⚜︎Episodio 1/Parte 2⚜︎
New Orleans 1915
Em uma rua escura uma jovem dama passa olhando para todos os lados desconfiada, com medo de ser vista por aquelas bandas. Após andar mais alguns minutos chega a um beco escuro e úmido parando em frente a uma porta. Dá duas batidas e uma pequena janela se abre, e olhos ardentes se mostram observando quem havia batido do outro lado. A moça então mostra um pequeno papel em mãos aos olhos na portinhola, ao ver o que havia escrito no papel automaticamente a pequena abertura se fecha e a porta se abre, a moça então adentra ao local.
Do outro lado um homem negro de grande estatura fecha a porta, encara a pequena moça de cima e com uma voz grossa pede para que ela o siga. A moça obedeceu com sua pequena bolsa em mãos em meio ao peito o corpo encolhido com receio do desconhecido lugar. Ao seguir o grande homem passa por um corredor vermelho e logo a frente cortinas coloridas se mostram escondendo o que havia do outro lado, o grande homem abre uma delas e com um aceno aponta para dentro abrindo passagem para a nova visita.
A pequena moça passa pela meia cortina aberta e do outro lado uma mesa se mostra com um grande globo brilhante que emitia uma luz quase sobrenatural. A moça fica estática e sem reação, por trás do globo uma mulher morena de cabelos pretos e longos com roupas extravagantes e um pequeno turbante se destacavam, a mulher faz um gesto com a mão para que a moça se sentasse em uma cadeira próxima, relutante, a moça se aproxima devagar encarando a orbe hipnotizante a sua frente.
A mulher então faz alguns gestos com a mão sobre esse globo e finalmente quebra o silêncio sepulcral da sala.
— Belzede, oxóssi!! Faça a sua pergunta, minha querida! - diz a mulher em meio a palavras estranhas e indecifráveis.
— Ah… eu vim aqui, e….
— Diga!! Não tenha medo. O que quer saber? - pergunta novamente a mulher.
— Eu quero saber se meu ex irá voltar… para mim. - diz finalmente a moça assustada.
— Zabumba!!! - a mulher faz gestos novamente com as mãos sobre o globo que brilha mais intensamente.
Após alguns minutos em gestos a mulher então para, observando o globo, flashes de luz despontavam em seu rosto, parecia mostrar algo.
— Sim!! Seu amor estará de volta daqui a duas primaveras, ele é um belo rapaz! Seu nome.. É Ernest...
— Isso.. Meu Deus.. E ele mesmo!! - diz a moça quase chorando.
— Mas tem um pequeno problema em seu retorno!! - diz a mulher.
— Que problema? Diga-me por favor!! - pergunta a moça.
— Ele já está casado com uma dama e está feliz!! - diz a mulher.
A moça com olhos arregalados se desmancha em lágrimas.
— Não! O que pode ser feito? Diga-me!! Eu pago, eu tenho muito dinheiro. - diz a moça em desespero.
— Posso fazer alguma coisa, mas não será barato! - diz a mulher.
— Faça! Em seu anúncio estava escrito "trago seu amor de volta, amores impossíveis e a cura do coração partido". Então eu quero meu amor de volta!! - diz a moça com a maquiagem dos olhos borrada.
(.......)
Um casal andava numa pracinha de braços dados, tinham acabado de assistir a um concerto de rua, ambos riam um ao lado do outro, o homem de vestes elegantes falava algo ao ouvido de sua amada, e ela ria, dentes brancos e brilhantes se destacam em seu rosto dando o ar de felicidade e harmonia. De repente uma figura aparece andando por trás dos pombinhos, eles não percebem, conforme andavam mais a figura parecia estar mais próxima.
Andando mais uns passos o homem percebe algo e olha rapidamente para trás, um pequeno facho de vento é sentido, ele fica um tempo olhando para trás, quando retorna o olhar para a amada vê algo assustador, uma mulher de cabelos longos e escuros estava agarrada ao pescoço de sua dama, a mesma estava com olhos arregalados fixadas em seu amado. O homem tenta gritar ou se mover, mas não consegue, sangue escorria grosseiro pelo seu pescoço sujando seu belo vestido branco de rendas que agora estava manchado pela cor predominante.
A mulher então solta a dama que cai abruptamente ao chão pálida e sem vida, o homem sem poder fazer nada, chora ao ver a sua amada, agora falecida. O homem encara a mulher morena de cabelos longos, a mesma o encara com olhar feroz de olhos vermelhos, pequenas veias se destacavam abaixo de seus olhos, uma aberração estava presente, a mulher em velocidade se aproxima do rosto do homem com lágrimas aos olhos, e o encara olhando dentro de suas íris castanhos claros e diz:
— Uma moça que o ama o espera em New Orleans! Esqueça esse pequeno fardo caído ao chão, o seu amor verdadeiro se chama Meredith, é ela que você ama, e você irá voltar e recebê-la de braços abertos! Agora ande e volte para sua casa. - finaliza se afastando do homem, que estático, dá meia volta andando em direção a próxima esquina.
A mulher volta o seu olhar ao corpo estirado ao chão, ao mesmo tempo limpa a boca suja de sangue. Enquanto isso um homem grande aparece na esquina, se aproxima do corpo e o pega colocando sobre o ombro. A mulher o encara.
— Enterre o corpo no lugar de sempre, você sabe o que fazer.
(......)
Alguns dias se passaram. Um homem com terno e chapéu entra por um corredor escuro e úmido entre as vielas, chegando então a uma grande porta, dá duas batidas fortes, a portinhola que se encontra na porta se abre, o observador observa, após ver quem era o visitante arregala os olhos, logo abre automaticamente a porta para que o homem entre.
O visitante bem vestido segue o corredor vermelho, parecia já saber o caminho, logo a frente onde se encontra as cortinas coloridas, dessa vez abertas, ao fundo se encontrava a mulher de cabelos longos e negros estava sentada sobre a mesa, ao notar a presença do homem, desvia seu olhar diretamente a ele.
— Sr. Mikaelson! O que devo a honra de sua visita? - diz com um meio sorriso.
— Francine Lavoar! Você sabe muito bem que só venho a essa espelunca colorida quando eu realmente preciso das suas técnicas de persuasão. - diz o homem em um riso e sobrancelhas levantadas.
— Hum, cativante como sempre, e belo. Diga então o que essa humilde serviçal pode fazer dessa vez? - diz Francine em reverência.
— Sabe Francine, e disso que gosto em você, ao contrário dos meus irmãos, você me ouve e faz o que eu ordeno. - o homem fala com sorriso ao rosto bem próximo a mulher.
— Seu sorriso me ganha Sr. Mikaelson, mas sou eternamente grata ao Sr., desde aquele dia que o senhor me livrou da morte.- o homem rir pondo o dedo indicador em frente a boca.
— Te salvei minha linda, porque era útil para mim, onde eu iria encontrar outra herege rara e especial como vós? Hum? Não se engane com esse rostinho eu não sou... vamos dizer assim... um homem muito piedoso. - o homem fala enquanto senta em um banco próximo rindo e encarando a mulher.
— Ainda assim sou grata, meu rei!
— Ótimo! Então seja grata e prepare seus dotes vampirescos e poderes místicos, iremos encontrar um inimigo incomum. E por favor chega de "Sr." me chame apenas de Niklaus!
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