✦Capítulo 12✦

Eu estava emocionada com a cena. A relação deles como irmãos era tão linda e pura. 

Não demorou muito e começamos a ouvir estranhos ruídos na parte da frente da vã, onde Claire estava. Abrimos a pequena janela que nos possibilitava ver o tablet de Claire que mostrava as câmeras que havia colocado nos raptores, mostrando praticamente tudo o que viam.  

Os mesmos estavam na floresta e logo pude ver Owen com sua moto em alta velocidade. Algo apertou meu coração me fazendo pedir a Deus que Owen ficasse bem. 

— Seu namorado é corajoso — comentou Zach. Não pude ver com clareza, mas tenho quase certeza de que Claire sorriu. 

Continuamos assistindo.

— Eu deveria estar lá — falei, sentindo um peso na consciência.

Todos olharam para mim e eu me sentei novamente no banco, sentindo um terrível desanimo. Zach se sentou ao meu lado. 

— Por que diz isso?

Olhei de relance para ele e voltei a encarar a porta da vã.

— Owen e eu sempre fomos um time. Uma dupla que sempre gostou de trabalhar junto. Vê-lo ir atrás de um dinossauro sabendo que o mesmo pode matá-lo é... demais pra mim — minha garganta se fechou. — E se eles não conseguirem? — O olhei.

— Não pensa nisso — pediu Zach. — Não vai acontecer nada com ele. 

— Já perdi meu tio Zach — eu disse, sentindo uma lágrima rolar pela minha bochecha. — Não posso perder o Owen também. 

Eu estava com medo e admitia isso. 

— Eu deveria ter teimado e ido com eles. 

— Não! — Zach exclamou. — Owen fez o melhor que pôde e ele tem razão. Você tá machucada Cassie e era arriscado demais ir. — Ele colocou sua mão em cima da minha. — Ele sabe o que tá fazendo. Ele tá te protegendo, Cassie.

— Não quero que pensem que sou uma garotinha frágil que não consegue se cuidar — falei, olhando em seus olhos.

— Tá brincando? — Zach disse e sorriu. — Você é a garota mais forte que eu já conheci em toda a minha vida. Você é esperta, determinada e faz umas loucuras de vez em quando. — Eu ri da última parte, seguida por ele. — Você transmite força até quando respira e não há ninguém que não veja isso. 

Meu olhar mudou para ele e senti uma coisa que nunca havia sentido antes, mas que parecia se solidificar. 

— E se alguém te disser que você é fraca, fala comigo que eu vou te encorajar a mostrar pra eles que você é forte — pediu. Achei incrível o fato de ele ter dito aquilo, ainda mais porque outros diriam que iriam resolver no meu lugar, mas ele não. Zach iria me encorajar a fazer eu mesma. 

— Obrigada! — falei e lhe dei um abraço tendo uma sensação de conforto ao sentir seu corpo perto do meu. Logo suas mãos foram até minha cintura e me senti nas nuvens. 

Ficamos ali alguns segundos até que senti um aperto por parte dele que fez meu abdome ainda dolorido, doer. 

— Aí! — exclamei.

— Desculpa — disse Zach se afastando, preocupado. — Desculpa, desculpa mesmo.

— Tá tudo bem — respondi.

Sorri para ele, o qual me retribuiu e assim ficamos. Novamente eu estava vendo algo diferente em seu olhar, algo que me lembro ter visto antes, mas não me recordo onde, mas que me fazia sentir o coração acelerado e as mãos suadas e não era por conta da ferida. Não, era ele quem me fazia sentir aquilo. 

— Eles pararam! — disse Gray, olhando o tablet pela janelinha. Zach e eu nos afastamos como se nada tivesse acontecido e fomos até Gray. 

Pelo tablet era possível ver os homens de Honskis andando devagar, com suas armas nas mãos, atentos para qualquer coisa suspeita. 

— Querem saber — começou Claire — Vocês não vão ficar vendo isso. — E fechou a janela. 

— Não, não! — exclamamos eu e os meninos, mas era tarde demais. Ela já o havia feito. 

Me sentei no chão da vã não acreditando que ela havia feito aquilo. 

— Não acredito que ela fez isso!

Eu entendia que era algo perigoso e um pouco demais para os garotos, mas e quanto a mim? Eu precisava saber o que ia acontecer. 

Me levantei do chão e abri a janelinha. 

— Eu não mandei deixar a janela fechada? — disse Claire. 

— Já esqueceu que eu sou a dona do parque? Tudo o que acontece nele eu preciso saber. 

— Mas podem não te agradar o que acontecer — disse ela. 

— Nem pensar que eu vou ficar aqui sem saber o que tá acontecendo — falei e fiquei olhando o tablet. 

Os próximos segundos foram de puro suspense. Os soldados parados, esperando a Indominus aparecer.  Logo foi possível vê-la se aproximando dos quatro raptores. Notei algo estranho, eles pareciam estar se comunicando entre si. 

— Eu sei porque não nos disseram do que ela é feita — comentei chamando a atenção de Claire. — Ela é metade raptor. 

Como se tivessem me escutado os homens começaram a atirar na Indominus. Um deles lançou uma bomba que pegou na Indominus a fazendo cair. Dei um sorriso, contente. Conseguiram!

Minha alegria foi por água baixo quando a dinossauro se levantou e fugiu. 

— Ela tá fugindo! — eu disse. Agora eles precisavam lidar com os raptores. 

Não demorou muito e pelas câmeras que haviam nos capacetes dos homens foi possível ver os raptores atacando e os abocanhando. Me veio a imagem do que havia acontecido mais cedo. Aquele esquadrão de soldados haviam sido massacrados e agora outro esquadrão estava sendo. 

— Estão todos mortos? — perguntou Gray aparecendo na janelinha. 

— Não querido, estão todos bem — disse Claire. 

— Não mente pra ele! — disse Zach. 

— Ele tá assustado. É bom mentir quando as pessoas estão com medo — respondeu Claire. 

— Eu quero ir pra casa — disse Gray com uma vozinha frágil. 

Coloquei minha mão sobre o ombro de Gray. 

— Você vai Gray — falei, olhando em seus olhos. — Eu vou levar vocês pra casa. — Olhei para Zach que me observava. — Eu prometo. 

— Sim — disse Claire, passando a mão no cabelo de Gray. — Amanhã vocês vão pra casa e a sua mãe nunca mais vai me deixar ver vocês... — Antes que ela pudesse concluir fomos surpreendidos com uma mão cheia de sangue na janela da vã, nos fazendo gritar. 

Fechamos a janelinha, o coração acelerado e assustados. A porta de trás da vã foi aberta, revelando um homem e vi que era ele quem estava com a mão ensanguentada. 

— Fujam, fujam! — gritou ele, subindo na vã, mas antes que pudesse realmente entrar, um dos raptores pulou em cima dele o atacando. 

Gray, Zach e eu gritamos ao vermos aquela cena horrível. A vã começou a andar e tanto o homem quanto o raptor caíram da vã. Mesmo estando em movimento ainda era possível ouvir os gritos desesperados do homem sendo devorado. Só de imaginar o quão aquilo deveria ser horrível senti vontade de desmaiar. Respirei fundo. 

— É só manter a calma aí — ouvimos o grito de Claire. Era fácil falar. 

Logo a sua fala foi substituída por um grito estridente e vimos um raptor voando pela lateral da vã e caindo no chão.  Ao se recuperar o animal começou a correr em nossa direção. 

Nós trás que estávamos atrás nos entre olhamos. Logo, outro apareceu. Eu os conhecia bem demais para saber que não me obedeceriam caso eu colocasse minha mão na frente para pará-los.  

Zach se levantou de onde estava e foi andando até alguns cilindros de oxigênio e derrubou um no chão, indo em direção aos raptores, porém as criaturas se desviaram e continuaram correndo, pegando velocidade.

— O que a gente faz? — perguntou Gray para mim. 

Antes que eu pudesse pensar em alguma coisa, a vã desviou para o lado e bateu contra um dos raptores, o deixando no chão. Eu não sabia ao certo se estava morto ou se apenas havia se machucado, só sabia que ele não corria mais atrás de nós, sobrando apenas um raptor.

Procurei alguma coisa que servisse no meu relógio e encontrei dardos tranquilizadores. O programei para lançar os dardos do relógio, mas não deu. O mesmo não funcionava. Não acredito que ia dar problema logo agora.

Gray pegou um dos bastões de dar choque, enquanto eu tentava fazer o relógio funcionar. Em vão.

— Liga logo! — gritou Gray para Zach.

— Eu não sei ligar — Zach gritou de volta, apavorado. 

O raptor conseguiu pular para dentro da vã.

— Cassie! — Gray berrou. 

Deixei o relógio para lá e liguei o bastão, fazendo sua ponta ficar azul com a eletricidade que passava por ali.

Nós três empurramos o bastão, dando um choque no raptor que logo perdeu os sentidos e caiu da vã. Largamos o bastão e cai sentada, recuperando o fôlego.

— Vocês estão bem? — ouvimos a voz de Claire.

Gray abriu a janelinha.

— Aí, você viu aquilo? — perguntou Zach.

— Tô doido pra contar pra mamãe — disse Gray.

— Ah não, não, por favor não. Não contem pra mãe de vocês sobre isso — implorou ela.

Comecei a rir, sentindo um grande alivio. 

Escutei um barulho de moto e vi Owen se aproximando da vã. 

— Owen! — gritei.

— Owen! — os garotos disseram e começaram a gritar, alegres.

Ele estava bem! Me senti tão feliz por aquilo. Owen sumiu com sua moto para a lateral da vã.

— Temos que buscar abrigo. Vem comigo — escutei a voz dele. 

— Lowrey — escutei a voz de Claire. Me levantei e vi que a mesma falava ao telefone. — Estamos indo para aí. Chame um helicóptero. — E desligou e celular.

Sorri, contente por saber que aquilo estava acabando. 

Voltei a me sentar, sentindo um pontada de dor no meu abdomen. 

— Você tá bem? — perguntou Gray, seus olhos demonstrando preocupação.

— Melhor, impossível — respondi, sorrindo. Eu estava sentindo um grande alívio. — Vamos pra casa. — Falei e ele sorriu.

Minutos se passaram. Não foi possível ver, mas escutei uma voz robótica falando uma mensagem gravada, indicando que havíamos chegado a praça principal.

Obrigada por visitar Jurássic World. Esperamos que tenham curtido sua aventura — disse a mensagem gravada. Quanta ironia.

Os garotos saíram da vã e Zach me ajudou a descer, colocando suas mãos em minha cintura e eu coloquei as minhas nos seus ombros para me dar apoio. Com um pequeno impulso ele pôs no chão. Nos encaramos alguns segundos, antes de Claire nos chamar.

— Vamos! Vamos! 

Fui até Owen e o abracei.

— Senti tanto medo de que algo te acontecesse — falei em seu ouvido.

— Eu tô bem — ele falou. Nos afastamos e Owen sorriu. — Vamos!

Começamos a correr em direção ao Centro de Elevação e onde eu tinha esperanças de que realmente estivessemos seguros. 

Mais capítulo postadooooo!!!!!!!! Quanto tempo não é? Sentiram saudades? KKKKK. 

Quem aqui pensou que eu não ia mais voltar? Bom, agradeço quem me incentivou a continuar o livro, após eu ter postado aquela CONVERSA IMPORTANTE. 

Muito obrigada por lerem e não esqueçam de comentar e da estrelinha.

Deus os abençoe!

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