*18*
OIOI, só passando pra avisar q esse capítulo vai começar na visão da Yura. Aproveitem 🤗 não se esqueçam de votar.
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8h da manhã. Acordar. Escovar o dentes. Tomar café. Trabalhar. Voltar para casa. Jantar. Dormir. Repetir o processo.
Depois de Alice viajar por conta própria, eu fiquei totalmente sozinha. Não sei o quão solitária teria me sentido se não fosse por Rowler, o cão mais amoroso que eu poderia ter. Embora ele sempre fique ao meu lado em casa, sinto falta dela. Fiquei tão acostumada a tê-la por perto, cantando pela casa e alegrando tudo, que sem ela por aqui as coisas acabaram ficando monótonas.
Eu tenho plena consciência de que ela voltará em alguns dias, mas é demais para mim ela não ter respondido sequer uma mensagem.
Eu sei que não deveria ter contado daquele jeito sobre a família biológica dela, mas não queria que ela corresse o perigo que está correndo agora. Pelo menos Jimin me manda mensagens me acalmando sobre seu estado, a única coisa que me impede de pegar um avião e ir até lá puxar sua orelha.
Pensando bem, tem algum tempo desde que ele me mandou mensagem. Os dois pombinhos devem estar se divertindo, enquanto a velha aqui não tem encontros há décadas.
Depois que a adotei, não vi necessidade de botar um completo estranho para morar conosco, já bastava eu de estranha para ela.
Alice sempre me fala que tenho que arranjar alguém, mas para quê? Já estou velha, quer dizer, não velha, experiente o suficiente.
Meu casamento desastroso certamente tem certa culpa nisso tudo. Até hoje não sei como aguentei aquilo tudo. Era um desgaste diário, sempre tendo que lidar com o ego enorme de Chung-ho, que fazia questão de jogar na cara que era por minha culpa que ele não teria herdeiros para sua empresa. Nunca entendi o porquê de tanto drama, ele era dono de alguns cassinos, não dono da Lotte ou de algo assim.
Mesmo assim sempre achei muito estranho o jeito dele de falar sobre os negócios, como se a empresa fosse uma faxada para algo muito maior, que obviamente nunca descobri o que era, ou talvez eu estivesse só delirando.
Ouvi meu celular tocando, era Jimin. Achei estranho, ele nunca tinha ligado. Sem demorar mais, atendi.
Yura?
Sim, é o Jimin?
É. Yura, eu preciso te contar algo..
Então conte-me logo!
Aconteceu algo com a Alice..
DESEMBUCHE! O QUE ELA TEM?
Eu sinto muito, mas acho que ela foi sequestrada.
...
Yura?
Como isso aconteceu?
Eu estava fazendo alguns exames de check-up e ela saiu do hospital. Eu fiquei preocupado pela demora e como ela não atendia o telefone, consegui informações de onde ela tinha ido, uma loja de conveniência. Mas quando cheguei lá, vi sua bolsa com suas coisas caída no chão, num beco atrás da loja. Eu não sei mais onde procurar, preciso da sua ajuda!
Eu temia isso, meu deus! Que tipo de mãe imprestável eu sou?
Isso não é hora de lamúrias, precisamos agir agora mesmo!
*Você tem uma ligação perdida*
*número desconhecido*
Ok, tem razão. Farei algumas ligações à alguns contatos para ver o que consigo e daqui a pouco te ligo, faça o mesmo.
Ok, até logo.
*ligação encerrada*
*discando para número desconhecido*
*alguém atende*
"Olá, Yura."
"Quem é?"
"Estamos com sua filha."
"ONDE ELA ESTÁ?"
"Se acalme, querida. "
"VOCÊS QUEREM DINHEIRO?"
"Há há, não precisamos da sua esmola. Venha até o endereço que será passado para você. Ah, outra coisa, se você chamar a polícia, a garota morre.Venha sozinha"
*ligação encerrada*
*discando para Jimin*
Alô? Yura?
Acho que sei onde ela está.
Alice POV's
Eu preciso dar um jeito de impedir que Yura caia na armadilha, mas como? Eu estou impossibilitada de me mexer, além de estar dentro de um caminhão imundo. Eu tenho certeza que ela virá para me salvar num piscar de olhos, sem nem pensar. Se ao menos eu tivesse uma arma... Não deve ser tão difícil de usar, não parece nos filmes... Não que eu vá matar alguém, machucar só o suficiente para termos a chance de fugir e chamar a polícia.
O caminhão novamente dá um solavanco e eu vou para frente, batendo a cabeça novamente.
Meu sequestrador me puxa para fora do caminhão e começa a me guiar por um lugar que não consigo saber. Ele tira o saco de minha cabeça e finalmente consigo ver, é um cassino, não sei se foi abandonado ou se não chegou a ser inaugurado, mas de qualquer jeito é bizarro.
Eu começo a gritar, na esperança de que alguém ouça. Ele começa a rir.
"Pode gritar o quanto quiser, não há ninguém por perto para ouvir seus gritinhos histéricos."
Aceitando a derrota, apenas paro e começo a analisar o lugar como posso.É similar aos cassinos de Las Vegas, se você pensar no lugar depois de um apocalipse. É grande e sujo, sem sinal de uma alma viva sequer. Consigo ouvir meus passos ecoando pelo mármore branco, que agora tem uma camada grossa de poeira e fica mais escuro pela má iluminação natural do lugar completamente fechado e claustrofóbico.
Vejo várias máquinas de jogos, até mesmo mesas de sinuca e um grande bar. No extremo do lugar, há uma porta com uma placa escrita "somente funcionários" em várias línguas diferentes, sendo coreano uma delas.
Ele me leva até porta, que quando é aberta faz um barulho estridente e mostra uma escada que leva até o subterrâneo.
Nós descemos e eu me deparo com largo corredor, antes, um depósito, agora, um covil de mafiosos.
Enquanto passamos, vejo vários homens no estilo do que me guiava, altos e carrancudos.
Há algumas estantes cheias de caixas pretas, presumo ser dinheiro. Há homens em mesinhas redondas fumando e jogando baralho, rindo como animais selvagens. Eles param assim que passamos e me olham como um predador olha para sua presa, eu mantenho o olhar firme, mesmo suando de nervoso e gritando por dentro.
Mais ao fundo, há celas. Eu engulo em seco, eu olho para uma delas rapidamente, quem estava ali provavelmente teve um final lamentável. Há marcas nas paredes e as celas exalam um cheiro pútrido que me faz virar o rosto na hora.
Ele me joga numa delas e me tranca lá dentro. Antes de ir embora ele se vira para mim e diz:
"O chefe adorará saber que você chegou."
E vai embora.
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