Son of a Bitch

Suga tinha bebido mais do que devia, ele sabia disso. Ainda assim, sua mente não desacelerou um segundo e seus sentimentos confusos pareciam atingi-lo com ainda mais frequência e irritação.

Quem disse que beber faz você esquecer os problemas, é um idiota!

Ele achou melhor largar sua moto no meio do acostamento na ponte do Brooklyn e pegar um táxi, porém quando o taxista parou, praticamente o escorraçando do carro, ele se pegou pensando no porque tinha acabado naquele lugar.

Não é como se aquele endereço estivesse gravado em sua cabeça para que ele o indicasse no automático. Talvez seu subconsciente o tivesse lembrando do que precisava fazer ali.

Suga conferiu a arma atrás das costas, decidindo que foi definitivamente por isso que decidiu inconscientemente por aquele endereço.



A porta foi aberta depois de incontáveis batidas brutas da parte de Suga e talvez alguns pontas pés também. Uma garota loira, magra, vestida apenas com lingeries preta e um par de salto alto o atendeu. A garota parecia assustada, provavelmente por ser cinco da manhã e Suga, bêbado até o último fio de cabelo, estar parado na porta, o corpo apoiado no batente, a arma prata pendurada pelo dedo em uma das mãos no alto da cabeça, os cabelos cinzas estavam úmidos do sereno e da chuva, colados no rosto, tapando ambos os olhos, que no momento estavam vidrados no chão.

Ela era a modelo conceitual da Gucci já há 3 anos e nunca passou despercebida por alguém antes em sua vida, porém o cara armado de frente para ela, não parecia lúcido o suficiente para que ela realmente se importasse em ser ignorada.

- O que quer ? - a loira perguntou gaguejando, os olhos confusos e a boca trêmula.

- Jimin. - Suga sussurrou a empurrando para entrar no apartamento.

Ele se jogou no sofá, a arma agora apoiada no couro branco e caro do estofado, a cabeça jogada pra trás. Seu terno de segurança, antes impecavelmente engomado, agora estava colado ao corpo, suas pupilas dilatadas demais, o fazendo lacrimejar mesmo com a pouca iluminação.

Jimin parecia desinteressado de começo, enquanto saía do seu quarto, se esforçando para vestir um roupão de seda ao mesmo tempo que andava até ele, porém sua curiosidade se transformou em prazer misturado com medo, quando percebeu ser Suga o convidado inconveniente que acordou Lisa durante a madrugada com batidas intermitentes na porta de seu flat.

Ele ignorou Suga no sofá e foi preparar um café para os dois enquanto tentava ser o mais educado possível com Lisa, pedindo para ela ir embora o mais rápido que conseguisse. Apesar de um pouco irritada, a garota não pareceu ter nada contra a sair dali às pressas. Jimin não a culpava. Suga parecia uma visão melhorada do próprio Joker.


- Toma isso, vai se sentir melhor. - Jimin ofereceu aspirina junto com uma caneca de café puro. - Já pensou em pintar seu cabelo de verde? Ficaria insano.

Suga pareceu despertar com o cheiro da cafeína invadindo suas narinas.

- Você está bêbado. - Jimin afirmou enquanto tomava um gole do seu próprio café, sentado na poltrona ao lado do sofá onde Suga estava jogado.

- Boa observação, gênio.

Jimin sorriu pelo mau humor característico de Suga, mas a voz rouca e arranhada do maior o arrepiou a espinha.

- Isso tudo tem alguma coisa a ver com certo evento de ontem a noite ?

Suga fez uma careta conforme a frase se perdurava no ar.

- Eu juro que tive vontade de matá-lo ontem.

- Você não pode matá-lo, eu não permitiria algo assim. - Jimin começou sério, mas gargalhou no final conforme a indignação ficava aparente na expressão de Suga.

- Você já tentou matá-lo. - Suga o acusou.

- Eu posso causar mal a ele, ninguém além de mim pode fazer o mesmo. - Jimin deu de ombros, como se aquela frase já explicasse o suficiente, mesmo que Suga ainda não estivesse satisfeito.

- Isso não faz nenhum sentido Jimin. - Suga voltou a falar, depois de um tempo em silêncio.

- Ele é meu irmão. - Jimin respondeu simplesmente.

- Jungkook brinca com a mente das pessoas por entretenimento, ele não quer saber o que você realmente sente e permanece ao seu lado apenas quando lhe é conveniente. - Suga argumentou.

- Ele é adotado.

Abandonando o café enquanto ia na direção de uma garrafa de whisky que estava num display, no bar de frente para eles, Suga pensou sobre o argumento bosta de Jimin, levantando uma das sobrancelhas em curiosidade enquanto batizava seu café, em silêncio logo após suas inconclusivas opiniões sobre o atende.

- Olha! Jungkook é um pirralho mimado que merece uma boa surra, mas ele é meu irmão e eu não deixaria ninguém fazer nada contra ele.

- Ninguém além de você. - Suga o corrigiu.

- Exatamente.

Suga continuou sua bebida, passando a mão por seu cabelo já oleoso pela frequência em que o alisava com seus dedos inquietos enquanto sentava no sofá macio mais uma vez.

- Você não veio para falar do meu irmão comigo, então porque veio?

Suga balançou a arma nas mãos a deixando cair num baque oco logo em seguida.

- Certo, isso. - Jimin fechou ainda mais seu roupão, se encolhendo na poltrona sutilmente.

Aquilo não passou despercebido por Suga.

- Não vim te fazer mal, mas confesso que seus joguinhos mentais me irritaram bastante essa semana. - Suga soltou a arma dedicando toda sua atenção para sua bebida, o que fez Jimin relaxar significativamente.

- Joguinhos?

Suga revirou os olhos, irritado.

" - Por que não leva Jungkook para visitar o túmulo de Dahyun no seu aniversário? Pode fazer bem a ele". - Suga citou Jimin, sua voz uns dois tons acima da sua própria, na tentativa de imitar o melhor possível o menor, que agora quase chorava de tanto rir com a péssima, porém realista interpretação de si mesmo aos olhos de Suga.

- Eu sei que parece cruel, mas eu falei sério quando disse que acredito em você ser o único capaz de mexer com Jungkook.

Suga deu de ombros enquanto negava com a cabeça, porém um sorriso convencido apareceu em seu rosto fazendo Jimin rir mais um pouco.

- Por que acha isso? - Suga perguntou, curioso com a forma que Jimin falou.

- Eu monitoro a vida de Jimin desde que comecei a duvidar do meu ódio por ele.

Suga abandonou o álcool, tomando a liberdade de pegar uma garrafinha de água da geladeira do menor. Sentiu alívio em sua garganta enquanto a textura líquida e gelada lavava a sensação que a fumaça do dia anterior, deixou em seu corpo.

- O que quer dizer com monitora?

- Já faz um tempo que eu tenho na mente o quanto o pai de Jungkook é manipulador e é exatamente isso que o estraga. - Jimin puxou o ar bruscamente, parecendo desanimado pelo assunto. - ele disse há alguns meses, que precisava sair das garras do seu pai, que queria ser ele mesmo, fazer seu próprio nome e deixar pra trás toda loucura que Jeon causa com sua existência marcante e corrupta. - ele olhou para a confusão no rosto de Suga sem se abalar. - Eu como um bom idiota, acreditei nele. Aquilo que você presenciou na GCI, no dia em que eu quase o matei, foi porque eu fiz tudo que ele mandou, me mudei pra mais perto, abandonei meu relacionamento, me dediquei a ajudá-lo, ignorando todas as merdas que Jungkook já fez no passado. Tudo bem que eu estava absurdamente bebado aquele dia também, mas isso não vem ao caso agora.

- O que aconteceu para te irritar àquele ponto?

Jimin suspirou mais uma vez, o olhar distante no passado, distraído e aéreo.

- Ele voltou atrás. Me deixou de lado como se eu fosse um daqueles brinquedos velhos que você abandona depois que perde a graça. - A voz de Jimin era carregada de rancor e ódio, mas se você reparasse em seus olhos você veria a real tristeza. No quanto, o que ele dizia, realmente o afetava. - Ele me tratou como um qualquer, escolheu seguir seu pai mais uma vez e sacrificou seus sentimentos por mim fazendo isso. Parece que agora é a sua vez de passar pelo que, todos que o amam, já passaram. - Jimin disse, claramente terminando o assunto, já que levantou, pegou a arma ao lado de Suga e entrou no que devia ser seu quarto, sem dizer nem mais uma palavra.



...



Suga estava no celular com a Dra. Gonzales, já tinha quase uma hora.

Eles discutiam sobre a evolução de Lucas na semana e em como ele poderia ajudar no tratamento, já que ele odiava se apegar ao garoto, mas não conseguia deixar de pensar que fez uma promessa a ele e tinha a intenção de cumprir.

Ele desligou a ligação, assistindo o celular voltar a se iluminar com a vigésima tentativa de Naomi fazer contato, só naquela semana.

Era irracional não atendê-la só porque não queria mesmo, afinal ela era sua superior, mas o botão de se importar, dentro de Suga, andava desligado nos últimos dias.

O fato era que ele estava evitando Jungkook já há uma semana e isso talvez tivesse um pouco a ver com o quanto ele ficou foda-se para todo o resto.


"Você está me ouvindo?"

"Sim, Naomi. Estou te ouvindo".

Suga ouviu a ruiva respirar fundo do outro lado da linha.

"Não sei o que aconteceu entre vocês, mas você tinha conseguido um bom relacionamento com o nosso principal suspeito e isso era definitivamente nossa melhor vantagem, se você deixar seus sentimentos atrapalharem essa investiga..."

"Não vai atrapalhar, acredite. Quero pegar o culpado tanto quanto você".

Suga sentou na cama do seu quarto, a camisa aberta deixando seu abdômen à mostra, suas costas foram em direção ao colchão, a mão na testa afastaram sua franja longa demais, a barba por fazer.

A voz de Naomi estalava nos seus ouvidos toda indignação que a mulher parecia ressentir, quando a porta do seu quarto foi aberta com certa delicadeza.

Suga pensou se estaria alucinando, mas não parecia ser o caso.

Era realmente ele!

Jungkook entrou no cômodo, um meio sorriso no rosto enquanto trancava a porta atrás de si, ele parecia triste com algo, mas sua expressão mudou assim que Suga apoiou um dos cotovelos na cama para olhá-lo.

Ele achou a visão mais sexy do universo e isso não descreve nem um terço do que seu corpo sentia no momento, ao ver Suga naquela posição, cabelos despenteados, barba por fazer, abdômen a mostra, pés descalços apoiados no chão, as coxas grossas marcadas na calça jeans preta.

Suga gaguejou um pouco ao telefone, mas continuou sua conversa monótona, mesmo depois que Jungkook começou a caminhar preguiçosamente em sua direção.

Ele tinha ido até lá para se desculpar pelo que aconteceu no seu noivado, há uma semana. Sim! Ele sabia o grande babaca que era, mas aquilo nunca lhe incomodou antes, aliás nada o incomodava antes de Suga aparecer em sua vida, na verdade.

Então, agora ele estava disposto a ajoelhar e se humilhar em busca do perdão de Suga, por tê-lo tratado mal naquele dia e pela situação em si.

Essas eram suas intenções quando entrou naquele quarto, cabeça baixa e pensamentos confusos, porém claros.

O que ele não imaginava, era que iria se deparar com o mais velho daquele jeito, sexy pra caralho, a cara de poucos amigos, os olhos ameaçadores, os cabelos bagunçados de um jeito ordenado. Aquilo fez sua mente mudar de preocupação para somente pensamentos impuros em questão de segundos.

Jungkook se ajoelhou aos pés de Suga, que não saiu do celular, fingindo ignorá-lo enquanto falava sobre algo em que Jungkook não estava interessado. Suas mãos foram até o botão da calça do mais velho, que não fez nenhuma objeção enquanto ele a tirava. Suas mãos vibraram na expectativa de sentir a textura suave e aveludada da pele de Suga.

Jungkook não conseguiu resistir, mordendo o interior da coxa do mais velho, que tremeu sob seus lábios, alisando distraidamente seus cabelos negros, olhando para o teto, alheio a tudo, mesmo que sua presença fosse obviamente marcante para seu corpo, sua mente parecia cruelmente viajar. Jungkook aproveitou a deixa para morder o mais velho, como um chamado de atenção.

Suga tremeu alguma sílabas em sua frase monótona ao telefone, mas foi o máximo que Jungkook conseguiu em resposta.

Até que sua boca encontrou a glande do mais velho, sua língua circulou a sua pele rosada, fazendo um barulho estalado quando chupou a cabeça do seu pau, seu olhar pervertido encontrou com o abismado de Suga. Ele gaguejou ao telefone, a pupila dilatada e os dentes fincados no lábio inferior, indicando o quanto o mais novo o afetava.

Jungkook se deu por convencido em provocações, passando da sua lentidão torturante para realmente começar a chupar o mais velho.

Ele fazia barulhos altos e molhados de forma que Suga jamais conseguiria se concentrar em mais nada além do garoto e isso o irritou tanto quanto obviamente o deixava excitado.

Suga desligou a ligação na cara de Naomi que continuava falando sobre como eles eram unidos no passado e passou a puxar os cabelos de Jungkook, o empurrando em direção a sua ereção.

Jungkook não fez nenhuma objeção quanto aos movimentos brutos de Suga. Ele sabia o quanto sua brutalidade deixaria Jungkook rouco e dolorido no dia seguinte e não era sua intenção, Suga não estava em busca de nenhuma forma de vingança ou algo do tipo, mas olhar aqueles lábios delicados e vermelhos encaixando perfeitamente no seu pau, a forma em que ele se movimentava, seus olhos ansiosos em busca de oferecer prazer a ele, deixou Suga muito mais confuso do que imaginava e quanto mais aquele gesto de Jungkook parecesse com sexo casual, melhor seriam as chances de Suga parar de pensar no que ele realmente queria de Jungkook.

Ele gemeu baixo ao sentir os dedos delicados do mais novo na base do seu pau, sua boca acelerou os movimentos, causando um aperto na base do seu abdômen.

- Porra. - Suga jogou a cabeça pra trás, voltando com os cabelos bagunçados para encarar Jungkook, que tinha enfiado todo seu pau na garganta, gemendo com ele na boca, o som causando vibrações por toda sua extensão, o que o deixou sem reação.

Os dedos dos seu pés se encolheram no chão gelado, a medida que ele gozava na boca do mais novo, que engoliu tudo com certo desespero.

Jungkook estava tão perdido na sua agonia em ter Suga afastado dele, que mal notou o quanto seus gestos deixava isso transparente em tudo que fazia.

Suga se manteve afastado de Jungkook a semana inteira, ele pegou a segurança externa para fazer, ficando o mais longe possível do mais novo, que mesmo com sua agenda lotada não conseguiu se distrair o suficiente para não notar o vazio que Suga deixou com sua ausência.

Ele se pegou várias vezes tentando reproduzir a risada alegre do mais velho em sua mente, o perseguindo algumas vezes pelos corredores da empresa, mas Suga era muito mais talentoso na arte de se esconder que ele e isso fez toda a diferença no fim da semana, quando Jungkook se pegou pensando se Suga ainda trabalhava na GCI ou não.

E quando a saudade ficou fisicamente insuportável, a ponto do seu peito doer fortemente, Jungkook largou seu orgulho e o recitativo de que era melhor se manter longe e foi atrás da única pessoa capaz de colocar um sorriso no seu rosto pelo simples fato de parecer perfeitamente sexy sentado numa cama falando ao telefone, com a camisa aberta e o peito à mostra.

- Senti falta da sua boca no meu pau. - Suga passou os dedos nos lábios inchados de Jungkook, ele tentou se levantar, mas Suga o forçou a continuar de joelhos com um simples aperto em seu ombro.

- Eu senti sua falta. - Jungkook falou abaixando o olhar, envergonhado por abusar do poder que sabia que tinha sob Suga.

- Também senti a sua. - Suga sussurrou.

Jungkook não tinha certeza se havia escutado direito, mas não teve tempo para analisar o momento, pois Suga já estava em pé, se afastando dele para entrar no banheiro acoplado ao seu quarto.

Ele ficou um tempo ajoelhado, pensando em como se sentia vazio quando Suga estava longe, mesmo que a distância fosse o cômodo ao lado, sem conseguir entender o que exatamente isso significava.



- Posso te fazer companhia? - Jungkook perguntou entrando no banheiro um tempo depois.

Suga passou o tempo todo que ficou ali, olhando para o espelho sem realmente ver qualquer coisa, os olhos distantes tentando acompanhar seus pensamentos acelerados.

Ele fez curtos movimentos com os dedos pedindo para que o mais novo se aproximasse, o que ele fez sem questionar.

Suga agarrou Jungkook pela cintura e o sentou no balcão da pia, tirando sua blusa e a jogando no chão, seguido do restante das suas roupas.

- Seu corpo é incrível. - Suga passou os dedos pelo peitoral do mais novo, descendo por sua ereção que foi deixada de lado mais uma vez.

Suga apertou sua cintura e se inclinou para beijar seu corpo, deixando marcas por onde sua boca passava.

- Nós vamos falar do elefante no cômodo em algum momento? - Jungkook perguntou soltando risadinhas tímidas.

- Estamos juntos só pelo sexo? - Suga perguntou às pressas, porém sua mão passou a se movimentar no pau de Jungkook, o que fez o garoto encostar a cabeça no espelho atrás de si e soltar suspiros exasperados pelo movimento delicado e rápido, as mãos carregadas dos anéis pratas de Suga causando uma sensação gelada e quente. Havia algo sobre aqueles movimentos que o excitava mais que o normal.

- Responde. - Suga insistiu, aumentando a velocidade dos movimentos.

- Eu não... - Jungkook lambeu os lábios secos e penteou os cabelos para trás com os dedos, sentindo dificuldade em respirar.

- Responde.

Jungkook choramingou, irritado por ter que fazer o que não queria, como o bom garoto mimado que ele era.

Seus olhos estavam fechados, a cabeça apoiada no espelho, a boca entreaberta deixando seus dentes pra frente em evidência, os lábios vermelhos brilhavam com a saliva das suas lambidas desenfreadas pela ansiedade, sua pele imaculada se destacava na luz amarelada do lugar e seus cílios longos e grossos encostava na sua bochecha vermelha por causa do calor.

- Precisa ser agora? - Ele perguntou choroso entre gemidos finos e exasperados.

- Ou eu posso... - Suga tirou as mãos do pau de Jungkook que já derramava pré gozo por entre seus dedos.

- Não, por favor. - Jungkook levou a mão de Suga de volta para onde estavam antes. - Eu respondo tudo que quiser. - ele falou desesperado.

Suga sorriu torto para o mais novo, disposto a torturá-lo mais um pouco.

- Abre as pernas.

- O que ?

- Você me ouviu.

Jungkook o obedeceu com certo desespero nos gestos.

- Vai me responder? - Suga perguntou chupando três dos seus dedos e enfiando um de cada vez pela entrada quente e pulsante do mais novo.

Jungkook respondeu um sim choroso enquanto apertava Suga pelos ombros. Os olhos ainda fechados, as unhas curtas deixando alguns arranhões na pele branca do mais velho.

- Eu...não...sei... o que quer...ouvir de mim. - Jungkook gemeu um gritinho quando Suga acertou sua próstata, fazendo um barulho molhado conforme se movimentava dentro do mais novo, seus anéis arranhando sua bunda no processo.

- O que quer dizer com isso?

Jungkook soltou o ar, gemendo desesperadamente quando sentiu que estava prestes a gozar.

- Por favor, depois. - Jungkook falou com dificuldade, mas então os movimentos pararam e os dedos de Suga saíram de dentro dele.

Seus olhos abriram lentamente, olhando em confusão para o rosto de Suga sem expressão alguma.

- Por que você parou? - ele perguntou formando um bico sem perceber.

- Estamos juntos só pelo sexo?

- Não. - Jungkook gritou, descendo do balcão e passando as mãos pelos cabelos molhados de suor enquanto mordia o lado interno da bochecha em sinal de nervoso.

- Então não se importa se pararmos por aqui? - Suga perguntou sorrindo sarcástico para Jungkook que o olhava de boca aberta.

- E se tivermos só pelo sexo? - Jungkook jogou as mãos para o alto em indignação. - Qual o problema nisso?

- Eu gosto de você. - Suga falou devagar e controlado. O que não mudou em nada, porque assustou Jungkook do mesmo jeito.

- Eu estou noivo de outra pessoa.

Suga concordou veementemente, olhando pensativo para o chão, incapaz de encarar Jungkook, afinal ele sabia que jogar aquilo na cara do mais novo e esperar que ele fizesse algo sobre o assunto, era um pouco injusto, afinal ele já estava noivo quando se conheceram.

- Meu pai descobriu sobre a gente, eu precisei me afastar e sobre a Jenny. Eu os amo, sempre vou escolher eles. - Jungkook se remexeu inseguro e envergonhado.

- Eu sei. - Suga sabia no que estava entrando e decidiu arriscar mesmo assim, era ridículo exigir algo diferente agora.

- Se sabe, então o que quer de mim? - Jungkook cruzou os braços, irritado pela dor que sentia no seu pau, agora que Suga tinha parado o que começou.

- Quero que vá embora da minha casa. - Suga falou, a irritação renovada pelas atitudes mimadas e indiferentes de Jungkook.

- Vai mesmo me deixar ir embora assim? - Jungkook apontou para ereção que tinha no meio das pernas, fazendo Suga tentar ao máximo segurar a risada pela situação.

- Pede ajuda pra Jenny. - Suga falou, parecendo agora o mimado da situação. - É esse o nome dela, certo?

Ele entrou no box, ligou o chuveiro e sentiu a água queimar os arranhões novos no ombro.

Suga se arrependeu no momento em que o enxotou de seu apartamento, mas ele sabia que era o certo a se fazer.

Jungkook seria sua perdição se ele não se afastasse o quanto antes possível.

Ele sabia disso, mas de alguma forma, não parecia fazer diferença agora que queria o mais novo deitado entre a curva dos seus braços, acariciando suas costas, seus cabelos e dizendo, entre beijos molhados e carinhosos, que tudo ficaria bem.

...


A semana começou agitada e Jungkook falou sério quando disse que faria de tudo pelo seu pai. Ou seja, não tinha nenhum funcionário novo na sua tour, assim como seu pai tinha decidido que seria.

Eles começaram a tour por algumas cidades no oeste da América e terminariam no norte da Ásia.l ano muito tempo depois.

Jenny conseguiu convencê-lo de que seria uma boa adição para a viagem também, o que resultou no seu quarto de hotel não tão pacífico como ele queria que fosse.

Ela já estava dando nos nervos. Jungkook não sabia mais o que fazer, era sempre uma seção de comprar novas, uma loja de decoração para casamentos diferenciada ou a insistência em transar. Jungkook nunca havia visto ela daquele jeito antes.

Ele amava Jenny, ou pelo menos achava que sim, porém seu desejo de ser fodido era o que ferrava com a relação atual deles.

Jungkook queria ser tratado agressivamente, queria ficar sem voz enquanto sentia porra descendo pela sua garganta num jato intermitente.

O máximo que Jenny fazia com ele era distribuir arranhões pela sua pele e aquilo que sempre o agradou antes, agora o entediada.

Ele se achava o foda na cama. Até conhecer alguém foda na cama.

Eles estavam em Los Angeles agora e Jungkook só conseguia pensar em Suga.

Seus dedos foram contra seus instintos, assim que começou a buscar seu nome na agenda de contatos do seu iPhone.

Foda-se!

"Oi".- Jungkook falou quando não ouviu nada do outro lado da linha.

"Oi". - uma voz rouca o respondeu depois de alguns segundos de silêncio. - Por que está ligando Jungkook? - Suga perguntou irritado.

"Queria ouvir sua voz".

"Voz? Achei que você só queria sexo comigo".

"Isso também". - Jungkook soltou risadinhas infantis, fazendo Suga sorrir do outro lado.

"Queria que estivesse aqui, agora". - Jungkook encostou a cabeça na janela do hotel, escorregando para o chão enquanto ouvia a respiração calma do mais velho em seu ouvido.

"O quanto gostaria disso?" - Suga perguntou com a voz mais calma e lenta.

"Muito".

Os dois ficaram em silêncio.

" Eu também sinto sua falta". - Suga finalmente falou, depois de parecer pensar uma eternidade.

" Você parece fofo, delicado". - Jungkook sorriu, admirado com esse lado diferente de Suga.

" Eu posso ser delicado". - Suga respondeu, parecendo indignado.

"Sei".

"Quando você voltar eu te mostro".

"Quero ver agora". - Jungkook falou fazendo manha.

"Me fala em que hotel está e eu vou até você". - Suga falou, ainda calmo.

O silêncio tomou conta da linha mais uma vez. O coração de Jungkook correndo acelerado em seu peito.

"Você faria isso?" - ele perguntou surpreso.

"Faria muitas coisas por você".

Jungkook enrugou a testa, o canto da bochecha sendo mordido incessantemente.

"Você está bêbado?"

Suga riu.

"Não".

"Eu faço da sua vida um inferno. Por que faria qualquer coisa por mim?"

Suga soltou o ar bruscamente.

"Você tem uma bela bunda". - Suga respondeu rindo das risadas curtas que provocou em Jungkook.

"Tô falando sério. Por que Suga? - Jungkook estalou o nome de Suga no céu da boca sem perceber, provocando uma respiração pesada e em descompasso vinda do outro lado da ligação.

"Não sei porquê". - Suga respondeu, respirando com dificuldade.

Os dois ficaram num silêncio confortável enquanto Jungkook dedilhava aleatoriamente com seus dedos nas coxas.

" Eu fui ensinado a honrar meu pai, a tratá-lo com respeito e fazer tudo que ele deseja e eu honestamente acredito que esse é o correto, mas desde que eu dei ouvidos a ele em relação a você, eu mal consigo fazer minhas coisas. Não consigo comer direito, dormir ou viver uma vida decente, tenho milhões de shows pela frente e mal tenho energia para levantar da cama, que dirás dançar e cantar em cima de um palco. Suga, não sei o que está acontecendo". - Jungkook puxou o ar, tremendo quando o soltou.

A vontade de chorar era tanta, que ele precisou engolir o choro algumas vezes antes de ter certeza que não cairia em prantos pelo telefone.

Suga esperou em silêncio, como quem diz: estou aqui caso precise de mim, mas não disse nada realmente.



" Fala alguma coisa". Jungkook pediu depois de muito tempo de silêncio entre eles.

" Qual o nome do hotel em que está hospedado?" - Suga perguntou seco, sem paciência pra resolver aquilo por telefone.

" Viceroy L'Ermitage".

" Los Angeles?"

" Suga o que vai fazer?" - Jungkook perguntou assustado.

" Preciso desligar".

Jungkook ficou olhando para o celular confuso, pensando se Suga estava brincando com seus sentimentos ou se realmente viajaria até ali para vê-lo.

Ele abanou o pensamento, imaginando que Suga não seria tão insano. Ele sabia que Jenny estava com ele e que poderia perder o emprego se seu pai descobrisse sobre eles.



...


[ Começo de relato em 1°Pessoa]


Eu estava dormindo pesado, não tinha comido o dia inteiro e não dormi direito a semana inteira. Então quando vi a sombra de Suga, dentro do meu quarto de hotel achei definitivamente estar alucinando.

Suga apontou com a cabeça para o banheiro e tirou o moletom que vestia, entrando porta a dentro e me deixando confuso, olhando de Jenny para a porta do banheiro em pânico.

Na dúvida sobre estar acordado ou sonhando, fui até banheiro e tranquei imediatamente a porta assim que me vi dentro do cômodo.

- Jungkook. - Suga sussurrou com os olhos grudados nos meus, seu corpo afundado na água leitosa da banheira.

Olhei para trás, sem acreditar nos meus pensamentos criando vida, então fui até ele e ajoelhei em frente a banheira tocando imediatamente em seu rosto.

- Ai. - ele reclamou rindo pelo meu quase tapa em seu rosto molhado.

- Desculpa, é que não acredito que está aqui. Como entrou? O que faz aqui? - perguntei aos sussurros, com um sorriso bobo no rosto.

- Senti sua falta. - Suga falou parecendo distraído com a minha boca.

Minhas mãos desceram por seu pescoço até o peitoral, meio que por impulso, meio que por estar desacreditado no fato dele estar realmente ali.

Eu desci minhas mãos um pouco mais, arranhando seu estômago no processo. Ele riu de um jeito fofo com as cócegas que eu provocava com a ponta dos dedos, o sorriso gengival característico no rosto.

- Você é tão lindo. - Falei encostando a cabeça na porcelana da banheira.

- Você também é. - Suga falou, colocando um pouco de espuma no meu nariz ao tocá-lo suavemente.

Eu levantei a cabeça limpando o nariz enquanto ria.

Minha outra mão apertava meu pau desesperadamente por cima da calça do pijama.

- O que foi? - ele perguntou vendo que minha outra mão vacilava entre sua virilha e seu umbigo.

- To muito apertado, quero fazer xixi - Falei rindo um pouco tímido.

- Consegue se segurar um pouco? - ele perguntou, como se nos conhecêssemos desde sempre.

Eu toquei na base do seu pau, circulando minha mão e subindo por toda sua extensão em uma espécie de extinto.

Porra, nunca vou me acostumar com o fato dele ser tão grande!

Nós dois gememos ao mesmo tempo, deixando uma nuvem de excitamento ao redor.

- Você é tão grande. - Falei sem pensar.

Ele riu abafado mais uma vez, tentando ao máximo não fazer barulho e me deu um selinho molhado e lento.

Minhas mãos se movimentaram parando na sua glande para acariciá-la. Eu suspirei com a sensação da textura suave.

- Tira a roupa. - ele sussurrou entre gemidos enquanto me via afastar para arrancar o pijama sem pensar duas vezes.

- Entra. - Suga ordenou, mordendo os lábios enquanto olhava pra mim de cima a baixo.

Sim! Eu estava morrendo de vergonha, mas porra era o Suga, ele podia fazer o que quisesse.

Eu entrei na banheira olhando para ele sentado na outra borda, encostado com a cabeça na parede sem tirar os olhos de mim.

- To esperando. - ele falou alisando meu rosto carinhosamente.

- Eu preciso muito fazer xixi. - falei dando pulinhos para expressar fisicamente minha vontade.

- Consegue segurar, por mim? - ele sorriu malicioso.

Nunca imaginei esse lado dele. Suga delicado, era algo que eu nunca tinha visto antes.

Eu me ajoelhei de uma forma estranha na banheira, de forma que meu rosto ficasse de frente para aquele pau enorme.

Suga riu baixinho ao me ver mordendo os lábios enquanto olhava para sua ereção.

Ele o massageou me provocando, eu mordi ainda mais forte a boca.

- Baby. - ele chamou suave tocando com a outra mão no meu queixo.

- Hmm? - eu olhei pra cima sentindo seu olhos fincarem nos meus, anuviados.

- Me chupa?! - ele pediu , ficando com as bochechas vermelhas no processo.

Pelo menos agora eu sabia que não era o único tímido, porém excitado com a situação.

Era indescritível a textura que seu pau tinha em contato com a minha boca. Era tão suave e delicado, minha língua parecia quase áspera em comparação, eu amava aquela sensação e toda vez que a sentia parecia como a primeira, em cima daquela sacada no meio do Brooklyn.

Eu lambi sua glande, passando a língua ao redor de toda sua cabeça fazendo aquele som de sucção que arrancou um gemido, abafado por sua mão na boca. Eu queria provocá-lo, fazer a sensação durar mais tempo, afinal não era todo dia que Suga aprecia na banheira do hotel onde me hospedava e eu queria fazer com que não fosse a última também, mas Suga tinha planos mais urgentes.

Ele acariciou minha cabeça com a outra mão a empurrando em seguida, fazendo com que eu caísse de boca no seu pau.

Eu engoli tudo com dificuldade, tentando manter o ritmo que ele decidiu com o movimento das suas mãos.

Eu imaginava muitas coisas sobre o Suga àquele ponto, mas seus olhos suaves e seus gemidos delicados, não era uma delas.

- Sua boca é tão gostosa baby. - ele falou fechando os olhos à medida que eu gemia e ele sentia seu pau vibrando com o movimento das cordas vocais.

Ele me tirou da sua boca e praticamente escorregou de volta para banheira.

- Vem cá. - ele pediu suave enquanto via minhas pernas se acomodando ao redor das suas, as fechando firme para que coubessem na extensão curta da porcelana que nos rodeava.

Eu sentei entre suas pernas gemendo quando suas mãos me tocaram a procura do meu pau já derramando pré gozo em seus dedos.

- Você é tão gostoso. - ele falou rindo tímido pela minha cara de espanto.

Eu gemi mais uma vez quando ele puxou meu quadril com a outra mão, posicionando sua glande na minha entrada.

- O quanto você quer fazer xixi agora? - ele perguntou rindo porque eu revirei os olhos com a pergunta.

- Muito. - respondi descendo um pouco o corpo para que ele entrasse mais um pouco em mim.

Nós gememos juntos em um som metade sussurro, metade rouquidão.

Ele forçou meu corpo pra baixo, com as duas mãos apertadas na minha cintura. Nós dois gememos com a sensação que eu consegui sentir apesar dor, mas Suga foi um pouco mais além, jogando a cabeça levemente para trás, entreabrindo os lábios e fechando forte os olhos.

Suas unhas fincaram no meu quadril enquanto eu instintivamente começava a me movimentar naquele pau grosso, parecendo que me dividiria ao meio a qualquer momento.

Com o tempo sensação foi ficando tão boa, eu estava tão apertado para ir ao banheiro e isso definitivamente fez uma puta diferença, porque eu o apertava muito toda vez que ele afundava dentro de mim e isso o excitava, sem contar que dava um prazer do caralho em mim, eu praticamente podia sentir a textura das suas veias quando instintivamente as comprimia.

Minhas mãos tremeram, indo da base da banheira, até seus ombros, sua pele branca, com algumas marcas vermelhas deixadas por mim.

Os movimentos aumentaram numa intensidade quase silenciosa.

- Porra você é tão perfeito. - Suga falou alisando minhas costas carinhosamente.

- Então porque não fala menos e me faz gozar. - sussurrei em seu ouvido.

Eu não sei porque falei daquele jeito, mas a risada maldosa que eu não estava acostumado, chegou aos meus ouvidos enquanto Suga me afastava dele carinhosamente.

- O que está fazendo? - perguntei olhando confuso para ele, que saia da banheira espalhando água ao nosso redor.

Porra!Porra!Porra!

Eu morreria a pessoa mais feliz se a visão daquele corpo pudesse ser grudada nos meus olhos pra sempre. Sem contar aquela bunda, que porra de bunda mais gostosa, onde estava minha mente quando transávamos que me manteve longe de notar o corpo perfeito que Suga tinha.

Aquele corpo, agora repleto de água e sabão que deslizava delicadamente por suas curvas.

Sim! Eu estava com inveja da porra da água e da espuma.

Suga segurou ambas as mãos, me ajudando a sair da banheira.

Não! Eu não precisava de ajuda, mas um pouco de ato carinhoso era sempre bem vindo.

- O que está fazendo ? - Sussurrei enquanto ele se aproximava para beijar meu pescoço.

- Cumprindo seu desejo. - ele sussurrou mordendo minha orelha de leve.

- Meu desejo?

- Te fazer gozar sendo carinhoso - ele falou beijando meu lábios e puxando o lábio inferior que já estava sensível pelas minhas próprias mordidas.

-Você vai ter que aguentar a vontade de fazer xixi, acha que consegue? - ele perguntou me vendo confirmar sem nem pensar no assunto.

Ele riu com a minha pressa, mas não falou mais nada.

Suga me puxou até o balcão do banheiro, ao lado de onde ficava pendurado o secador e colocou uma toalha de rosto no balcão, eu achei estranho porque sabia que estava no hotel, mas o balcão parecia muito com o do quarto de Suga, onde quase transamos da última vez.

Ele me segurou para me levantar.

- Vamos terminar o que começamos baby?

- Espera, eu sou pesado. - falei tímido, sei lá porque.

Suga suspirou irritado e me carregou como se eu fosse uma folha de papel, se ajeitando entre minhas pernas.

Ele se ajoelhou ficando um pouco baixo demais, colocou minhas pernas em cima de seu ombro e me puxou, fazendo com que eu, literalmente, quase sentasse na sua boca.

Ele me chupou com aqueles lábios quentes e macios de forma lenta e despreocupada. Meu estômago se comprimiu, gerando ondas de calafrios sobre as camadas de suor que espalhava pelas minhas costas.

Minhas mãos foram até seus cabelos cinzas, o empurrando mais um pouco.

Suga se afastou quando percebeu que eu estava prestes a gozar, ele olhou para mim enquanto limpava a boca com as costas da mão, num movimento inocente e pervertido ao mesmo tempo.

- Seu gosto é bom. - Ele tirou minhas pernas do seu ombro se levantando, me puxou do balcão enquanto eu suspirava assustado, tentando me recuperar e me virou de frente para o espelho, puxando meu quadril para alisar minhas costas até minha bunda com a ponta dos seus dedos repletos de anéis.

- Posso te foder forte baby? - ele parou seus olhos preguiçosos nos meus, me fazendo arrepiar mais uma vez.

Eu não sabia muito o que fazer além de concordar com a cabeça.

- Você pode me falar em voz alta?

Eu mordi os lábios com o pedido pervertido vindo de forma carinhosa.

- Suga Oppa, você pode me foder forte? - Pedi com os olhos grandes e o rosto numa inocência que eu sabia que não tinha.

Ele gemeu com a pergunta enquanto puxava meu quadril para ficar um pouco mais empinado sob suas mãos.

Suga alisou seu pau, espalhando o pré gozo que derramava nos seus dedos e o encaixou, deslizando para dentro de mim enquanto nos olhávamos através do espelho, minha entrada não estava exatamente lubrificada e ele era grande, mas eu não queria interromper o contato, então engoli em seco enquanto sentia uma dor excruciante misturada com uma sensação quente e prazerosa.

Suga me estocava tão forte que foi preciso apoiar minhas mãos no espelho para não bater a cabeça. Eu deitei o rosto na toalha em cima do balcão, gemendo abafado com o tecido na boca.

- Olha pra mim. - Suga ordenou com a voz falhada pelo movimento, me lembrando do Suga que eu estava acostumado.

Um barulho na porta me fez tentar levantar.

Caralho!

Eu fui tentar sair dele mais uma vez, mas ele empurrou a base das minhas costas para que eu deitasse novamente apesar de diminuir os movimentos, para que eu conseguisse falar.

Ele me puxou pelos cabelos fazendo todo nosso corpo colar um no outro.

"Kookie, você tá bem?" - ouvi Jenny dizer do outro lado da porta.

- Responde ela. - Suga sussurrou no meu ouvido, enquanto se movimentava lentamente dentro de mim.

- Eu tô bem. - falei o mais claro que conseguia, apesar do tremor ser evidente.

"Por que trancou a porta?" - minha noiva perguntou, mas eu não conseguia pensar muito, por causa dos beijos que Suga depositava no meu ombro.

- Não sei, desculpa. - Falei rindo um pouco sem graça.

- A Lisa veio para uma sensação de fotos e passou para me dar um oi, vamos comer algo juntas, você se importa?

- Claro que não. - Jungkook respondeu exasperado, quase gemendo no final da frase quando Suga mudou a posição das estocadas, tocando sua próstata diversas vezes.

Jenny não falou mais nada, então deduzi que tinha desistido e ido embora.

Suga deve ter deduzido o mesmo porque ele me empurrou para o balcão voltando a me foder enquanto puxava meus cabelos mais uma vez.

Eu mordi meu antebraço para não gritar ou gemer.

Aquilo tava tão bom, eu senti meus olhos revirarem de puro prazer.

Suga saiu de dentro, me virando bruscamente.

Ele riu quando eu resmunguei por não sentí-lo mais dentro de mim.

Ele me sentou na toalha do balcão, me puxando para mais perto.

Entrou dentro de mim mais uma vez, dessa vez me machucando de verdade pela indelicadeza do movimento. Nós ficamos olhando pasmos para seu pau entrando e gememos juntos com a sensação quente e apertada em seguida, eu senti lágrimas caindo pelo meu rosto conforme a dor ficava quase insuportável.

- Você estava se machucando e eu não gostei de ver isso. - ele sorriu tímido massageando meu antebraço mordido.

Caralho! Você quem tá me machucando agora.

- Desculpa. - pedi sem nem saber porque, afinal me morder doía bem menos do que aquele pau enorme sem lubrificação dentro de mim.

Eu gritei quando seus movimentos mudaram e ele começou a acertar um ponto específico.

Ele sorriu amoroso enfiando seu pau mais para dentro em contradição ao comentário sobre não querer me machucar, o que gerou pontadas de dor por ainda estar muito apertado.

- Acho que me morder doía menos. - Falei quase sem ar, rindo de nervoso.

- Você pode me morder se quiser. - ele riu tímido mais uma vez, encostando minha cabeça no seu ombro.

Eu o abracei pelo pescoço, enquanto ele voltava a me foder forte. Minha boca foi automaticamente para o seu pescoço. O mordi sem nenhuma dó, ouvindo ele gemer entre meus cabelos enquanto apertava forte minha bunda.

- Eu quero ficar dentro de você pra sempre. - ele falou com a voz tremida, pelas estocadas.

Eu deveria me senti culpado certo?! Muito culpado, Jenny esteve no outro cômodo não tinha nem dez minutos. Talvez não devesse estar tão foda-se para o assunto, porém já estava no meu limite e gozei por todo o balcão e toalha, sentindo seu pau se contrair dentro de mim ao perceber.

O sentimento de culpa era o que menos passava pela minha cabeça enquanto eu sentia meu interior todo, comprimir o pau de Suga em movimentos involuntários.

- Porra Kookie! - Suga provocou, me chamando do mesmo jeito que a Jenny falou pouco antes,gozando dentro de mim enquanto gemia baixo no meu ouvido.

- Caralho isso é tão bom. - ele disse dando mais algumas estocadas antes de sair de dentro de mim.

Nós nos encaramos, ainda perdidos na nuvem de prazer que rodeava nossas mentes.

Ele riu quando tentou se afastar, mas eu o agarrei.

- Você tá mole. - Ele falou vendo meu corpo quase tombar quando se inclinou para pegar outra toalha.

Eu não respondi nada, mas gemi baixo quando ele passou a toalha entre minhas pernas para me limpar, alisando meu membro sensível.

Suga abriu a torneira molhando a outra ponta da toalha para passar na minha testa e então ele parou na minha frente me olhando com um sorriso torto no rosto.

Eu sorri de volta tocando nos seus cabelos molhados de suor, que caia por toda sua testa.

- Você se sente bem? - perguntei vendo ele fechar os olhos com a minha carícia.

- Ando tão ocupado que mal me lembrava como era ter alguém me acariciando assim. - Suga falou fazendo meu coração apertar.

-Eu estou aqui por você - falei o vendo rir de uma forma gostosa e descontraída, apesar do cinismo evidente.

- Vou me lembrar disso. - ele falou suspirando alto.

Eu franzi a testa, alisando a base do seu pescoço.

- Acho que te marquei um pouco aqui. - falei acariciando a marca da mordida.

Ele fez uma careta com o incômodo do toque.

- Dói? - perguntei preocupado.

- O suficiente para me fazer sorrir quando eu tocar aí e me lembrar de você. - ele sussurrou me fazendo rir dessa vez.

- Foi loucura você ter entrado aqui. Mal consigo acreditar que está aqui de verdade.

Ele pareceu pensar em algo, me sentou mais uma vez na bancada e se abaixou, antes que eu pudesse perguntar o que era.

Suga afastou minhas pernas rígidas e doloridas por causa do sexo e me mordeu entre a coxa e a virilha.

Eu deveria provavelmente reclamar com a dor, mas gemi ao invés disso.

- Pronto! Agora você vai lembrar de mim também. - ele olhou para a mordida enquanto mordia os lábios vermelhos e inchados. - Vou adorar imaginar você massageando sua coxa enquanto pensa em mim. - ele falou me empurrando para deitar no espelho atrás de mim.

Suga puxou meu mamilo, me dando vários beijos no peito enquanto descia para o estômago e umbigo.

- Talvez eu devesse deixar mais fontes de memória em você. - ele falou, olhando nos meus olhos, a cada mordida leve que obviamente ficariam roxas como a da virilha.

-Desde que seja rápido, eu realmente preciso fazer xixi. - Falei sentindo meu corpo arrepiar com a risada gostosa que ele dava, quase deitado na minha barriga.

Suga abriu minhas pernas de forma indelicada, me fazendo gemer de dor e enfiou dois dedos dentro de mim.

Eu gemi com a dor, mas apertei seus dedos mesmo assim.

- Já disse que precisa segurar. - Suga falou colocando mais um dedo enquanto inclinava para acertar minha próstata.

Seus dedos massageavam meu interior sensível demais para não reagir imediatamente ao toque.

- Para! eu não vou conseguir gozar mais uma vez. - falei apertando seu ombro com ambas as mãos enquanto olhava para baixo.

- Nem por mim? - ele sussurrou enquanto me explorava sem pressa.

Eu soltei um grito assim que ele tocou o local que procurava.

Ambos olhamos em direção a porta assustados, pensando se estávamos sozinhos ou não, mas minha mente divagou a medida que Suga enfiava os três dedos mais fundo, acertando diretamente a minha próstata.

Nada podia se comparar aquela sensação.

Eu deitei minha cabeça no espelho e dobrei minhas pernas atrás de suas costas enquanto sentia muito prazer com seus dedos batendo repetidas vezes naquele mesmo ponto.

Não demorou muito até eu espirrar gozo por toda sua mão e estômago.

Ele olhou abismado para o que tinha feito ao mesmo tempo que meu corpo perdia todas as forças.

Suga abraçou meu corpo mole enquanto tudo que eu podia fazer era grudar nele feito um panda carente.

- É possível alguém se viciar em outra pessoa com apenas alguns minutos de interação e bem pouca conversa? - Jungkook perguntou enquanto ele se afastava do meu corpo.

- Provavelmente. - ele respondeu sem prestar atenção pois enfiava seu pau duro mas uma vez em mim.

- Nunca pensei que diria isso ,mas por favor, não. Eu não aguento mais, é impossível gozar tantas vezes seguidas - falei chorando pela sensibilidade, lágrimas literalmente rolavam pelo meu rosto febril.

Todos os meus músculos estavam rígidos pelas intensas gozadas e seu pau duro tentando abrir espaço dentro de mim, apesar de muito dolorido era fodidamente gostoso.

- Deixa, por favor. - ele pediu se movimentando delicadamente dentro de mim.

Eu engoli seco com as minhas pernas visivelmente tremendo entre nós.

- Só se você prometer gozar na minha língua dessa vez. - falei tirando os olhos do seu pau para encará-lo.

Ele gemeu com as minhas palavras me encostando de volta no espelho que a esse ponto já era meu melhor amigo.

Eu sentia as estocadas lentas mas fortes e gemia alto sem me importar com mais nada.

A sensação era tão boa, suas mãos passeavam pelo meu corpo suado e dolorido.

Eu senti os dedos dos meus pés se atrofiando a medida que ele ia mais fundo em mim.

Eu deixei de senti-lo no exato momento em que uma luz incomodou meus olhos fechados, meu rosto formigava até eu perceber que não estava com os olhos fechados e sim minha visão que estava bloqueada num negro brilhante.

Suga falou algo, parecendo assustado, mas sua voz parecia longe.

Eu quis reclamar ao sentir Suga sair de dentro de mim, mas minha voz não quis me obedecer. Esse foi meu último pensamento até mergulhar naquele mar de escuridão, vazio, gelado e calmo.

A dor tinha desaparecido, mas o toque de Suga também. Jungkook não sabia se agradecia ou se lamentava.

[ Fim de relato em 1°pessoa]

...



Jungkook abriu os olhos lentamente, já sabendo o que tinha acontecido.

A cortina leve da janela balançava com o vento da manhã.

Jin soltou algumas risadinhas ao perceber Jungkook acordado.

- O que aconteceu? - Jungkook perguntou tentando sentar na cama, porém seu corpo parecia mais pesado que o normal, extremamente dolorido.

- Não se esforça muito, você desmaiou. - Jin engoliu a risada que quase saiu por sua boca, tampando seus enormes lábios com uma das mãos. - Aparentemente, você desmaiou de tanto gozar. - Jin terminou não resistindo a rir com a situação.

- Ha.Ha. Muito engraçado. - Jungkook colocou as mãos na cabeça ao sentir um pouco de tontura quando finalmente se levantou.

- O médico disse que o fato de você não ter se alimentado direito durante a semana não ajudou em nada é o esforço físico foi extremo demais para sua condição atual de saúde.

Jungkook olhou em choque para Jin, assim que se deu conta do que estava acontecendo.

- Suga. - Foi o que saiu da sua boca, seu corpo tremendo em resposta.

Jin bufou ao ouvir o apelido, mas sorriu em seguida.

- Yoongi quase morreu de preocupação. Tive que praticamente empurra-lo pra fora do quarto de hotel enquanto convencia a Jenny de que banho de lama fazia muito bem a pele e que ela precisava experimentar antes de voltar para o quarto.

Jungkook enrugou a testa, ainda confuso.

- Eu deveria receber um aumento por metade do que você me faz passar com seus problemas, sério. - Jin empurrou uma mesa portátil de café da manhã, apontando ameaçadoramente com seu indicador torto para sua cara. - Se não comer dessa vez, eu juro que te mato antes do Yoongi.

Jungkook se mexeu, sentindo pontada de dor por todo seu corpo, principalmente na bunda.

Ele mal conseguia sentar.

- Quem me vestiu? - Jungkook perguntou ao olhar para o próprio corpo pela primeira vez.

Jin deu de ombros.

- Você já estava vestido quando Yoongi me chamou.

Jungkook concordou em silêncio, mordendo um pedaço de torrada com geléia de pêssego em cima.

- Cadê ele? - Jungkook tentou disfarçar o nervosismo na voz.

- Não quer saber da Jenny ao invés?

- Jinnie-shi. - Jungkook resmungou com torrada ainda na boca.

Jin levantou as mãos em rendição, a boca cheia de pão, que ele roubou da bandeja de Jungkook quando ele não estava vendo.

- Yoongi voltou pra casa e mandou dizer que sente muito.

- Que grandíssimo filho da puta.

Jin concordou com a cabeça veementemente.

- Concordo.

Jungkook suspirou, sentindo seu corpo doer em resposta ao pequeno gesto.

- Ele me fudeu. - Jungkook sussurrou distraído.

Jin engasgou com o pão, tendo que bater no peito para conseguir voltar a respirar.

- Sim! Ele te fodeu muito. - Jin falou apertando seu braço roxo pra confirmar.

- Ai! Não foi isso que eu quis dizer. - Jungkook falou, batendo nas mãos de Jin em repreensão.

- Como então? Porque se seu braço está assim, não quero nem imaginar sua bunda.

- Jin. - Jungkook o repreendeu ficando com as bochechas imediatamente vermelhas.

- O que? Só tô dizendo. - Jin deu de ombros a procura de algo para roubar da bandeja de Jungkook.

- Minha cabeça. Ele fudeu com a minha cabeça. Não consigo passar um segundo sem pensar nele.

- Que fofo.

- Não. Isso não é fofo. Eu vou casar, isso... - Jungkook sentiu lágrimas caindo pelos olhos ressecados e doloridos. - ... Isso é tão fodido.

Jin concordou animado, como se Jungkook não estivesse prestes a ter um colapso nervoso bem na sua frente.

- Você devia largar tudo e ficar com o cara.

- Que? Que tipo de conselho é esse?

Jin terminou de tomar o suco de laranja de Jungkook que o olhava feio, esperando por respostas.

- Só tô dizendo que um cara que consegue foder desse jeito, não devia ser dispensado por ninguém. E eu tô falando tanto de forma figurativa quanto física - Jin desviou de um tapa que Jungkook tentou dar. - Sério você parece que foi jogado na frente de um ônibus.

Jungkook mordeu os lábios para não sorrir, mas seus olhos brilharam com as memórias da noite anterior o invadindo.

- Foi bom assim, ham? - Jin falou sorridente.

Jungkook espelhou o sorriso do amigo,relaxando as costas na cabeceira da cama.

- Foi a melhor transa de todos os tempos. - Jungkook respondeu um pouco desanimado, pensando no toque das mãos ásperas de Suga, nos seus anéis arranhando sua entrada enquanto seus dedos o estocava com violência e precisão.

Ele suspirou, sentindo seu pau extremamente sensível dar sinal de vida.

- Eu quero mais. - Jungkook sussurrou fechando os olhos.

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