✦Capítulo 14✦
ZACH MITCHELL
— NÃO!!!! — gritei alto quando vi Cassie pulando dentro do tanque. Ao mesmo tempo em que o mosassauro pulou e com sua boca enorme pegou a Indominus, a puxando até cair dentro da água.
Ficamos alguns segundos em silêncio. A T-Rex ainda estava ali e bastou um olhar para o raptor a sua frente para que fosse embora.
— Cassie! — Owen gritou, correndo até o tanque.
Eu não sabia o que esperar. Meu coração estava acelerado demais e me dava náuseas só de pensar o que poderia ter acontecido com ela. De que não voltaria mais para nós.
Nos aproximamos do tanque e tudo o que vi foram as pequenas ondas na água, onde provavelmente o masassauro havia caído com a Indominus. E talvez a Cassie.
— Cassie! — Tia Claire gritou não contendo as lágrimas de desespero.
Nenhuma resposta.
Abracei meu irmão que já começava a chorar e sentir uma tristeza terrível me invadir. Era uma das piores que alguém poderia sentir. A dor de perder alguém.
Coloquei minha cabeça sobre a de Gray, permitindo que as lágrimas viessem. Eu não podia acreditar naquilo.
— Será...— começou uma voz ali perto nos assustando. Nos aproximamos novamente do tanque e olhamos mais para o lado. — Será que poderiam me dar uma ajudinha.
— CASSIE! — gritamos.
Eu segurava em uma das barras de ferro do tanque que estavam meio soltas.
— Ah meu Deus! — exclamou Claire. — Cassie você tá viva.
— Estou, mas — olhei para a água abaixo de mim e para a barra de ferro que ameaçava se soltar. — Vou cair se continuar aqui.
Eles pareceram entender o que eu queria dizer. Vi Owen sair de vista e voltar após alguns segundos com uma corda.
— Segura aí — pediu. Percebi que o ferro começava a ceder, fazendo meu coração bater mais rápido, por medo de cair.
Foquei em pegar a corda, enquanto isso o ferro cedia cada vez mais, me fazendo descer. Eu iria conseguir. Percebendo que que a barra de ferro estava prestes a se soltar, pulei, agarrando a corda. A barra de ferro se soltou por completo e caiu na água.
Os quatro me puxaram para cima e logo consegui colocar minha mão sobre o concreto, usando o impulso para subir com a ajuda de Owen e Zach.
Fui pega de surpresa por um abraço de Zach.
— Por favor não faz mais isso — pediu em meio ao abraço.
Passei meus braços ao seu redor, o apertando e percebendo o quanto era aconchegante.
Nos soltamos.
— Cassie — Owen me virou para si e me abraçou — Aí Jesus!
Ele me afastou, segurando os meus ombros.
— Onde é que você tava com a cabeça? — perguntou Claire, desesperada após me abraçar. — Pensei que desta vez tinha morrido.
— Me desculpe, mas não pensei em nada melhor — respondi.
— Por favor para de fazer a gente pensar que você morreu. Isso está virando rotina — falou Owen.
— Não prometo nada — ri.
Demos um abraço coletivo. Era bom saber que eles estavam comigo.
Atrás de nós ouvimos um grito conhecido e quando nos viramos vimos Blue. De alguma forma ela havia ficado ali assistindo tudo. Owen e eu demos um passo à frente. Ela inclinou a cabeça para o lado e fizemos que não com a cabeça para que a mesma não fizesse nada. Com uma última olhada para nós, a raptor foi embora.
Segurei a mão de Owen e pousei minha cabeça sobre seu ombro. O parque estava totalmente destruído, mas em compensação nossa luta havia acabado e havíamos vencido.
Claire se juntou a nós, pegando minha outra mão e depositando um beijo na minha cabeça de forma materna. Finalmente, naquele dia, eu me sentia segura.
Fomos até o Centro de Elevação novamente, onde encontramos Lowery que nos recebeu com um abraço e um bem demorado em mim.
Subimos para a pista de pouso onde pegamos o helicóptero que nos aguardava. Eu ainda não gostava de voar e me comecei a me sentir nervosa por isso. Minhas mãos começaram a soar, enquanto eu tentava não olhar o céu que começava clarear ao nosso redor.
Senti uma mão segurar a minha e ao olhar para o lado vi Zach me encarando. O mesmo deu um sorriso e ao encarar seus olhos senti paz. Retribui o sorriso, sentindo a segurança que ele transmitia me envolver. Encostei minha cabeça em seu ombro me permitindo fechar os olhos, não demorando para adormecer.
***
O sol já havia aparecido totalmente quando chegamos ao porto que parecia lotado de gente. Descemos do helicóptero e fomos guiados até um galpão que estava sendo usado como ala hospitalar para tratar dos feridos.
Assim que entramos vi mais gente do que esperava. Havia macas espalhadas por toda parte, pessoas feridas, algumas com o cabo do soro ligado ao seu braço, outros sendo atendidos pelos médicos. Tudo isso causado pelos dinossauros. Vi pessoas abraçando os seus familiares e dizendo que tudo iria ficar bem.
Fomos levados até uma maca, onde um dos médicos nos tratou. Levantei minha camisa e retirei o esparadrapo da minha ferida. O sangramento havia parado, mas ainda estava muito vermelho, quase roxo e estava dolorido.
— Uau! — disse o médico assim que me viu. — É bom cuidarmos disso.
Ele se aproximou e começou a limpar a minha ferida. Senti algumas pontadas de dor me deixando escapar algumas caretas. Vi Zach me observando e senti meu coração acelerar ao perceber que eu era o centro de sua atenção. Lhe mostrei um sorriso de lado.
Assim que acabou e que foi colocado um novo esparadrapo em mim o médico se foi. Minha visão passou para as pessoas ao meu redor e senti que deveria ajudar.
Levantei e comecei a andar em meio as pessoas que me olhavam enquanto eu passava. Comecei a ajudar algumas, dando apoio, trazendo água, cobertores, e o principal de tudo, lhes assegurando de que tudo estava bem.
Em meio a tudo aquilo, vi Owen também dando sua assistência. Nossos olhares se encontraram e ele sorriu, ao qual retribui. Passei meus olhos nas outras pessoas e vi Zach, Gray e Claire abraçando duas pessoas que eu não conhecia. Zach procurou alguém com o olhar e ao me ver sorriu e me chamou com um aceno de mão.
Comecei a andar até lá e Zach me recebeu no meio no caminho.
— Tudo bem? — perguntou. Balancei a cabeça, confirmando. — Vem, quero te apresentar a umas pessoas. — Ele estendeu sua mão para mim, a qual peguei.
Nos aproximamos do pequeno grupo. Reparei que as pessoas desconhecidas se tratava de uma mulher loira, um pouco mais alta que eu e um homem de cabelos escuros.
— Cassie, esses são meus pais, Karen e Scott — Zach disse, fazendo-os nos olharem e fiquei surpresa por não ter desconfiado que aqueles eram seus pais. — Mãe, pai, essa é a Cassie, sobrinha do antigo dono do Jurassic World.
Reparei que o nariz da mãe de Zach estava vermelho e suas bochechas molhadas, revelando que a pouco estava chorado.
— Foi ela quem salvou nossas vidas — disse Gray, ficando de frente para seus pais.
— Foi mesmo? — perguntou o sr. Scott.
— Sim — Zach respondeu, antes que eu pudesse dizer alguma coisa. — Quando eu e Gray nos perdemos, foi ela quem nos achou e nos protegeu. Não sei o que teríamos feito sem ela. — Disse Zach, olhando nos meus olhos e sorri, sentindo meu coração quentinho.
— Oh meu Deus! — exclamou a mãe deles e a mesma me envolveu em um abraço que me deixou surpresa. — Obrigada! — Suas palavras eram de uma mãe aliviada e realmente agradecida.
Nos afastamos do abraço, mas ela continuou segurando minhas mãos.
— Muito obrigada! — Uma lágrima solitária rolou pelo seu rosto. Um pequeno sorriso se formou em meus lábios.
— Obrigado! — foi a vez do pai de Zach me agradecer. Ele pegou minha mão e a apertou. Era notório o alívio em seus olhos também.
— Não nada. — Finalmente falei.
— É claro que foi. — disse Gray. — Estaríamos mortos se não fosse por você.
Passou meu braço por cima de seus ombros.
— Na verdade, Gray e Zach me ajudaram tanto quanto eu os ajudei — falei, olhando para os pais dos garotos. — Eles me deram apoio e não me deixaram desistir. Sou imensamente grata por isso.
Gray e Zach sorriram. Os dois garotos se sentaram com os seus pais e aproveitei a deixa para sair um pouco do galpão.
Do lado fora vi que já não havia tantas pessoas como quando chegamos. Dali pude ver o mar, e era como se ele estivesse me chamando. Andei até lá e parei na beira do asfalto. De longe consegui ver pássaros voando livremente sem preocupações.
Fechei meus olhos, apenas ouvindo o barulho das ondas batendo contra as pedras e relembrando tudo o que havíamos passado nas últimas vinte e quatro horas. Tantas pessoas mortas, tantas pessoas feridas. Mas nós havíamos vencido.
— Cassie — ouvi alguém chamar meu nome. Me virei e vi Lowery. Abri um sorriso para ele, que ficou do meu lado.
— Olha, eu sinto muito pelo o que aconteceu com o seu tio — começou. — Foi realmente uma tragédia. Ele era um homem bom, sempre pensando nos outros e ficou claro que você herdou isso dele.
— Obrigada — falei o olhando.
— É...— ele retirou algo do bolso da calça. — Eu não fui a última pessoa a ver o seu tio, mas a Vivian foi e como ela foi embora ela pediu para entregar isso pra você. — Ele me estendeu para mim um envelope um colar com um pingente. O meu colar. O colar que eu dei a ele como uma promessa de que voltaria.
Peguei ambas de sua mão, sentindo as mãos tremerem e a vontade de chorar voltando.
— Ela disse, que o seu tio disse — ele sorriu ao fazer tantas referências. — Que era uma promessa. Não sei bem o que significa, mas acho que deve ter muito valor pra você.
Olhei novamente para o envelope em minhas mãos e o pequeno pingente.
— Tem sim. Obrigada — agradeci, não conseguindo esconder minha vontade de chorar.
— Bom, eu vou te deixar sozinha. — disse e se foi.
Segurei firme o envelope em minhas mãos, olhando outra vez para o oceano. Eu não sabia o que esperar, mas precisava saber o que meu tio havia escrito antes de morrer.
Rasguei a latera do envelope e retirei a carta que havia ali dentro.
"Querida Cassie, começo essa carta dizendo que sinto muito por tudo. Infelizmente as coisas não aconteceram como o esperado e senti que deveria escrever está carta. Sinto muito por não ter lhe dado ouvidos mais cedo quando mandamos a equipe de contenção. Achei que estava fazendo o certo. Agora, preciso entrar em um helicóptero para tentar destruir algo que permiti que criassem. Para tentar consertar o erro que cometi. Farei como uma forma de me redimir e para lhe proteger e se caso alguma coisa acontecer comigo, quero que saiba que você foi a melhor coisa que me aconteceu. O parque foi apenas algo que surgiu de tudo o que você havia me feito viver. Me perdoe por nunca dizer isso pessoalmente.
Quando eu a vi pela primeira vez, tão pequena, mas que havia sorriso ao me ver, senti que estava ganhando mais que uma sobrinha. Estava ganhando uma filha."
Enquanto eu lia, as lágrimas começaram a vir com força. Minha garganta ardia de tanto choro. Tive que parar e respirar várias vezes para me acalmar, pois as lágrimas embaçavam minha visão.
"Você é mais forte do que eu jamais poderia ser. Você um exemplo de jovem e nunca deixou que as dificuldades te impedissem. Se eu não sobreviver, saiba que você é minha filha e que tenho mais orgulho do que imagina. Por favor, nunca deixe de acreditar em si mesma e o principal de tudo, nunca deixe de ter fé. Eu não lhe contei, pois achei que era algo importante e que deveria contar em um momento especial, mas aceitei Jesus e deixei que ele tomasse conta me minha vida.
E sobre o colar, me perdoe se eu não cumprir a promessa. Infelizmente não tenho o controle da vida, mas agora sirvo quem tem e se Ele me permitir voltar, lhe entregarei pessoalmente. Caso não, me perdoe.
Por fim, saiba que eu te amo e que em meus pensamentos só estarão na minha querida Loirinha que tenho o prazer em chamar de filha.
Com amor, de seu Tio Simon Masrani.
Como uma promessa de quem tem desejo de voltar."
Coloquei a mão no peito, me permitindo cair de joelhos e depois me sentar no asfalto com a testa encostada no chão, permitindo finalmente viver o luto da morte do meu tio. Como ele fazia falta. Como eu iria sentir falta dele. Me sentia totalmente perdida e sozinha.
Deixei que as lágrimas caíssem, molhando o asfalto, sem me importar com mais nada. Meu coração doía tanto que parecia queimar.
Foi então que lembrei do único que poderia me ajudar naquele momento.
Olhei para o céu, vendo as nuvens brancas e o céu totalmente azul.
— Me perdoa — pedi, em meio as lágrimas. — Me perdoa. Eu me deixei cegar pela minha dor e te questionei. Pensei que havia me abandonado e por isso te deixei de lado. Fui egoísta e ingrata ao esquecer do teu amor por mim. Me perdoa, Pai. Me perdoa. Eu sou falho e pecadora, mas me perdoa. Eu preciso da tua ajuda, pois não vou suportar sozinha.
Continuei chorando, sentindo a dor da minha perda. Um tempo depois, consegui me acalmar e fiquei sentada, observando o mar que de alguma forma me trazia paz. Não sei quanto tempo depois me levantei do asfalto.
— Cassie — escutei a voz de Gray e o vi correr em minha direção. Ele me abraçou e eu o abracei de volta. Ele levantou sua cabeça para me encarar. — Nós vamos embora.
Meu olhar passou dele para Karen, Scott, Claire, Owen e Zach. Este último fez com que um aperto surgisse em meu coração.
Gray se afastou, dando espaço para Claire e Owen.
— Cassie — começou Owen. — Claire e eu decidimos sobreviver juntos. Você quer fazer parte disso?
Olhei os dois, pensando na possibilidade.
— Acho melhor vocês fazerem isso sem mim. — respondi, os deixando surpresos. — Vocês merecem ser felizes.
— Vem morar com a gente — disse Gray, mais atrás. Olhei para ele e vi sinceridade em seu pedido.
Me aproximei dele.
— Bem que eu gostaria, mas tenho coisas a fazer. Coisas que preciso fazer sozinha. De alguma forma, ainda estou ligada ao parque e isso não algo que posso simplesmente ignorar e fingir que nunca aconteceu.
— Você vai ficar bem sozinha? — perguntou ele.
— Vou. E bem, de certa forma eu nunca vou estar sozinha — dei um sorriso no final. Gray sorriu de volta, entendendo que aquilo seria o melhor para mim.
— Tem certeza? — Perguntou Claire.
Me voltei para ela.
— Tenho.
Claire e Owen trocaram olhares, compreendendo e aceitando a minha decisão. Com isso, os abracei.
— Vou sentir saudades — falei em seus ouvidos.
— Nós também, Loirinha. Nós também — disse Owen.
Nos afastamos e vi Claire com os olhos cheios de lágrimas e suas bochechas molhadas, mas ainda sim sorrindo.
Os dois se afastaram, e a mãe de Gray e Zach se aproximou.
— Cassie, não é? — perguntou e balancei a cabeça. — Temos uma dívida eterna com você. Os meninos só estão bem graças a sua ajuda. Escutei o que Gray propôs, e sei que pode não dar agora, mas sinta-se bem-vinda em nossa casa para o que for. Ela estará sempre de portas abertas. — disse e me entregou um papel com um número escrito.
— Obrigada — a abracei.
Logo, ela e o seu marido se afastaram e Gray me deu outro abraço, desta vez um de despedida.
— Vou sentir sua falta — disse ele.
— Eu também Gray. — O afastei e o fiz olhar em meus olhos. — Mas lembre-se: isso não é um adeus. Tá bom.
Ele concordou com a cabeça, suas lágrimas descendo pelo rosto. Nos despedimos e ele foi com os seus pais para um lugar mais afastado, sobrando apenas Zach e eu.
— Oi — ele disse, ao se aproximar.
— Oi — respondi, achando graça.
— Eu não sou muito bom com despedidas — admitiu.
— Somos dois — falei.
— Cassie, eu queria agradecer. Você salvou nossas vidas hoje — disse ele. — Não sei se estaríamos vivos se você não tivesse aparecido para nos socorrer.
— Fiz o que era necessário Zach. — Olhei dentro de seus olhos. — Eu faria tudo de novo se fosse necessário.
Zach e eu nos encaramos, e vi de novo aquele olhar que vinha percebendo o dia inteiro. Um olhar que fazia meu coração acelerar, um olhar que fazia minhas pernas tremerem, um olhar me fazia sentir única.
— Durante todo o tempo em que estivemos juntos, nós sempre te elogiamos, e você sempre se colocou no mesmo nível que nós, nunca aceitando estar acima. — começou ele, sem tirar seus olhos dos meus. — Isso me fascina. Cassie, você é a garota mais forte e sincera que eu já conheci. Destemida e linda. Portadora do sorriso mais lindo que eu já vi e dos olhos mais meigos que tive a honra de observar.— a cada palavra, meus olhos se enchiam de mais lágrimas. — Você, Cassie Masrani Miller, foi a única até hoje a fazer meu coração acelerar de verdade e posso dizer sem medo nenhum que ele é seu.
Suas palavras fizeram com que uma lágrima que eu estava segurando, saísse rolando pelo meu rosto, tamanha eram as emoções que eu estava sentindo naquele momento.
— Meu coração é totalmente seu Cassie, não queria ir embora sem que soubesse disso — finalizou.
O choro se tornou mais forte. Olhei para o colar em minhas mãos, refletindo sobre algo.
— Antes de morrer, meu tio e eu tínhamos o costume de deixar esse colar com o outro, como uma promessa de que iriamos voltar — expliquei. — Quero que fique com ele — coloquei o colar em uma de suas mãos. — Como uma prova de que nos veremos de novo e que o meu coração também é seu.
Olhos de Zach brilharam e um sorriso se formou em seu rosto.
— E o seu sorriso também é um dos mais bonitos que já vi — contei.
Zach envolvei minha cintura com um de seus braços e juntou seus lábios com os meus. Minhas sobrancelhas se ergueram em surpresa, mas de todas as surpresas que eu já havia presenciado hoje, essa era sem dúvida a melhor. De olhos fechados, pude sentir seus lábios em perfeito movimento com os meus, e ali consegui sentir tudo aquilo que até então era uma incógnita. Seu olhar era o sentimento que surgia e as sensações estranhas eram o sentimento nascendo dentro de mim.
Com os braços ao redor de pescoço, pude brincar um pouco com os seus cabelos, enquanto aproveitava cada segundo ali com ele.
Quando nos separamos por falta de ar, Zach depositou um beijo em minha testa, encostando sua testa na minha.
— Eu sabia — ouvimos a voz de Gray, gritando. Ele, seus pais, Claire e Owen assistiam tudo um pouco longe dali. — Eu sabia que uma hora ou outra isso ia acontecer.
Zach e eu rimos do entusiasmo dele. Voltei a olhar para Zach que mantinha um sorriso discreto.
— Seria uma boa hora para refazer a proposta de Gray? — perguntou ele.
— Que seria?
— Vem morar com a gente — pediu. Confesso que aquele pedido me fez quase derreter, mas eu precisava pensar além dos meus sentimentos.
— Não posso. — falei, sentindo uma dor terrível e com medo de que ele não entendesse.
— Tudo bem — falou, após alguns segundos.
— Sério? Não vai insistir ou implorar pra eu ir? — perguntei, surpresa.
— Sei que se não é porque tem bons motivos. — Disse, beijando a minha mão em seguida. — A gente se vê por aí.
E se afastou. Acenei para todos que me olhavam, enquanto Zach andava até eles.
Me voltei para o mar, sentindo a solidão me cercar. Mas então, ao olhar o céu, lembrei que nunca estaria sozinha. Que havia um ser maior que sempre estaria comigo, me protegendo. Eu precisava ser forte, pois dali em diante não teria mais meu tio comigo para me ajudar. E no fundo eu sabia que ainda tinha muita coisa para acontecer.
FIM
Brincadeira!!!! Acreditaram que era o fim? kkkk.
Finalmente terminamos a primeira parte do livro e não tenho palavras para expressar minha gratidão. O quão esperado e planejado este capítulo foi, vocês não têm noção. Bate até uma saudade, mas precisamos seguir em frente pois têm muitas surpresas a caminho que tenho certeza de que vão amar.
Foram tantas emoções que senti ao escrever este capítulo. Alguém mais sentiu? kkk.
Muito obrigada por lerem e não esqueçam da estrelinha de deixar muitos comentários. Me digam o que acham que vai acontecer daqui pra frente. Quero saber suas teorias.
Deus os abençoe e até a próxima.
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