Briga
"Então sou grato pela minha irmã, mesmo que briguemos às vezes
Quando o ensino médio não era fácil, ela me ajudou a sobreviver
Eu sei que ela nunca me deixaria e eu odeio vê-la chorar
Então eu escrevi esse verso para dizê-la que sempre estarei ao seu lado
O mundo não é perfeito, mas não é tão ruim
Se tivermos um ao outro, e isso é tudo o que temos
Eu serei o seu irmão e segurarei a sua mão
Você deveria saber que estarei lá por você
Quando o mundo não for perfeito, quando o mundo não for gentil.
Se tivermos um ao outro, então ficaremos bem
Eu serei o seu irmão e segurarei a sua mão".
- If We Have Each Other – Alec Benjamin
Seok Hoon estava sentado na beirada da piscina que fazia parte da cobertura de luxo onde morava, mesmo sendo apartamentos, era como se fosse um condomínio, pois tinha tudo, piscina, academia, era a maior cobertura de toda a Coreia do Sul.
Esperava por Eun Byeol, até que a garota chegou, ele a observou se aproximando cada vez mais, a garota era muito bonita, e ele gostava de ficar com ela, beijá-la, mas ele não gostava dela como pessoa, não era apaixonado.
Ela sorriu e se sentou ao lado dele, pegando em sua mão com carinho, Eun Byeol era muito pegajosa, ele não gostava quando ela agia como uma namorada, o sufocava em alguns momentos.
A garota deitou a cabeça no ombro dele, com as mãos entrelaçadas. – Senti saudades – disse ela.
- Nos vimos pela manhã no colégio e ainda voltamos juntos para cá...
- Você não pode ser romântico? – questionou em um tom irritado, se afastando dele, o garoto suspirou e a levantou, pegando-a no colo, como um noivo faz com sua noiva.
- Isso é romântico para você? – perguntou, olhando nos olhos, a garota esboçou um sorriso e tocou no rosto dele.
- Sim... Seok Hoon, você gosta de mim? – perguntou ela, no fundo, Eun Byeol não sabia o que ela significava para o garoto.
Ele sorriu nervoso. – Gosto, você é linda e eu adoro os seus beijos.
- Não é sobre isso que estou falando... – ela tentou achar um jeito de fazer a pergunta certa, mas o garoto sabia o que ela queria dizer, ao invés dele responder com a verdade, ele ignorou e fugiu da situação.
Seok Hoon pulou dentro da piscina com Eun Byeol em seu colo, ambos de roupas, a garota gritou quando percebeu o que ele estava fazendo, os dois foram ao fundo da piscina e voltaram à superfície juntos, em nenhum momento, ele a soltou.
- Você é louco! – gritou a menina, com a respiração afobada.
- Vai dizer que não gostou? – perguntou o rapaz, sorrindo, segurando-a pelo ombro.
- Tem sorte de estarmos sozinhos aqui.
- Sim, por que não aproveitamos isso? – perguntou ele, olhando de forma maliciosa para a garota.
Ela sorriu, e ambos tiraram as roupas, ficando apenas com trajes de piscina, ela com o biquíni e ele de sunga, ambos foram preparados, sempre que marcavam de se encontrarem ali, eles nadavam juntos.
Seok Hoon a puxou para mais perto de si, a segurou pela cintura, seus corpos se colaram e ambos iniciaram um beijo longo e intenso, sempre que estavam juntos, se beijavam mais do que conversavam, para ele, o que tinham era algo físico, para ela era sentimento.
Os beijos na piscina ficavam a cada dia mai quente, o garoto beijou o pescoço dela, fazendo-a se arrepiar por inteira, sua mão foi parar nas costas dela, e ele abriu o biquíni, quando Eun Byeol sentiu o biquíni se soltar, ela travou e segurou os seios com as mãos, impedindo-o de ver, ele percebeu e a soltou, ele a olhava com intensidade, as respirações de ambos acelerados.
- Desculpa! Fiz no calor do momento, pensei que você quisesse tanto quanto eu. Desculpa – pediu ele, tentando acalmar a respiração.
- Me ajude a colocar de volta – pediu ela, a garota se virou de costas para ele e vestiu o biquíni. – Amarre – falou ela.
O garoto amarrou o biquíni para Eun Byeol, ela se virou de volta, seu olhar estava estranho e Seok Hoon percebeu, ele nunca tinha feito sexo, mas desde que começou a ficar com Eun Byeol, ele tem sentido fortes desejos.
- Ficou chateada? Me desculpa, por favor! Eu não sei por que fiz isso... foi mais forte,. Quer dizer, eu pensie que você também... esquece, é melhor irmos embora.
Eun Byeol sorriu timidamente e tocou no rosto dele, fazendo-o olhar para si.
– Está tudo bem, apesar do meu susto, não foi ruim. Eu quero também, mas não assim, não na piscina, quero que seja especial.
De repente, o garoto percebeu o quão errado seria se fizesse ela se entregar a ele de corpo sabendo que ele não gosta dela como uma namorada, era gostoso ficar com ela, ele sentia desejos, era a primeira garota com quem havia ficado, mas não era certo fazer isso, ele sabia que ela gostava bem mais dele do que ele dela.
- Entendo... é melhor esperarmos, ainda é cedo para isso, vem, vamos voltar – disse ele, saindo da piscina, ela ficou sem entender, mas o seguiu, ele a ajudou a sair, pegaram suas roupas, torceram o excesso de água.
- Quando chegar na sua casa, tire a roupa molhada no mesmo instante - falou ele, observando-a vestir a blusa ensopada.
Eun Byeol sorriu. - Está preocupado que eu adoeça?
- Sim.
- Fofo...
Ele sorriu e então pegou na mão dela. - Vamos?
- Sim, meu amor - respondeu ela, satisfeita com a preocupação e o carinho que ele estava demonstrando.
Seok Hoon suspirou e os dois voltaram juntos para seus apartamentos, ele a deixou em seu andar e se despediram com um beijo rápido.
- Até amanhã - disse ele.
- Até amanhã...
Seok Hoon apertou o botão e subiu mais um andar de elevador, quando ele chegou em seu andar, se deparou com Da-Mi, ela o cumprimentou, mas ele a parou ao notar que ela estava usando a bolsa de sua irmã gêmea.
- Desculpa... quem te deu essa bolsa? - perguntou, ele a olhava de forma suspeita.
- Sua irmã me deu, ela disse que não usava, sua mãe também sabe - respondeu a jovem, um pouco nervosa com a situação.
Seok Hoon engoliu em seco, os olhos esbugalhados assustaram Seol Ah.
- Entendo, eu só quis confirmar mesmo, me desculpa.
- Eu posso ser pobre, mas não sou uma ladrona - falou a garota, e se retirou, deixando o garoto com um sentimento de culpa.
O jovem suspirou. - Ela me lembra alguém... - disse a si mesmo e caminhou em direção a seu apartamento.
Quando ele entrou, tentou não fazer barulho, não queria que sua mãe o visse todo molhado, ela faria várias perguntas e naquele momento ele não queria falar sobre seu rolo com Eun Byeol, mas quam apareceu, pegando-o de surpresa, foi sua irmã Seok Kyung.
A garota estava com os braços cruzados, o olhava séria, e balançou a cabeça negativamente, o repreendendo. - Sério? Como consegue ficar se pegando com a Eun Byeol em um momento como esse? - seu tom de voz estava alterado, ele revirou os olhos, sabia que não teria como fugir de uma discussão com a irmã.
- Não seja chata, Seok Kyung, qual o problema? Eu devo ficar sozinho chorando o tempo todo? Eu sou um adolescente, preciso me sentir como um.
- Egoísta. Enquanto você se diverte como um adolescente, eu preciso ficar em alerta o tempo todo! E se o papai resolve me bater em um momento em que você estiver se pegando com a Eun Byeol?
- E vai mudar se eu estiver aqui? Ele vai bater de qualquer jeito, comigo ou sem mim... e não exagera, ele não faz nada com a mamãe dentro de casa.
Os olhos de Seok Kyung marejaram. - Você mudou... desde que começou a se envolver com ela, você nem liga mais para mim, só quer saber de ficar se pegando com ela o tempo todo...
- Não seja dramática, já faz um tempo que o papai não nos bate, se tem tanto medo dele, fica colada na mamãe o tempo todo.
- Você sabe que ela tem que sair ás vezes! Não posso ficar indo com ela o tempo todo, e eu tenho minhas aulas particulares, preciso me dedicar aos meus estudos, eu não sou tão inteligente quanto você! - a garota ficou exaltada, algumas lágrimas desciam por seu rosto.
- Talvez se estudasse mais ao invés de bater nas garotas do colégio, não precisaria de aulas particulares - provocou Seok Hoon, eles não eram de brigar, mas quando acontecia, brigavam feio.
- Seu idiota! Como se você não fizesse o mesmo que eu!
- Pelo menos eu vou bem nos estudos, difernete de você que precisa de aulas particulares de uma garota que não tem nem metade do nosso dinheiro, mas que é muito mais inteligente do que você! - gritou o garoto, ele ficou furioso com a cobrança exagerada da irmã, não era a primeira vez que ela agia assim, era só ele começar a ficar mais feliz, que a irmã aparecia como se quisesse o lembrar o tempo todo de que ele não tinha o direito de ser feliz devido aos abusos fisicos que sofrem dentro de casa, como se ele tivesse que viver apenas para ela, como se o fato dela ser infeliz fosse culpa dele.
- Idiota! Idiota, egoísta! - a garota gritou, partindo para cima dele, batendo forte, ela estava furiosa e não se importava em machucá-lo.
- Pelo menos a Da-Mi se preocupa mais comigo, do que o meu próprio irmão!
Ele não se defendeu, apenas ficou apanhando, virado de costas. - Você gosta tanto dela assim? Para dar a bolsa que você ganhou da mamãe para ela? Para ter contado a ela sobre o que você sofre? Não acha que está "boazinha" demais com alguém que você mal conhece? Por que não adota ela como sua irmã, então? - revidou ele, Seok Kyung continuou batendo nele, enquanto lágrimas escorriam pelo rosto.
- Sim, eu gosto dela! E daí? Idiota, você pode ficar com a chata da Eun Byeol, mas eu não posso ter outra amiga além dos nossos? Você é um hipócrita.
O garoto se virou de frente e quando ele viu os olhos da irmã, se sentiu culpado por tudo o que disse, pela briga desnecessária que haviam tido, mas ele sabia o quão rancorosa Seok Kyung era, ela não o perdoaria tão fácil.
- Você não gosta da Eun Byeol? Pensei que vocês duas fossem amigas.
- Somos mais colegas do que amigas, você sabe disso, ela sempre foi legal comigo por causa de você, ela sempre gostou de você, tenho certeza que no fundo, ela também não vai muito com a minha cara. Pelo menos a Da-Mi me vê como uma garota normal, diferente de todo o resto...
- Da-Mi tem 20 anos, você tem 15, para ela, você é apena suma pirralha, um ganha pão.
- Não me importa, pelo menos ela é uma garota boa.
Seok Hoon riu. - Eu pensei que você odiasse as "garotas boazinhas".
- E odeio, odeio as garotas boazinhas, mas não a Da-Mi, me deixa em paz.
A porta principal se abriu, o pai dos garotos havia chegado, Seok Kyung congelou ao vê-lo se aproximando, a mãe estava no banho no andar de cima.
- Que lindos os meus filhinhos brigando... eu escutei tudo e vi tudo... para o escritório agora, vocês dois - ordenou Joo Dan Tae, o olhar furioso com um misto de diversão.
Seok Hoon ficou na frente da irmã, em uma tentativa de protegê-la. - Pai, não faça isso, por favor... eu estou implorando - a voz do garoto estava em um tom desesperador, e seus olhos repletos de medo.
- Agora, Seok Hoon! - gritou o homem.
- Pai, por favor... a mamãe está tomando banho, eu vou gritar - ameaçou Seok Kyung com os olhos marejados.
- Grite, faça isso, sua amada mãezinha vai sofrer o mesmo que vocês dois, querem isso para ela?
Seok Hoon e Seok Kyung deram as mãos e juntos foram com o homem até o escritório dele, dentro da sala, tinha uma porta que dava para outra sala, era como um esconderijo, lá dentro era a prova de som, o pai fazia tudo de caso pensado, ninguém nunca os escutaria ali, ele poderia bater nos filhos o quanto quisesse, que Su Ryeon jamais não poderia escutar.
O homem separou os filhos e pegou primeiro a Seok Kyung. - Pai, por favor, não! Não bata nela! Estou implorando ao senhor, por favor, bata em mim! Mas não bata nela! - gritou Seok Hoon, tentando afastar a irmã do pai.
Joo Dan Tae riu e empurrou com força o filho no chão. - Não seja intrometido! Pare de ficar protegendo a sua irmã! Primeiro vai ser ela e depois você.
- Mas ela não fez nada de errado, pai! - lágrimas escorriam pelo rosto do garoto, assim como lágrimas também desciam pelo rosto da garota.
- Claro que fez, primeiro, ela é uma burra que precisa de aulas particulares de uma garota pobre! Segundo, ela bateu em você primeiro, e terceiro, ela está gostando e dando confiança para a tal da tutora pobre! Eu não criei você para ter sentimentos, você é ruim, ruim como eu, não seja boazinha agora! - gritou o homem, puxando a menina, ele pegou o chicote e começou a bater nas costas dela com força, seu olhar não mostrava piedade, Seok Kyung chorava alto enquanto apanhava, Seok Hoon estava em prantos, ele não suportava ver a irmã sofrendo, chorando, apanhando do pai.
Ela era só uma garota, não merecia passar por isso, ele daria a vida para apanhar no lugar dela, mas o pai era um homem ruim e sentia gosto em ver os dois sofrendo.
- Chega, pai! Chega! - o garoto implorava, mas o homem continuava batendo na menina, até que ela caiu no chão, o garoto foi desesperado até ela, mas o pai o pegou pelo braço.
- Agora é a sua vez!
Seok Kyung não tinha forças para gritar, ela tentava se levantar, mas todo seu corpo doía muito, o garoto apanhava chorando, mas não queria dar o gosto ao pai de vê-lo gritando de dor.
O homem sorriu e largou o chicote. - Você descobriu o seu erro, Seok Hoon? Sabe por que apanhou também? - perguntou o homem, olhando com fúria para os dois.
- Ser seu filho? - o menino se atreveu a responder.
O homem riu ironicamente. - Não, seu erro foi amar de mais a sua irmãzinha e a sua mamãezinha, se você não se importasse com elas, não precisaria pssar por nada disso. Ah... e já ia me esquecendo, controle seus hormônios, a piscina da cobertura não é lugar para você fazer coisas impuras com aquela garota... antes de fazer qualquer coisa, se certifique de não engravidá-la - o homem falou em um tom firme e riu, saindo da sala, deixando os gêmeos sozinhos.
Seok Hoon se levantou e foi até a irmã, para ajudá-la a se levantar, a garota aceitou a ajuda e ambos se sentaram no pequeno sofá que tinha ali.
O choro da irmã saiu alto, desesperado, o garoto a abraçou, doía cada parte de seu ser vê-la naquele estado. - Vamos ficar bem, vamos superar isso... isso vai acabar um dia... me desculpa! Desculpa... - a voz dele saiu embargada.
- Nunca vai acabar... ele sempre vai nos bater por nada! Eu estou com tanto medo, Seok Hoon, eu não aguento mais isso, eu sinto que vou enlouquecer... eu preciso contar a mamãe, ela vai nos proteger, sim, ela não vai deixar que ele nos bata mais - a garota falou, os olhos esbugalhados e a respiração acelerada.
- E se ele a machucar como nos machuca?
- Não, ele não seria capaz de fazer isso com ela...
- Mas e se ele for? Não quero ser responsável, não vou suportar ver a mamãe passando pelo mesmo que nós dois.
Naquela tarde, o casal de gêmeos ficaram por algum tempo tentando se recompor escondidos naquele escritório, se limparam e tentaram se acalmar, esperaram o rosto e os olhos ficarem menos vermelhos, se eles saissem naquele estado e encontrassem a mãe pela casa, ela saberia e descobriria tudo, eles precisavam pensar no que fariam para sair daquilo, daquela vida miserável no qual sofriam abuso físico do pai, eles o odiavam, odiavam o que o pai fazia, a forma como ele não demonstrava uma gota de pena, aquilo os assustavam, os magoavam.
- Você precisa se certificar de que a Da-Mi não conte para a nossa mãe, agora que o papai sabe que a Da-Mi sabe sobre isso, ele vai ficar na sua cola, pode ser perigoso até mesmo para a Da-Mi.
- Eu cuido disso...
O garoto não falou nada, ma ssabia que ela se sentia culpada e sabia que ela estava com medo. - Vai ficar tudo bem, nenhum sofrimento é eterno - ele falou, tentando consolá-la.
A garota esboçou um sorriso fraco e não falou nada, não sabiam como sair daquela situação, eram podres de rico, mas tinham o coração quebrado e a mente repleta de problemas, Seok Hoon e Seok Kyung só eram felizes naquela casa verdadeiramente quando estavam ao lado da mãe, se não a tivessem ali, seria um verdadeiro inferno.
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