Capitulo 9 - Rose Blue!

Tudo estava escuro ao menos era o que aquelas sete pessoas imaginavam. As integrantes do Seven Dreamers haviam sido sugadas por uma massa de energia escura no meio da batalha contra o misterioso Park. Não demorou muito para que a luz aos poucos surgisse diante de seus olhos.

Quando as integrantes que estavam acordadas notaram, o local havia mudado. Não estavam mais naquela mansão estranha e sim em uma espécie de porão enorme que era iluminado por lanternas espalhadas pelos cantos.

O local possuía muitos armários com algumas ervas sendo cultivadas em alguns, uma mesa grande no centro com um mapa aberto, nas paredes haviam alguns desenhos rabiscados, uma estante com livros e uma espécie de altar aos fundos do local, nenhuma saída ou entrada era vista pelas garotas.

Após ver a situação de todas Gahyeon se pôs a ajudar. Devido às dores Gahyeon sentia um pouco de dificuldades em usar seu poder, porém a mesma se esforçava confirmando que suas amigas estavam bem, onde posteriormente algumas acordaram. Depois de descansarem e ter se passado quase 30 minutos, o grupo resolveu discutir a situação.

- Que lugar é esse? – se perguntava Siyeon ainda um pouco tonta devido ao choque que levou.

- Isso está indo longe demais... – afirmava Dami. – Primeiro somos separadas, enfrentamos monstros, achamos a mansão e encontramos um maluco totalmente esquisito que quase matou a gente. – concluía.

- Tem algo muito errado acontecendo. Sinto que estamos no meio de algo muito perigoso. – afirmava Handong olhando em volta.

- Esse mapa... – dizia Yoohyeon se aproximando da mesa. – Parece ser o mapa desse lugar. – disse a mulher chamando a atenção das outras.

- Tem razão... As montanhas, o desfiladeiro, o bosque... E a mansão no centro de tudo... – analisava Siyeon.

- Parece que a região é vasta... Ainda tem um enorme lago depois do bosque... – dizia Dami.

- Parece até mesmo o formato de uma ilha... Mas... – dizia Siyeon pensando em algo.

-... Mas não se parece com nada que já vimos... Pelo menos nos mapas e livros que tínhamos acesso na base nunca tínhamos visto uma ilhar com esse formato, um formato de uma rosa... Aliás, até onde eu sei monstros não existem na terra... – afirmou Yoohyeon.

- É por que... Vocês estão em um lugar diferente. – afirmava uma voz ecoando pelo lugar.

Todas as sete garotas ficaram em alerta se preparando para um eventual combate. De repente perto do altar aos fundos uma massa de energia surgia tomando uma forma humanoide toda encapuzada. Ao olhar aquela figura, Handong logo a reconheceu como sendo a mulher que encontrou na floresta mais cedo. Tal mulher sorria por de baixo do capuz enquanto observava as sete mulheres a sua frente.

- Você de novo? – perguntou Handong um pouco irritada conjurando esferas de luz em suas mãos.

- Então foi ela que você viu na floresta? – questionou Siyeon ficando séria enquanto Handong acenava que sim em resposta à amiga.

- Eu disse a você garota... De que nos veríamos em breve... Fico feliz que tenha seguido o meu conselho... – dizia a mulher dando alguns passos para frente.

- O que você quer com a gente? – questionava JiU.

- Calma, eu não sou inimiga de vocês... – respondia a mulher.

- E como podemos ter certeza disso? – perguntou Dami se preparando para avançar.

- Se eu fosse inimiga, eu teria deixado vocês serem capturadas pelo Park lá na mansão. – respondia a mulher fazendo todas se entre olharem por alguns instantes.

- Certo... Daremos um voto de confiança... – dizia JiU enquanto todas assentiam concordando, porém mantendo a guarda alta por precaução.

- Ótimo... Agora me deixe ajuda-las com algo para que possamos conversar melhor. – dizia a mulher caminhando até o armário com as ervas.

Ao pegar um pote a mulher usou seu poder para manipular as ervas dentro dele, de repente alguns copos surgiram flutuando no ar, as ervas foram colocadas no copo sendo esmagadas até virarem quase migalhas. Em seguida a mulher pegou um refil de água que carregava consigo e colocou nos oito copos.

Logo depois de dizer algumas palavras e usar seu poder a mulher esquentou os copos até que enfim uma espécie de chá estava pronto. A mulher entregou os copos para todas, porém o de Bora era diferente, com cuidado aquela mulher fez Bora engolir o chá com calma e logo depois se afastou um pouco.

- O que é isso? – perguntou Gahyeon.

- É um chá especial, ele é feito com ervas medicinais que cultivei ao longo dos anos... Ele tem efeito curativo, vocês ficarão bem, não se preocupem. Aliás, sua amiga deve acordar em breve, os danos não são grandes... – respondia a mulher.

- Quem... Exatamente é você? Por que está nos ajudando? – perguntou Yoohyeon.

- Eu diria que... É por que vocês podem fazer o que eu não consegui fazer... Mas primeiro... Permitam-me que eu me apresente a vocês... – afirmou a mulher retirando o capuz e revelando seus cabelos lisos e brancos, seus olhos eram azuis e uma rosa azul enfeitava seu cabelo, sua aparência era de uma mulher jovem e muito bela... – Meu nome é Safira... Mas também costumam me chamar de a Bruxa da Rosa Azul. – concluía.

- Uma bruxa? Você? – questionava Dami achando tudo muito estranho e deixando uma leve risada escapar.

- Vimos diversos monstros hoje, nada mais me surpreende. – afirmava Gahyeon.

- Safira? É um belo nome... – elogiava Siyeon.

- Obrigada... Eu senti quando vocês chegaram aqui, por isso busquei faze-las com que se reencontrassem novamente. – dizia Safira.

- Como assim? – perguntou Dami.

- Simples... Assim que notei vocês eu procurei vigia-las de longe, secretamente conjurei um feitiço guia em vocês, fiz com que seguissem um caminho que dava até a mansão... Quando vocês enfim se reunissem, eu poderia ajuda-las no que precisassem... Até ajudei a amiga de vocês a escapar da dimensão do espelho... – respondia Safira olhando para Yoohyeon.

- Mas por quê? O que você ganha ajudando a gente e por que estamos aqui? – perguntava Handong.

- Bem... Sobre isso... – dizia Safira esticando sua mão e puxando um livro da estante que veio até sua mesa.

Safira o abriu foleando algumas páginas até encontrar o que queria. Em seguida a bruxa da rosa azul pediu para que todas se reunissem em volta da mesa. JiU deixou Bora descansando no chão e se juntou as outras.

- O que vai nos mostrar? – questionou JiU.

- O meu passado... Vocês precisam entender que lugar é esse... Me conhecer... Para enfim compreenderem meu objetivo e as ambições de Park... – respondia a mulher se concentrando.

- Você... Foi atingida pela nevoa cósmica também? – perguntou Yoohyeon.

- Nevoa? Não... Eu não sei do que se trata... Minha história é muito mais antiga do que isso... Como eu disse... Eu sou uma bruxa... – dizia Safira conjurando uma densa massa de energia que cobriu todo aquele lugar.

De repente o visual do lugar mudou de um enorme porão sem entrada ou saída, para um pequeno vilarejo no meio de uma floresta. Todas se assustaram, mas logo Safira acenou para que as garotas se acalmassem.

- O que é isso...? – se perguntava JIU.

- Fomos tele portadas para dentro do livro? – perguntou Gahyeon assustada.

- Não exatamente... Esse é o meu passado... Usei o pouco de poder que ainda me resta para recriar em imagens as informações de meu diário... Como eu disse eu sou uma bruxa... Aliás, minha família veio de uma linhagem de bruxas... Estamos no que vocês conhecem hoje como a época da caça as bruxas... – respondia a mulher apontando para frente.

Quando todas olharam havia muitas pessoas com tochas nas mãos em volta de uma fogueira. No centro amarrada ao tronco havia uma mulher de cabelos brancos queimando enquanto lágrimas caiam de seus olhos. O povo daquele vilarejo havia julgado que a mulher era uma bruxa por ter curado o filho do chefe de uma doença rara.

A mulher chorava incessantemente enquanto seus olhos observavam a floresta do outro lado, por onde uma garotinha assistia a tudo acontecer com olhos assustados. A mulher na fogueira sorriu enquanto o fogo lhe consumia, e aquela garotinha correu atravessando a floresta com medo de também ser pega por aquelas pessoas.

As meninas estavam sem reação com aquela cena, e ao olharem para Safira todas viram seus olhos se encherem de lágrimas. Logo deduziram que a garotinha era Safira e a mulher gritando na fogueira era sua mãe.

- Naquela época, nós só queríamos viver em paz... Usávamos a magia para podermos ajudar as pessoas e conviver alegremente com elas... A magia era nosso poder, nossa fonte de energia e com ela queríamos fazer do mundo um lugar melhor para todos viverem... Mas aos poucos isso foi mudando... Nós bruxas como um todo só queríamos ter uma vida normal... Casar... Ter filhos... Mas nem todos pensavam assim... Algumas pessoas nos enxergavam como monstros, nos viam como se fossemos demônios prontos para assolar a humanidade sendo que tudo o que buscávamos era conviver em paz com todos... Depois de uma reunião com vários reinos e com a Igreja... A ordem de caçar e matar as bruxas enfim foi dada... – dizia Safira.

Em seguida, as meninas viram imagens de inúmeras mulheres e também crianças queimando pelo mundo a fora. Aqueles acusados de bruxaria e terem ligação com as bruxas eram fortemente caçados por diversos lugares sem exceção.

As forças do império que as caçavam usavam de armas especiais e também do conhecimento de um homem misterioso que sabia como lidar com as bruxas.

E em meio aquele caos uma garotinha cresceu se tornando cada vez mais forte, aprendendo diversas coisas que lhe ajudou a sobreviver. Safira ajudava as pessoas em segredo e sempre que via problemas em seu caminho, a fuga era sua única solução.

Safira passou sua vida indo de lugar em lugar, se escondendo e fugindo daqueles que a caçavam. Com o tempo seu nome foi ficando cada vez mais famoso e muitas vilas acabaram a nomeando de A Bruxa da Rosa Azul, por sempre carregar e entregar uma rosa a quem ajudava. Com isso Safira acabou se tornando enfim a última bruxa, a última usuária de magia na terra.

Porém o cerco começava a se fechar para Safira e a mesma se viu diante de uma armadilha armada pelo império antigo, e a frente daquele império estava Park. O homem encurralou Safira e a enfrentou em uma grandiosa batalha. Ambos lutaram e lutaram até estarem cansados, porém Park tinha um plano, com o seu poder ele obrigou Safira a entrar sem notar em um circulo mágico, com isso o poder de Safira foi sendo transferido para Park.

Porém antes de tudo ser lhe tomado, Safira usou sua força para conjurar uma espécie de portal. Safira e Park haviam sido sugados para dentro daquela imensa energia sumindo da terra.

Ambos caíram em um lugar desconhecido. Para evitar mais conflitos na terra Safira usou quase todo o seu poder e também parte do poder de Park o enfraquecendo para então selar a passagem de volta os trancando naquele lugar, Safira sabia que se Park escapasse o mundo estaria em total perigo.

Park se irritou e com a magia que possuía criou diversos monstros que começaram a perseguir Safira. Porém a mesma era esperta e conseguiu usar o pouco de magia que ainda lhe restava para se esconder em um local seguro. E neste local isolado do qual se refugiou Safira havia aprendido uma magia que a fazia envelhecer muito devagar.

Após verem o passado turbulento de Safira, tudo voltou ao normal com um estralar de dedos da mulher. As integrantes da Seven Dreamers estavam surpresas e sem saber o que dizer, enquanto Safira encarava seu diário com uma foto de sua mãe, seus olhos esbanjavam toda a tristeza que sentia e algumas lágrimas chegaram até mesmo ao cair.

- Safira... Eu... – dizia Siyeon tentando encontrar palavras para dizer.

- Não se preocupem... Eu estou bem... Esse lugar... Essa dimensão do qual estamos... Eu gosto de chama-la de Dystopia... – dizia Safira com seriedade.

- Então o Park conseguiu usar a mesma magia que você para se parecer ainda jovem... Isso explica a aparência dele depois desse tempo todo... – afirmava Dami ficando pensativa.

- Sim... Eu não posso sair daqui, pois não tenho forças para isso, e também ele não pode quebrar a minha magia e escapar para o outro lado novamente, pois precisa de um poder maior para quebrar meu feitiço... – explicava Safira deixando o ambiente tenso.

- Ele disse para nós que... Serviríamos aos propósitos dele? O que isso significa? – perguntava Gahyeon.

- Se ele disse isso... Talvez ele queira usar vocês para escapar de alguma forma. – teorizava Safira ficando pensativa.

- Isso explica muita coisa... – afirmou Bora se levantando lentamente.

- SuA devagar você ainda está se recuperando. – afirmava Handong ajudando a amiga a ficar de pé.

- Eu sei... Obrigada... Fico feliz de estarem todas bem. – afirmou Bora com um sorriso forçado.

- Você ouviu tudo? – perguntou Gahyeon.

- Boa parte... Mas foi o suficiente para entender a situação. – respondia Bora.

- Park... Até quando você pensará dessa forma? – se perguntava Safira com raiva.

Um breve silêncio tomou conta daquela sala. As sete amigas se entre olhavam enquanto Safira pensava em muitas coisas até chegar a uma conclusão. Safira olhou para cada uma das sete mulheres a sua volta e viu ali sua chance de revidar Park.

– Eu sei um jeito de detê-lo e preciso da força de vocês... Vocês podem ter caído aqui para o propósito dele... Porém mal sabe ele que com isso, eu também ganho uma vantagem. – concluía Safira.

- Do que está falando exatamente? – perguntou JiU achando aquilo tudo muito estranho.

- Eu não tenho força para enfrenta-lo... Mas eu posso ajuda-las a derrota-lo com meu conhecimento... E, aliás, eu também sei um jeito de ao menos vocês sete voltarem para casa. – respondia Safira deixando todas assustadas.

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