Capítulo 4

_Não existe equipe Zero sem a Número Zero.

- Chega de brincar com o tempo. - Cinco declarou se levantando. - E eu estou oficialmente aposentado.

O mais velho se levantou deixando os irmãos para trás.

- Gente, ele já ta usando pós barba? - questiona Klaus de brincadeira. - To preocupado.

Os três irmãos se olham, mas é Viktor quem esterilizar o pensamentos de todos.

- Ele quer ficar, pela Zero.

Diego concorda. - Mesmo que essa linha do tempo fosse uma droga, ele ainda ia querer ficar.

Os três Hargreeves voltam seu olhar para Número Cinco, que estava muito distraído com sua comida no bufê, para notar o olhar de seus irmãos sobre si.

- E quem pode julga-ló? É a Ártemis afinal. - Diego da de ombros.

☂️☂️☂️

Número Zero mal dormiu aquela noite.

Ela havia voltado pra casa depois de perceber que não fazia idéia de onde seu marido e irmãos poderiam estar, e se fosse sincera consigo mesma, ela também temia como esse encontro poderia se desenrolar, precisava de um tempo para poder organizar suas ideias.

E o mais importante, precisava fazer seus cálculos para ter certeza que o paradoxo era mesmo real.

A mulher em corpo de garota passou a noite revirando seus diários e todas as suas pesquisas, do tempo em que ela procurou pela Umbrella.

Tudo o que ela sabia é que várias mulheres tinham morrido de forma muito suspeita antes de Zero e seus irmãos nascerem no evento único de 1 de Outubro de 1989.

E que não havia nenhum vestígio de que Cinco ou os outros existiam naquela linha do tempo.

O que era catastrófico.

☂️☂️☂️

- A Bela Adormecida finalmente resolveu se levantar.

Fei zombou da irmã assim que a viu passando pela sala.

Ártemis acabou apagando com a cara em suas pesquisas depois de passar a noite em claro.

Era três da tarde quando Zero finalmente acordou.

- Não enche. - foi toda a resposta que Número Três recebeu.

Art passou pela mulher sem lhe dar um segundo olhar.

Fei riu. - Se você continuar mal criada eu não te conto quem é nosso visitante especial.

As palavras da irmã tiveram o efeito esperado e a menor se virou para a mesma.

- Do que está falando?

- Pegamos o Número Um deles. - a animação era nítida da voz dela.

Zero não conseguiu evitar sua expressão de espanto.

- Por que fizeram isso?

Fei franziu o cenho. - Não esta sabendo? Eles pegaram o Marcus.

- E como vocês sabem disso? - a morena tentou conter o tom reprovador, mas era inevitável.

- Meus pássaros viram ele conversando com a baixinha poderosa, e depois disso ele sumiu. - Fei se apressou em explicar.

Os Sparrow foram criados com bastante rigidez e o senso hierárquico deles sempre foi muito bem definido.

Ártemis era a Número Zero, ela não era a líder de sua família como Número Um, contudo todos respeitavam suas opiniões e suas decisões eram sempre acatadas sem contestação.

Zero era a única Sparrow que podia transitar na hierárquia da família, pois como Sir Reginald Hargreeves dizia, ela era a Número Zero, e Zero era o número que podia os tornar ainda mais valiosos quando presente.

Nenhum deles gostava de desaponta-lá.

- Isso não parece algo que ela faria.

Três estranha a forma com que a irmã parecia ter certeza sobre as ações dos Umbrellas.

- Como você poderia saber?

- É fácil, veja a forma como chegaram aqui, não me parecem o tipo de pessoas que conseguiriam sequestar Marcus discretamente. - zombou.

Temis tinha razão, Fei observou a Umbrella Academy, e eles eram uma bagunça completa. Mesmo assim os poderes da Sete deles não poderiam ser subestimados.

- Onde o grandão estar?

- Malhando com a Sloane. - deu de ombros.

Zero não tardou em seguir para o local.

A mulher sorriu ao contemplar sua irmã e irmão simplemente babando um pelo outro.

Aquilo era improvável, entretanto eles eram fofos, tinha que admitir.

- Atrapalho? - implico apenas para ver eles ficarem com vergonha.

E Zero não foi desapontada ao ver ambos corando.

- NÃO! Quero dizer, não, claro que não. - Sloane é quem responde se recuperando primeiro.

Luther apenas acena em concordância.

- Quero dar uma palavrinha com o nosso convidado a sós, se importa Cinco?

Sloane é rápida em negar e se retira, mas não sem olhar para Luther uma última vez, que também a olhava.

Zero riu.

- Parece que eu e você temos mais uma coisa em comum. - diz ganhando a atenção do irmão.

- Como assim?

- Ambos gostamos de Cincos. - piscou.

As bochechas de Número Um ganharam cor mais uma vez.

- O que? Não! Eu e ela? Putz, não mesmo.

Art apenas revirou os olhos. - Relaxa, não precisa se explicar, não pra mim.

O mais alto respirou aliviado. E só depois do constrangimento passar Luther se deu conta.

- Art?!

Ela sorriu. - Da última vez que eu chequei sim. - brincou.

Ignorando a irmã o mais alto a abraçou forte, forte até de mais.

- Que barulho foi esse? - perguntou preocupado.

- Você acabou de quebrar duas costelas minha. - comentou a menor com um suspiro dolorido.

Assustado Luther a soltou de imediato, culpado.

- Art, me desculpa mesmo, eu não queria te machucar, não calculei bem a força, juro que foi um acidente, eu jamais iria fazer algo assim de propósito...

Ártemis calou o irmão com um gesto. Ela respirou fundo e alongou a parte superior, sua expressão de dor relaxou alguns segundos depois.

- Prontinho, nova em folha. - suspirou de alívio.

- Me desculpa mesmo Art.

Antes que Luther pudesse começar mais uma sessão de desculpas foi Zero quem o abraçou.

- Senti sua falta grandão.

Os rosto do maior demonstração sua confusão. - Espera! Você sabe quem somos?

Ela acentiu, e uma lágrima rolou do rosto de Luther, ele, assim como todos, tinham cavado a cova de Ártemis há um dia, ve-lá viva de novo era simplemente bom de mais para ser verdade.

- Os outros não vão acreditar!

Era esse o ponto que Zero queria chegar.

- Bom, espero que sim, pois preciso falar com eles, é algo sério.

O sorriso de Luther murchou. - Por que sinto que não vou gostar dessa conversa? Outro fim do mundo?

- Não exatamente, preciso falar com Cinco antes, ter certeza. E preciso que me diga onde ele está.

- Como eu sei que se eu contar pra você onde estamos, você não vai contar para os seus outros irmãos?

Zero revirou os olhos. - Porque sou mesma Ártemis que esta tentando te perdoar por me prender naquela merda de laboratório e se esquecer deixando uma casa cair encima de mim. - retrucou zangada.

Luther teve a decência de ficar constrangido. - Desculpa de novo por isso.

- Sei que foi golpe baixo, mas você esta me devendo, fora que acabou de quebrar duas costelas minha. - pontuou.

- Você disse que estava bem!

- E eu estou, mas isso não significa que não doeu.

O loiro levanta as mãos em rendição. - Está bem, está bem, eu te conto.

Art sorriu em alívio.

- Vai me levar junto com você? - Um questiona.

Zero deu de ombros. - Só se quiser, mas tenho duas observações, eles vão te manter aqui no máximo até a noite e segundo, não quer conhecer a Sloane um pouco mais?

Luther refletiu por alguns minutos. - Acho que posso ficar até o jantar.

Art riu do irmão.

Por fim o loiro sussurou no ouvido da mulher o nome do hotel onde a Umbrella estava hospedada.

Os irmãos se abraçaram mais uma vez antes da mulher se retirar.

☂️☂️☂️

O hotel Obisidiana realmente era o lugar ideal para a Umbrella Academy se esconder.

Ártemis concluiu ao observar os hóspedes no hall de entrada, tudo ali parecia meio caótico.

A mulher caminhou por todo o salão do hotel sem encontrar Cinco ou os outros.

Mr.Pennycrumb que caminhava ao seu lado até o momento, disparou a correr quando sentiu o cheiro da comida do bufê.

Zero seguiu tentando alcançar o cachorro quando o perdeu de vista entre as pilastra do local.

- Me solta seu cachorro idiota! - escutou alguém gritar em tom choroso.

Quando se aproximou a mais velha tentou conter a risada, Mr.Pennycrumb mordia a mão de um garotinho ajoelhado a sua frente.

- Solta! - ela mandou com a voz firme.

Ainda rosnando o cão soltou a mão do menino ao comando da dona.

Com os olhos cheios de lágrimas o garoto se levandou, recolhando sua mão para si, finalmente olhando para sua salvadora.

- Cachorro mal! - repreendeu Zero fazendo um afago entre as orelhas do pequeno pug, em um ato contraditório a sua repreensão. - E você não deveria colocar as mãos em cachorros estranhos, garotinho, e muito menos chama-ló de idiota!

O menino a olhou meio abobalhado. - Não foi minha culpa! - resmungou com a voz baixa.

Sem paciência, Art apenas estendeu uma mão. - Me deixe ver essa mordida.

Sem contestar o garoto estendeu a mão para Ártemis, foi com espanto que viu a marca dos dentes do pequeno animal desaparecerem, junto com dor que sentia.

- Isso foi incrível! - sussurou olhando para sua mão. - Você é incrível. - as bochechas do garoto ficaram completamente vermelhas quando a morena sorriu para ele.

- Obrigada... Qual é mesmo o seu nome?

- Stan!

Zero sorriu. - Muito obrigada Stan, agora você já pode soltar minha mão.

Com o rosto ainda mais vermelho o garoto largou a mão de Ártemis, imediatamente.

A mais velha pegou Mr.Pennycrumb no colo e deu as costas a Stan, retomando sua busca pelo marido e irmãos.

- Você não me disse seu nome.

Art voltou seu olhar para o menino que a seguia com um sorriso no rosto.

- Sou a Ártemis, e no momento preciso achar algumas pessoas, e tenho certeza que seus pais estão preocupados com você. - tentou ser gentil ao dispensar o mais novo.

- Duvido muito disso. - Stan respondeu meio cabisbaixo. - Mas eu posso ajudar você a achar quem procura, ou em qualquer coisa que precise. - voltou a sorri para Art.

Mal não faria, pensou Zero, deixando o menino lhe acompanhar.

☂️☂️☂️

- Se você veio me pedir mais dinheiro pode esquecer garoto. - Diego disse, não fazendo questão de se virar.

- E que tal um abraço?

O Número Dois sentiu seu pescoço estalar ao se virar para a pessoa em sua porta.

Ártemis Hargreeves olhava para ele com um sorriso de lado. Diego notava as diferenças, os cabelos escuros, a falta de algumas cicatrizes e a presença de novas, a mas marcante sendo a que descia pelo olho direito até bochecha ao invés de cruzar o rosto. Diego via tudo isso, mas nenhuma dessas coisas realmente importava quando ele a abraçou.

- Como isso é possível? Você se lembra, de tudo? - sussurrou ainda a abraçando.

- Não existe uma Equipe Zero sem a Número Zero. - a morena brincou.

Era estranho o quanto Art sentia que tudo aquilo era genuíno e natural, ela achou que seria complicado absorver que toda aquela outra vida, também era sua, que todas aquelas pessoas também eram importantes para ela, mas ao abraçar o irmão, isso não pareceu menos que o correto.

Eram sua família, a linha do tempo que fosse a merda!

Diego riu a soltando. - Você tem que me contar tudo!

- Sim, mas primeiro, cade os outros?

Número Dois revirou os olhos irritado com os irmãos, devia estar se preparando para enfrentar a Sparrow.

O latino olhou para a irmã mais uma vez, notando seu uniforme vermelho com o símbolo de pássaro.

- Espera um minuto, você é uma deles agora?! - saiu mais como uma acusação do que uma pergunta.

Zero revirou os olhos. - Se com uma deles você quer dizer, um membro da Sparrow Academy, sim eu sou.

Diego moveu suas mãos para o cabo de suas facas fazendo a irmã reviar os olhos.

- Por favor me diz que você já cansou do papel de versão piorada do Batman. - zombou.

- Hey! Essa doeu.

Art revirou os olhos. - Tira logo as mãos dessas facas! - mandou irritada.

Diego obedeceu erguendo os braço em rendição.

- Cadê os outros? - Zero voltou a perguntar.

O latino deu de ombros. - Não sei, saíram por ai.

Frustrada a mais velha revirou os olhos, tinha se esquecido do quão difícil era reunir seus irmãos.

- O que aconteceu com seu rosto? - perguntou se sentando na cama do mesmo.

O latido se sentou ao lado dela. - Cortesia dos seus novos irmãos.

Zero nada disse apenas tocou o rosto do mais alto o curando.

- Valeu. - agradeceu baixinho.

- Disponha. - sorriu. - Então você tem um filho! Como é ser papai tendo a mentalidade de uma criança? - zombou

- Muito engraçada, pelo menos não estou preza do corpo de uma. - rebateu e ganhou uma cotovelada da morena.

- Isso foi golpe baixo, e só pra constar, meu corpo tem quinze.

Diego riu. - Como conheceu o Stan?

- Meu cachorro mordeu ele. - deu de ombros. - Ele me ofereceu ajuda e acabei descobrindo que sou titia quando disse que tava te procurando.

- Isso é a cara dele. - refletiu o latino. - A Lila tem que levar ele com ela.

- A Lila tá aqui? - questionou Art.

- Sim, tá tomando banho.

Pitts talvez pudesse ajudar Ártemis refletiu, a mulher foi criada a vida toda na comissão, talvez soubesse de algo sobre o paradoxo.

- Tenho que ir.

Beijando a bochecha do irmão Zero se foi tão rápido quando surgindo, deixando um Diego desorientado para trás.

- Onde você vai?

Stan que até aquele momento estava quieto escondido atrás da porta, bufou frustrado, ao ser pego tentando escapar de fininho.

- Ela pode precisar de ajuda! - deu de ombros.

Diego olhou cético para o filho.

- Ela foi atrás da sua mãe, no banheiro. - ressaltou.

- E daí? - revirou os olhos.

Diego se levantou indignado. - Ela é sua tia! E mais velha!

Santley corou. - Você é um saco!

Reclamou saindo do quarto.

- Para o outro lado! - Diego mandou, ao ver o filho indo para o mesma direção que Art tinha seguido.

Irritado o garoto mudou sua rota sem olhar para o pai.

O latino ficou obsevando Stan sumir no corredor, rindo.

- Bom, até que foi legal ter tido um filho. - Diego declara vendo Stan sumir pelo corredor.

Cinco ia matar o garoto, o mais velho sabia.

☂️☂️☂️

- Prefiro mulheres que têm menos chance de matar enquanto eu durmo.

Lila riu. - Não tenho certeza se ela concorda com isso.

Cinco não precisou perguntar, pois Ártemis saiu de uma das portas do local, bem a sua frente.

- Μέλι?

A de olhos castanhos café sorriu.

- Εκπληξη!/ Surpresa!

Em passos rápidos Cinco já estava a frente da mulher, segurando seu rosto.

- O que ta fazendo aqui? Como me achou? - questionou tentando encaixar as pessoas daquele quebra-cabeças, o motivo de estar ali querendo falar com Lila sendo totalmente esquecido.

A morena deu de ombros, o coração acelerado pela proximidade do de olhos verdes. - Tenho meu métodos.

Um sorriso de canto se desenha na face de Número Cinco.

- Μου έλειψες τόσο πολύ./ Senti tanto sua falta. - sussurou, o rosto a centímetros do dela.

O casal estava tão imerso um no outro que só notaram que não estavam a sós quando Lila finalmente voltou a falar.

- Até mesmo eu tenho que admitir, você realmente são uma gracinha juntos.

Irritado por ter sua atenção desviada da esposa, Cinco lança um olhar mortal para Pitts.

- Por que você não vai se fuder?! - questiona irônico.

Art se afastada do marido, revirando os olhos. Lila e Cinco juntos eram como duas crianças, ela havia se esquecido.

- Não provoca Lila. - pediu a menor em tom cansado. - E você também Cinco!

A mulher na banheira deu de ombros. - Tá bem! Mas devo dizer, é um prazer ver como ela te tira da órbita pirralho. - piscou para o moreno.

- Isso se chama amor Lila, vai pesquisar. - o viajante resmungou irritado.

Zero não conseguiu evitar o sorriso ao ouvir as palavras do marido, era incrível como Cinco a fazia se sentir uma adolescente apaixonada, com poucas palavras.

Lila ri. - Não sabia que era tão espertinho.

E antes que Art pudesse impedir a indiana arremessa uma faca no viajante.

E em poucos segundo o que era uma conversa relativamente civilizada se torna uma luta ente Pitts e Cinco.

Fustrada Zero apenas se senta ao lado da banheira, esperando eles terminarem.

- Πεισματάρηδες ηλίθιοι./ Teimosos idiotas. - resmungou para si mesma.






🌂🌂🌂





Sim, é isso que vocês estão vendo! Eu voltei meus amore.

Mil perdões pela demora, mas tava com um bloqueio pra escrever, e ainda não to muito satisfeita com essa capítulo, mas foi o melhor que consegui, espero que vcs gostem.

Por favor comentem, pois isso é o que mais me estimula a continuar.

Sábado foi meu aniversário, mas eu quem queria dar esse presente para vcs.

Enfim é isso, espero de coração que tenbm curtido.

Até o próximo, prometo tentar ñ demorar tanto no próximo.

bjs da tia Charlie!

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