The Fox
"A raposa observando-o de longe [...]. Assim pôs-se ao pé da árvore e disse: Por certo que és formoso, [...]; deves saber cantar [...]. O corvo soberbo de todos estes elogios levanta o pescoço para cantar, porém abrindo a boca o queijo caiu–lhe. A raposa apanhou e foi-se embora, ficando o corvo faminto e corrido da sua própria ignorância."
A raposa e o corvo; Esopo.
Dezoito de setembro de 1888, terça-feira(tarde/noite) "...?" Inglaterra.
- Então é só isso? Veio até mim apenas para "desabafar" e ocupar meu tempo? Se já acabou, retire-se já! – Marcel disse insensivelmente.
- E... Tem outra coisinha, a noiva do conde... Ela quer permanecer aqui...
- O QUE? – Perguntamos, todos, em uníssono.
- Ela disse que pretende ficar aqui, e a família também consentiu e eu não pude fazer nada... E agora? A Barbary ficará aqui? Na sede da Nonsense? Ou a mandaremos para casa?
- Uma garota normal... Na Nonsense? Creio que não podemos fazer isso, aqui só entram loucos. E acima de tudo aqui é muito perigoso.
- Mande-a para o quinto dos infernos! – Grito, exasperada.
- Esse lugar seria interessante para a senhorita, Little Lady...
- Ora... Não caçoe de mim, Sir. Marcel... Eu sou...
- A Rainha dos Demônios! Pronto! Vá para seu reino, e me deixe em paz!
Ora, ora... Quem me dera ser realmente a rainha dos demônios! Eu o mandaria para o inferno com muita rapidez, e ainda sorriria ao lhe ver sofrer, gh... E mandaria aquela loirinha junto. Não sei o que ela tem, mas me faz odiá-la de uma forma inexplicável! GRR... Quero que ela suma da nossa vida!
- Você é o verdadeiro demônio aqui, Marcel! – Grito desviando o olhar. – Lembre-se que sou uma "menina amaldiçoada"!
- Ei! Ei! Olha como fala comigo, mocinha! E...
- Onde foi parar a "Little Lady"? – Isso parece um déjà vu...
Acho que já tive essa conversa com o Jaken. Agora só falta ele me mandar para meu quarto, e quando eu acordar outra prostituta será encontrada morta, e depois ele vai sumir da minha vida!
- No mesmo lugar que o "senhor Marcel", garotinha. – Ele desvia o olhar, isso é estranho. – Quanto à garota amaldiçoada...
Sinto uma mão gelada me empurrar para trás. Droga! Ele então se põe entre nós dois, dizendo:
- Pare de ser infantil, senhor Marcel. Não caia nas provocações de minha pequena irmã! Ela apenas está com ciúmes de minha noiva.
C-ciúmes? De quem? Dele? Hu, não e não! Por que eu teria ciúmes? Ainda mais daquela louca, eu não... Não estou sentindo ciúmes!
- Hu, realmente senhor Cain, onde foi parar meu juízo? – Ele então suspira e fecha os olhos. – Saiam os dois imediatamente de minha sala!
- O quê? – Gritamos juntos.
- Minha sala não é lugar para crianças! Lance-os para fora de minha sala, imediatamente!
Mal ele terminou de gritar fomos arremessados para fora da sala, uiii! Bati minhas costas em um vaso de flores. Cain caiu um pouco longe de mim, mas não bateu em nada.
- Por que você tinha que estragar tudo? Eu queria escutar o resto da conversa! – Ele esbraveja em cima de mim.
- Desculpe! Mas eu não consigo ouvir alguém me insultar e simplesmente abaixar a cabeça para ele! – Grito mais alto.
- Você precisa controlar seu gênio mocinha!
- Não sou eu quem está berrando feito louco aqui!
- Calada! Sua...
Mas antes que ele termine a frase, uma assustada Barbary abre a porta da sala de jantar. Nem reparei aonde viemos parar...
- D-Desculpe! Estou atrapalhando algo...? – Ugh essa voz enjoativa!
- Está sim! Por acaso é cega...? – Disparo.
- Não, a senhorita não está. Aliás, eu agradeço à senhorita por ter interrompido nossa briga. – Cain diz suspirando.
Então ele se vira em direção à escada de nosso quarto, ele vai terminar assim? Não quer continuar a berrar que nem idiota? Bufo irritadíssima e me levanto e caminho em direção a sala de jantar, não vou ao quarto! E cruzo a idiota, não vou olhar no seu rosto! Mas, no momento em que cruzei a porta sua mão apertou meu braço, e quebrando minha promessa a encarei... E não devia ter feito isso!
XXX
Seus olhos azuis, antes tão doces, agora estavam demoníacos, ela os estreitou de uma forma tão assustadora que não parecia à mesma garota de agora a pouco. As sombras que se projetavam em seu rosto, o deixavam ainda mais diabólico. Então ela disse abandonando totalmente a voz infantil:
- Se você ousar irritar meu noivo novamente, eu e a Devonne vamos estraçalhar você! A ponto de ninguém te reconhecer mais!
- Barrbarry! O que estan fazendo?
- Nada senhorita Chevonne, estava apenas brincando com a Lilith. – Ela diz voltando a usar o tom infantil na voz.
Suo frio depois dessa ameaça, quem é Devonne? E por que ela ficou tão louca de repente? E-eu apenas estava discutindo com o Cain. Olho onde sua mão apertou meu braço e noto marcas roxas se formando. Quem é ela? E por que é tão forte e louca...? E-eu estou com medo de entrar nessa sala de jantar...?
- Fille, o que houve? Está tan estranha!
- A... H... C-Chevonne... – Não consigo falar. Estou com medo...?
Ela me olha intrigada e vejo um brilho no olhar da antiga Chevonne, então sorrindo ela afaga meu rosto. Isso é bom... Digo! É bom vê-la sorrindo novamente!
- Vous... Fatigué?
- Que parte do "não dispare coisas que eu não possa entender" você...?
Então ela me abraça... Por que está fazendo isso? Isso é irritante!
- Vous está cansada? Eu prrrometo que vou te deixarr feliz... Fille... Começando porr meu umorr, vou voltarr a ser je de semprre!
- Se você prometer que vai voltar a agir normalmente eu deixo você me abraçar mais um pouco! – Digo irritada.
Então escuto um som que há muito queria ouvir, sua gargalhada doce de sempre. Você vai voltar pra mim, não vai? Você não vai morrer, não é? Você é forte, estou certa? Você não vai se entregar como a mamãe, promete...? Você não vai me abandonar como os outros. Né Chevonne? Ma doux maman...
- Eu quero um bolo... – Digo tentando disfarçar meus sentimentos.
- Faço quantos vous quiser! Tudo pra ma fille... Lilith...
É bom ouvi-la dizer meu nome com essa voz harmoniosa, acho que ela devia cantar, pois seria muito famosa com isso, só teria que parar de falar tudo enrolado entre francês e inglês. E parar com os "erres" excessivos, e os mons doidos.
- Eu quero um bolo de chocolate, bem grande!
- Tudo bem, ja disse que faço! Mas onde Il está...? Difficile?
- O Bankotsu está por aí, com o idiota do Marcel.
- Ah entendo... Il entrrego suas coisas?
- Que coisas? – Indago curiosa.
- As jóias de sua maman verdadeira... Maurêveilles as derrram parra os dois, disseram que erra imporrtante... Com cabelo!
- Ah jóias memoriais? É isso? Aquelas feitas com cabelos dos mortos?
- Bonne é isso! Cabelo preto! Como o seu... – Ela diz puxando uma mecha de meu cabelo. – O anel também, anel com pedra prreta!
Anel com pedra preta? Eu me lembro dele... No dedo do meu pai. O Conde Oscar sempre exibia aquele anel com diversas lascas de pedras preciosas, lindo, e em seu centro uma pedra negra como seus olhos. Frios e insensíveis, assim como os do Cain, só que pretos. Eles se pareciam, e ele gostava mais do Cain do que de mim, provavelmente o anel será dele, a outra jóia provavelmente será minha. Ou não, meu pai pode ter deixado tudo para seu primogênito.
Chevonne me observa pensativa, deve estar tentando entender minha expressão, ah... Chocalho a cabeça e digo:
- Bem, e o bolo?
- Vou fazerrr! Mas com condição, chame meu outro fils. Chame Cain...
- Não! Não vou! – Digo desviando o olhar.
- Vous está confusa, mas Il também pode estarr, chame-o aqui. Peça desculpas, a noivá dele está tan curriosa parra falar com ele...
- Ela é louca, e me assusta! Não quero ficar em um mesmo recinto que ela! – Digo irritada.
Ela gargalha novamente, eu não quero ir para a sala de jantar, mas não quero ir para o quarto. Essa casa não tem nenhuma opção boa pra mim, nunca? Acho que já sei.
- Tudo bem, eu vou chamá-lo. Mais tarde nós descemos aqui...
Ela consente e vai para a sala de jantar. Uf meu plano está posto em ação! Vou revirar essa casa a procura dela e não vou chamar o Cain nem ir pra sala de jantar!
XXX
Caminho até uma porta qualquer e encosto meu rosto na superfície fria de madeira e digo com uma voz mandona:
- Me leve até a Fox!
A porta estrala e entro devagar. A sala na qual estou não é a do Marcel, nem nenhum quarto daqui. Ela é ampla e confortável. O fogo crepita convidativo na lareira, há uma poltrona vermelha no centro da sala. Há papéis espalhados pela mesa, anotações, desenhos, rabiscos... Mas não há ninguém aqui.
Onde ela está...? Não consigo conter um sentimento de ter alguém me observando. Acho que eu não fiz bem em entrar aqui, mas se eu sair pra onde vou? Então sinto meu coração parar quando uma voz invade a sala:
- Quem é você? – Ela pergunta.
- S-sou Lilith... – Digo com uma voz trêmula.
- Eu já te conheço, veio aqui semana passada, o que quer?
- Onde você está? – Tento impor raiva em minha voz, mas ela falha.
- Estou na sua frente! – Ela diz irritada.
Então na poltrona que não havia ninguém está virada para trás, como ela chegou até aqui, virou a poltrona e se sentou?
- Vire-separa eu ver seu rosto.
- Não! Saía... – Eu sei que ela dará o comando para eu sair voando.
- ESPERE! Eu apenas queria te ver... – Estou sendo sincera, viu?
Ela para, escuto sua respiração, ela está irritada por eu gritar? Estou com medo de uma pessoa que nem sei quem é, por que eu vim pra cá? Eu sou uma idiota mesmo.
- Por que você não disse antes?
O susto que levei não foi comparado a nenhum até agora, em um salto ela se pôs em cima da mesa, mas não era uma figura assustadora. Aparentava ser nova, mas não sabia direito, já que ela usava uma máscara de raposa cobrindo parte do rosto, os cabelos castanhos estavam puxados em um rabo-de-cavalo e os olhos igualmente castanhos eram bondosos por entre as fendas da máscara.
Estava usando um vestido vermelho e se balançava freneticamente sobre os pés em cima da mesa. Ela parece uma pessoa divertida, já que os outros dois me assustam e um me irrita mortalmente.
- O que foi? Você não gostou de mim? – Ela se balança mais rápido.
- G-Gostei... É que estou chocada, pensei que você seria como o Marcel... Sabe? Séria e assustadora.
- Não, eu não sou. Quem é você? Por que conhece o Marcel?
- O que...? Eu já disse me chamo Lilith...
- Ah sim, veio aqui semana passada. – Ela dá de ombros.
- Como assim? Você é louca? – Digo mais irritada.
- Eu sou você não é? – Ela sorri. – O Gato disse que você é, porque ele é. Conhece o Gato?
- Isso não tem sentido! O Cheshire é louco porque ele é! Eu sou normal!
- Não é não! A minha casa só acolhe pessoas loucas, se você não for pode sair daqui! – Então ela cruza os braços e incha as bochechas.
Que reação mais infantil, e ela ainda não saiu da mesa. Escuto um clique e me viro no momento em que Marcel e Matthew cruzam a porta. Eles parecem mais chocados do que eu...
- O que essa peste está fazendo aqui?
- A Trindade reunida! – Ela grita se jogando de costas na poltrona.
- Senhorita Lilith não deveria estar aqui! – Matthew diz contendo o riso.
- Ela é minha amiga! Claro que pode estar aqui! – Ela diz virando a poltrona para trás, da mesma forma quando eu a encontrei.
- Não, não pode. Você realmente não tem juízo certa horas. Nós já temos muito do que fazer, não fique brincando feito idiota!
- Marcel! Ela é a chefe daqui! Mas mesmo assim...
- Sim eu sou a chefe e a Alice é minha presa, eu sei o que tenho que fazer e sei de minhas responsabilidades. – Ela diz sem se virar. – Os dois são meus braços, os outros meus órgãos, porém minhas pernas... Não estão aqui!
Ela se vira pousando os pés na mesa e rindo freneticamente. Realmente ela é louca, mas por um minuto eu vi alguém fazer o Marcel se calar, nunca vou esquecer isso. Olho para seu rosto e dou risada.
- Saía da sala e não retorne até...!
- NÃO! – Ué, não sai voando? – Meu baralho está incompleto! Minha rainha não pode ficar com minha oponente, devo ganhar sua confiança, devo contar a verdade...
O que ela está falando...? "Minha rainha"? Oponente seria a Alice?
- Chame meu dragão, chame meu gato. Chame meus loucos...
- Não podemos, há uma humana normal aqui e...
- Chame meus loucos! – Ela esbraveja.
- Yes, ma'am... – Eles dizem com uma breve reverência.
E então quatro portas surgem, devem ser as gárgulas! E os seis nonsense cruzam as portas prontamente, junto com um Cain assustado e um sorriso flutuante. Argh... Meredianna está aqui! Sinto algo me empurrar enquanto passa por mim. E vejo Marcel a abraçar carinhosamente. Essa cena é no mínimo bizarra...!
- Você é nulo... – Ela diz com a mesma voz sinistra daquele dia.
- Sim eu sou. – Ele diz afagando seus longos cabelos cacheados.
- Bem! Vamos à reunião! – A Fox grita animada. – Onde está o chá?
- Não estamos em um chá da tarde! – Marcel grita soltando a Meredianna. E ela está confusa como sempre.
- Little Lady, onde estamos? Aquela é a Fox? – Agh! Essa mão gelada!
- Agora o senhor fala comigo Lorde Cain? – Sussurro me desvencilhando. – Creio que o senhor pode deduzir o que está acontecendo! Ou, por acaso, o senhor é uma criança burra?
- Não ouse mais falar comigo, mocinha! – Ele finaliza desdenhoso.
- Bem, vamos às verdades, Lilith e Cain! Sentem-se, por favor.
- Claro. Senhorita. – Cain se adianta e se senta em sua frente.
Hesito, não quero saber a "verdade", e esse ar sério que ela tomou agora não me agrada em nada. Devo ouvir...? Mas se eu tentar sair daqui vão ter nove no meu pé... Aliás, onde está Rebecka e Escórpio?
- Não vai se sentar? – Ela indaga sorrindo.
Encaminho-me a passos oscilantes, minha respiração está irregular. Eu nunca senti tanto medo assim. Não... Eu já senti sim!
Quando vi a Doll pela primeira vez. Quando Jaken me assustou. Quando vi a Coelha Branca e o Valete lá embaixo. Quando Chevonne se machucou... Eu já passei por maus bocados nessa vida. E não vou parar agora!
- Estou aqui, não estou? – Executo uma mesura fingida e me sento.
E logo cruzo as pernas enquanto a encaro. Acho que ela gostou da reação, seu sorriso se alargou.
- Bem, milady 2. Meu nome é Fox, isso vocês já sabem? Mentira! Meu nome não é Fox! – Ela é louca. – Mas ele é segredo! A Wonderland não pode saber meu nome por isso...
- Fale logo o que tem para falar... – Digo secamente.
- Hn... Queria ser divertida. Lilith, 12 anos. Cain, 13 anos. Desde o momento em que você nasceu minha busca teve fim. Jaguadarte.
Ela estica sua mão e afaga o rosto de Cain, acho que esse gesto seria mais usado para agradar um gato, como se estivesse coçando abaixo de sua orelha. Se ele fosse um gato ronronaria...
- Meu nome não é... – Ela pousa um dedo em seus lábios.
- Sem interrupções. – Ele acena. – Meu dragão, tu não entendes nada, não é? Mas antes me diga... Onde está Abel...?
- A-Abel? Minha senhorita, eu não sou o Caim da bíblia...
- Eu sei, mas o Abel deveria saber... Sabe você matou ele... E...
- Milady. – Matthew engole em seco. – Sei que a senhora nos mandou contar a verdade para as crianças, mas...
- "Mas" o que? – Ela o encara, confusa.
- Digamos que eu tenha feito uma brincadeira. – Marcel sussurra.
- "Brincadeira"? Bem você foi divertido, mas... Caim você...
- Senhora! – Matthew a interrompe. – Eles não sabem de nada!
- Ah! Sim... – Ela encara os dois. – Idiotas.
- Lilith, Cain. – Encaro Marcel. – Não existe "ascensão dos demônios" foi tudo uma brincadeira minha, d... Desculpem-me.
- Como assim? – Cain toma as rédeas. – Você nos enganou e...
- Quietinho, eu lhe explicarei tudo. – Ela suspira. – Vocês já perceberam que nosso mundo é interligado com o país das Maravilhas, não? – Acenamos em concordância. – E bem, vocês já pararam para pensar... "Quem sou eu do outro lado?"
Sim, eu já parei para pensar nisso, queria dizer, mas sem interrupções. Aonde ela quer chegar, ela vai nos dizer quem nós somos lá? E nós lutaremos com nós mesmos...? Isso é estranho. Eu lutar comigo mesma, seria algo como um conflito interno, externo... Confuso.
- Pelo jeito sim. E digamos que lá tenha havido um conflito. Um conflito que durou eras. Por uma causa infundada. E louca. Uma rainha louca não soube lidar com o poder. Seus fiéis cachorrinhos a seguiam como se ela fosse Deus. Mas ela não era, ao contrário, ela era a Rainha dos Demônios. – Ela fez uma pausa e me encara.
Eu não estou entendendo nada! Dragão, rainha?! Que raios é isso? Essa é à hora em que eu acordo! Vamos lá! Acorda...
- Bem, vamos abordar de outra forma. O país das maravilhas é um reino, como qualquer outro. Nele quem reina é uma rainha! Assim como aqui, mas diferente da nossa Vitória, quem reinava lá era a Rainha de Copas. Vocês sabem quem é não é mesmo?
Assentimos juntos. Bem eu sei que aqui é um reino, e eu sei que lá existe. Mas mesmo assim quem é essa rainha?
- É a Rainha Vermelha, estou certo? – Cain indaga.
- Não. É a Rainha de Copas. E a Rainha de Copas é ela, meu caro Dragão. – Então ela aponta pra mim.
- Rainha de copas? Eu...? Não... Não... – Digo confusa.
- É sim! – Ela acena com convicção. – Você é a Rainha de Copas! E você é o Jaguadarte! – Ela aponta para Cain.
Ele é um dragão? Eu sou uma Rainha? Eu não estou entendendo... Eu estou confusa... Eu quero acordar desse terrível pesadelo!!!
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