*11*
"Ei mocinha. Acorde, o avião já pousou."- disse a senhora.
"Uh? Já estou acordada"- Ainda estava sonolenta.
Depois de sair do avião e pegar minhas coisas, chamei um táxi e me hospedei em um hotel perto do hospital de Jimin.
O quarto não era tão espaçoso, nem tão aconchegante, mas supriria o básico de que precisaria nos dias em que ficaria na cidade.
Larguei as malas em um lugar qualquer, tranquei-o e logo já estava chegando no hospital.
Faz tanto tempo que não venho aqui. Acho que me esqueci como eu gostava do calor que fazia aqui, até o ar é diferente.
Às vezes me pergunto o que eu estaria fazendo agora se tudo tivesse sido diferente no passado.
Na parte de fora do hospital, observo jornalistas fazendo matérias, alguns do Brasil, outros de países estrangeiros, não só da Coreia. Tenho certeza de ter ouvido pessoas falando inglês e espanhol.
Não foi difícil achar a ala em que ele estava, tanto a entrada do hospital quanto a ala estavam com policiais armados.
Quando cheguei ao quarto dele, fui interceptada pelos policiais que estavam de plantão na porta.
"O que faz aqui? Dê meia volta antes que as coisas compliquem."- disse um deles.
"Eu vim visitá-lo. Sou uma amiga que veio de muito longe. Preciso entrar. Agora!"
"Você não sabe ler? Isso é um quarto de um paciente de UTI, só médicos e pessoas autorizadas podem entrar. Você não é uma delas."
"Além disso, quem você espera enganar? Esse garoto é mais famoso do que aqueles cantores americanos, não tente me dizer que você o conhece. Você é no máximo, uma fã desesperada. Se não sair daqui agora eu mesmo cuidarei para que saia."
Quando estava quase a ponto de explodir, um homem de jaleco branco aparece.
"Deixem que eu cuide disso. Agora, a senhorita por acaso se chama Alice?"
"Sim. Por quê?"- disse ansiosa.
"O paciente chamou seu nome logo que chegou aqui."
"Ele chamou?"
Ele confirmou com a cabeça.
"Você é namorada dele?"
"N-não, eu sou uma amiga próxima dele."- minhas bochechas queimavam.
"De qualquer jeito, não precisa se preocupar, ele poderá sair da UTI amanhã se tudo se estabilizar, mas por enquanto ele está bem."
"Você sabe me dizer o que houve com ele?"
"Eu não pude perguntar diretamente a ele o que aconteceu. Recebemos uma ligação pedindo emergência ao paciente. Ele me foi entregue num estado bem ruim.
Havia um tiro no tronco estava cheio de marcas de socos e cortes. Apesar da cirurgia ter corrido bem, ele está fraco e seu peso não ajudou. Precisa se recuperar, comer direito e descansar..."-"Ele também estava com as roupas surradas e marcas roxas pelo rosto, com certeza se meteu em alguma briga."- continuou.
"Quando eu posso visitar ele?"
"Amanhã você já pode vir. Caso haja qualquer mudança, entraremos em contato."
"Muito obrigada."
Quando voltei ao hotel, já tinha comido em um quiosque que achei pelo caminho.
Peguei meu celular e liguei para o Jin, ignorando as outras mensagens.
"Alô?"- falei.
"E aí? Está tudo bem?"
"Está sim. Acabei de passar no hospital."
"E como ele está? Está tudo bem?"- Soou preocupado.
"Ele está em UTI, então não pude falar com ele. Amanhã ele já poderá receber visitas, então darei informações mais concretas."
"Se cuide, ok? Nós também nos preocupamos com você."
"Obrigada, eu gosto muito de vocês."
"É bom ouvir isso. Até amanhã, Alice."
No dia seguinte, saltei de cama em que estava, as molas da cama fizeram um barulho alto
Entrei novamente na ala em que ele estava, procurando o médico com que conversei ontem. Não demoro muito para achar, quando me vê e nota minha expressão, não perde tempo.
"Ele já foi transferido, vá até o quarto 13, ele ainda está dormindo. Boa sorte."
Eu dou um sorriso e saio andando rapidamente.
Dessa vez os policiais, ou melhor, muralhas, não tentam me impedir e eu entro com facilidade no quarto.
Assim que o vejo, sinto como se tivessem torcido meu coração.
Seu cabelo desarrumado e seu rosto inchado são capturados por minha visão.
Ele está usando uma daquelas roupas características de hospital, está envolvido por um cobertor e tem vários canos saindo de seus pulsos. Alguns observo ser soro, mas o resto não sei dizer.
Não quero atrapalhar seu descanso, então pego uma cadeira e me sento ao lado de sua cama. Mesmo nesse estado ele parece sereno, isso arranca algumas lágrimas minhas.
Não há nada para fazer, então pego com delicadeza em sua mão, encosto a cabeça no canto da cama.
Não sei quanto tempo fiquei assim, mas percebi o momento em que abriu os olhos e me olhou.
"Não faça essa cara,eu sei que estou feio."- murmurou.
"Você nunca está feio. Eu só estava procupada com você."
Ele deu um sorriso de canto e olhou para baixo.
"Eu estou vendo."
Eu o segui e vi que ainda segurava sua mão. Eu a larguei na hora e ele riu com a voz rouca.
"Relaxe, pode pegar minha mão se isso te fizer sentir melhor. Eu estou melhor!"
Eu peguei sua mão novamente e me coloquei na posição de antes, com a cabeça encostada na cama, olhando-o.
"Você não pode ficar dando sustos como esse, os meninos ficaram preocupados.O que aconteceu com você?"
"Bem, eu fui até a casa dela, digo, da minha irmã. Ela é parecida comigo. Depois de conversarmos muito, decidi sair para passear com ela. Eu a levei até o cinema, mesmo não entendendo nada. Quando estava voltando até o hotel, passei por uma rua bem estreita e encontrei alguns homens ali, assaltantes."- ele deu uma pausa.
"Eles me abordaram e tinham armas.Eu fiquei tão nervoso que não consegui reagir, não lembrava das palavras em português. Eles ficaram irritados e começaram a me dar socos. Era uma gangue, não consegui lidar com todos, eles roubaram tudo o que eu carregava, e como não queriam problemas, Deram tiros e saíram correndo. Alguém me achou caído no chão e depois acordei aqui."
"Alguém mais veio te ver?"
"O CEO ligou,eles querem me levar de volta o mais rápido possível, evitar mais problemas. Meu staff trouxe minhas coisas e ligou pra Bighit quando cheguei aí hospital..."-"quando você chegou?"
"Eu cheguei ontem, me hospedei num hotel aqui perto. Os meninos me ajudaram a planejar tudo."
"Nós podíamos aproveitar o tempo, já que estamos aqui e vamos embora logo."
"Você ainda está convalescendo, não pode sair pulando por aí."-"Além disso,E se o Staff descobrir? E se te reconhecerem?"
"Vamos sair pelos fundos, o staff só vem amanhã. Eu só preciso de um disfarce."
"Se eu me meter em problemas.."
"Você não vai. Eu sou esperto."
"Você foi assaltado."
"Isso foi um descuido momentâneo, eu já aprendi."
"Você consegue se levantar?"
"Claro que consigo, não aguento mais ficar olhando pra esse quarto."
Eu peguei umas roupas que o staff trouxe e entreguei-lhe.
Quando ele voltou do banheiro, dei uma máscara branca que achei no corredor e os meus óculos. Estava estranho, mas era melhor do que nada.
"Como eu estou?"
"Não queira saber..."- "Pronto?"
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