☀ 23

Nancy Carter

Já era outro final de semana. As coisas que eu planejei com o Nick e a Debby para juntar a Nath com o Howie, o nosso querido amigo latino está tão apaixonado que chega a ser muito fofo. E a nossa amiga fotógrafa tem muita sorte, com certeza.

Sem mais delongas, eu estava na cozinha, preparando uns biscoitos deliciosos. Hoje termina aquela palhaçada de simulação de casamento.

— Que cheiro maravilhoso.

— Está melhor do que aquele pudim horrendo de chocolate? — Indago incrédula para o loiro que gargalhou momentaneamente. — Eu faria um melhor pra você.

— Não me diga que ainda está com ciúmes? — Ele me abraçou por trás, beijando o meu pescoço.

— É óbvio que sim, Brian. — Digo deixando as massas dentro de um pote. — E você deveria se calar, pois lembre-se daquele surto que você teve naquele dia.

— Eu não sabia que era da Nath que ele gostava.

— Gosta ainda. E muito. — Digo beijando o seu rosto. — Vou lá nos Dorough.

— Okay, é… eu queria tirar uma dúvida com você. Só para saber se é uma paranóia minha.

— Pode falar. — Digo pegando o meu casaco e cachecol e fico esperando a sua pergunta.

Littrell ficara pensativo e soltou um suspiro.

— Você acha que rola algum clima entre a Helena e o AJ?

— Eu nunca pensei nisso, por quê?

— Acho que eles andam mais próximos ultimamente. Depois que a Ingrid foi embora, ele ficou meio estranho, com um humor bipolar.

Fiquei olhando estranho pra ele e abri a porta, recebendo a brisa fria tocar em meu rosto.

— Eu não sei. Teve um dia que ele falou de uma garota chamada Stacy.

— Foi a primeira namorada dele, realmente foi triste o término de ambos. — Sorriu tristemente. — Eram um casal perfeito, mas a Stacy teve que se mudar para o Canadá e nunca mais saiu de lá, então, não temos mais a sua notícia. Espero que isso nunca aconteça com a gente.

Que mágoa eu senti na hora.

— Eu também. — Digo antes de sair.

Durante essa semana, eu fui chamada para fazer um teste. Como fosse de aptidão, sabe? E era um teste com questões muito difíceis, acredito que era do nível superior por causa dos conceitos que solicitava. Não sei quando sairá o resultado e pra quê serve esse teste, o que fez o meu querido Brian se preocupar um pouco.

Acho também que a tal Stacy poderia ter várias atitudes do AJ, se eles eram considerados um casal perfeito, não existe uma causa maior. Talvez ela poderia ser uma garota muito legal e seria muito bom se ela fosse regredir aqui em Nova Iorque. Seria bom conhecer mais uma integrante da gangue.

Assim que cheguei na casa dos primos latinos mais queridos desse conto, eu vi a Natasha, quase tocando a campanhia.

— Nancy, como anda? — Ela sorriu.

Como estava nevando muito e fazendo frio pois o final do ano se aproximava, não tinha como negar o quanto os cabelos flamejantes da Nath estavam chamando tanta atenção. Na minha opinião, eu achei isso bem diferente e bonito, ela deveria ser apreciada por várias pessoas ao redor da vizinhança.

— Olá, Nath. — Sorri pra ela. — Veio visitar o Howie?

— Também. A Helena me chamou para bater papo. — Disse e a porta se abre apresentando o mesmo. — ¿Hola, esta casa está bien climatizada?

(Olá, esta casa está bem aquecida?)

Pronto, lascou tudo. Espanhol não é o meu forte.

— Que surpresa ver vocês duas! Entrem, por favor. —  Howie abriu mais a porta e deixei ela entrar primeiro. — O que tem dentro desses potes?

— Algo que eu fiz pra todo mundo, a única coisa que eu sei fazer na cozinha. — Digo fazendo o mais velho rir. — Não conta isso ao Brian.

— Por que?

— Porque ele acha que eu sei fazer pudim de chocolate e eu sou um desastre na cozinha! — Digo andando com o mesmo até o quarto da Lena. — Senão ele vai passar o dia inteiro me perturbando.

— É melhor deixar na promessa, Nancy. Então, vai querer fazer a redação agora?

— Sim, eu vim pra isso.

Dias depois

— E foi assim que aconteceu o nosso casamento. — Digo e fomos aplaudidos.

Nick e Debby só sabiam rir da minha cara, um dia eu jogo na cara deles qualquer pérola que for acontecer.

— Muito bem, vocês dois. Podem se sentar.

— Até que não foi tão ruim assim. — Dorough afirmou e eu concordei, me sentando do lado do meu namorado. — E aí, Brian? Como vai andando o seu pé?

— Eu só sei que estou devendo um prato de vinte dólares. — Disse apoiando a sua cabeça sobre o meu ombro.

— Pede emprestado a Nick. — Digo e ele ri ironicamente.

— Deus me livre, só faltou ele me jogar no meio da avenida por causa do dinheiro dele! E ainda estou esperando o MEU CASACO!

Littrell olhou para o mais novo que o olhava com deboche.

— Você perdeu, playboyzinho. Aceite! — O loiro retrucou enquanto Debby estava bem concentrada fazendo tranças no cabelo dele.

— Nancy Carter se encontra? — O diretor aparece na sala com um papel na mão.

Várias pessoas olhavam pra mim, como eu estivesse feito algo muito errado para a escola. E isso me incomodava o bastante.

— Ô seus palhaços, por acaso vocês se chamam Nancy Carter?! Voltem a fofocar, infelizes. — Nick fala firme e forte na defensiva.

Me levanto e vou andando, o diretor pediu que eu pegasse os meus materiais que estavam na sala e assim fiz. Ele me levou até a sua sala e lá estava a minha mãe e infelizmente eu acho, o meu pai.

— O que aconteceu? — Indago ficando no canto da sala, encostada na parede azul marinho. — Tem haver com aquele teste?

— Sim, realmente tem haver com o seu teste.

Qual é a polêmica da vez, hein?

— Nancy, eu te chamei aqui para te dar uma boa notícia.

Cruzei os meus braços e vi os três rapidamente. Eu acho que alguma coisa deu merda aí.

— E qual é essa notícia? — Pergunto entediada.

— Querida, você foi a nota mais alta de toda a escola que fez esse teste! — Mamãe disse toda entusiasmada. — E você não faz ideia do quanto estamos felizes por você.

— Ele tá feliz por mim?! — Aponto para o indivíduo na minha frente. — Pra quê servia esse teste?

Os três se entreolharam e voltaram pra mim, com um sorriso em seus rostos. Eu não tô gostando disso, realmente não estou.

— Pra ganhar uma bolsa integral para… Harvard. — O pai afirmou com um olhar peculiar pra mim. — Eu realmente estou feliz por você, Nancy. Fiz bem em ter autorizado o seu nome naquela lista.

Eu não acredito.

Então, no dia daquela briga quando ele pegou a minha bolsa, ele colocou o envelope de convite dentro dela. Sem eu saber e obviamente saberia que eu iria passar e assim, ficar longe do Brian. Como eu o odeio.

— Você fez isso?! — Reviro os meus olhos. — Eu não acredito nisso, só pode ser brincadeira!

— Filha, você vai para uma das melhores universidades desse país e está achando pouco?!

Cubro o meu rosto para perder a vontade de encher a cara dele de tapa!

— Eu não tô achando pouco, eu só estou achando um absurdo em ter feito isso sem a minha decisão! — Grito com o mesmo. — E não me chame de filha.

O ambiente pesou pela sua culpa agora e eu desejo que estou apenas tendo um pesadelo.

Como esse ser humano teve essa ideia?!

— Nancy, é o seu futuro. Você vai para Harvard ainda neste mês e eu sei que no fundo tenho razão. Eu sei que você já sabe no que vai se tornar, vai formar uma família e quando estiver com a sua família, vai aprender o motivo de eu ter tentado abrir os seus olhos para o mundo.

— Não. Eu posso ir pra lá, me graduar e me especializar, mas eu não vou voltar atrás e dizer que você tem razão e muito menos tentou abrir os meus olhos. — Digo apontando o meu indicador para o seu rosto. — Você só soube reclamar comigo desde sempre.

Saí da sala e fui andando para o lado de fora. Fui andando até a Conney e sentar no banquinho da praça e começar a chorar litros. Eu não acredito nisso, se fosse a minha mãe, eu poderia estar bem, mas foi ele e ele não quer me ver satisfeita de tudo o que eu tenho. Eu não mereci ter nascido e ser filha dele, não mesmo.

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