31
Quando acordei, já estava de manhã e garoando. Passei minha mão pelo o outro lado da cama e não senti o corpo da minha irmã ao meu lado. Receio que ela já tenha saído para trabalhar.
Peguei meu celular para ver a hora e já se passava das dez da manhã.
Pude ouvir algumas vozes no andar de baixo. Não consegui indentificar todas.
Sentei na cama e olhei para a parede branca, esperando meu corpo acordar por completo. Enquanto isso, procurei minha cadeira por todo o quarto, encontrei ela do outro lado cama.
Não foi tão difícil eu me sentar nela. Eu não caí dessa vez, isso já é um bom avanço.
Após fazer toda a minha higiene matinal, eu troquei de roupa e fui até a escada. Não parei de pensar em como eu desceria sem cair.
— Você concorda com este plano? Já prendemos o Kai, falta a Rosé e o resto do bando — um homem alto e de cabelo roxo disse.
— Com isso que você nos falou, conseguimos armar este plano que, bem provavelmente dê certo — disse uma garota loira.
— Mas, mesmo assim, precisaremos ter cuidado. Não é seguro. A Rosé também não é burra — um homem alto e moreno disse.
— Ela é sim — Lisa disse.
— A Rosé?
— Sim. Ela mesma.
— Precisamos de um plano pra atrair ela. Chegar do nada e chamar ela pra um encontro, não vai funcionar.
— O Namjoon tem razão. Precisamos pensar em algo que não envolva a Jennie — a loira que estava sentada ao lado de Lisa, disse. Todos assentiram.
— Sábado à noite, certo? — Lisa perguntou e os outros três assentiram.
— Você terá que puxar papo com ela enquanto isso. Vc tem até sábado pra fazer amizade com ela de novo — a garota disse.
— Ok. Eu acompanho vocês até a porta.
Depois que todos se despediram, Lisa fechou a porta e escorou sua testa nela. Logo ela se virou lentamente para a escada, me vendo lá no topo, de braços cruzadas e a encarando.
— Que susto da porra, assombração! — ela colocou a mão em seu peito esquerdo e respirou ofegante.
— Assombração é seu pau, porra! O que você tá me escondendo, Lalisa? O que você tem pra fazer no sábado? — ela arregalou os olhos e me encarou. — Eu escutei toda a conversa de vocês.
— Não escutou, não. Se tivesse escutado, você saberia o que eu tenho pra fazer no sábado.
— Vai se foder e me ajuda a descer, porra!
— Você acordou de bom-humor hoje, hein — ela disse, subindo a escada, sem vontade de viver.
Ela me pegou no colo e me levou até a sala. Logo voltou para pegar a minha cadeira.
Eu não vejo a hora de ser independente dela. Meu Deus! Isso é tão chato.
Ficar dependendo de alguém para fazer tudo que eu fazia antigamente, irrita. Faz você se sentir com se fosse um incomodo na vida pessoa.
— Você quer esperar o almoço ou tomar o café da manhã? — ela perguntou, após deixar a minha cadeira ao meu lado.
— Vou esperar o almoço — disse e ela assentiu, me entregando o controle da tv.
A garota sumiu da minha vista quando entrou na cozinha. Não demorou muito para que ela aparecesse na sala com um copo de achocolatado e um pão.
— Coma! Seu bebê está com fome — ela me entregou os alimentos, fria e seca. Logo ela se jogou no sofá e suspirou pesadamente.
O que ela tem?
Coloquei em um canal aleatório na tv e comecei a comer meu pão enquanto via a garota mexer em seu celular.
O barulho indicando que ela tinha uma nova notificação, não parava de tocar e, isso já estava me deixando completamente irritada.
— Será que dá pra você deixar este celular no silencioso? O barulho tá me irritando.
Ela bufou e se levantou, indo em direção ao sofá da varanda. Observei cada movimento dela.
A Lisa não está bem.
Ela está me tratando diferente desde que nos vimos. Sem contar que tem alguma coisa que eu não sei sobre ela. Tenho a mínima impressão que isso tem aver comigo.
Depois que terminei de comer, sentei na minha cadeira e me direcionei até a varanda. Lisa estava deitada no sofá, com um braço na frente de seus olhos, o celular com a tela virada para baixo, estava entre seus peitos, e seu outro braço jogado ao lado do sofá.
O celular dela vibrou e logo a loira se apressou em checar para ver o que era. Ela bufou e entrou na conversa.
— Lili — ela me olhou —, você está bem? — ela assentiu e voltou a prestar atenção no celular.
O aparelho começou a tocar, indicando que alguém estava ligando. Lisa logo atendeu e disse:
— Alô.
Fiquei em silêncio, esperando até que ela dissesse o nome da pessoa que ligou. Enquanto isso, eu estava arranhando um pouco as minhas pernas, para controlar o tal sentimento que eu estava sentindo.
Será que ela cansou de mim?
Será que ela percebeu que eu não tenho mais solução?
Será que ela resolveu me abandonar e seguir sua vida como era antes.
— Como assim, Jimin? — num movimento rápido, a loira se sentou no sofá, com uma expressão preocupada e com o cenho franzido. — Eu tô indo aí agora — ela levantou às pressas, me deixando ainda mais preocupada. A garota parou na frente da porta — Não tem nada que eu possa fazer além de ficar em casa?! — ela perguntou num tom sarcástico. — A sua sorte é que eu tenho alguém que me prende aqui. Tô esperando vocês dois.
A pessoa que te prende aqui, sou eu, né, Lalisa Manoban?
Uma lágrima escorreu do meu olho, e, sem que eu percebesse, Lisa já estava agachada em minha frente, limpando a minha lágrima.
— Jennie!? — encarei ela nos olhos. — Tô te chamando a meia hora e você não responde. O que você tem? — ela levou suas mãos para as minhas bochechas.
— Nada.
— Você tá quietinha desde ontem. O que foi? Não gostou do beijo? Eu agi por impulso e te magoei? — ela colocou suas mãos nas minhas coxas.
— Não precisa ficar cuidando de mim, não quero te prender comigo — ela suspirou um pouco mais relaxada e se levantou.
— Você não está me prendendo aqui, Jennie. Eu só disse aquilo pro Jimin não achar que não vou porque tô com medo.
— O que aconteceu?
— Nada com que tenha que se preocupar.
— Para de esconder as coisas de mim, porra — falei um pouco alto e chorando. Lisa me encarou preocupada. — Eu não sou um bebê que precisa de ajuda até pra se limpar.
Lisa se aproximou de mim e me pegou no colo. Me surpreendi quando ela sentou no sofá, me arrumou de um jeito confortável para ambas, deixando cada perna minha de um lado de seu corpo, para assim, ela me dar um abraço apertado.
— Você é sim um bebê. É a minha bebê — ela disse baixo e com uma voz fina.
Aquilo alterou a química do meu cérebro.
— Lisa, me solta! Eu tô falando sério.
— Você é minha prioridade, lembra? Vou cuidar de você até a minha morte.
— Lalisa...
— Pare de me chamar assim. Pra você, meu nome é Lili — ela levantou a cabeça, escorou seu queixo um pouco abaixo dos meus seios, e me olhou com um beicinho em seus lábios.
— Para, Lalisa...
— Nini... Meu nome é Lili, não Lalisa — seus olhos lacrimejaram e eu comecei a sorrir.
Com o meu indicador, eu coloquei uma mexa de seu cabelo para trás de sua orelha, e encarei seus olhos. Comecei a massagear a região de suas bochechas com os meus polegares.
Não resisti e acabei apertando ambas as bochechas grossas e grandes da garota. Isso fez com ela ficasse brava, porém eu não liguei. Apertei novamente, fazendo com que seus lábios formassem um biquinho. Fiquei brincando com suas maçãs do rosto enquanto sorria para a garota, que se e encontrava bem irritada, porém me deixando continuar o que eu estava fazendo. Em meio esses movimentos, eu murchei meu sorriso e encarei seus lábios, com desejo. Não demorou muito para que eu desse um selinho demorado em sua boca que formava um bico por minha culpa.
Depois de cinco segundos, eu me afastei. Intercalei meu olhar de seus olhos para sua boca, logo voltando a deixar vários selares em seu rosto. Lisa me puxou para mais perto do que eu já estava, e colou nossos abdomens.
Em questão de segundos, minha concentração ficou toda em seus lábios macios e carnudos. Um selar que durou em média seis segundo, logo virando um beijo de língua e cheio de segundas intenções. Porém, não poderíamos fazer nada com isso, já que, segundo a ligação que Lisa fez, Jimin estava vindo para cá.
Lisa levou uma de suas mãos para a minha coxa e começou a apertar o local. Eu comecei a puxar levemente seus fios loiros. Não demorou para que, tanto nossas línguas, tanto nossas cabeças entrassem em uma perfeita sintonia, fazendo com que o calor fosse evidente entre ambas. Um choque atingiu meu corpo, me transformando na Ruby Jane, e não na Jennie Kim.
Separamos o beijo por falta de ar, portanto, Lisa começou a beijar meu pescoço, me deixando totalmente arrepiada.
Tentei empurrar ela enquanto dava leves fungadas e suspiros de excitação, porém ela não se afastou.
— Melhor pararmos. O Jimin está vindo, não é mesmo? Seus empregados estão aqui também.
— Foda-se eles — ela continuou beijando. — Eu quero ser sua, Ruby Jane — ela me encarou, ou melhor, encarou meus lábios.
Antes que ela pudesse ataca-los de uma forma selvagem, a campainha tocou, indicando que alguém tinha chegado.
Lisa bufou e me tirou do colo dela, me colocando no sofá e saindo em direção a entrada.
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