*31*
Meus olhos retesaram diante da figura que se estendia a minha frente. Sua risada grotesca atingiu canta extremidade da sala e eu entrei em choque.
Era o patrocinador que estava ali, ou melhor, era o ex-marido de Yura que estava ali. Ele deve ter usado um nome falso para não revelar sua identidade, assim como fez para se passar por um dono de cassino.
"Haha, olha só quem eu encontrei por aqui..... Achei que não conseguiria te ver hoje, docinho. Estava até me contentando apenas em matar Jimin...."-Ele abriu os braços num gesto de triunfo, sentindo como se tivesse ganhado na loteria.
Ele trancou a porta atrás de si e olhou na minha direção. Lágrimas desceram por meus olhos e aquela sensação de pânico ameaçou voltar com tudo. Eu a esmaguei com toda a força que podia e respirei fundo. Eu iria enfrentá-lo de cabeça erguida e, se fosse para ser desse jeito, eu morreria de cabeça erguida.
"Você não vai gritar?"-perguntou, ainda com o sorriso ladino.
Eu olhei rapidamente à minha volta procurando algo para me defender e avistei a faca de queijo na mesa de canto, infelizmente perto demais dele e longe demais de mim. Não havia para onde eu correr, a chave que antes ficava na porta agora estava sendo jogada dentro de sua calça.
Eu aproveitei seu descuido e corri em direção à mesa. Ele olhou de volta para mim e foi de encontro comigo, já descobrindo meu plano e tentando alcançar a mesa antes de mim. Quando eu coloco as mãos na faca ele chega até mim e desfere um soco no meu nariz, me fazendo tirar a mão da faca de tanta dor. Eu recuo para a parede enquanto ele cresce sobre mim e me empurra fazendo com que eu caia sobre o chão.
"Você não achou que fosse se livrar tão rápido de mim,né?"-Zomba.
Meu rosto arde enquanto tento impedir as lágrimas de cair, eu não lhe daria aquele gostinho. Eu me arrasto no chão quando ele se aproxima e se agacha em minha frente, me dando abertura para me defender do único modo que poderia:ergo minha perna e dou um chute no meio de suas pernas, fazendo com que ele caia urrando de dor e tirando aquele maldito sorriso cinico do rosto.
"SUA VADIAZINHA."-Ele ruge.
Eu corro até a mesa e pego a faca, indo em direção à porta enquanto eu a empurro e grito por socorro.
Rápido como nunca eu sinto ele atrás de mim, eu me viro rapidamente tentando atacá-lo com a faca. Ele é mais rápido e tira a faca da minha mão e me dá outro soco, mais forte e bem no meio da barriga, e então mais socos são desferidos no meu rosto até que eu sinta o gosto de sangue na boca e escorrendo por meu rosto.
"Acabou a brincadeira, quando eu te matar vou fazer questão de mandar seus pedaços por correio para a vagabunda da sua mãe!"
Eu ainda vejo a faca e me arresto tentando alcançá-la. Porém, assim que meus dedos a tocam ele me ergue no alto pela camisa e eu balanço os pés tentando tocar o chão.
Ele me empurra até minhas costas irem contra a parede fria e sinto meus membros retesarem. Ele leva as mãos até meu pescoço e começa a aperta-lo enquanto eu me debato.
"Eu prefiro do jeito antigo, sabe? É delicioso vê-la agonizando em busca de oxigênio. Só não posso garantir que será rápido,docinho."
"Alice?"-Ouço a voz de Jimin bater à porta.-"Por que a porta está trancada?"
"Parece que temos companhia."-Ele sussurra em meio ouvido. Coloca um pano sujo e em minha boca e rasga uma parte do mesmo para prender minhas mãos.
Ele tira a chave do bolso e se coloca atrás da porta para que Jimin não possa vê-lo enquanto pega a faca. Quando Jimin abre a porta ele me vê e eu começo a gritar para que ele saia.
Seus olhos se arregalam e quando ele passa pela porta o marido de Yura o esfaqueia na barriga, fazendo-o cair na minha frente enquanto eu tento gritar por cima do pano mofado em minha boca.
Ele começava a arrastar Jimin para dentro da sala até que o guarda que tinha me levado até ali aparece e se depara conosco. Sem esperar qualquer reação, ele imediatamente tira uma arma do bolso e dá dois tiros no desgraçado,já chamando reforços.
Seu corpo inerte vaza sangue, morreu com os olhos arregalados e com a boca aberta. O guarda me desamarra e eu emito um ruído que parecia ser um 'obrigada', eu corro até Jimin e o seguro nos braços, tentando estancar o sangue.
"Não morra agora... Por favor..."
Quando a ambulância chega eu me coloco nela para ser acompanhante de Jimin. Muitas fãs que ainda não tinham saído do show se deparam com a situação e começam a gritar. Muito.
[...]
Eu estou na sala com Jimin enquanto ele dorme, tão ou mais angelical. A situação foi delicada, ele quase não sobreviveu, pois a facada foi perto do lugar onde ele foi baleado da última vez.
Seus olhos ainda contém resquícios da maquiagem do show, não tiveram tempo de tirar com toda a correria. Eu molho um pedaço de algodão e começo a passar devagar em seu rosto, as lágrimas caindo incessantemente.
Quando vejo seu rosto mais limpo eu paro e começo a apertar sua mão, a outra acariciando seu rosto.
Quando ele acorda, já de madrugada, eu ainda estava acordada olhando para ele. Jimin acorda assustado e eu o acalmo explicando o que aconteceu.
"Ele nos achou??"-Pergunta com a voz ainda meio rouca.
"Sim, ele era o patrocinador, armou isso.Mas você não precisa se preocupar com isso, você tem que descansar..."
"Nós temos que pegá-lo antes que fuja de novo!"
"Ele morreu, Jimin. Tudo acabou agora."-eu digo baixinho.
Eu dou um beijo em sua bochecha e aliso seus fios pretos, enquanto o sono o atinge rápido.
/////
Uma semana depois, a Bighit decidiu dar férias aos membros e até mesmo pagou a despesa de todos. Enquanto os membros foram visitar suas famílias, eu e Jimin decidimos viajar até uma ilha no Brasil.
Eu passara o dia inteiro fora na piscina, Jimin decidiu ficar no quarto para descansar. Na hora em que chego ao quarto, percebo que a porta está entreaberta. Eu entro assustada e vejo Jimin em pé segurando um buquê e usando um smoking. O quarto se encontra com a luz apagada e cheio de rosas no chão.
"Você demorou..."-Ele diz.
"O que é tudo isso?"-Ele se aproxima de mim e então se ajoelha.
"Eu sei que esse ano foi difícil e tudo é muito recente, mas eu não posso mais perder tempo pensando que você ainda não é minha e que não posso chamá-la de algo tão maravilhoso como 'esposa'."-"Eu te amo muito e queria que você pudesse me dar a honra de ser inteiramente seu pro resto da minha vida. Você aceita se casar comigo?"
O que eu faria? Estava surpresa,
chocada, na verdade... Nunca achei que isso fosse acontecer. As chances de eu estar viva eram quase nulas. Eu finalmente teria meu merecido final feliz que demorara tanto a chegar.
"Sim!!! Mil vezes sim!!- Ele colocou o anel em meu dedo e nos beijamos enquanto o entardecer formava o cenário perfeito, marcando o primeiro dos dias mais felizes de toda a minha vida.
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