Festa muy louca part2
- Vamos beber até cair! - Grito loucamente.
Desco da mesa, digo, caio da mesa, mas sem derrubar uma gota do líquido viscoso de dentro do copo vermelho. Minha cabeça dói, contudo isso não me impede de agarrar uma garrafa de vodka e tomar até apagar.
Acordo de calcinha e sutiã deitada no chão do escritório. Fico por um tempo assim, deitada no chão cheio de confetes tentando lembrar de algo. Levo bastante tempo até descobrir como me mexer novamente.
- Ai meu senhor amado, um caminhão passou por cima de mim. - Que dor agoniante senhores, até minha garganta dói.
Me apoio na mesa para ficar de pé, preciso saber se tem alguém na minha casa. Tomara que não. Caminho em passos lentos até às portas duplas de madeira brilhante e abro as. Avisto garrafas e mais garrafas de tudo quanto é tipo de bebida alcoólica que você aí possa imaginar, sem falar no mar de papéis coloridos e glitter espalhado. A senhora Jones vai ter uma surpresa e tanto quando chegar.
- Charlotte, onde você está? - Uma voz masculina grita tanto que parece estar dentro do meu cérebro.
- Cala a boca voz bonita. - Duvido que tenha ouvido.
- CHARLOTTE, TÁ VIVA FIA?
- CLARO NÉ! - Não resisto e grito de volta.
Louis Tisson é a espécie de animal, que vocês gostam de chamar, de melhor amigo. Sempre estamos juntos, passamos por maus bocados, geralmente por culpa minha, mas pelo menos temos ótimas histórias para contar!
- Oh loira, pensei que tinha acontecido algo contigo. - Me abraça quando alcança a porta do cômodo.
- Cara cê tá bem? - Sua feição revela preocupação, e seu olhar percorre todo meu corpo. - Ei, fiz alguma merda?!
- O Fred estava na festa e vi ele te levando, mas tinha tanta gente que não consegui te alcançar.
Merda, mil vezes merda! Deixo me cair ao chão, faço um barulho seco de bunda caída. Será possível beber tanto e ter feito coisas indecentes com o ex?
- Cê tá legal? Tipo sente alguma dor, se lembra de alguma coisa?
- Eu tô de boas, mas não acredito nisso, no mínimo ele se aproveitou de mim.
- Vou matar esse filho de uma péssima mãe. - A raiva que Louis sente é a mesma que sinto, babaca desgraçado.
- Eu quero tomar um banho, me ajuda?
- Claro meu doce, ia te sugerir um banho, porque o fedor ta de matar.
E com esse comentário engraçadinho, dou risadas e ele leva um soco no braço.
- Ai, mão de homi tu tens! - Finge uma falsa dor no braço, nem foi tão forte assim.
- Cala a boquinha e ajuda a gostosa a se levantar aqui.
Pego em seu braço e ele passa o esquerdo na minha cintura, ajudando a me manter em pé. Subimos as escadas aos trancos e barrancos, quase que caímos em uma dessas vezes aí.
- Quando tiver outra festa chama antes gata.
- Desculpa, foi feito às pressas. Não ia rolar nada, mas aí o pessoal insistiu e como a casa tá livre achei uma boa. - Dou de ombros.
- Sentenciada a dois dias sem burger king! Sim, nada de reclamar, este é seu castigo.
- Não é justo! - Digo fazendo biquinho.
- Nada é justo querida, agora bora lavar a raba.
Louis me deixa dentro da banheira enquanto a mesma se enche de água, fico observando ela encher e encher. Quando ela atinge um nível que pode virar uma piscina meu quarto, desligo. Hora de ficar de molho e sair brilhando novinha em folha.
Vou falar a verdade, mas fica só entre nós, eu quis fazer coisas indecentes com meu ex. Estava bêbada e com saudades, vi ele entrando e o modo despejando sentimentos começou. No começo se mostrou bem resistente, todavia não aguentou e nos trancamos no escritório. Se fechar os olhos consigo sentir a sensação daquela boca percorrendo todo meu corpo, das mãos passeando livremente, das carícias…
Chega, chega. Já passou a noite e isto não vai se repetir, queria, mas ele terminou comigo por um "bem maior". Uma desculpa esfarrapada isso sim. Charlotte le Roux não corre atrás de ninguém, ela não implora por nada.
- Trouxe remedinhos, e toma tudo. - Louis de supetão tira de meus devaneios e me entrega um copo e aspirina pelo jeito.
- Já falei que te amo hoje?! - Tomo em um só gole.
- Sempre fala né miga. Veste alguma coisa para a gente ir comprar rango please!
- Mas tem coisa nos armários, vai lá e abre e come homem! Deixe-me usufruir desse momento.
- Não, minha fome de é de tacos. CINCO MINUTOS! - Grita saindo do banheiro.
- ENTÃO ESCOLHE A MINHA ROUPA!
- NÃO SOU MULHER! - Adoro esse cara.
Quem vê de fora pensa que namoramos, até mamãe achava isso, ela quer isso, fora de cogitação.
- Não demora muito, porque tô com um monstro na barriga! Ouviu?!
- Como não ouvir contigo berrando desse jeito e eu tô com dor de cabeça, para de gritar! - Dou risada, como eu amo esse ser.
- Vou parar de falar alto então!
Sorte minha não ter ninguém em casa, nem imagino como a senhora Carmem surtaria com todo o estardalhaço. Na verdade imagino sim, seria cômico.
Termino de tomar banho, e vou até o closet vestir algo decente, sou educada o suficiente para vestir roupas, além do mais amo comprá las e qual a graça de ter uma montanha de combinações e não usar?
Um shortinho jeans e uma blusa de alça amarela, para combinar com meu humor. Desço as escadas num pique só. Chegando ao pé, me deparo com um Louis totalmente apagado no chão.
- Ei, ei, ei não é hora de dormir. - Cutuco com o pé.
- Claro que é, tô cansadão. - Balbucia de cara no chão.
- E o rango?
- Me dá cinco minutos pra minha alma voltar, deixei ela fugir sem querer.
- Anda que precisamos conversar.
- Ih, não gosto quando tu faz essa cara aí… - Diz ele levantando se.
- Para, nunca faço cara feia, sou linda por natureza bem. - Mando um beijinho em sua direção.
- O que tu queres conversar?
- O Pierre veio ontem? - Não é fora de contexto isso, é que vocês precisam saber do plano sabe.
- Veio, mas logo foi embora. O mauricinho só veio porque eu arrastei ele.
- Acho que podemos deixar a vida dele interessante…
Entrou uma garota nova na universidade, e obviamente fui fazer amizade com ela. Contudo ela é muito fechada, parece que tem medo de algo. No fundo ela deve ser um amor de pessoa e, carente também.
- Já saquei, Isa e Pierre juntinhos até o final do ano?
- Bate aqui colega, porque vamos fazer isso acontecer! - Um high five de leves fazemos.
- Podemos ir traçando o plano enquanto vamo comer, bora loira.
- Ué não estava "cansadão"? - Aperto os olhos o cutucando na barriga.
- O cansaço já passou. - Louis inclina se para dar um beijinho na minha bochecha. - Pega as chaves do possante!
- Vai lá encima e busca a minha bolsa e o celular tá perdido em algum lugar do quarto!
- Belê!
O assisto subir as escadas sentada no sofá de veludo, estou com ótimas expectativas para esse ano, tomara que não me decepcione.
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