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𓏲 . THE WILD . .៹♡
CAPÍTULO VINTE E SEIS
─── MOVIMENTO LENTO
ANTHONY CARTER ESTAVA MORTO.
Bem, por dois minutos e meio.
Ele estava em sua forma humana, no minuto que Carlisle Cullen levou para trazê-lo de volta para o Rez. Seu pescoço estava com um hematoma roxo escuro, a cura rápida sendo a única coisa que salvou sua vida. A primeira respiração lenta e trêmula que ele deu enviou uma forte faísca de esperança por todo o bando.
Mesmo quando ele não abria os olhos.
Carlisle fez tudo o que pôde, mas tinha ossos para quebrar, então teve que sair.
Embry Call estava sentado no chão ao lado de sua cama, roendo as unhas, o rosto branco como um lençol e o estômago parecendo estar tentando se digerir. Ele encostou a cabeça na parede, lágrimas silenciosas escorrendo pelo rosto, que em qualquer outra circunstância, ele teria tentado esconder. Ele continuou dizendo a si mesmo que não se importava mais. Se Tony não estava bem, quem se importa?
Embry e Tony se conheceram quando tinham oito anos. Ele se lembra daquele dia ainda mais vividamente desde que teve um imprinting.
Estava ensolarado e quente, o que era incomum para Washington. Embry obviamente foi para a praia, já que era o tipo de coisa dele. Ele não tinha irmãos, e sua mãe estava tão ocupada que ele estava meio... Sozinho.
Bem, a princípio.
Ele os ouviu antes de vê-los. Uma gargalhada alta que fez sua cabeça pular. Dois meninos de sua idade caminhavam em sua direção, envolvidos no que parecia ser uma conversa muito divertida.
— Espere, não, diga de novo! — o mais alto dos dois, o menino sem óculos, solicitou, cruzando os braços. O baixinho de óculos revirou os olhos. — Quil, eu já disse isso um milhão de vezes!
Mas o garoto mais alto 'Quil' foi persistente, e continuou reclamando até que suspirou profundamente e começou a falar com uma voz muito apressada. — Hidrogênio, hélio...
O queixo de Embry caiu em uma mistura de choque e diversão. Esse garoto estava falando sobre a tabela periódica? Embry só sabia que isso era uma coisa porque sua mãe era uma cientista... Ele mal conseguia memorizar suas aulas, como alguém poderia memorizar tantos elementos?
— Ei!
A cabeça de Embry voou quando de repente os dois meninos estavam correndo para ele. O de óculos derrapou até parar e sorriu. — Oi!
Embry levantou uma mão tímida em saudação. — Uh, oi?
— Meu amigo acha que eu sou um nerd, então eu tenho uma pergunta muito importante para te fazer. — ele respirou fundo, suas bochechas rosadas do sol, o garoto mais alto revirando os olhos por trás de suas costas. — Só porque eu gosto de ciência, não me torna automaticamente um nerd, certo?
Embry encolheu os ombros. — Eu não sei... Quantos anos você tem?
— Oito.
Ahh.... Então eles têm a mesma idade. Embry abriu um sorriso para o garoto por trás dos óculos. — Eu vou ter que concordar com seu amigo sobre isso.
Quem diria no que aquele encontro teria se transformado.
Alyssa estava andando no pequeno espaço entre os pés de sua cama. Seu rosto estava vermelho e inchado, e ela fungava loucamente, limpando o rosto a cada três segundos. — Aquele idiota. — ela engasgou, puxando seu cabelo. — Ele disse que ficaria bem.
— É tudo culpa minha. — Embry olhou para o nada enquanto dizia isso, piscando duas vezes. Sua voz era rouca e trêmula como uma folha em uma árvore. Seus olhos estavam tão arregalados e vidrados. Alyssa parou para lhe dar um olhar severo, mas ele não podia vê-la. — E-eu deveria ter apenas...
— Cala a boca! — a garota estalou, seu cabelo selvagem e voando ao redor de seu rosto. Ela caminhou até Embry e se sentou no espaço ao lado dele, cruzando os braços e direcionando seus olhos lacrimejantes para um brilho. Nenhum dos dois disse mais nada por um tempo, eles apenas ficaram sentados lá.
Embry sentiu como se seu peito estivesse sendo esmagado.
Alyssa sentiu como se fosse soltá-lo.
Mas eles mantiveram isso juntos. A garota encostou a cabeça no ombro do companheiro do irmão e respirou fundo. Eles ficaram em silêncio, agarrados à esperança e olhando para o corpo imóvel do menino que ambos amam mais do que tudo.
★
A casa de Emily era muito mais barulhenta. Alice Cullen estava lá, assim como Jasper Hale, que estava sentado silenciosamente no canto, enviando sinais calmantes que não fizeram nada por Paul Lahote. Jacob estava no andar de cima e eles ocasionalmente o ouviam gritar de dor.
— Pare com isso! — ele finalmente retrucou, levantando a voz e caminhando até Jasper. — Tudo bem? Pare com isso!
Ele se virou, crescendo baixinho, e chutou uma cadeira com tanta força que ela bateu na parede. Emily estremeceu, mas não disse nada. O coração de Paul batia tão rápido que parecia que ia explodir... Conhecendo Paul, ele iria.
Nada disso era justo. Tony era o gentil, o inteligente de quem todos gostavam por algum motivo desconhecido. Paul deveria protegê-lo, e veja onde isso o levou.
— Isso não é sua culpa. — Alice disse, apesar de não ser uma leitora de mentes, entendendo a essência da situação. — E Tony vai ficar bem.
— Como diabos você sabe disso? — ele gritou, fazendo Jared revirar os olhos e balançar mais agressivamente em sua cadeira. — Hein? Achei que você não pudesse ver o nosso futuro!
— Eu não preciso de muito! — seus olhos estavam arregalados e seus ombros subiam e desciam em ondas agudas. Alice caminhou até ele, embora seus olhos mal encontrassem seu peito. Ela tinha acabado com o comportamento errático de Paul. — Você já conheceu Anthony? Você realmente acha que ele simplesmente... Morreria?
A palavra causou um gosto amargo na garganta de Paul, e ele cerrou os punhos, tentando controlar seu temperamento que sabia ser incontrolável. — Caso você não se lembre, ele acabou de fazer!
— Você não sabe nada sobre o seu amigo!
— Pare de falar como se soubesse do que está falando!
— Suficiente! — a voz de Emily pode ser suave, mas tinha um tom firme que fez Paul cerrar os lábios e dar um passo para trás. Ele queria testar se ele olhasse com força suficiente para Alice Cullen, ela explodiria em chamas. Emily pôs uma mão no braço de Paul, e ele notou imediatamente que estava tremendo. — Vocês dois, parem com isso! Não é hora de brigar!
Alice respirou fundo que ela realmente não precisava, e caminhou até Jasper, inclinando-se em seu abraço e apreciando a aura calmante.
— Eu sei que todos estão com medo. — ela anunciou, virando-se para poder olhar para todos na sala individualmente. — Mas brigar não nos levará a lugar nenhum. Se Tony estivesse aqui, ele estaria chamando todos vocês de idiotas dramáticos a essa altura.
Um pequeno sorriso surgiu no rosto de Sam ao ver como Tony era.
— Então, vamos fazer o que Tony quer, e... — ela olhou ao redor da sala, antes de caminhar até as gavetas no canto e tirar uma pilha de cartas.
— Vamos estudar esses cartões de perguntas e respostas.
★
— Lembra quando ele tirou noventa e dois em um teste e imediatamente pensou que era um fracasso?
Alyssa sufocou sua própria forma de risada. A sala ainda estava silenciosa, mas os dois estavam fazendo o possível para manter o clima o mais leve possível. Eles estavam contando suas melhores histórias de Anthony Carter para passar o tempo. — Sim, eu meio que o odiei por isso.
— Ele era tão ruim em arte. — Embry passou a mão no rosto. — Essa foi a única aula em que eu fui melhor do que ele... Ele odiou.
E então uma voz diferente entrou na conversa. Uma voz rouca, calma e trêmula que fez os dois se levantarem. — Ouvi dizer que você estava falando merda...
O maior sorriso que alguém já viu apareceu no rosto de Embry quando ele correu para a cama. Porque lá, machucado, ensanguentado e espancado até virar polpa, mas com seus olhos escuros cor de chocolate abertos, estava Anthony Carter.
E Embry Call teve esperança novamente.
Porque Anthony Carter estava vivo.
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