O Início.
"Eu te digo minha filha
Não esqueça de sempre sorrir
Não esqueça de ligar pra mim
Se por acaso conseguir
Eu te digo minha filha
Não esqueça do que você quer
Não esqueça de querer aquilo
Que vai te fazer feliz".
- Não esqueça – Fernanda Takai.
( Aviso: Não é necessário ter assistido ao drama para entender este livro )
2019
Shim Su Ryeon tinha uma família linda, era o costumava pensar, aos 40 anos, uma mulher muito linda e elegante, morava na maior cobertura de Seul, Coréia, seu apartamento ficava no andar mais cobiçado de todos os moradores daquela cobertura, ela era a mais rica daquele prédio, todos sabiam e a invejavam por isso, vivia em um mundo cercado por luxo, segredos e maldade, mas Shim Su Ryeon tinha o coração mais bondoso de todos aqueles que moravam na cobertura, uma personalidade graciosa e uma ingenuidade que não se enquadrava no meio em que vivia, mas só se deu conta disso, quando descobriu todas as mentiras que a cercava.
Mãe de um casal de gêmeos de 15 anos, a mulher era muito feliz no mundo fantasioso em que vivia, até descobrir todos os podres envolvendo seu marido, coisas terríveis que não havia perdão.
Ela andava pela enorme sala de seu apartamento, quando seu marido Joo Dan Tae se aproximou, puxando-a pela cintura. – Você está linda, ainda mais linda, como isso é possível? – comentou o homem, tocando carinhosamente ao redor do rosto da bela esposa.
Su Ryeon esboçou um sorriso. – Você é um homem bastante galanteador, sabia? – respondeu ela, olhando com carinho para o marido.
- Só estou sendo sincero, minha esposa.
Su Ryeon admirava o marido, mas nunca o amou como um dia havia amado seu primeiro marido, que havia morrido em um acidente trágico.
Naqueles tempos sombrios, foi Joo Dan Tae que a consolou e a ajudou a superar seu luto e tristeza profunda, ela se casou com Joo Dan Tae depois de um tempo, tinha um carinho e uma admiração muito forte por ele, ao se casar, pensou que um dia poderia amá-lo tanto quanto amou seu primeiro marido, mas isso nunca aconteceu, porém, a mulher havia aprendido a conviver bem com isso.
E mesmo sem amá-lo, ela era feliz ao lado dele, e tinha dois filhos maravilhosos que ela amava como se fossem biologicamente seus. Seok Hoon e Seok Kyung eram filhos de Joo Dan Tae com outra mulher, mas foi Shim Su Ryeon que os criou desde recém – nascidos, eles não faziam ideia de que ela não era a mãe biológica.
Seok Hoon era um garoto lindo e educado, muito terno, dono de uma personalidade mais tímida se comparada a sua irmã gêmea.
Seok Kyung era uma garota linda e de personalidade forte, costumava ser a irmã "dominante", Seok Hoon fazia de tudo pela irmã, nunca ousou desobedecê-la. Mas Su Ryeon amava aqueles dois como se tivessem vindo dela, não conseguia imaginar uma vida sem eles.
Ela também tinha outra filha, Joo Hye In era sua filha biológica com seu antigo marido, mas a garota era muito fraca, doente, desde nova cresceu em um hospital, vivia deitada, com os olhos fechados, Su Ryeon só havia visto seus olhos quando ela era recém-nascida, depois os olhinhos dela se fecharam e nunca mais se abriram, a garota estava em coma, e Su Ryeon sonhava com o dia em que a filha acordaria, mas parecia uma realidade muito distante naquele momento.
Seok Hoon e Seok Kyung foram os responsáveis por salvar Shim Su Ryeon de uma depressão profunda, enquanto ela cuidava de sua filha doente no hospital, em casa, ela tinha o amor do seu casal de gêmeos, que fez com que ela se tornasse mais forte, por eles e por Joo Hye In também.
O marido beijou sua esposa e o beijo foi interrompido depois de alguns segundos, quando Seok Hoon e Seok Kyung entraram na sala, anunciando a presença repentina.
- Mãe... – chamou Seok Kyung.
Su Ryeon se soltou do marido e sorriu, indo em direção à filha. – Sim, meu amor? – perguntou a mulher, tocando carinhosamente no delicado rosto da menina, que a olhava com ternura.
- Preciso de um tutor, estou tendo dificuldades na escola... – a voz de Seok Kyung era carregada de medo.
- É normal ter dificuldades no colégio, irei contratar uma tutora para você, não se preocupe – disse ela, fazendo carinho no cabelo longo e castanho escuro da filha.
- Talvez se você fosse mais inteligente, não estivesse passando por dificuldades no colégio, o seu irmão nunca apresentou problemas com notas e vocês dois são da mesma sala – falou Joo Dan Tae, com firmeza, Seok Kyung se encolheu ao ouvir as palavras do pai.
Su Ryeon puxa a filha para si e a abraça de lado, olhando para o marido com decepção, o único defeito que ela encontrava no marido era o fato dele ser muito rígido com os filhos, ela não gostava da forma como ele costumava falar com o casal de gêmeos.
- Não fale assim com ela, querido. Seok Kyung é muito inteligente, é comum ter dificuldades em certas matérias, todos nós somos diferentes, não é certo comparar ela ao seu irmão e vice versa – a mãe defendeu a filha em um tom calmo, Su Ryeon era graciosa até mesmo quando tentava repreender o marido.
- Meu amor... você é muito bondosa e acaba mimando essa garota, é preciso ter pulso firme com eles – Joo Dan Tae disse em um tom irônico.
- "Essa garota" é a nossa filha, e como pais, precisamos ser pacientes e dar uma boa educação a eles, dizer que ela é burra não é algo que um pai ou uma mãe deve fazer, apesar das dificuldades, ela nunca tirou nota baixa, não exija mais que o necessário – respondeu a mulher, em um tom mais firme dessa vez.
Os olhos de Seok Kyung estavam marejados. – Está tudo bem mãe... obrigada pelo seu apoio – falou a garota em um tom baixo e saiu correndo.
- Viu o que você fez? – resmungou Su Ryeon, olhando com fúria para o marido, em seguida ela foi atrás da filha, deixando Seok Hoon sozinho na presença do pai, mas o garoto suspirou e saiu de perto, deixando Joo Dan Tae sozinho.
Su Ryeon subiu as enormes escadas de sua cobertura e foi em direção ao quarto da filha, bateu na porta de leve antes de entrar, encontrou Seok Kyung deitada em sua cama, chorando.
- Filha... – chamou à mulher se aproximando, ela se sentou na cama e tocou no ombro dela, a garota se levantou e se sentou com as pernas cruzadas de frente para a mãe, em vão ela limpou as lágrimas com as mãos, que insistiam em continuar descendo.
Seok Kyung era magra, alta, cabelo longo castanho escuro, franja Chanel, olho castanho escuro, a garota se parecia com Su Ryeon fisicamente, pareciam mesmo mãe e filha.
- Não fica triste querida, seu pai tem alguns pensamentos meio antiquados... isso me irrita nele, eu admito. Ele não fala por maldade, não acredite nas palavras dele, você é muito inteligente, sabe disso, não é? Além de você tem uma linda voz para canto clássico, e ainda desenha super bem – ela disse com ternura, evidenciando todos os talentos da filha.
A garota esboçou um sorriso. – Mãe, você sempre sabe como me consolar... ainda bem que tenho você – a garota falou com carinho, olhando para a mãe com admiração.
- Oh querida... eu só estou sendo sincera, não é porque você é minha filha, você é linda, inteligente e cheia de talentos, você também tem o seu irmão e a mim, claro – falou ela, fazendo carinho no cabelo da garota.
- Obrigada mãe, eu te amo muito, muito mesmo! – exclamou a garota, sorrindo, sua voz saiu em um tom mais animado e a mulher sorriu ao perceber que havia conseguido consolar a filha.
- Que linda, eu também te amo muito, meu amor! – Shim Su Ryeon falou e puxou a garota para seu colo, Seok Kyung se deitou nas pernas da mãe enquanto recebia carinho na cabeça, a mulher mexia no cabelo da filha com carinho.
- Eu amo o seu cabelo longo, tão sedoso... – elogiou a mãe.
Seok Kyung sorriu, ela sempre amou receber elogios da mãe. – Puxei a você!
- Sim, puxou a mim... – afirmou a mulher, sorrindo.
Depois de um tempo no quarto da filha, ela foi para seu quarto, seu marido ainda não havia saído para o trabalho, ela aproveitou o momento para abordá-lo.
- Querido, eu não gostei da forma como você falou com a Seok Kyung.
- De novo isso? Ela precisa se esforçar mais, estudar mais, é errado que um pai cobre isso de seus filhos?
- Não é errado cobrar, desde que seja feito direito, você comparou a inteligência dela ao do Seok Hoon, não cause rivalidade entre eles, além de que ser comparada ao irmão é horrível, principalmente quando o pai diz que o irmão é mais inteligente do que ela.
- Mas ele é mais inteligente.
A mulher arregalou os olhos, estava apavorada com as cosias que o marido dizia e pensava. – Claro que não, os dois são inteligentes! Não é errado ou vergonhoso ter dificuldades na escola, seus pensamentos são antiquados.
Joo Dan Tae suspirou, estava cansado de brigar pelo mesmo assunto. – Querida, você pensa assim porque eles não são biologicamente seus, se fossem seus filhos de verdade, você seria mais firme em relação à educação deles.
Aquilo foi o fim de sua paciência, depois de escutar o marido falar algo tão absurdo, ela sentiu raiva dele pela primeira vez na vida.
– Eu não acredito que você disse isso... a essa altura do campeonato você está dizendo que eu sou bondosa com eles porque não sou a mãe biológica? Isso é sério? Você mais do que ninguém sabe o quanto eu amo aqueles dois! Por eles eu dou a minha vida, eu sou a mãe deles desde que os dois eram recém-nascidos, eu ficava com eles no colo, amamentava, os colocava para dormir, eu sempre os tratei como meus! Como ousa dizer que eles não são? – os olhos dela estavam marejados, ela nunca se sentiu tão ofendida como naquele momento.
- Desculpa querida, não foi isso o que eu quis dizer...
- Eu estou cansada de você se achar mais capaz do que eu! Eu passei mais tempo ao lado deles do que você, que enche a boca para dizer que é o pai biológico... quer saber, eu vou ao hospital, ver a minha outra filha, coisa que você mal faz...
- Ei, espera, meu amor... desculpa! Eu tenho andado muito ocupado no trabalho e estou sem tempo para visitar a Joo Hye In – o homem tentou se explicar, pegando na mão da esposa, mas a mesma o empurrou.
- Não me venha com suas desculpas, você não a vê como sua filha, eu sempre soube disso.
- Claro que vejo! Eu sempre a considerei como minha, porque ela é um pedaço de você, um pedaço da mulher que eu amo. Mas eu fico muito triste a vendo naquele estado vegetativo... por isso tenho feito menos visitas, pode ser que ela nunca acorde, mantê-la viva naquele estado é algo bom para ela?
Algumas lágrimas escorreram pelo rosto de Su Ryeon, só em pensar na hipótese de perder a filha para sempre a machucava profundamente, saber que o marido pensava em desligar os aparelhos fez tudo doer dentro de si.
- Mesmo que não pareça, ela está viva e eu vou esperar ela acordar, eu vou embora... – respondeu com a voz embargada, saindo às pressas daquele quarto.
Não houve um dia desde que se tornou mãe, que Su Ryeon não sonhou com o despertar de sua filha, mesmo que o mundo todo dissesse que Joo Hye In jamais acordaria, ela sentia que um dia a filha acordaria e ela precisava acreditar nisso, era o que ela mais queria no mundo todo, se isso se realizasse, ela seria a mulher mais feliz e realizada, pois teria seus três filhos com ela.
No caminho até o hospital, ligou para alguns pais da escola de seus filhos, procurando contato de algum tutor ou tutora particular para Seok Kyung, conseguiu o contato de uma jovem, na ficha dizia que ela tinha 20 anos, ligou para a garota e marcou uma reunião para conhecê-la e conversar sobre horários e preços.
Bom Dia a todos <3 não sei se você é um fã de The Penthouse como eu sou, mas se está aqui, é porque alguma coisa nessa história te chamou a atenção, não é mesmo?
O que acharam do primeiro cap? Me contem aqui nos comentários, em breve postarei os próximos capítulos, beijos e se cuidem <3
https://youtu.be/Mj9A4WP75Sk
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