por aqui mesmo.

  — Vou com você, ficarei por lá, para caso algo aconteça. — Bufo, não havia algum argumento para poder convencer ele. Saímos do prédio e fomos para a livraria.

   Entramos em um carro que foi comprado para usarmos, em frente a livraria tinha uma cafeteria. Estacionamos o carro perto e descemos dele.

  — Vou ficar na cafeteria, irei ficar de olho em você. — Reviro os olhos para o que ele diz e vou até a livraria.

  Vejo que na porta tinha um papel informando que estavam contratando pessoas. Arranco o papel e leio cuidadosamente, vejo a garota andar pela a loja e com vários livros na mão.

   Entro na loja e ela acaba se esbarrando em uma mesa e derruba os livros no chão. Que garota desastrada. – Penso.

  Reviro os olhos e caminho até ela, ajudo a recolher os livros, ela olha para mim e sorri. Ela é mesmo uma cópia do Thor, pobre coitada.

  — Muito obrigada... — Ela dá uma pausa e percebo que está querendo saber o meu nome. — Noah...Miler, e você é a? 

  — Sou a Anny Martini. — Estende a mão livre para mim.

  — É um grande prazer conhecer uma dama tão bonita. — Pego a mão dela e depósito um beijo no dorso. 

  — Você por acaso saiu de algum livro? — Ela ri e cora. Volta a andar pela a livraria e coloca alguns livros nas estantes. 

  — Quem sabe. — Acabo rindo, mas desfaço logo o sorriso que queria surgir no meu rosto.

   — Está aqui pela a vaga?

   — Vaga? 

   — É a vaga para me ajudar aqui na livraria. Estamos contratando. 

   — Ah é... Essa vaga. Como faço para ganhá-la? 

   — Apenas preencha o formulário e a dona irá analisar. — Sigo ela até uma mesa, onde tira uma folha e entrega-me junto a uma caneta. 

  — Quando acabar me chame. — Ela sorri e vai até um cliente que acabara de chegar na livraria. 

   Puxo uma cadeira e sento-me, vejo aquele formulário, pego um dos meus documentos e começo a preencher rapidamente.

    Olho ao redor e vejo ela atender um homem. Levanto-me e saio andando pela livraria, vendo alguns livros tolos de romance. Dou de cara com a Anny, levo um susto, elevo minha mão ao peito.

   — Desculpa ter te assustado. — Ela dá um sorriso fraco e olha para mim. — Já preencheu o formulário? 

  — Sim. — Entrego para ela que olha minuciosamente. — Noah Miller, tem 20 anos e nasceu em Minnesota. Que legal nunca fui lá, é bom? 

  — Ah é muito bom sim. 

  — O que te trouxe para Nova York, Noah? — Ela pergunta curiosa. — Vim apenas para conhecer novos ares e arranjar um emprego. — Sorrio para ela. 

  — Pelo o seu currículo tem boas chances de ser contratado...Na verdade ninguém veio deixar nenhum currículo, então boa sorte. — Ela sorri. 

  — Como ficarei sabendo se fui contrato? 

  — Iremos ligar para você ou você pode ligar para cá. — Ela entrega-me um cartão com o número da livraria. 

   — Tchau, Anny.

   — Tchau, Noah. — Ela sorri e volta para o trabalho o seu trabalho.

   Saio da livraria com a certeza de que esse trabalho será meu e se não me derem, farei com que me dêem esse trabalho mequetrefe.

   Já notei que não terei muito trabalho para ficar de olho nela. Posso focar em algum plano para executar e atormentar os vingadores. Só espero que ela não atrapalhe meus planos ou talvez ela possa me ajudar, quem sabe né.

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top