Capítulo 11: Segredo
Após deixar Anny em seu apartamento, fui para o meu. Amanhã terei de tratar de buscar minha bicicleta, que o pneu acabou furando.
Assim que cheguei no apartamento não encontrei a tia May, fui até a cozinha e vejo um bilhete que estava na geladeira, dizendo que teve de sair para trabalhar e que voltaria a noite para casa.
Depois que meus pais morreram quando eu era criança, fui criado pelos meus tios Ben e May Parker, já me acostumei com a ausência de meus pais.
Pelo fato de eu ser muito bem cuidado por eles, sinto muito a falta do meu tio, sinto que se eu tivesse impedido aquele bandido, ele ainda estaria aqui.
Minha tia sofreu bastante com a perda dele há quase dois anos atrás, ela nem quis aceitar que eu ajudasse os outros sendo um super-heroi por ter medo de me perder. Jurei a ela que sempre voltaria para a casa, vivo e bem.
Abro a geladeira e pego um suco, coloco uma quantidade em um copo e beberico, pego meu celular, para checar as mensagens e mandar uma para MJ, perguntando como estava a Valentina, ela responde que estava bem mas com bastante raiva da Anny, que iria ficar no hospital em observação.
Suspiro, bloqueio a tela do celular e vou para o meu quarto, tomo um banho e visto qualquer roupa confortável.
Assim que me deito na cama vejo uma mensagem do Senhor Stark me chamando para conversarmos amanhã. Apenas confirmei e fiquei um pouco em casa, depois fui fazer uma ronda.
No dia seguinte, acordo cedo e vejo no jornal que não iria ter aula, tudo por causa do apagão que Anny causou na escola.
Me arrumei e tomei o meu café da manhã, fui para a torre dos vingadores, depois de lá iria pegar minha bicicleta que deixei acorrentada por lá e levar para uma oficina.
Optei por ir caminhando, faz um tempo que não faço caminhadas. Após alguns minutos, avistei o prédio e acelerei os meus passos.
Chegando lá, cumprimento o homem que fica na portaria, entro no elevador e aperto para ir até o último andar. O elevador para e o Steve Rogers entra.
— Bom dia, Capitão. — O cumprimento.
— Bom dia, Peter. Como vai?
— Vou bem e você? — Pergunto e olho para ele.
— Vou bem sim. Como está a Anny? — Estranho a pergunta, mas respondo mesmo assim.
— Pelo que eu saiba, ela está bem.
— Você soube que ela me pediu em casamento? — Ele ri e acabo o acompanhando. — Aquela menina é maluquinha.
— Muito, você ainda não viu nada.— Rio.
— Mas espero que possamos ajudar ela. — Ele dá um tapinha nas minhas costas e sai do elevador no andar que para. O elevador volta a subir e saio no andar que o Senhor Stark disse que estaria.
Vejo Happy, apenas aceno para ele, vou até a sala do senhor Stark e bato na porta, espero por uma resposta e logo ouço dizendo que podia entrar.
Abro a porta; entro e fecho, caminho até à mesa dele e me sento na cadeira.
— Bom dia, senhor Stark.
— Bom dia, pirralho. — Faço uma careta ao ouvir o apelido que ele pusera em mim, se não me chama disso, é de garoto. — Quero falar sobre a sua amiga.
— O que tem ela? E não somos amigos, apenas colegas de classe. Pensei que já tinha tratado tudo com ela ontem.
— Tanto faz o que vocês são, ela deve ter comentado com você sobre o pai dela não ser daqui.
— Sim, ela comentou que ele seria de Asgard. — Ele pega um tablet e me entrega, vejo os exames de DNA de Anny.
— Descobrimos quem é o pai dela.
— E quem é? Ela sabe disso? — Pergunto curioso, mas me contenho.
— É o Thor, mas ela não pode saber sobre isso.
— O Thor? Agora tudo faz sentido o poder dela.
— O Bruce falou com o Thor, mas parece que ele não demonstrou nada com a notícia, por causa de Sif. A esposa dele é insuportável e iria surtar com a história de que ele tem outra filha.
— Sério? Coitada da Anny.
— Triste, mas quero que você fique de bico calado, Peter.
— Vou tentar.
— Não é para tentar, é para ficar e ponto final.
— Não se preocupe, Senhor Stark. — Digo a contragosto e assinto.
— Quero também que fique vigiando ela, para que ela não cause danos maiores.
— O poder dela é tão poderoso assim, Senhor Stark?
— Sim e muito, talvez mais que o do Thor, mas para sabermos disso temos que incentivar que ela venha aos treinos.
— Vou garantir que ela venha.
— Agora pode ir.
Saio da sala dele, entro no elevador sem sequer me despedir de Happy. Fico pensando nessa conversa, até chegar no primeiro andar, saio do prédio e vou para a oficina, levo a minha bicicleta, espero pelo o concerto que foi rápido e vou embora.
Fico o resto do dia pensando em Anny, em como ela ficaria feliz em saber quem é seu pai, mas infelizmente não poderei dizer a ela.
No outro dia, as aulas voltam e tudo começa a ficar normal. Apenas fico observando a Anny com a MJ de longe, Valentina não apareceu na escola - ela deveria estar recuperando-se.
O resto da semana fiquei a observando, até que na sexta-feira Ned veio falar comigo.
— Cara, você tá apaixonado pela a Anny? — Ele me pergunta e faço uma careta.
— Claro que não. Por que a pergunta?
— Porque você não para de olhar para ela, isso é esquisito. Logo vai acabar notando, nem sabe disfarçar.
— Estou apenas fazendo o meu trabalho. — Beberico o meu suco, estávamos na hora do intervalo.
— Mandaram você ficar de olho nela? — Ned questiona curioso como sempre.
— Sim, o senhor Stark mandou.
— Por causa do poder dela ?
— Sim e também por outra coisa.
— Que outra coisa? — Questiona Ned curioso.
— Ela é filha do Thor — Ele fica alguns segundos de boca aberta.
— Sério isso?
— Sim
— E ela sabe?
— Não e nem pode saber. Então trate de manter essa boca fechada, Ned.
— Ela merece saber, Peter.
— Eu sei, mas não posso contar.
— Você sabe que ela não vai te perdoar quando descobrir né?
— Ela não vai descobrir, relaxa Ned. E por que devo me preocupar? Nem somos tão amigos assim.
Logo o intervalo acaba, voltamos para a sala, as aulas passam-se rapidamente, uma ideia logo surge em minha mente e quando encerrasse as aulas iria atrás de Anny.
Quando acabou a aula fui atrás da Anny e a encontro quase saindo da escola, corro até ela.
— Oi, Anny. — Sorrio para ela.
— Oi. O que foi Peter?
— Queria te convidar para sair. — Ela olha para mim desconfiada.
— Para sair?
— Isso, apenas como amigos.
— Desde quando somos amigos? Que eu saiba ainda estamos na fase de colegas, você não tem minha total confiança, Peter. — Assim que ela fala sinto uma pontada por lembrar que estou mentindo para ela sobre algo tão importante.
— Apenas estou tentando ser seu amigo, já que não quer vou te deixar em paz.. — Ela revira os olhos, Anny e suas manias.
— Desculpa, tá? Nunca tive amigos de verdade e todos eles me abandonaram, então tenho meus motivos de ficar desconfiada. Quando e que horas?
— Sinto muito. — Falo com pesar — Amanhã às 17 horas.
— Para onde vamos?
— É surpresa.
— Como vou para esse lugar então, senhor sabichão? — continuamos caminhando.
— Vou passar na sua casa. — Acabo mandando uma piscadela para ela que cora no mesmo instante.
Me despeço dela e vou para o apartamento. Pesquiso alguns lugares que eu poderia levar a Anny e acho um lugar bem bacana para levá-la, talvez será uma boa ideia. Seja o que Deus quiser.
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