CAPÍTULO 16: O ouro reluz a veracidade.

Quem é vivo sempre aparece não é mesmo?

Me perdoem a demora meus amores, estou encontrando dificuldades em ter inspiração para escrever os capítulos dessas histórias, mas eu vou continuar não se preocupem.

Esse capítulo é mais com o intuito de vocês meu leitores respirar fuuuundo.

Estamos chegando na reta final, eu preciso que vocês confiem em mim. KSKSKSKK

Mas é aproveitem o capítulo, o próximo terá mais emoção.

COMENTEM MUITO, NÃO ESQUEÇA O VOTINHO!

°×°

Foi como um suspiro arrastado, uma informação mal processada, mas quando me veio a realidade e ela bateu em cheio no meu rosto foi preciso usar a mesa de suporte, porque senti que poderia cair mesmo sentado na cadeira, como se de repente o mundo inteiro estivesse acelerado e eu letárgico e parado.

Na verdade, eu não conseguia levar a linha de raciocínio a lugar algum que explicasse a situação, nenhum que de fato me desse um norte.

Taehyung apareceu na porta segurando uma caneca, a mãozinha suspensa no ar batendo o nada tentando se livrar do cheiro impregnante de mofo, ele me olhou por cima da caneca com um sorriso meigo e feliz, tive que fazer de tudo para disfarçar tudo oque eu estivesse sentindo, porque por mais que Taehyung merecesse uma explicação, ainda não era o momento, eu não podia revelar isso ainda, não quando até eu precisava respostas, agora mais do que nunca.

- Oque aconteceu? - ele suspirou sentando-se sobre as minhas pernas, o jornal jogado estrategicamente no chão, de forma que ele não podesse ver.

- Nada demais, só estou ficando tonto com esse cheiro de mofo. - o ômega riu leve, beijou minha bochecha e saímos daquela sala.

As imagens era como uma fotografia na minha mente.

...

Parecia apenas um dia calmo como todos os outros, pelo menos a
O dia havia amanhecido cinzento, sem nenhuma sensação morna de aconchego e muito menos a sensação de estar em lar como eu estava sentindo nos dias que fiquei na fazenda, Taehyung havia dito que precisaríamos voltar e eu não contestei, queria sair dali e tentar resolver essa história de uma vez por todas, eu não podia continuar mentindo para meu ômega considerando a evolução da nossa relação.

Tinha que tentar entender aquelas notícias nos jornais e por fim, quem sabe, me afastar de Taehyung e deixar de ser um perigo para ele, antes de ir, tentei voltar ao escritório e coletar mais algumas informações, mas aparentemente, aquele era apenas um jornal antigo, sem pista nenhuma.

Apenas algumas informações jogadas aí ar.

Arrumei a minha bolsa como podia, até porque, não tinha trago muitas coisas além de algumas roupas e as que Jimin deixou para nós, Taehyung estava na porta esperando o carro para nós deixar no aeroporto, mascando um chiclete e fungando o ar gelado a ponto de deixar a pontinha do seu nariz vermelha.

- Que demora, odeio isso. - o ômega resmungou completamente emburradinho, eu teria tirado sarro, mas eu só consegui sorrir melancólicamente e me agarrar a ele como se fosse a última vez.

- Oque aconteceu Jeongguk? Você está estranho desde ontem.

- Só estou aproveitando meu tempo a sós com o meu ômega, não posso? - beijei seus queixo, depois segui a trilha até seu nariz e então seus olhos e a testa.

- Mas a gente vai ter tempo de sobra na minha casa, seu guarda-costazinho de uma figa. - arrastei uma risada verdadeira, o abracei com um pouco mais de força e quando um dos carros da família Kim chegou, nos abrigamos dentro.

Taehyung insistiu que queria ir no meu colo o caminho todo, então ele se aconchegou em mim, com as pernas em torno de meu corpo e os braços agarrados em meu pescoço, e dormiu, cansado por esses dias exaustivos.

Eu gostava bastante da maneira como ele se assegurava em mim, como se eu fosse seu único ponto seguro e era nestas situações que eu acabava me sentindo poderoso, como se nada podesse me abalar enquanto eu possuísse essa sua confiança inteira para mim, mas do mesmo modo que isso me enchia até o topo de autoconfiança também me quebrava por dentro inteiramente, porque, Taehyung confiava em mim, oque significava que qualquer coisa que acontecesse daqui para frente, era uma ameaça em potencial para o nosso relacionamento.

Confiança uma vez quebrada, nunca mais se pode ser restaurada.

Chegamos na mansão pelo fim da tarde, estava frio e silencioso, como aquelas situações diversas que acontecem só para avisar antes de uma tragédia acontecer, mas eu não queria dar atenção a isso, não queria dar atenção a nada que não fosse meu ômega ainda dormindo no meu colo.

- Tae. Chegamos. - murmurei, embora ele estivesse no estado de meio dormindo e meio acordado ele saiu do carro, resmungando e cheio de sono.

Quando entramos no casarão, o pai do ômega me encarava como se soubesse de todos os meus segredos, ele pareceu não ir muito com a minha cara e parecia sempre prestes a explodir como uma bomba relógio, mas eu tentava ignorar o máximo que podia, Taehyung subiu quase que imediatamente para o quarto e eu fiquei em companhia de seu pai no andar de baixo, ele estava com livro na mão lendo e bebendo como se não houvesse nada melhor na vida para se aproveitar, eu quis subir mas minha vontade mesmo era de sair correndo dali, quando dei os primeiros passos para uma possível fuga ouvi a voz estrondosa de Jaehun disparando o meu nome como se fosse uma arma, era potente ao mesmo tempo que era calma, só conseguia me deixar mais assustado.

- Vocês estão bem próximos. - ele disse e eu tive a impressão de ter um leve dejavu. - Meu filho gosta mesmo de você.

Por mais que eu me sentisse feliz com a informação não me parecia a hora certa de comemorar desde o momento que ele havia voltado essa era a primeira vez que falávamos diretamente um com outro.

- Já tivemos essa conversa antes? - ele questionou sem realmente dirigir o olhar para mim. - Não me vem a mente no momento, sente-se Jeon.

E eu obedeci.

- Vocês estão juntos?

- N-não exatamente.

- Como " não exatamente"? Está brincando com o meu filho, criança?

- Não! Eu jamais-

- Então porque não estão namorando?

- B-bem eu-

- Já transaram? - acreditei que estava aguentando bem até essa pergunta surgir.

Me engasguei com a própria saliva enquanto ele me olhava bolo se sentisse uma grande satisfação na minha agonia.

- Não s-senhor, nós-

- Porque está tão nervoso?

- E-eu...

Fui salvo pelo escândalo de Taehyung como sempre descendo as escadas ele nem desconfiou da tensão entre eu e o pai, mas se notou resolveu ignorar.

- Onde está a vovó?- ele perguntou ao pai.

- No banheiro desde ontem, depois dos 60 fazer o número dois se torna ma odisseia. - Tae riu baixinho depois olhou para mim.

- Tá tudo bem você parece pálida. - concordei com um movimento de cabeça robótico.

- Estou bem.

- Okay, vou para a cozinha, você vem? - foi a minha quase oportunidade de fugir, Taehyung foi na frente desfilando com a elegância que ele sempre adorou exibir e isso prendeu meu olhar por uns longos segundos até ele sumir de vista e eu notar que estava feito um idiota o encarando.

E pior, na frente do pai dele.

- Não o magoe, Jeon. - foi oque ele disse antes de me deixar sozinho na sala.

...

Quando cheguei na cozinha Taehyung estava bebericando alguma coisa dentro de uma xícara enfeitada, me aproximei o suficiente para beija-lo na bochecha demoradamente até ouvi-lo resmungar.

- Sai, seu grudento. - ele murmurou, o líquido da xícara pela metade.

- Tá reclamando agora? - pressionei e ele riu leve colocando um dedo na frente dos lábios em um sorriso arteiro.

Estava tudo indo bem até o momento, de não fosse o vazio existencial crescendo no meu peito cada vez que eu lembrava dos jornais e da lacuna proeminente aberta na minha história, eu queria esquecer isso e durante a viagem era o primeiro tópico preso já minha mente, infelizmente não era uma questão fácil de esquecer e eu sequer podia.

Não prestei atenção que estava de boca aberta até sentir a garganta seca e Taehyung repetir meu nome algumas vezes até eu notar que também estava aéreo.

- Oque está acontecendo? - o ômega soltou a pergunta, desta vez mais sério do que gostaria de lembrar e então eu estava lá sem saber oque responder, porque mais uma vez, poderia soar um idiota ou estaria mentindo de novo.

E era nestes momentos que eu percebia a bola de neve que estava se tornando e se eu não resolvesse isso o mais rápido possível, a tendência é piorar e afetar mais negativamente possível quem eu queria proteger.

Eu precisava por um ponto final. Agora.

- Taehyung, precisamos conversar. - respondi, ele estava abrindo um das gavetas do armário, tirava de lá um arco e flechas, provavelmente seus estoques de treinamento ficava ali.

- Sim, precisamos, você está muito estranho desde ontem. Está aéreo o tempo todo sem contar que você age como se estivesse pensando em um plano mirabolante. - ele jogou as palavras em mim.

Até então não havia notado o quão monótono eu estava sendo até Taehyung jogar todas aquelas palavras em mim.

O segui no caminho que ele fez até o gramado da sua casa onde ficava seus alvos, eu não sabia se era uma boa ideia trazer isso em pauta justamente quando ele estava com uma arma na mão, conhecendo o Taehyung que eu conheço e o histórico que ele tem mesmo que tenha mudado de uns tempos pra cá.

- É sobre o problema. - ele não parecia estar prestando muita atenção em mim, não estando tão concentrado nós alvos.

Ele preparou a postura perfeita, mirou e soltou exatamente o meio do alvo, ele sorriu.

- Eu nunca erro porra. - Taehyung disse sorrindo e isso se repetiu até todas as flechas acabarem e ele realmente não errava uma em nem sequer uma centímetro. - Oque você quer falar, amor?

O ômega falou despreocupado, quase não jogando a fala, mas eu percebi suas bochechas coradas e então ele se deu conta, não consegui ficar sério e quase desisti da conversa, mas ele estava tão adorável, colocou o material no chão e veio até mim, rodeando meus ombros com os braços e sorrindo quadradinho naquela mania tímida que ele tinha.

Meu coração estava derretendo e eu estava definhando junto, Taehyung é tudo oque eu quero e muito mais do que mereço, tive vontade de chorar em um momento até perceber que estava realmente acontecendo.

O cara que criou o plano perfeito para roubar ganha de uma família rica, estava apaixonado, perdidamente apaixonado pelo alvo.

Mas embora no que se retratava a situação, eu não queria simplesmente parar por ali, poderia ser um cara feliz alguns anos seguintes até ser perseguido e colocar todo mundo ao meu redor em risco, depois deixar Taehyung e seguir o mesmo fim, no final tudo girava em torno da mesma situação.

Eu poderia ser um cara feliz, mas não era justo viver sem a minha verdade.

Respirei fundo, de repente não me entrava ar o suficiente e o abraço de Taehyung parecia sufocante, ele beijou minha tempora e me puxou pela mão, só me dei conta do caminho a alguns metros quando estávamos entre aqueles arbusto que formavam um labirinto, mas ele parecia saber onde estava indo.

- Onde está me levando?

- Tem uma coisa que eu quero te mostrar, faz um tempo. - permaneci em silêncio. - Lembra de quando eu sumia da casa? E você me procurava por todo lugar?

- Sim, mas como você sabe que eu te procurava? - o ômega revirou os olhos.

- Eu perguntava a YuYu. - ele disse envergonhado.

- Mas onde você quer chegar com isso Tae?

- Tem um lugar... Um lugar secreto. - ele disse sem parecer me envolver em muitos detalhes.

Entramos em vários becos, os arbustos eram altos suficiente para nós cobrir até um pouco acima da cabeça e quem não soubesse informação alguma se perderia por ali, mas eu fui o seguindo até encontrarmos uma porta no meio do nada.

Quanto entramos primeiramente achei que fosse uma horta, depois um jardim escondido só então percebi que aquele era quase um segundo mundo, era o mindinho do Taehyung.

Havia banquinhos simples, pequeno chafariz, e era rodeado de flores era um lugar quase mágico.

Ele estava sorrindo como nunca.

- Eu acho que você já ouviu falar da fortuna dos Kim's. - ah não.

- Taehyung...

- Está aqui. - ele apontou para um altar maior no meio, eu queria gritar e impedi-lo de terminar aquela frase. - O cofre da família é este, toda nossa fortuna está neste jardim secreto.

Pisquei algumas vezes sentindo um aperto no peito como se estivesse prestes a morrer, senti meus olhos úmidos, então meu coração estava disparado. Taehyung se aproximou segurando as laterais da minha bochecha perguntando se estava tudo bem.

- Sim, eu só fiquei muito surpreso. - menti.

- Eu sei, nunca trouxe ninguém aqui. Vem, vamos conversar sobre oque você tem para me contar. - Taehyung me levou até os banquinhos e quase suspirou aliviado.

Tentei não pensar em nada no momento e estragar tudo.

- Eu... Taehyung, você lembra quando eu precisei sair? - perguntei, não fazia tanto tempo que eu precisei sair da mansão e ir até o Bim para tentar alguma coisa, Tae concordou. - Talvez eu precise ir outra vez.

Mas se ele sentiu alguma coisa diante as minhas palavras, Taehyung não fez questão de demonstrar, ele permaneceu sentado enquanto eu questionava as minhas escolhas desde o meu nascimento, mas se todo modo, mesmo que dor fosse dilacerante em algum momento seria preciso.

Mas, poderia eu contar sobre uma parte dolorosa da minha vida a alguém que eu provavelmente decepcionaria muito? Naquele momento eu havia decido que valeria a pena, o contar pelo menos uma parte do que estava acontecendo.

- Eu... Vou contar um pouco sobre a minha vida, você merece. - falei muito depois diante do silêncio insuportável, Tae apenas moveu a cabeça. - Foi a onze anos, eu tenho um irmão mais velho que na época tinha só 19 enquanto eu estava com 8.

Taehyung me observou com a nítida expressão de quem estava muito surpreso, provavelmente nunca imaginava que eu tinha alguém na vida, mas lembrei que em algum momento o contei que era uma pessoa sozinha no mundo, então julguei aquele olhar como compaixão.

- O hyung trabalhava todos os dias, já havíamos perdido nossos pais nessa época, pra um acidente de carro que tinha acontecido a muito tempo, acho que mal consigo lembrar o rosto da minha mãe, então eu via Seojun como a minha maior figura paterna. Eu nunca soube com oque Seojun trabalhava, mas ele sempre estava muito machucado, muito pálido, eu nunca entendi.

- E então?

- Então... Em um inverno, quando estava sozinho na pequena casa que eu e meu irmão morávamos, recebi uma visita, recebi a notícia que meu irmão havia se envolvido em uma briga de trânsito e havia tirado a vida dele ali mesmo. - o respondi com as sobrancelhas juntas segurando o choro instalado na goela. - Não me deixaram vê-lo e ele não teve um enterro digno... Estava apenas eu com quase nove anos de idade na sepultura do meu irmão.

Não consegui conter o choro nas palavras seguintes, o choro doloroso inflamado na garganta a muito tempo explodiu como nunca havia feito antes, chorei feito uma criança, por um momento me vi aos oito anos, sozinho vestido em um terno dois terços maior que o meu tamanho chorando por uma perda. Taehyung abraçou meu corpo encolhido, passando as mãos pelos meus cabelos e beijando o meu ombro como conseguia fazer.

Senti naquele momento o luto que estava preso, ele estava saindo.

- Como você conseguiu sobreviver meu amor? - ele perguntou um tempo depois, com a voz embargada como se sentisse a mesma compaixão do garotinho de anos atrás.

- Hyumbim, um homem que teve pena de mim. Ele me criou. - falei, ocultando muitas coisas dali pra frente, não havia muito oque falar sobre o Bim além de que ele era uma pessoa odiosa e que se eu pensasse mais a fundo, nem mesmo eu sabia dizer quem era Hyumbim.

- Ele te tratou bem? - o ômega perguntou, carinhoso na voz, mas eu me mantive em silêncio até ele entende e beijar meus lábios calmamente, apenas um tocar de lábios quente e liso. - E porque você quer ir outra vez?

- Preciso deixar de ser uma informação pequena na minha história, juro que voltarei para você se ainda quiser.

Taehyung sorriu leve, ele era o homem mais bonito do mundo, senti um aperto no peito quando ele beijou calmamente o canto dos meus lábios e tocou sua testa na minha.

- Volte, não importa quanto tempo será necessário para que descubra o enigma da sua vida, contando com que no fim, você esteja de braços abertos para mim outra vez, então volte meu querido, eu sempre vou querer que você volte. - apertei os lábios em um choro mudo, com o coração dolorido em antecedência o beijei na pintinho do nariz e sorri fraco.

- Estarei de volta em um piscar de olhos, não vai nem dá tempo de sentir saudades.

- Mas eu já estou. - ele disse com um sorriso no meio do choro.

- Vai ser rápido, eu prometo.

E naquele meio segundo, quando percebi o rumo que as coisas estavam levando, chorei por finalmente a minha missão de descobrir a localização do cofre havia sido bem sucedida e que eu não estava nem em mil anos disposto a revelar aquilo, chorei por me apaixonar tão perdidamente pelo meu alvo de olhos azuis e sorriso quadrado, chorei pelo fim perdido da minha história e chorei por que estou pronto para abrir uma nova página e dar um final definitivo aquilo.

.......

Oque vocês acharam? Kksksksk

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