12
Lalisa Manoban, você é muito idiota!
Como você pôde perder suas chaves de novo, porra?
Agora estou procurando a porra da chave até na casinha dos meus gatos. Já me enfiei debaixo da minha cama e procurei no meio do meu sofá, mas não achei.
Eu já estou atrasada para o trabalho.
— Cadê você, chavinha? — deitei no chão para procurar debaixo do fogão. — Apareça, meu amor! — choraminguei.
— Lisa, que barulheira é essa? — Rosé apareceu na cozinha e eu tomei um susto.
— Tá fazendo o que aqui?
— Eu dormi aqui — franzi o cenho tentando me lembrar o momento exato em que Rosé entrou aqui. — Você disse que sempre que eu precisasse, eu poderia dormir aqui.
— Sim. Eu disse. Mas eu disse quando ainda éramos amigas. Agora, nós somos apenas conhecidas — passei por ela e trombei em seu ombro de propósito. Ouvi ela bufar e me seguir.
— Lisa, você vai mesmo ficar do lado de alguém que você nem conhece direito?
— Sim. A Jennie é mil vezes melhor do que você, Roseanne — peguei minha bolsa, pronta para pedir um Uber.
— Mas você é a minha única amiga, Lali...
— Pensasse nisso antes de fazer o que fez — me preparei para abrir a porta, mas ela puxou meu braço. — Olha, eu sei que você tem problemas com a sua família e tals, mas você não tem mais uma amiga pra te consolar, Roseanne. Saía da minha casa e não volte mais.
— Mas...
— Eu sei muito bem que você faz bullying com a Jennie pra fazer ela se sentir mal, só porque VOCÊ tá mal — olhei para um vaso de planta grande que tem ao lado da porta e achei minha chave. — Como você foi parar aí?
— Lali...
— É Lalisa Manoban pra você, Park Chaeyoung — disse e abri a porta, dando passagem para ela sair. A mesma me obedeceu e saiu da minha casa.
Fechei a porta e fui até meu carro. Eu já estava muito atrasada, então não demorei muito para ligar o veículo e ir em direção ao meu serviço.
Parei em um sinal vermelho novamente.
Quantos sinais vermelhos tem nessa porra?
Parece que eles sabem que eu estou atrasada e só colocam a porra do sinal vermelho.
— Jennie Ruby Jane Kim — deixei escapar uma risada sem querer. Quando percebi, eu estava sorrindo. — Nome bonito. Só não é mais bonito que a dona.
***
— Atrasada de novo, Manoban — Jimin disse enquanto me seguia.
— Eu sei. Ouve um imprevisto — entrei no meu escritório, sendo acompanhada pelo o loiro.
— Deixa eu adivinhar — ele se sentou na cadeira. — Perdeu as chaves?
— Exato — me aconcheguei em minha cadeira e conferi o que tinha para resolver.
— Sua sorte é que você não tem nenhuma reunião hoje. Só tem que assinar alguns papéis. Ah, o Kim Jongin ligou e perguntou se você tinha assinado o contrato. Que contrato?
— Ahhh — suspirei pesadamente e cocei o topo da minha cabeça. — Eu esqueci desse bendito contrato.
— Sobre o que é?
— Tó — entreguei o papel para ele ler.
Enquanto o garoto lia, coloquei meu óculos e fui dar uma olhada em outros contratos e cartas de demissões.
— Lisa! — Jungkook entrou correndo no meu escritório. — Eu sei que aqui você é minha chefe e eu não posso entrar assim na sua sala — ele deu uma pausa para respirar —, mas a Jennie tá no hospital e eu preciso ir ver ela.
Desviei o olhar dos papéis para ele e o garoto estava pálido. Tirei meu óculos e me levantei, indo até ele.
— Senta aí, Jungkook — obriguei ele a se sentar, pois o mesmo estava pálido e iria desmaiar a qualquer momento.
— Obrigado, amor! — ele agradeceu Jimin após o loiro trazer um copo d'água para o mesmo.
— Tá mais calmo? — me sentei ao lado dele. O garoto assentiu. — Agora me conta. O que houve com a Jennie?
— Eu não sei. A jisoo só me ligou dizendo que ela tinha sido atropelada e tá passando por uma cirurgia de emergência.
— Como? Isso não é brincadeira, né?
— Não. Algumas câmeras flagraram ela se jogando em frente a um carro em alta velocidade.
— Vocês podem ir no hospital ver ela. Eu cuido de tudo por aqui — Jimin disse.
— Certeza?
— Sim. Vão logo!
— Vamos no meu carro, Kookie. Você não está em condição de dirigir.
***
Chegamos no hospital e encontramos Minnie e Miyeon lá fora, tomando um ar.
— Oi, meninas! Como Jennie está? — Jungkook perguntou enquanto abraçava elas.
Fiquei parada ao lado do moreno enquanto ele conversava com as duas. Coloquei minhas mãos no bolso de trás para tentar aquece-las, pois estava bem frio naquela manhã.
— Não podemos vê-la. Ela ainda está em cirurgia — Miyeon disse.
— A Jisoo está lá dentro esperando por notícias. Ela não come nada desde que acordou. Deve estar com fome.
— Eu vou ir comprar alguma coisa pra ela. Preciso esvaziar a mente — Jungkook disse, pegando a carteira para retirar o dinheiro.
— Kookie — Miyeon o chamou —, você não vai voltar a fumar, né?
— Uma vez não mata ninguém, Mi — ele deu um rápido sorriso singelo e a garota o encarou preocupada. — Só agora, por favor. Vocês sabem que esse o meu jeito de lidar com perdas.
As garotas assentiram e ele saiu.
Como assim perdas?
— Perdas?
— Ele não te disse que a cirurgia da Jennie é de alto risco? — Minnie perguntou.
— Não. Ele não me disse. Por que ela tentou se matar? Vocês sabem o motivo?
— Infelizmente...
— No ensino médio, a Jennie tentou se matar várias. Em uma dessas vezes, ela foi parar no hospital, pois ela tinha se esfaqueado — disse Minnie.
— Por isso que ela tem uma cicatriz em sua barriga. Você viu ontem, não viu?
— Não vi. Eu não prestei atenção no corpo dela.
— Por quê?
— Fiquei com medo de que ela se sentisse desconfortável ou me achasse tarada — elas se entre-olharam.
— A Jennie nunca conheceu alguém que gostasse dela pelo o que ela é, e não pelo o corpo.
— Como não? A Jennie é maravilhosa. Por mais que ela me trate igual a um pedaço de bosta, ela ainda é legal — fiz elas rirem e acabei com o clima pesado.
— Só você pra fazer a gente rir num momento desses — disse Miyeon.
— De qualquer forma, eu preciso que vocês me respondam: já sabem quem era o motorista?
— Pelas as imagens, deu pra ver um cara moreno no volante e uma loira — Miyeon me respondeu, meio triste, pois não queria acreditar no óbvio.
— E se for a Rosé? — disse e elas me olharam.
— Lisa, isso é uma acusação muito grave — Miyeon disse e eu cruzei meus braços.
— Não é. A placa do carro apareceu nas câmeras — um policial chegou em nós e disse. — Já identificamos a responsável. O carro está registrado no nome de Park Chaeyoung.
Ele é meu vizinho. Seu nome é Namjoon. O mesmo conhece a Rosé também.
— A Rosé não dirije — afirmei.
— Então teremos que descobrir de quem é aquele carro. Por que se ela não dirije, não é possível que ela tenha um carro só pra ficar de enfeite — disse Minnie.
— Ela pode ter um motorista — Miyeon deu de ombros enquanto falava.
— Acho meio difícil — disse.
— Por quê? — ambas perguntaram.
— A Rosé é pobre — Namjoon disse.
— Se ela é pobre, como ela pagou a escola? — Minnie franziu o cenho.
— Aí é que tá. Ela já foi pra delegacia, pois ela vendia drogas com 16 anos.
— Opa!? Isso eu não sabia. Ela parou, né? — perguntei.
— Até onde eu sei, sim. Ela parou. Mas não dúvido nada que tenha a possibilidade de ela vender escondida.
Todas nós estávamos chocadas com essa informação.
Como assim a Rosé era traficante? Eu pensei que...
As aparências enganam, Lalisa...
— Eu já vou indo. Tchau pra vocês — Namjoon foi embora.
— Então isso quer dizer que a razão pela qual a Jennie tentou se matar, tem aver com a Rosé?
— Bem provavelmente que sim, Mi.
— Eu vou matar a Rosé — a raiva dominou meu corpo e eu não tive controle do meu tom de voz.
As meninas ficaram com um pouco de medo, pois nunca tinham me visto assim.
— Calma, Lali. A Jennie vai ficar bem.
— Eu queria saber o por que você está tão brava assim. Lisa, a Jennie não tem nada com você, lembra?
Agora eu estou com vontade de matar a Minnie que me lembrou disso.
— Eu sei. Mas a Jennie não merece passar por isso. Ela já sofre demais, até onde eu sei. A Rosé deveria estar no lugar dela. Ela deveria. Aquela loira falsificada vai se ver comigo.
— E o que você vai fazer? Matar ela?
— Eu não sei. Vocês sabem que eu não tenho coragem de fazer isso. Mas... Tem uma pessoa que eu conheço que tem.
Elas me encararam com medo. Por mais que quisessem aquilo, elas sabiam que se eu mandasse matar a Rosé, eu iria me foder.
Estou nem aí para isso.
Enquanto ela estiver viva, não irá deixar Jennie em paz.
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