CAPÍTULO 9: O sonho que me atormenta.

Olá olá, voltei antes que vocês podessem sentir falta.

Eu disse que iria postar apenas quando os capítulos bater 100 views, mas aí tava demorando demais e eu sou doente, então não consegui esperar desculpa.

Aqui o capítulo novinha pra vocês, comentem muito por favor e Desculpe qualquer erro.

Até o próximo e boa leitura.

📖☕🗼

Estava chovendo, eu estava de olhos fechados enquanto sentia as gotinhas que atravessaram o telhado descansarem no meu rosto causando uma sensação boa, observei ao meu lado na minha rede e a kitnet úmida estava escura e quase vazia, meu irmão não estava em casa como costumava fazendo ultimamente.

Quase sempre chegava ao amanhecer e me deixava sozinho mas ao menos voltava com pão e leite para saciar a nossa fome, coisa que estava virando costume; sentir fome.

Eu nunca entendia como meu hyung conseguia voltar com dinheiro depois de sair e desconfiava do que ele estava fazendo por aí, tinha medo em descobrir em que ele estava de metendo, mesmo que o dinheiro não fosse pouco mais que trezentos reais bastava para pelo menos comermos um arros com algas secas e desde então aprendi a agradecer pelo pouco que tinha na mesa e não reclamar por nada.

Sabia que aquela mixaria exigia esforços do meu irmão, porque ele sempre voltava cansado e com hematomas que tentava me esconder mas eu percebia o quão ruim ele dormia pelas dores e os resmungos durante a madrugada.

Embora pequeno e mesmo sem entender o motivo, procurava deixa-lo confortável em arrumar a casa antes da sua volta ou fazer um almoço com o resto que sobrava na cozinha, eu sempre conseguia arraca-lo um sorriso orgulhoso e sentia orgulho de mim mesmo por fazer meu irmão sorrir testa forma.

Ouvi a porta abrir lentamente e meu irmão adentrou resmungando de dor como sempre, segurando a lateral do rosto que eu não conseguia ver no escuro mas que mesmo assim o volume era auto demais para ser ignorado.

Levantei quase que imediatamente, arfando quando abri as luzes e lá estava meu hyung com o rosto destruído, sangue pela roupa e mesmo assim oque doeu mais foi as lágrimas grossas nós seus olhos.

Não demorou para sentir que também estava chorando mesmo não sabendo o motivo, eu estava com medo e cansado de ver meu irmão sempre assim e com algumas notas baixas entre os dedos, era humilhante e doloroso. Uma sensação de impotência estava sempre me fazendo companhia porque eu era novo demais para arrumar um trabalho e inocente demais para poder lidar com as malícias do mundo.

Me doía demais vê-lo assim e não poder fazer absolutamente nada além de ajudá-lo com os machucados e chorar em silêncio nos seus braços sabendo que meu irmão também estava chorando.

- Hyung. - choraminguei abraçando seu quadril deitando a cabeça na sua barriga devido a altura e ele apenas contornou os braços ao redor do meu corpo pequeno me pegando no colo.

- Está tudo bem Goo, não sinta medo. - ele murmurou fazendo força para a voz parecer menos quebrada, e não serviu de muita coisa.

- Onde você estava? Quem fez isso com você? - perguntei tentando analisar o ferimento e constantemente ele tentava impedir, como se doesse menos se eu não estivesse olhando.

- Eu só... Sofri um acidente Goo, está tudo bem.

- Mentira! Você sempre mente! - ralhei forte, sentindo o cheiro adrenalina no lobo do meu irmão que estava amuado e igualmente cansado, não tinha como ser uma acidente.

- Olha Goo, as vezes... As vezes coisas precisam ser feitas, para proteger quem amamos. - ele sussurrou me olhando nos olhos. - Você esta bem e alimentado, isso é oque importa.

- Não hyung, googue não tá bem, o hyung não tá bem e o googue também não. - só então notei meu choro forte e meu irmão contendo o choro mordendo o lábios com força.

E eu sabia que me ver assim doía nele e talvez isso fosse uma tática para chamar atenção e faze-lo desistir de sair todos os dias, mesmo que isso custasse o nosso alimento porque não me importava, se meu hyung não estivesse bem, eu não me importava em passar fome.

- Promete que não vai mais hyung, promete pro goo que vai ficar. - chorei enterrando meu rosto na curva no seu pescoço sentindo-o tremer, chorando comigo.

- Mas goo-

- A gente da um jeitinho hyung, vamos dar um jeito, só não vai mais, fica comigo. - o ouvi fungar mas concordar com a cabeça depois de um longo tempo, me afastando dele e limpando as próprias lágrimas.

- Só se você prometer ler pra mim. - e então sorriu largamente mostrando o sorriso que era idêntico ao meu, até os dentes de coelho e tudo e foi o suficiente para fazer eu sorrir também, porque se tinha algo que eu amava mais que meu hyung era ler.

- Eu prometo, ainda não li aquele que você me deu, eu leio pra você hyung. - e ele sorriu.

Para manhã seguinte sair novamente e nunca mais voltar como havia prometido e assim meu sonho se dissolveu nas minhas lembranças mais dolorosas, com um garotinho de pouca idade, debaixo de um teto de uma kitnet escura e úmida, enrolado com um edredom surrado e com um livrinho infantil nas mãos esperando por alguém que nunca mais veio.

Acordei num sobressalto enquanto tinha o meu peito suado e os olhos banhados em lágrimas, eram muitas raras as vezes que sonhava com o meu passado e com as poucas lembranças que eu possuía daquela época, porque sempre que vinha a acontecer eu as evitava e empurrava para as profundezas do esquecimento da minha mente, simplesmente por sempre quando lembrava eu não conseguia parar de chorar, simplesmente não conseguia.

Deitei meu rosto contra o travesseiro esperando que o ato de engolir fosse realmente possível para a vontade de desabar ir embora e eu nem tinha como explicar porque estar sonhando com o meu irmão depois de evitar tanto o luto.

E mesmo com o coração dolorido e uma pressão estranha nós dedos resolvi levantar notando que ainda faltavam minutos antes do sol nascer.

Oque me dava um certo tempo para me recuperar e esquecer do que minha cabeça insistia em lembrar depois de ter passado quase a noite intera preso em uma aura doce e contagiante com o ômega, era para ser o contrário do que estava sentindo agora, apenas boas sensações, apenas isso, já estava de pé diante o espelho, com rosto enrubescido e as mãos trêmulas respirando profundamente.

Hoje seria as minhas primeiras tentativas de cortejo em relação ao ômega e eu não sabia se estava nervoso por isso ou por ser também a minha primeira vez contejando um ômega desta forma e embora confessasse estar feliz com o conjunto enlouquecido e aquecido de emoções também sentia medo.

E talvez fosse por esse motivo que meu irmão veio entrar nos meus sonhos, justamente quando estava sentindo medo e sentindo também que aquilo era uma coisa errada, me envolver com Taehyung quando entrei aqui com outras intenções.

Não sabia definitivamente como seria daqui pra frente e como as coisas continuariam, não tinha coragem de contar para Taehyung e muito menos coragem de enfrentar Hyumbim e com esses pensamentos senti vergonha de quem eu estava vendo no espelho, teria cedo ou tarde de escolher um dos lados mesmo sabendo que não seria assim tão fácil apenas escolher.

Um me levava a vida e outro me levava a morte e se eu escolhesse a vida a colocaria em risco e a morte seria uma saída sem fim.

Eu estava levando uma boa vida durante esses meses e o desejo ardente de desistir da farsa e ciclo de Hyumbim só alimentava todos os dias a insana vontade de gritar e dizer que estava fora, agora eu tinha um trabalho descente, uma vida descente, comida descente e principalmente uma estante de livros para ler.

Ah... Livros. A única coisa no mundo que me fazia feliz.

Lembro de quando era menor e minha única preocupação era apenas contar quantos livros tinha na minha prateleira, meu irmão se esforçava para compra-los e mesmo que o montinho fosse pequeno eu era extremamente apegado, tanto aos livros quanto a leitura, querendo ou não era uma das vagas coisas que me deixavam o mais próximo possível dele e das lembranças que eu insistia em deixar para trás como se nunca ouvesse acontecido, mas que estavam lá e eu queria ficar por perto de alguma forma.

Pensar dessa maneira me deixava triste e era também por esse motivo que fazia o possível para empurrar para o mais fundo dos meus pensamentos e esquecer um dia tive um passado desgraçado, porque era horrível pensar como meu hyung havia morrido de forma precoce e repentina, até hoje não tinha provas ou motivos, simplesmente tinha acontecido e sequer tiveram o trabalho de dizer os detalhes.

Suspirei retirando o blazer e trocando por um cinza, sem gravata e os cabelos bagunçados, quis rir por pensar que eu estava me arrumando por causa do chato do Taehyung.

Quando desci as escadas o pai do ômega, Jaehun estava sentado em uma das poltronas lendo um livro e suspirei tentando não fazer muita barulho ou chamar atenção do alfa, oque foi totalmente em vão por no segundo seguinte sem ao menos me olhar ele estava chamando meu nome.

E mesmo não querendo encara-lo virei lentamente observando as vestes dele, simples mas bonito, uma blusa de mangas compridas e umas calça frouxa.

- Jeongguk não é?

- S-sim. - respondi, engolindo saliva por errar. - Sim, sou eu.

- hum. - ele fechou o livro calmamente dirigindo o olhar fulminante para mim logo então.

Meu peito afundou e eu quis simplesmente sair correndo dali, Jaehun me observava como se soubesse de todos os meus pecados e mentiras, como se copiasse os meus movimentos para usá-los contra mim depois.

- Soube que minha ômega havia contratado um guarda pra cuidar do meu filho mais novo. - concordei sem olha-lo. - Eu sinceramente achava uma péssima idéia conhecendo o filho que tenho, mas você está durando.

Quando levantei o olhar ele estava me observando intrigado como se perguntasse oque eu tinha de especial para ter ficado.

- É... Obrigado.

- Eu que agradeço, meu filho parece diferente, feliz. Faz muito tempo que não o vejo assim. - foi então que sorri mesmo sem perceber, com orgulho do ômega e de mim.

- Não há de quê.

E virei aliviado para ir embora, mas ele falou baixo sabendo muito bem que minha audição de lobo capitaria cada palavra com nitidez.

- Mesmo assim estarei de olho em você.

Pisquei sem coragem de olhar para trás e ser morto só com o olhar, então simplesmente caminhei como se nada ouvesse acontecido com a porra do coração na mão.

...

- Oque aconteceu? Você tá pálido. - era Taehyung ao meu lado, comendo um potão enorme de chocolate enquanto estávamos sentado ao lado do chafariz da mansão, vendo os pássaros felizes nas árvores.

- Encontrei seu pai. - foi o bastante para ele cair na gargalhada, mostrando os dentes pretos de chocolate e exageradamente com a boca aberta.

Observei a cena com testa franzida me perguntando que diabos eu estava me apaixonando por aquele menino.

- Fecha a boca, que nojo, consigo ver seu estômago. - Taehyung abriu a boca ainda mais mastigando o chocolate de um jeito nojento. - Taehyung!

- Deixa de ser besta, toma aqui um pouquinho. - direcionou a colher para mim, mas não abri a boca e só o olhei com cara de paisagem até ele ficar irritado e sujar minha cara toda com chocolate.

- Porque você fez isso!?

- Eu achei que você já soubesse que eu tenho uma paciência bem pequena. - voltou a comer como se não fosse nada demais.

- E agora? Como eu vou me limpar?

- Limpa com a água do chafariz. - deu de ombros enquanto lambia a colher.

- Você é impossível. - levantei com raiva, direcionando-a toda na lavagem do meu rosto.

Mas tive uma ideia que me instigou tanto a faze-la que não resisti, formei a mão em concha e um juntei água até forma uma poça nas minhas mãos tropecei falsamente e... Sem querer? Deixei cair tudo em Taehyung.

Ele por baixo me olhou com a boca aberta e os braços erguidos deixando a água cair livremente, fiz um o com a boca e pus a mão na frente do rosto fingido choque.

- Meu deus. - falei. - Como você se molhou?

E foi aí que deu merda, Taehyung era alguém costumeiramente irritado e ficava ainda mais quando alguém passava dos limites com ele e eu percebi no segundo que estava sendo jogado de cara na fonte que sim, eu havia passado dos limites que ele considerava.

Me debati feito um peixe ouvindo Taehyung rir como se estivesse presenciado um show de stand-up bem na frente dele, fiquei com raiva como qualquer ser humano, agarrei seu braço enquanto ele estava distraído e simplesmente o trouxe comigo para a água do chafariz sorrindo de lado quando ele emergiu e me olhou com tanta indignação que se fosse possível eu estava desintegrando no ar.

Taehyung me lançou aquele olhar do começo, com um sorriso sádico como se estivesse me imaginando em uma fogueira queimando e era nesses momentos que eu tinha medo dele.

- Você não fez isso! - ele disse.

- Você começou! - respondi afastando sempre que ele chegava perto com os braços perto do corpo pronto para fugir se ele quisesse me afogar ali.

E ele pulou em mim justamente com esse intuito, caído sobre mim feito um bagre ensaboado e eu tentando sobreviver a base dos gritos.

- Eu vou matar você.

- Taehyung, lembra que você disse que queria me beijar? - tentei me defender e ele riu.

- Consigo sobreviver sem.

- Eu tô fodido. - murmurei só para olhar para trás e ver Taehyung gargalhando outra vez.

Confuso o observei.

- Você nem parece um alfa Guk-ah. - ele disse deitando na água mesmo e olhando para o céu.

- Porque? Um alfa não pode sentir medo? - perguntei arisco lhe dirigindo um olhar de reprovação e ele apenas sorriu negando.

- Claro que pode. É que é fofo, você parece um Conejito mesmo.

Desconfiado me aproximei constatando se não era uma armadilha, e quando percebi que não deitei ao seu lado antes de juntar o pode de chocolate caído no chão e o entregando, Taehyung só voltou a lamber e lambuzar o rosto como se não estivesse tentando me matar segundos antes.

Ele era um omega difícil, devo ressaltar.

Olhei o céu debaixo da sombra do anjo, naquele ângulo era só a bundinha dele nós fazendo uma sombrinha.

O azul prevalecia e era um dia raro que o sol estava forte e confesso sentir uma sensação de paz avassaladora deitar no meu peito tão gostosa que fechei os olhos sentindo Taehyung remexendo e deitando a cabeça molhada sobre meu peito.

Eu queria chorar, porque nunca achei que sentiria algo tão puro quanto, queria viver isso para sempre esse podesse eu ficaria deitado nessa fonte com Taehyung até morrer.

Abracei o ômega com amor, fazendo carinho em seu braço ouvindo-o suspirar.

Definitivamente, ficaria ali para sempre.

- Oque você falou com o meu pai? - ele perguntou depois de um tempo, me atrevi a beijar seu testa feliz quando ele sorriu de olhos fechados.

- Ele só disse que estava surpreso por eu estava durando nessa cargo. - respondi. - Parece que vieram muitos antes de mim e só eu estou até agora.

Taehyung riu, tremendo os ombros e lambendo o chocolate lentamente.

- Eu estou tão surpreso quanto. - ele disse erguendo o rosto e me olhando por baixo, os grandes os olhos azuis arregalados de uma maneira adorável e o cabelo molhado só o deixava ainda mais lindo, ofeguei. - Não é todo mundo que tem essa sorte.

- Agradeço a sorte então. - beijei seu nariz tendo seus olhos risonhos em mim.

Senti vontade de beija-lo e foi oque fiz segundos depois, desfrutando do gosto do chocolate nós seus lábios e a maciez deles contra os meus, estante em estante eu ofegava contente me sentindo tão satisfeito que era assustador.

Nós separamos e eu olhei Taehyung, sorrindo.

- Quer almoçar comigo hoje? - perguntei.

- É um encontro?

- Se quiser chamar assim.

...

Peguei Taehyung ao meio dia, ele estava arrumado elegantemente como sempre, o tempo havia tornado a vir frio e por isso as roupas de Taehyung eram largas, grossas e confortáveis tais como uma calça marrom e uma blusa um pouco mais clara com uma social por baixo e por cima de tudo um sobretudo marrom clarinho, mas tão lindo que me deixava sem ar, enquanto eu usava apenas um sobretudo preto e o terno do trabalho.

- Onde vamos? - ele se mostra curioso depois que entramos no carro e sorriu atraindo sua atenção.

- Disse que o levaria para almoçar, estou te levando pra almoçar. - desvio o caminho das rotas de restaurantes caros, indo para a região menos nobre de Seul.

Taehyung observa o caminho atordoado surpreso com as casinhas mais simples e menos luxuosas, pelo mano não tanto quanto ele era acostumado.

- Mas... Nesse lugar? - reviro os olhos brevemente ingnado com a sua reação, realmente cogitando a ideia de voltar.

Pretendia mostrar a Taehyung uma parte pequena do meu mundo, o sonho que tive com meu hyung me serviu para mergulhar em lembranças durante a minha infância e embora a maioria dela tenha sido em memórias ruins e más situações, ainda havia os momentos que passei por aqui, brincando com os meus colegas e comendo os preparativos do dono de um pequeno restaurante chinês, não era um restaurante muito famoso, mas na região todo o conhecia e o favoritava porque de fato era bom, mesmo sendo chinês Dyun não se limitava em apenas pratos da sua cidade até mesmo os pratos coreanos eram deliciosos, mas era muito conhecido por ali como um, senhor Dyun fazia um ótimo café também além de pratos apetitosos.

Dyun também foi o senhor que nos livrou das muitas vezes que passamos fome, as vezes o dinheiro não era o bastante e mesmo assim ele aceitava qualquer quantia por dois pratos grandes e cheio de comida.

- E porque não? - questionei amedrontado.

- Bom é que eu pensei que iríamos em um restaurante. - revirei os olhos já avistando o local.

- Restaurante? Puff... Você nunca saiu da classe alta né? Tá sempre acostumado com coisa de rico.

- Bem, sim? - revirei os olhos mais uma vez estacionando perto da venda, com uma estranha sensação no peito.

Era um djavu que doía.

No entanto respirei o ar do local, sempre muito bem cuidado limpo e cheiroso, virando para Taehyung que não esperou que eu lhe abrisse a porta, ele estava curioso com a decoração e certamente não era nada que ele estivesse acostumado mas me senti aliviado quando ele mostrou o seu mais sincero sorriso quadrado, maravilhado com as cores e a alegria que emanava de lá.

- Venha Taehyung, você está prestes a provar o melhor almoço que você já teve.

Entramos no estabelecimento e o som do sino na porta fez com que um dos funcionários nós notasse direcionando prontamente os dois para uma mesa boa, provavelmente notando as roupas chiques do ômega.

- Jeongguk, isso é incrível. - ele disse sorrindo, mais maravilhado que nunca.

- Eu sei, eu sempre vinha aqui. - respondi olhando ao redor.

Não havia mudado muitas coisas, talvez apenas as cortinas e a tintura das paredes, tirando isso estava tudo exatamente como eu me lembrava. Alguns minutos depois um beta veio até nós perguntando oque gostaríamos de comer.

O cardápio era cheio mas tudo oque consegui prestar atenção era o tteokbokki apimentado, uma sopa feita com bolinhos de arroz cilíndricos, pimenta, ovos cozidos e cebolinha, eu e meu irmão comiamos sempre que o dinheiro dava.

Mostrei o meu melhor sorriso com a lembrança, apesar da situação continuava sendo uma boa sensação sempre que me vinha a mente, pedi a sopa e Taehyung também, só que com menos pimenta.

E nos segundos que se seguiram não consegui segurar as risadas quando entregaram nosso almoço, as expressão maravilhada do ômega após saborear fazia meu alfa e a mim sorrir feliz por satisfaze-lo com uma parte pequena do meu mundo.

- Isso é incrível! Melhor que qualquer restaurante. - Sorri concordando de boca cheia.

- Costumava vir aqui com o meu irmão. - falei suspirando, era a primeira vez que falava sobre ele.

- Eu não sabia que você tinha um irmão. - ele fala sem notar minha expressão aflita.

- Bem, eu tinha. - falo, perdendo um pouco do apetite, baixei a cabeça incapaz de olhar para o ômega, mas o ouvi soltar os talheres e logo então por sua mão sobre a minha sem faltar carinho nas extremidades, me deixando confortável novamente mesmo que o assunto não.

- Eu sinto muito.

- Eu também. - respondo encomodado, eu não queria que ele começasse um assunto sobre minha família, porque sequer tinha uma.

- Que tal você me falar sobre você? - o ômega diz sorrindo tentando dissipar o clima ruim e agradeço internamente por isso.

- Estou com você a mais de um mês e você vem me perguntar isso agora?

- Bom eu tenho que saber com quem estou lhe dando. E a gente nunca teve uma oportunidade de conversar. - ralhou voltando a comer.

- Claro, porque a gente não conversa, a gente briga.

- Mas a culpa é toda sua, já percebeu o quão irritante você pode ser? - me respondeu e eu da sua expressão irritada.

- Se eu sou irritante você é o irritado, e não vem com essa, você consegue ser ainda mais irritante quando quer! - respondi bebendo um pouco de vinho sorrindo com o sabor perfeito.

Taehyung bufa como sempre irritadiço cruzando os braços e soprando a franja, a expressão além de carrancuda era adorável.

- Tá bom, vamos começar assim. - bebo o vinho. - Você me pergunta algo e eu respondo, assim vice-versa. Posso conhecer mais dois seus gostos assim.

O ômega concorda apoiando a bochecha na palma pensando em uma pergunta.

- Doce ou salgado? - clássica.

- Cinquenta por cento de ambos. - respondo, porque era verdade e sabia que Taehyung preferia doce. - Minha vez, Jacob ou Edward?

- Carlyle. - pisquei supreso avaliando sua expressão.

- Jura? Achei que ia dizer Jacob como as outras pessoas. - Taehyung nega como resposta. - Jasper?

Ele nega novamente.

- Prefiro a Alice. - riu engolindo uma parte do bolinho. - Damon ou Stefan?

- Olha... Damon, ele é legal. - respondo. - E você?

- Também gosto do Damon, mas... O Elijah e o Klaus.

- E a Elena?

- Sem querer gerar discussões, mas eu prefiro a duplicata dela, Katherine. - concordei porque apesar das maldades, Katherine era uma bela vilã.

- É, ela é legal, mas a Caroline.

- Também gosto dela.

- A gente não tá conversando sobre Diário de um Vampiro, tá? - o ômega ri olhando ao redor e bebendo um pouco do vinho que pintava seja lábios de vermelho aos poucos.

- E 50 tons de cinza? - perguntei sem querer me perder no assunto, notava que gerar qualquer tipo de conversa com Taehyung me deixava satisfeito.

- Já tentei assistir algumas vezes, mas não consigo, na minha opinião o protagonista de lúcifer seria um ótimo Christian Grey.

- Você tem opinião pra tudo.

- Você que tá perguntando.

E o resto do dia se gerou em conversas bobas, sobre filmes e séries, músicas em comuns e cores, Taehyung tinha um tato especial para tudo, desde escolhas de personagens a gostos para músicas e era muito bom vê-lo sorrir sempre que contava uma parte daquilo como se falar fosse uma paixão esquecida e que ser ouvido fosse um amor que desejasse, e eu fiz questão de ouvir e aprecia-lo, detalhe por detalhe sem medo de ser pego o observando e considerando a forma que estava sendo recebido pelas orbes azuis imaginava que ele estivesse gostando de ser apreciado com tanto interesse, as bochechas coradas só me confirmavam tudo e quando voltamos para casa depois de jogar longas conversas fora, entramos pelo jardim, com Taehyung agarrando minha mão, deitando a cabeça no meu ombro e agradecendo pelo dia incrível.

E eu queria deixa-lo assim todos os dias, feliz.

•°•

E no dia seguinte, numa manhã carinhosa acordei animado, estranhamente revigorado e cheio de uma energia que não sabia que precisava tanto, mas me recusava a demonstrar que estava
animado de fato oque não demorou muito para ser verdade, diga se de passagem, mas passei
a manhã toda em pé de guerra com Taehyung como todos os dias.

Decidindo se batata frita era melhor que pizza, e eu negava veementemente, claro que pizza era melhor.

No entanto, meu ômega era ranzinza com alma de velho e claro que não aceitou a minha não tão humilde opinião com calma, e não quis me olhar durante a manhã inteira até eu que concordasse com aquilo.

E estava tudo bem, era divertido vê-lo virar a cara com raiva mas sorrindo sopre que eu o flertava, no entanto hoje... Não parecia o meu dia de sorte, eu o vi, não Taehyung, mas um dos "amigos" de Hyumbim.

Os olhos de águia e o cabelo grande me observando com um sorriso no que se diz simpático caso eu não o conhecesse bem, Hyunjin era o filho do alfa além do quase braço direito do Bim, era usado como todos os outro e pelo rosto bonito e a simpátia duvidosa era muito conquistador e está era uma das suas melhores armas, o sorriso conquistador, a aura pura e ele conseguia deixar qualquer um rendido.

E ele estava conversando com o meu ômega, e por algum motivo, eu não gostei nada daquela aproximação, principalmente porque como todos os outros Taehyung estava sendo simpático e eu odeiei o fato de mais uma vez, a vida tratava de lembrar oque eu estava fazendo ali de fato e juro que quase esqueci da minha vida como era antes, sem o Bim e sem o histórico, era apenas Taehyung e o sorriso quadrado de doer o coração.

Olhei os dois de longe e sem êxito me aproximei tentando sorrir largamente.

Taehyung desmanchou o sorriso no mesmo minuto que me viu chegar perto, cruzou os braços e soprou a franja, uma mania fofa.

- Vai continuar bravo comigo por aquilo? - perguntei e ele apenas virou o rosto. - Eu concordo com você então.

Capitei o momento que as bochechas de Taehyung ficaram vermelhinhas e um sorriso de canto crescer nos lábios embora ele estivesse tentando conter.

- Eu não quero saber, já é tarde, deveria ter concordado na hora. - ele disse e eu ri, esquecendo completamente de Hyunjin nós olhando.

- Claro que não meu bem, concordei por pura e espontânea pressão, digo, vontade.

- Vai se fo-

- Olha a boca docinho, temos visita. - e quando o lembrei, lamentei não ter mais sua atenção sobre mim mesmo satisfeito com o tom vermelho das bochechas por minha culpa.

- D-desculpa.

- Sem problemas. - e Hyunjin sorriu, um sorriso de vários dentes facilmente manipulável.

- Quem é você afinal de contas. - falei, segurando os ombros de Taehyung como se precisasse protege-lo, Hyunjin me observou com o mesmo sorriso.

- Apenas um funcionário. - respondeu e eu engoli saliva. - Vim só resolver algumas pendências.

- Ele disse que é filho de um dos nossos funcionários da empresa, veio visitar meu pai. - concordei mesmo sabendo que aquilo era mentira e aquele sorriso não me enganava.

Pelo menos não mais.

Algumas horas depois, o puxei para perto e com a voz mais baixa possível perguntei.

- Oque você tá fazendo aqui? - como eu esperava, o sorriso bonito sumiu, a aparência receptiva não passando de uma máscara.

Hyunjin era na verdade, alguém muito tedioso.

- Só estou cumprindo ordens.

- São minhas ordens!

- Que você não as cumpre. - ele respondeu no tom calmo e calculista de sempre e eu estava bravo, se Hyumbim havia mandado um dos seus para mim, significava que... - Já fazem quatro mêses, ele está desconfiado Jeongguk.

Nas mosca.

- Você acha que é algo que eu possa conseguir em dois dias? Eu avisei pra ele que precisaria
de tempo!

- Você sabe que Hyumbim não é muito paciente. - ele suspirou. - Não irei cumprir suas
ordens, Hyumbim quer que você o faça, irei apenas monitorar você para que não faça nenhuma besteira.

- Não vou fazer besteira, eu vou conseguir esse dinheiro e não preciso que fique me vigiando, não acha que vai desconfiar? - falei baixo, mas o tom denunciava o quão bravo estava.

- Oque você está tentando fazer? Conseguir a confiança daquele ômega e depois quebra-la?
O quão ruim você consegue ser Jeongguk? - eram palavras que me atingiam mais do que
deveriam, engoli saliva densa e respirei fundo pronto para responde-lo, mas Hyunjin, com o
costumeiro olhar de tédio que logo se tornou um sorriso quase infantil disse;

- Ainda bem
que não sou eu no seu lugar, ele é até uma boa pessoa, vai ser uma pena ver aqueles olhinhos
bonitos perder todo o brilho.

E com um suspiro, tão nítido que ele não se importava de verdade, mas que na vdd a situação era divertida para ele, me deu as costas sorrindo lindamente, e eu fiquei para trás com o coração desesperado, um bolo na garganta e uma estranha e esmagadora necessidade de chorar.

Algumas horas mais Tarde, encontrei o ômega sentado em uma das bancos espalhados pelo jardim, distraído tentando abrir um potinho de leite e eu sorri apenas em vê-lo, era impossível não sentir o coração comprimir com oque as coisas estavam se tornando agora, porque Taehyung era mais do que deveria ser na minha vida e que só agora eu tinha a verdadeira noção do quão arriscado estava ficando apenas o fato de tê-lo por perto.

Aproximei meus passos e o vi sorrir brevemente fungando o ar buscando meu odor, baunilha e não contive o sorriso quando vi o sabor do leite que ele estava tomando.

- Leite de baunilha, isso tem alguma coisa a ver comigo? - perguntei sentando ao seu lado e ele não demorou ou sequer êxitou em deitar a cabeça em meu peito e afundar o nariz ali, suspirando profundamente.

Mas suas palavras não condiziam com as atitudes, porque logo depois, com um tom debochado e duro ele respondeu; - Nem tudo gira em torno de você.

Fiz bico, constrangido mas ela sorriu e beijou o canto dos meus lábios mal sabendo a capacidade que aquele único ato tinha sobre mim, capaz de afastar os meus demônios e receios, conseguia me sentir seguro ali.

- Claro que é idiota. - me olhou por baixo, os olhinhos grandinhos sustentando uma pureza única enquanto a pele lisa era acariciada pelo vento e banhada pelo sol como se tudo ao seu redor tivesse cuidado com ele, até mesmo as plantas.

E porque eu seria diferente? Não podia negar que eu estava gostando muito do ômega e nunca em milhões de anos achei que adoraria tanto um azul na vida, que notar o céu e lembrar do azul dos olhos dele era um sinal claro que está crescendo, não importa pra onde olhe não a fuga mesmo que todas as portas estejam abertas, eu não quero ir.

O abracei, rodeando meus seu corpo com ternura e cuidado, espremendo-o contra meu corpo e beijando o topo de sua cabeça como se estivesse com medo, Taehyung percebeu, porque se afastou o bastante para me olhar.

- Oque foi? Porque está assim?

- Assim como? - desvio o assunto e mesmo assim continuo recebendo seu olhar avaliativo e curioso.

- Não sei dizer, mas não estou gostando. - sorrio beijando sua pálpebras, cada vez mais apaixonado quando ele fechou os olhos apenas para receber cada bitoca.

- Está tudo bem docinho.

- Não acredito em você.

- Só estou um pouco cansado. - minha única alternativa além de dizer a verdade era mentir, por mais horrível que seja era também mais fácil.

- Não te dei nem uma folga né? - Taehyung volta a deitar a cabeça sobre meu peito, circulando os dedos preguiçosos pela minha camisa.

- Não me importo, está tudo bem. - respondo rapidamente e ele apenas concorda.

Mas me avalia com o olhar.

- Não minta para mim. - ele disse. - Se tiver algo para me contar, apenas fale.

Abri a boca, realmente cogitando a ideia embora estivesse com medo, mas covardemente apenas a fechei suspirando pesadamente capiturando seu cheiro gostoso.

- Está tudo bem querido. - beijei seu queixo, ouvindo um suspiro. - Vamos ficar bem.

Me afastei apenas para vê-lo concorda, me aproximei beijando o canto doce dos seus lábios arfando quando ele agarrou os fios da minha nuca.

- Me beija logo, estava esperando desde hoje cedo. - ele fala, rendido intensificando seu cheiro.

Beijo seu pescoço já entregue, resolvi ser um pouco mais atrevido e coloquei a língua para fora raspando o músculo molhado pela sua mandíbula e Taehyung apenas arfou, o peito subiu e desceu com força denunciado a satisfação que sentiu com o ato, e me senti feliz em esperimenta-lo, o gosto doce da sua pele era viciante e quase um desafio para mim, para estava tentando não cair na tentação eu já estava quase me afogando nela.

E me segurar para não atravessar os limites era difícil.

- Faz... Faz de novo. - sorri de canto sem olha-lo porque sabia que estava de olhos fechados.

Suas mãos me apertavam sem nunca parar, arranhava minha nuca com força descontando a satisfação quando coloquei minha língua para fora e novamente desenhei círculos pela sua pele lisa, arriscando chupa-la sem força e mordiscar sempre satisfeito com os barulhos de prazer do ômega, arfando, inquieto e suspirando.

Beijei seu pescoço julgando ser o bastante, no entanto Taehyung me olhando com as íris acinzentadas apenas me instigou a puxa-lo para mais perto e beija-lo até ficar sem forças.

Apertar sua cintura e atravessar minhas mãos por baixo da sua camisa e suavemente ficar sua pele, contente por tê-lo arrepiado e gemendo.

- Oque você tá fazendo comigo? Só está me tocando e já me sinto inteiro rendido. - fecho os olhos apreciando seu gesto onde os dedos estavam fazendo um carinho gostoso na minha bochecha, tão suave mas que me ascendia completo.

- Eu não sei, mas me sinto do mesmo jeito e só estou te tocando. - retorno em sussuros, a voz soando como veludo e calma, sem qualquer requisito de malícia, apenas admiração na voz e no olhar.

Suspiro novamente sendo acompanhado por Taehyung quando seguro sua cintura apertando-o com vontade, tocando a língua uma na outra e findando o beijo tempo depois porque temiamos não conseguir mais parar.

..

As vezes, pessoas tendem a viver de maneira errada, com coisas erradas e eu acordei na madrugada completamente irritado, com dor de cabeça porque odiava ser acordado e levantei na força do ódio para aguentar seja lá quem estivesse me chamando a essa hora.

Em outras circunstâncias eu simplesmente ignoraria e voltaria a dormir como se não tivesse ninguém esmurrando minha porta.

O problema é que eu sabia sim quem estava me chamando e que meu trabalho é com ele e que me exige 86 por cento da minha atenção no garoto.

Abri a porta com a cabeça doendo e desci com o rosto inchado.

E lá estava ele o motivo do meu tormento, Taehyung me chamando para fazer compras ou seja lá oque ele tenha que fazer no mercado uma
hora dessas.

Detalhe, são meia noite.

MEIA NOITE E QUARENTA MINUTOS.

E Kim Taehyung queria ir ao mercado.

Tinha mesmo que descobrir qual era o problema dele.

E mesmo todo emburrado, resmungando de sono tive que ir, já que sou a porra do motorista dele e ainda fui comprado por vários beijinhos no rosto e um ômega todo manhoso pedindo "por favorzinho"

Não consegui resistir de qualquer forma.

Mas o problema começou quando depois das compras eu simplesmente coloquei as coisas no porta malas, entrei e dirigi até em casa, atordoado de sono.

Só que ai eu lembrei... Que o taehyung não tinha entrado no carro.

E só notei isso quando eu abri a porta para ele sair e quando olhei não tinha ninguém no acento de passageiro, comecei a rir nervoso na hora.

Não muito tempo depois, recebi uma ligação com o número do Omega brilhando e eu tive que
respirar profundamente três vezes antes de atender.

- Alô?

- PORRA, CADE VOCÊ!?

- Tá gritando porque?

- JEON JEONGGUK! ONDE VOCÊ ESTÁ?

- É que... Tipo assim... Eu já cheguei em casa. - tive que afastar o telefone pra não correr o risco de ficar surdo.

- OQUE? JEONGGUK VOLTA AQUI AGORA, VEM ME BUSCAR, EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊ
ESQUECEU DE MIM!

- Eu não tenho culpa, quem quer fazer compras meia noite, eu sou completamente lezado a
essas horas Taehyung!

- POUCO ME IMPORTA! Eu quero você aqui em cinco minutos, ouviu? CINCO MINUTOS!

- Mas é impossível, você sabe- - E desligou na minha cara.

Tive que ir na velocidade da luz, talvez quebrando algumas regras de trânsito porque estava
me sentindo verdadeiramente culpado por ter esquecido o coitado lá, e só piorou quando o vi sentado em um banco, vermelho de choro, encolhido e tremendo, aí eu me senti a pior pessoa
que já pisou na terra.

Tentei me aproximar lentamente, com medo de que ele me jogasse contra os carros que
transitavam, mas ele ergueu a cabeça me olhou e chorou mais ainda..

- Oque foi? Alguém te machucou? - me apressei.

- Cala a boca. - foi um sussurro embargado.

Me senti pior.

- Olha Taehyung, desculpa ta legal? Eu não... Desculpa tá.

Ele no entanto não me respondeu, continuou encolhido ignorando todos os meus pedidos de desculpas, porque eu estava me sentindo uma pessoa ruim por tê-lo esquecido aqui. Que tipo de alfa eu sou?

Abri a boca para falar novamente, mas ele apenas falou com o rostinho vermelho baixo.

- Um tempo atrás, um dos meus irmão fizeram isso, por pura maldade... Eu fiquei no terminal
perdido e andei muito, a ideia era só me deixar aqui... Mas eu me perdi e foram me encontrar só de madrugada, eu senti tanto medo, tanto medo, era só uma criança, por um momento eu achei que você havia feito de propósito.

- Não foi! Eu juro, eu só...

- Okay, já passou. Vamos embora. - e levantou mas eu o segurei pelo braço e abracei sua
cintura confirmando minha teoria de que sua cabeça encaixava perfeitamente em meu
pescoço.

Ele se encolheu e passou a chorar mais e sugurei o meu choro por tê-lo feito passar por isso, imaginando qual dos irmãos fez isso com o meu ômega, tenho quase certeza que foi o Jin.

- Eu realmente sinto muito, eu estava estressado e com sono. Isso não vai mais se repetir eu
prometo. - ele me olhou no fundo dos olhos, perigosamente perto, tanto que eu sentia seu
alito em meu rosto, passei a piscar mais lentamente e ele me olhar muito profundamente achei que iríamos nos beijar outra vez, mas tudo oque eu senti foi uma bofetada na cara.

Virei e o olhei.

- Mas que merd-.

- É bom mesmo que isso não se repita, pode ter certeza que depois da segunda vez você vai
estar no olho da rua!

Ele grita, e eu embora com o rosto vermelho e dolorido aceitei aliviado, foi o bastante para me acordar.

- Eu compro oque você quiser. - então ele parou e me olhou. - Pra não deixar isso em pune, eu pago com o meu dinheiro.

Então sínico, ele apenas concorda desviando o caminho para as lojas abertas.

- Queria comprar mais algumas coisas mesmo. - mas eu sabia que era mentira e que todo oque ele queria comprar estava no carro.

Entramos novamente em uma conveniência, Taehyung não tardou em escolher vários tipos de salgados e doces das prateleiras apenas jogando como se não tivesse importância, sequer olhava o caminho apenas dava um passo e jogava qualquer coisa no carrinho.

Ômega levado, tisc tisc.

- Cara olha o tamanho dessa banana. - Taehyung disse segurando a banana pela base enquanto balançava ela na minha direção.

Sorri sujestivo.

- Eu tenho algo maior.- respondi capiturando o olhar de Taehyung para mim e o acompanhei quando ele olhou para baixo descaramente.

- Seu... Seu sem vergonha. - e passou a me agredir com a banana e me esquivava rindo.

- Pera aí, Taehyung! Oque cê tá pensando? É o meu pé seu pervertido!

- Ah! Vai a merda Jeon! Vamos, já peguei o bastante. - ralhou empurrando o carinho para longe com as bochechas queimando.

Pagamos o resto das compras e felizmente eu tinha o bastante na minha carteira, fomos até onde o carro estava estacionado e colocamos as coisas no porta-malas, entramos e no momento em que fui ligar o carro olhei para frente.

Tinha uma blusa xadrez jogada sobre o parabrisa, olhei ao redor desconfiado.

- Ué, quem deixou uma blusa aqui? Pessoal sem noção eu eim. - seguro seu braço quando ele faz menção de sair.

- Não saí do carro.

- Oque? Porque não? - e tentou sair novamente mas o impedi mais uma vez.

- Taehyung eu disse pra não sair do carro.

- Para com isso! Eu vou só tirar aquela blusa dali! - e abriu.

No momento em que ele saiu foi como eu suspeitei, um grupo de homens se coloca na frente do ômega que assustado tenta retornar, mas um alfa o impede segurando seu braço com força e rosnei com ódio vendo meu ômega com uma expressão de dor.

Saí do carro as pressas, intensificando meu cheiro para intimida-los e desorientados eles tentam puxar meu ômega para longe, no entanto sou mais rápido socando a mandíbula de um deles com força, empurrando Taehyung até que ele esteja próximo suficiente do carro e entre para ficar em segurança e quando o vejo entrar ainda com a expressão aflita e temerosa trato de cuidar dos alfas.

De um por um, socando-os e maltratando-os até que a inconsciência fosse a única opção para não sentir tanta dor.

O último no entanto, o mais acordado de todos os eles me olha e eu o levanto pela gola da camisa pouco né importante se está sufocando-o ou não, com uma força e facilidade surpreendente o ergo contra a parede.

Meus olhos provavelmente vermelhos só o deixava mais amedrontado.

- Quem mandou vocês? - rosno, sem gritar para não chamar atenção, mas a voz de alfa o faz encolher.

- Do que você tá falando?

- Apenas me responda! Quem o mandou? Foi o Hyumbim?

- Eu não sei do que você tá falando cara, me solta, eu sinto muito por isso. - minha vontade era de arrancar sua garganta com os dentes, pelo seu atrevimento em tocar no meu ômega daquela forma, a única coisa que me impede de o fazer são os gritos desesperados de Taehyung ao longe.

Encolhido e chorando com medo do que eu estava fazendo ali.

Então o largo, sem pena, apenas disposto a deixá-lo acordado para sentir a dor dos ossos quebrados.

Corro até Taehyung para verificar se estava tudo no lugar, tirando o pulso vermelho estava tudo bem então apenas o encho de beijos pelo rosto afim de faze-lo parar de chorar, odiava vê-lo daquele jeito.

- V-você matou eles? - ele pergunta aflito e nego, beijando seu rosto com carinho.

- Não meu amor, só não vão conseguir ficar em pé sentir que estão moídos por um bom tempo. - digo rindo, mas Taehyung não me acompanha, apenas abraça-me.

- Eu fiquei com medo.

- Tudo bem, você vai ficar bem, ele-

- Não deveria ter se arriscado assim Guk, e se eles estivessem armados? Você não teria chance. - ele fala depressa e eu pisco confuso.

- Está chorando assim porque estava preocupado comigo? - ele concorda afundando seu rosto no meu peito, cheirando meu odor até se sentir mais calmo.

O deixo se aproveitar de mim até sentir que ele estava com menos medo e até então não tinha encontrado boas palavras para mostrar o quão maravilhado eu estava, porque ele estava preocupado comigo e isso era tão doce, considerando jeito que estava me segurando em desespero e me beijando como se estivesse extremamente agradecido.

Beijei sua têmpora.

- Vamos para casa, está tudo bem agora meu doce. - Taehyung concorda, suspirando lentamente, com o rosto um pouco menos vermelho mas os olhinhos inchadinhos faço questão de beijar cada um deles.

E o caminho todos foi, em um Jeongguk preocupado com o ômega ao meu lado, pensando que tinha coisas a acertar na casa de Hyumbim, e com o próprio.

📘☕🗼

Oque acharam?

Bom, eu queria agradecer pelos comentários e por vocês que comentam, fico tão feliz que dói kskskkss

Ah! Aqui as fotinhas.


A roupinha do Teteco.


Ah!

Que que cês acham?! 👀

Novo plot será? Depende de vocês !👁️👄👁️

Fui! 🏃💨

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top