Capítulo Um

Tribunal de Justiça

Elizabeth Cooper

Não acredito que isso está acontecendo, estou sendo julgada por um crime que nunca cometi, e aparentemente, o meu advogado já não tem mais cartas na manga, nada que possa me livrar de ir para prisão.

Fui tirada de meus pensamentos quando o juiz começou a falar.

- A ré, Elizabeth Cooper, acusada de roubar um pendrive com informações importantes e por matar seus pais, Hall Cooper e Alice Cooper, o júri chegou à um veredito?

Uma mulher do júri se levanta com um papel em mãos, provavelmente o meu veredito e o resto da minha vida estão ali.

- Sim, o júri chegou à um veredito, mediante as provas apresentadas, a ré, Elizabeth Cooper, foi considerada culpada.

Culpada.

Não, não pode ser, eu não matei eles.

Me virei para trás para olhar a minha tia Penélope, ela estava com a cabeça abaixada, enquanto soluçava.

- Ela terá que cumprir 30 anos de pena, por assassinato e roubo, sem direito à condicional- A mulher disse, dando a minha pena.

Me levantei da cadeira e comecei a gritar:

- NÃO, ISSO NÃO PODE ACONTECER, ARMARAM PRA MIM, EU NUNCA MATARIA MEUS PAIS, EU OS AMO, ISSO, ISSO NÃO PODE ACONTECER- Minha tia se levantou e me deu um abraço apertado, dizendo que ia ficar tudo bem.

- Caso encerrado- O juiz disse e todos da sala se levantaram, para irem para suas casas.

Um guarda se aproximou de mim e me algemou, me levando por uma porta contrária à que todos iam. Olhei para minha tia uma última vez e pude ouvi-la gritar.

- EU VOU TE TIRAR DE LÁ ELIZABETH, EU PROMETO- E, como todos, ela se foi também.

Presídio Feminino, Estados Unidos 13:15

Eu olhava as paredes de concreto, enquanto ia andando pelos corredores do Presídio. Eu já tinha me trocado e colocado o uniforme, igual a todas as outras que estavam aqui.

- Anda logo Cooper- A carcereira me deu um puxão nas algemas, o que fez, machucar ainda mais os meus pulsos, já que, as algemas estavam muito apertadas.

Ela continuou me fazendo andar até chegarmos a uma porta, provavelmente a do Diretor. Ela bateu na porta e ouvimos um "entre" ríspido.

- A Cooper está aqui, Diretor Jones- falou enquanto retirava as minhas algemas e me empurrava porta à dentro.

Continuei fitando meus pés, até que...

- Hmmm, Cooper, tão novinha e com uma ficha tão grande- Levantei minha cabeça e observei o Diretor Jones, enquanto ele tinha uns papéis em mãos, provavelmente a minha ficha "criminal".

Ele é o homem mais bonito que já vi, mesmo com esse jeito ríspido e estressado dele falar com as pessoas.

- Acusada de matar os pais... porque matou eles?- Perguntou me fazendo ficar vermelha de raiva.

- Eu não matei os meus pais- Falei enquanto me levantava da cadeira em que eu tinha sentado.

Ele deu uma risada sarcástica como quem diz "eu sei o que você fez, não tente mentir"

- Anda logo Cooper, me fala, por que matou seus pais? Hein? Foi pela herança? É Isso?- Disse me encarando, com aquelas esferas verdes, tão profundamente, como se quisesse arrancar a verdade de mim, e nem precisaria, eu estava contando a verdade desde que me prenderam.

- Não, eu sou inocente- Falei, porque queria que pelo menos, mais alguém acreditasse em mim, mesmo que fosse o Diretor.

- É o que todas dizem, "eu sou inocente", "eu não fiz isso" e outras merdas, mas eu sei que você uma mimadinha que queria mais dinheiro- Foi falando enquanto se aproximava de mim, quando já estávamos cara a cara, ele continuou dizendo.

- Não minta para mim Cooper, isso só vai piorar para você, confesse que você matou eles por herança- Sem pensar, levantei a minha mão para bate-lo, mas, antes que a minha mão chegasse ao seu rosto, ele segurou meu pulso e me empurrou fortemente até minhas costas baterem na parede e com a outra mao, segurou meu outro pulso.

- Você tá doida? Se você encostar em mim, você tá fudida Cooper, você tá na minha área agora, é melhor seguir as minhas regras- Disse quase gritando no meu rosto.

- Eu estou falando a verdade Diretor, eu não matei os meus pais- Olhei nos olhos dele, procurando, sei lá o que, talvez fosse um pouco de compaixão, que, com certeza ele não tinha.

- Quem te deu o direito de me chamar de Diretor?- Me perguntou rapidamente.

- Hein porra?- Praticamente rosnou enquanto falava isso.

- Ninguém- disse sussurrando e segurando as lágrimas que queriam em cair.

- Para você é Senhor Jones, tá me ouvindo?- Perguntou.

- Sim- ele apertou mais os meus pulsos mais ainda e choraminguei para ele soltar.

- Sim o que?- Perguntou novamente.

- Sim Senhor Jones.- Finalmente ele soltou os meus pulsos e chamou a carcereira novamente.

- Seja bem vinda o meu presídio Cooper- Disse enquanto a carcereira colocava as algemas apertadas novamente nos meus pulsos e me levava novamente aos corredores.

Passamos por vários lugares até chegarmos no bloco em que eu ficaria, o bloco dois. Ouvia vários comentários sobre meu corpo enquanto passava por entre as celas.

- Vem cá para mim te dar um trato garota- Uma detenta grita enquanto eu passava na frente de sua cela.

- Carne nova no pedaço, e que carne- Outra detenta grita.

Finalmente paramos em frente à uma cela.

- Abra a cela doze- A carcereira disse para ninguém em específico e a cela se abriu, revelando uma garota de cabelos pretos e curtos.

A guarda tirou as algemas e eu, imediatamente, comecei a massagea-los.

- Essa vai ser sua cela a partir de agora Cooper, vamos às regras, assim que soar o sinal você se levanta, arruma sua cama e escova os dentes, caso não faça isso em cinco minutos, você será punida, refeição três vezes por dia, vocês vão para o pátio às duas horas, mas isso é opcional, banho todos os dias às três hora, nada de brigas, motins, vendas de drogas, nem o uso delas, nem armas, ao descumprimento dessas regras, você será punida, indo para solitária, o tempo que você irá ficar lá, nós decidimos- Disse, logo em seguida, me entregando uma "caixa" com lençóis novos e limpos e com uma necessaire com produtos de higiene pessoal.

- Entendeu tudo Cooper?- Perguntou me olhando, enquanto eu entrava na cela e colocava a "caixa" em cima da cama.

- Sim, hããã, e as visitas e ligações?- Perguntei enquanto ela mandava fechar a cela.

- As visitas são depois de sessenta dias e ligações você tem que pedir ao Diretor Jones, e as visitas íntimas também- Finalizou, me fazendo corar.

- E.Eu não vou precisar de visitas íntimas- Disse para a carcereira que arqueou uma sobrancelha.

- Você tem trabalho e com isso, ganha dinheiro, e com esse dinheiro você poderá comprar na lojinha que temos aqui no Presídio- Disse e se afastou.

Me sentei na cama de baixo da beliche que tinha na cela, soltei um suspiro e me levantei, começando a arrumar a minha cama, e logo em seguida me deitei, e novamente as lágrimas vieram dessa vez, eu as deixei cair.

《 Notas Finais 》

1 capitulo para vcs aaaaaaa.

Estou tão animada para essa história e antes q vcs surtem, eu não vou abandonar PD.

O q acharam do 1 capitulo??

Estou com muitas esperanças para essa história.

Amo vcs❤

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