CAPÍTULO 3: Dia ruim humor ruim.

Olá, obrigado você que esta lendo, já estamos em mais de 100 views, obrigado mesmo viu?

Espero que aproveitem o capítulo.

📖 Boa leitura📖

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Ainda era sexta feira, oque significava que eu tinha um tempo para uma preparação psicológica e espiritual antes de começar o meu plano, mas tinha uma leve sessão que não estava funcionando, óbvio, não sabia com quem teria que lidar dali em diante e um cara de vinte e três anos tendo que ter cuidados me parecia assustador, Kim Chaeyoung conseguiu concretizar um psicopata em massa na minha mente e até eu ver com os meus próprios olhos esse homem ninguém me tirava da cabeça os olhos pretos, a pele bronzeada e o olhar assustador.

Já estava ficando com medo.

E embora o rumo da história tivesse mudado drasticamente sabia que Hyunbim ficaria feliz com a ideia e por esse motivo eu havia voltado para akma, na casa Bim, precisava contar meu plano B e informar que até que obtivesse êxito, passaria um tempo fora.

A casa estava como sempre, grande espaçosa e suscetível para que muitas pessoas vivessem felizes por um longo tempo, mas ela estava sempre sozinha, vazia e triste, a luz retirava lentamente os tons quentes da tintura, oque tornava tudo ainda pior, sentei-me no mesmo sofá de sempre colocando um pé por cima do joelho dobrado e o balançando freneticamente, ouvi os sons costumeiramente conhecido dos sapatos sociais de Hyunbim para logo em seguida seu corpo aparecer pela porta, a bengala sustentava seu corpo velho e quase incapaz, e quanto mais o tempo passava, mais curvado Hyunbim ficava envelhecendo de forma precoce e era um sinal claro que seu lobo interior rejeitava toda a maldade que ele fazia, passar por cima de pessoas inocentes, maltrata-las e manipula-las, Bim era um ser humano ruim e até seu lobo sabia disso.

Engoli saliva instintivamente alinhando a postura e unindo os joelhos, o rosto enrugado de Hyunbim parecia ainda pior de perto mas eu escolhi não olhar por muito tempo.

— Está aqui, espero que venha com boas notícias. — ele disse, expulsei o ar entre os dentes cansado.

— Sim, senhor.

— Estou ouvindo Jeon.

— Eu não consegui nada na casa Kim, no entanto-

— Oque fez você achar eu gostaria de ouvir isso? — foi um rosnando, fraco, mas o suficiente para enfurecer a mim e ao meu lobo, tive que respirar três vezes.

— No entanto... Conheci a senhora Kim. — Bim me encarou cheio de expectativa nos olhos que também exigiam explicação.

— Você conheceu, ao vivo e em cores, um dos Kim? — concordei ainda sem olha-lo, ambas as mãos segurando os joelhos como se aquilo pudesse aliviar minha raiva. — Isso é esplêndido Jeon! Esse é o meu garoto.

Uns anos atrás me sentiria orgulhoso em ouvi-lo chamar assim.

Fazer isso para Hyunbim era como trabalhar, diferente de um trabalho digno, o meu era sujo e rendado a injustiça, eu lhe trazia oque era mandado e em troca ganhava uma boa quantia em dinheiro, além de proteção da polícia.

— E consegui um emprego. — contei e em um raio curto de segundos, a expressão orgulhosa de Bim passaram a uma monstruosa e assustadora interrogação.

— Oque você -

— Deixe-me explicar. — fui rápido em responder, engolindo saliva e passando a franja para trás. — Pensei sobre isso, é uma boa ideia, se confiar em mim, posso trazer muito mais do que o senhor espera.

Diante disso, mesmo que ainda desconfiado mostrou interesse no olhar.

— Continue.

— Eu pensei em me passar por um funcionário, camuflar meu verdadeiro eu debaixo das asas do trabalho que foi me oferecido, assim, serei pouco notado e invisível para os Kim's. — contei, engolindo a saliva densamente dura.

— Eu ainda não entendi.

— Meu trabalho envolve cuidar de um dos filhos do Kim, como guarda-costas e babá, aparentemente ele precisa de um. — Hyunbim sorriu, finalmente entendendo a minha linha de raciocínio.

— Um filho daqueles bastardos, quão desesperados eles ficariam sabendo que seu filho está nas nossas mãos, hun? Quanto não pagariam para te-lo de volta. — divagou o Bim, mudando o meu pensamento mesmo que tenha entendido meu plano e por um segundo me desesperando, eu não queria fazer isso.

— Eu não pretendo sequestra-lo. — respondi o olhando nos olhos, meu lobo rosnando por dentro em uma luta interna comigo mesmo. — É uma atitude mal pensada, senhor.

— Você não vê que se o fizer, eles nos dariam quanto quiséssemos. — eu engoli saliva.

— Mesmo que eu acabe sequestrando-o, as coisas não acabariam bem no fim, sequestrar um deles significaria iniciar uma rebelião no qual nós perderíamos, você tem uma parte do controle sobre as autoridades, isto é, dez porcento dele esta sob seu comando. — Bim sorriu orgulhoso de si próprio. — Mas os Kim's possuem todo o resto de poder, os outros noventa porcento, oque significa que não somente eu e você nos daríamos mal, mas todo o resto que esta envolvido nisso, tanto os policiais quanto a trilha. Cabeças iriam rolar, sobretudo a minha e a sua.

— Entendo.

E lá estava o garoto que o Bim gostava de ver, estratégico e pensador, o cara que lhe abria caminhos para passar sem que seja pego, tanto que um sorriso orgulhoso cortou ao meio o rosto enrugado do Homem, e eu senti-me enjoado e enojado, de mim mesmo, meu lobo mostrando as mesma características e eu me senti um pouco mais cansado do que deveria, ele poderia me matar e se o fizesse, eu não reclamaria.

— É exatamente isso que eu gosto de ver Jeon, finalmente meu garoto está de volta, estou orgulhoso de você. — ânsia de vomito, foi tudo oque senti.

— Agradeço, senhor.

— Como pretende fazer, depois que estiver trabalhando? Você tem um plano?

— O filho da senhora Chaeyoung é um rapaz que irá assumir o posto da mãe, isso acarreta uma série de motivos para eu precise segui—lo e felizmente meu trabalho exige isso sem que seja suspeito, o Kim e futuro chefe da empresa e aparentemente ainda está em fase de aprendizado, e o senhor sabe oque significa.

— Que esse moleque e podre de rico e tem controle sob todos os acessos bancários dos Kim's. — concluiu. — Você é um gênio. Mas, como pretende conseguir isso? Não pode simplesmente pedi-lo as senhas.

Ele tinha um sorriso perverso nos lábios e eu sequer conseguia encara-lo envergonhado das minhas próprias palavras e minhas estratégias indignas.

— Darei meu jeito Hyunbim.

— Isso é um ótimo plano, o plano perfeito arrisco dizer! Você foi a minha melhor decisão Jeongguk. — não o encarei, eu nunca conseguia entender porque ele sempre repetia aquilo mas também não o questionava. — Agora seja um bom garoto e me traga o dinheiro, sim?

— Eu trarei.

— Definitivamente desta vez. — concordei.

— Sim senhor. — preparava para me levantar e sair angustiado pela aquela porta pela milésima vez, sempre com um peso maior mas costas, mas como sempre ele bateu o sapato no chão chamando minha atenção.

E eu, de costas parei para ouvi-lo, sua voz de repente não era mais humana, com uma gravidade forçada

 no timbre, nublado em uma aura horripilante.

— Jeongguk, você sabe, eu sei muito bem esconder um corpo, não é? — concordei, incapaz de olha-lo e ele igualmente hostil continuou. — Se pensar em me trair, lembre-se Jeongguk, eu sei muito bem esconder um corpo. Eu não vou hesitar, não importa quem esteja na minha frente.

Eu sabia que sim.

Então mesmo com os dias se arrastando lentamente e segunda demorou para chegar mais do que eu esperava, óbvio que eu queria que o tempo atravessasse meus dias o mais letargicamente possível, mas não esperava que seria tão literalmente, mesmo assim, segunda já estava aí com 7 horas de nascido a partir de meia noite e mesmo assim, queria que o tempo retornasse a sexta feira e recomeçasse todo o processo outra vez.

Mas o dia se prosseguiu mesmo contra a minha vontade de sair da cama e quanto mais minha vontade se esvaia mais o tempo passava de segundos em segundos sem demora, pausa ou espera, então quando levantei, já eram pelo menos oito da manhã, mas eu estava lerdo de sono e nem percebi que o meu trabalho começava as sete, e lembro-me claramente do e-mail que recebi "as sete da manhã, sem atrasos" foi ai que eu percebi que estava fodido, no meu primeiro dia de trabalho — embora falso — e já estava atrasado.

Um hora atrasado.

Corri feito um furacão para dentro do banheiro e eu queria mesmo ter tirado o cheiro de sono da minha boca antes de sair, mas estava tão absorto tentando dar um nó na gravata desgraçada que sequer lembrei disso, tentei lavar o rosto ao mesmo tempo que tentava dar o maldito nó na gravata, mas acabou que eu só consegui molhar o terno caríssimo que ganhei e os dedos embolados na enlaçadura mal feita naquele troço de seda.

E saí correndo de casa, tropeçando numa poça de lama e sujando meus tênis.

Sim, tênis, eu não tenho sapatos sociais.

Xinguei até os antepassados da minha família morta — tirando o meu irmão mais velho — e continuei como se não estivesse com os sapatos sujos de lama, o terno amarrotado e a gravata pendurada nos ombros em volta do pescoço.

Ótimo jeito de começar um trabalho, ou melhor, ótimo jeito de se apresentar para o sua futura chave de roubos.

Embora eu estivesse em uma péssima forma e com olheiras nos olhos caminhei pela calçada olhando-me pelos vidros das janelas dos carros, eu conseguia ficar bonito até feito, se é que essa frase faça algum sentido, mesmo assim, estava lindo, a um tempo que eu deixava meu cabelo crescer um pouco mais e agora eles batiam pouco abaixo do nariz, devido a dificuldade de hoje de manhã, não tive tempo de escova-los e por isso estavam encaracolados e ondulados, minhas argolas nas orelhas eram meu charme e eu tive muito tempo para me namorar um pouquinho no para-brisas do carro alheio, até lembrar que estava atrasado e sair correndo outra vez.

E quando finalmente cheguei no portão, completamente derrotado e suado quase não consegui entrar.

— Eu não sou um mendigo, eu sou o novo motorista do senhor Kim. — e nem sei quantas vezes tive que repetir isso até um dos guardas me reconhecer e permitir minha entrada.

Um desastre.

Parecia que eu estava fadado a acontecer desastres por onde quer que eu passe e mesmo assim, tentei ao menos ficar apresentável para o meu futuro patrão e por esse motivo circulei a mansão em busca das mangueiras que serviam para regar algumas plantas ali por perto, mais longe havia um grande jardim florido, parecia um labirinto colorido, tão bonito que era doloroso ver de longe.

E lá estava a desgraça da mangueira azul, até ai meu humor não estava dos melhores e eu bufava tanto que os touros sentiriam inveja do meu lado, marchei em direção a mangueira na força do ódio, mas em um segundo eu estava de pé tentando alcançar a borracha azul e no outro estava estirado no chão com a cara enfiada dentro da grama, xinguei alto mandando os meus modos para a puta que pariu e levantei expulsando fogo pelas ventas olhando para os cantos tentando ver quem havia esbarrado com tanta força em mim.

Mas não muito longe de mim, havia um corpo pequenininho também jogado no chão e se ele não estivesse rindo e sorrindo eu jurava que estava morto.

Meu ódio só aumentou mais, como chamas consumindo papel e eu caminhei até o coisa sorridente que ainda estava deitado.

— Qual o seu problema?! Não olha p'ra onde anda não!? — sim, eu estava gritando.

Eu não queria ser rude, mas as vezes circunstâncias nos leva a fazer coisas que esta fora da nossa natureza, o corpinho pequeno levantou—se e o sorriso que eu sequer reparei bem sumia gradativamente do seu rosto manchado sendo consumindo pela raiva que eu estava demonstrando no momento, o menino estava sujo e suado, o rosto coberto de terra preta e a blusa branquinha com toda certeza não servia para mais nada além de pano de chão, ele me olhou com os grandes olhos redondinhos, azuis brilhantes e clarinhos, olhar para o fundos dos seus olhos mesmo que por alguns segundos, foi como nadar em uma piscina rasa de água morna e eu jurei que além do azul intrínseco prismado, pude ver outras cores lá no fundo, brilhando e chamuscando, embolando-se umas nas outras e mesclando em nuances diferentes.

Perdi o ar por um segundo, tentei sentir seu cheiro mas a terra misturava-se a ele e dificultava minha tentativa de reconhecimento direto. Ele ainda me olhava e mesmo me sentindo engraçado ao observa-lo, continuei com o meu julgamento.

— De onde você veio? — mas ele permaneceu me observando, tão profundamente que eu tentei ignorar o fato de sentir que ele estava vendo o fundo da minha alma. — Que droga, não basta um dia de merda, e ainda são oito da matilha, agora vem um moleque imundo sujar o resto da minha roupa.

E ele havia sujado mesmo, minha única blusa social branca estava arruinada, manchada de terra e água de grama recém regada. Ele curvou os lábios em uma expressão que eu não consegui decifrar e com o tempo que ele passou me olhando, julguei estar analisando minhas atitudes considerando o quão atento ele estava em cada palavras minha.

— Você não vai falar nada? — olhei de cima pela diferença de tamanho, ele ainda calado soltou o ar pelos dentes. — Você vai ter que me comprar um terno novo! Tsc, quer saber, deixa pra lá, você deve ser tão pobre quanto eu, vá, volte a rolar na lama como estava fazendo antes.

E lhe dei as costas, indignado pelo moleque sujo não ter pedido uns simples desculpas pelo ocorrido, mas não é como se eu me importasse mesmo. Seguindo até a mangueira, tentei limpar a roupa suja e os sapatos, meus tênis até que ficaram limpinhos, mas a blusa não teve jeito, quanto mais eu esfregava mais manchado ficava, era tudo ou nada, teria que trabalhar assim no meu primeiro dia.

Segui para o salão principal alguns minutos depois, tentando ser o mais formal possível pelo menos para esconder a sujeira nas roupas, uma empregada me observava a cada cinco segundos e eu já estava ficando incomodado com aquilo, mas aí veio outro não sei de onde e me arrastou até um dos quartos, mandou que eu tirasse as roupas e mesmo sem entender eu o fiz, ele estava segurando um terno novinho nas mãos e sapatos sociais lustrosos e novinhos.

Estava confuso, na verdade muito confuso, o denominado Lee Haneu instruiu-me a vestir as roupas novas, arrumou meu cabelo e limpou meu rosto sujo e de bônus algumas borrifadas de perfume na fuça, deve ser alguma mordomia de rico, pensei antes de deixar o quartinho e acompanhar Haneu pela mansão, agora cheiroso, limpo e bonito passei a esperar pela senhora Chaeyoung no final da escada como o Lee havia dito e eu fiquei lá por uns longos minutos até vê-la descer.

Um vestido vermelho que arrastava no chão construtiva da sua pele leitosa e o cabelo branquinho, senhora Chaeyoung parecia uma fada de contos infantis, ela usava uma maquiagem leve no rosto e vestia o mesmo sorriso de dois dias atrás... Por um momento o achei familiar, mas era óbvio, foi dela o sorriso que eu vi.

— Jeongguk. — ela sorria. — Você deve estar umas boas horas atrasado.

Senti minhas bochechas quentes e baixei a cabeça em um pedido de desculpas formal, ela apenas sorriu novamente.

— Não precisa se desculpar, sorte sua que meu filho voltou de viagem tem uma hora, se não, estava ferrado. — concordei. — Você está bonito, é um belo terno. Você quem comprou?

Franzi a testa confuso, mas era claro que ela só estava tentando puxar assunto comigo e eu iria agradecer pela gentileza de me oferecer um terno novo e me poupar da humilhação, mas ouvimos uma voz vindo de cima das escadas e tanto eu quanto senhora Chaeyoung olhamos na direção.

— Não, fui eu.

Ah não...

— Ah, Jeongguk, esse é o meu filho, Taehyung. — Chae disse apontando para o rapaz.

Era ele, o carinha sujo de antes, mas agora... Agora...

Agora eu estou completamente ferrado.

— Kim Taehyung mamãe, é um prazer conhecer você, Jeongguk.

Merda

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