☀ 19
Nancy Carter
Felizmente, quinta-feira chegou rapidamente para todos. Eu e Brian nos arrumamos para a escola, depois andando tranquilamente até o nosso destino, se encontrando com o Howie e a Helena no meio do caminho. Assim que chegamos, demos de cara com Nick que estava meio abatido na entrada da nossa escola.
— Oi, gente. — O loiro sorriu para todos e olhou pra mim. — Preciso falar com você, Nancy.
Assinto e fomos andando até uma área mais particular. Nos sentamos no banco e ele me entregou o que eu pedi, algumas roupas e uns objetos.
— A mãe quer que você volte. — Disse olhando para o nada. — Mas o pai quer você longe. Isto está tão complicado, irmã... eu... sinceramente, não vejo motivo dele estar te tratando assim só porque estava ajudando a mãe do Brian e ele também! Eu tentei falar com ele, até o Aaron tentou, mas ele só fez gritar com a gente.
— Nick, mesmo ter tentado convencer ele... era pra ter deixado entre a gente. — Digo olhando pra ele que negava na hora.
— É impossível, Nancy. Entenda, você faz falta lá em casa! — Sorri fracamente olhando para as minhas mãos. — Poxa, eu acho que só atingindo o papai com o cometa Harley que ele vai entender de que o Brian é o seu namorado e que vocês se amam, puta merda! Ele não percebeu de que você estava mais feliz toda vez que chegava em casa depois de ter cuidado dele?! Que estava mais aliviada de que estava vendo o Brian se recuperar mais rápido?! Pelo amor!
— Eu fico feliz que você compreende isso, mas... deixa que eu resolvo isso, okay? — Pego em seu ombro, fazendo o mesmo rir fracamente.
— Nancy, é só ele falar um pouco mais alto que você já começa a chorar.
— Você pare de estragar o meu barato, Nico! — O empurro e me levanto, até que o mais novo corre até mim. — Quer que eu corte o seu cabelo, seu infeliz?!
— É óbvio que não! — Retrucou cruzando os braços e fazendo bico. — Mas falando no assunto, como eu ficaria de cabelo cortado?
— Ficaria bonito, mais estiloso e sem essa cara de perturbado. — Brian brota entre a gente e dá um sorriso irônico para o meu irmão.
— Palhaçada, né?! Parece que voltou pior agora. — Gene joga o seu cabelo pra trás, porém dá em nada porque volta para o lugar. — Vão pra aula, vão!
Brian ficava rindo de si e nós dois fomos andando até o seu armário e fui até o meu, colocando as minhas roupas dentro do meu armário para quando for embora pegar depois. Quando eu estava saindo, dei de cara com um cartaz bem legal e fui ler a descrição. Corri até o Thomas e encontrei o mesmo falando com a Dodger, aquela cachorra.
— Ah e aqui está ela. — A morena revira os olhos. — É só falar no demônio que aparece.
— A Nancy não é demônio nenhum, Sophia. — Sorri para o mesmo que me deu uma piscadela. — Pra mim, demônio são pessoas que ficam nos pés das outras pessoas procurando convencer a fazer algo contra a vontade e... eu acho que tem um bem na minha frente. Não é não, Dodger.
— É, ela soube te manipular. — Sophia se afasta do mesmo e anda até mim. — Mas como você é uma praga, hein?! Aonde eu vou você está.
— Querida, aqui é uma escola pública e os corredores são públicos! Você não pode obrigar a ninguém passar por onde você pisou há um minuto atrás, aliás, eu não passaria porque tem muito enxofre. — Sorri de canto e ela foi embora, finalmente.
— Arrasou, Nancy! — Brian foi até mim, me abraçando e beijando em seguida. — E esse sorrisão no rosto, hein?
— É que eu vi um cartaz anunciando o baile de inverno! — Digo pegando em seu rosto. — Será neste sábado e sinto que será épico!
— Isso é ótimo. — Sorriu comigo. — Então... você aceita o convite de ser a minha acompanhante para o baile de inverno?
— Que bonitinho, hora da aula! — Howie aparece me puxando dos braços do loiro. — O Kevin está nos esperando.
— Eu vou fazer uma surpresa para você naquele ginásio! — Brian diz acenando e seguindo para a sua aula.
O que ele vai fazer agora, hein?
Eu e Howie fomos até a biblioteca, dando de cara com o Kevin que lia atentamente no seu livro de enciclopédia.
— Ah... — O moreno sorriu ao ver nós dois. — Bom dia, gente. Como foi esses cinco dias de folga?
Para resumir esses cinco dias de folga, houve um vazamento de gás na escola e isso foi uma vantagem para o Brian, assim ele conseguiu se recuperar com mais calma e recuperar todas as suas forças.
— Muito taco e guacamole. — Howie diz arrancando risadas do mesmo. — Também fui ao cinema com uma gatinha... só que eu descobri que ela só queria assistir o filme com qualquer pessoa porque não tinha a grana.
— Triste. — Richardson comenta fechando o seu livro. — E você, Nancy?
— Ah, eu e o Brian reatamos. — Digo soltando um suspiro. — E você, Kev?
— Ah eu... só fui curtir as apresentações da Broadway.
— Cheio de cultura esse daí. — Howie cochicha pra mim e ri fracamente. — Qual é o assunto da vez, hein?
— Boa pergunta, eu fiquei entre duas matérias. — O mais velho diz mexendo na sua bolsa. — Mas, já veio um na minha cabeça e acho que vocês vão conseguir aderir muito bem.
— Manda aí, hermano! — O latino abre o seu caderno e pega uma caneta.
O mesmo negou com a cabeça por causa da atitude do outro e abriu uma revista dedicada a história.
— Eu quero que vocês dois façam um trabalho explicando sobre a Segunda Guerra Mundial. — Jogou a página da revista no meio da enorme mesa.
— Perfeito, eu tenho um livro só explicando sobre isso. — Digo anotando na minha agenda.
Oh droga, o livro está lá em casa!
— Me empresta, amiga?
— Sem empréstimos. — Kevin já corta.
— Que coisa. Como eu vou poder tirar dez?! — O latino ficou revoltado com o mais velho e eu só cobria o meu rosto para não rir na cara dele.
— Estudando, duh! — Digo fazendo o mais velho rir. — Bem, eu já vou Kevin. Tenho que resolver uma coisa agora.
— Como quiser, aí eu fico aqui orientando o Howard.
— É Howie! — Retrucou. — Só Howie!
Guardo as minhas coisas e saio correndo pelo corredor vazio e vou até a academia, me encontrando com o Nick no clube de artes respondendo uma pergunta e parecia abrir detalhes do assunto, esse sim é o meu irmão.
Minutos depois, o mesmo já estava passando pelo corredor e assim me viu, com uma expressão preocupada.
— O que faz aqui, Nancy?! — Indagou, cruzando os braços.
— Eu tenho que fazer um trabalho de história e o livro que vou utilizar está no meu quarto. — Digo olhando para ele. — Você pode pegar pra mim?
— Posso, eu posso. — Assentiu por várias vezes. — Qual livro?
Droga, ele vai confundir por eu ter dois bem parecidos. Fiquei pensando se era o certo pedir ao mesmo ou se eu deveria ir enfrentando o olho do furacão.
— Esquece, eu vou pra casa buscar. Você veio de bicicleta? — Indago.
— Vim, mas e a Deborah?! Ela está sem passagem para o metrô.
— Oh droga. — Fico olhando para os lados e ouço o sinal tocar. — Eu vou dar um jeito, vou ver se o AJ veio de carro. Tchau!
— Tchau. — Despediu confuso.
Fui andando até a aula de química, me sentando ao lado de quem estava procurando. AJ me olhava um pouco desconfiado, sabia que eu iria aprontar.
— O que você quer, Nancy? — Indagou tirando os seus óculos e comecei a rir.
— Sabe, eu tenho que ir pra minha casa pegar um livro de história para o trabalho que Kevin e... eu não quero deixar o Brian saber disso.
— Sim e por quê tá falando isso?
— É que eu briguei com o meu pai por causa dele e se ele for junto, a coisa vai ficar maligna. — Explico ajustando os tubos de ensaio. — Então, você poderia me levar pra lá na hora do almoço, eu pegar o livro e depois voltar? Por favor, AJ.
O mesmo ficou pensativo quase a metade da aula e olhou pra mim. Às vezes o seu jeito um pouco misterioso e peculiar não ajuda.
— Eu te levo. — Afirmou e sorri para ele. — Mas se acontecer algo que pode acabar me envolvendo, eu conto para o Brian e o resto da gangue.
— Pode deixar. — Assinto. — E eu sabia que poderia contar com você.
— É, eu sabia que iria dizer isso. — Sorriu de canto, convencido.
Após a atividade da minha disciplina favorita, fui andando para a aula de espanhol fazendo um simples teste. Recomendo muito fazer amizade com pessoas de ascendência latina, ajuda muito.
Quando eu estava para me encontrar com o McLean no lado de fora, dei de cara com o Brian que corou imediatamente ao me ver.
— Oi. — Sorri para o mesmo, mexendo na sua jaqueta do time.
Oh droga! — Grito com a minha consciência e aquela vontade de dar aqueles chiliques de menininha mimada no momento foi enorme.
— Oi, meu amor. — O loiro me deu um selinho. — Estava indo ver o Nick? Ele foi para a lanchonete que abriu lá na frente com a Debby.
— Que legal... — Assinto. — Será que nós vamos conseguir juntar eles dois na noite do baile?
Vejo o AJ lá na porta da escola pedindo para eu adiantar as coisas.
— Esse é o seu plano para o baile? — Indagou e assunto sorridente, o abraçando e fazendo um sinal de espera para o outro lá em baixo. — É incrível. Sabe, eu vou ajudar o Nick a se declarar pra ela, o que acha?
— É perfeito, Brian! — Grito ainda sorridente. — Sabe, eu vou fazer com que eles dois se tornem rei e rainha do baile. Vou comprar um vestido maravilhoso para a Deborah.
— Incrível. — Sorriu se afastando do meu abraço. — Bem, eu vou para a cantina ficar com a gangue. Tenho certeza de que você vai atrapalhar o clima deles!
— Muito engraçadinho você, Brian. — Lhe dou um selinho. — Até a aula de inglês!
— Até, Nancy. — Acenou e foi andando em direção a cantina.
Fui correndo até o AJ e entramos em seu carro. O mesmo pisou fundo e ele passava por ruas desconhecidas, acho que atalhos. Depois de uns dez minutos de viatura, McLean estacionou o seu carro no outro lado da rua, de frente a minha casa.
— Eu vou ficar aqui por qualquer coisa. — Disse ligando o rádio e olhando para o seu relógio de pulso. — Você tem quinze minutos para pegar o seu livro e as suas coisas.
— Okay. — Saio do carro e olho para os lados se vinha alguém ou algum carro.
Pego a minha chave e destranco a porta de casa, adentrando na mesma. Olho para o corredor que dá no quintal e no quarto do Aaron e vou subindo as escadas, já que eu ouvi nenhum ruído de que alguém além de mim estaria lá nesse momento. Subi e destranquei o meu quarto, vendo tudo como eu deixei no último sábado.
— Vamos lá, livro. — Digo andando até a estante que fica ao lado da minha escrivaninha, pegando o mesmo.
Pego uma bolsa um pouco maior do que levo para a escola e coloco meus produtos de higiene e uns sapatos que o Nick não me entregou. Pego mais algumas peças e soco dentro da bolsa e fecho o zíper.
Abro a porta e vejo se ainda há sinal de que está vazio e saio, trancando o meu quarto e desço as escadas devagar, avistando a minha mãe. Olho para o meu relógio e faltam cinco minutos. Suspiro e desço as escadas, fazendo a mesma se assustar.
— Nancy, meu amor! — Ela me abraça apertado. — O que faz aqui nessa hora?! Não deveria estar na escola?
— Eu vim buscar algumas coisas para estudar. — Minto. Não queria dizer a ela que não voltaria pra casa quando tudo se resolvesse.
— Você vai voltar pra cá mais tarde? — Indagou, bem esperançosa.
O Nickolas puxou muito a ela em relação ao otimismo e preocupação em primeiro lugar. Eu sempre fui realista com as coisas, com as esperanças equilibrada.
— Mãe... — Sorri tristemente. — Você não vai querer que isso se repita de novo.
AJ McLean
Já se passaram quinze minutos e a mãe dela já chegou do mercado. Fico olhando para o lado de dentro da casa torcendo que Nancy saia imediatamente, até que o meu bip apita e olho.
Mensagem do Howie.
“A casa caiu!!!!!!!”
— Droga! Tenho certeza de que ele percebeu o desespero dela! — Falo comigo mesmo, esmurrando o volante.
Até que vejo o senhor Carter entrar na casa, ai que coisa! Nunca vi um plano bom dar tão errado!
Fico nervoso tentando me distrair com a música que tocava na rádio, pensando que tudo vai ficar bem.
E do outro lado da rua, Brian aparece correndo feito um atleta!
É nessas horas que eu queria pegar a Nancy e se teletransportar de volta para a escola, no clube de história!
Nancy Carter
Papai entrou em casa e fechou a cara ao me ver falando com a mamãe.
Oh droga!
— O que você faz aqui, Nancy? — Perguntou cruzando os seus braços, me olhando feio, como estivesse me vendo cheia de males.
— Eu vim buscar uns livros para estudar lá na escola. — Digo olhando para baixo.
Obteve uns segundos de silêncio vindo dele e sentia o seu olhar para a minha bolsa.
— Você é uma péssima mentirosa! — Ele grita puxando a bolsa da minha mão. — Pensa que eu não sei que você prefere estar com aquele garoto problemático do que a própria família?!
— Sabe por que eu prefiro estar com ele?! — Olho para o mesmo, sentindo o meu sangue ferver. — Porque além dos meus irmãos e amigos, ele me apoia, me traz boas energias e o pai dele é milhões de vezes melhor do que você! Você não significa mais nada pra mim, mal conheceu ele e já o tratou mal, quem você pensa que é?!
— Eu sou o seu pai. E você me deve respeito, Nancy. — Se aproximou de mim e sinto a minha visão ser distorcida. — Eu já disse uma vez, mas eu tenho certeza de que vou ter que dizer de novo. Eu não quero você junto com aquele babaca!
Minha mãe tentava fazer alguma coisa, mas eu negava com os meus dedos. Enxugo o meu rosto e fecho a cara, sinto uma claridade atrás dele, era porta que se abriu. Mas o meu foco é outra coisa, peguei a minha bolsa de volta e dei uns três passos para trás pronta para responder:
— Foda-se.
Foi uma simples resposta. Audaciosa, claro, mas foi uma resposta digna. Eu ouvia a minha mãe me repreender com poucas palavras e só dizia para ela. O pai ficou calado sem reação, acho que ele pensou de que não agiria assim, eu era aquela garotinha fofa que fazia penteados com os cabelos bem cortados com as minhas marias chiquinhas. Eu era aquela criança que insistia para que ele contasse uma estória para eu dormir, eu era a sua filha mais velha e deixei de ser depois que o mesmo destratou o Brian no dia seguinte que o mesmo foi pra cá jantar. Eu perdi a sensação de apoio que o mesmo dava a mim.
— COMO OUSA?! — Ele me empurrou para trás e com o susto, caí de lado, sentindo tudo de mim arder.
— NÃO BATE NELA! — Vejo o Brian empurrar o mesmo. — ELA É A SUA FILHA, SEU CANALHA!
— NÃO SE META! — Pai dá um murro no mesmo e ele revida, se transformando em uma briga feia.
Me levanto e corro até o outro lado da rua, jogando a minha bolsa no banco de trás do carro.
— O que houve?! O seu braço tá quase roxo! — AJ sai do carro imediatamente e puxo o mesmo para casa na tentativa de apatar a briga.
— Cara, fica frio aí! — Ele diz na tentativa de acalmá-lo.
Como eu estava vendo de que estava adiantando de nada, eu tinha que fazer algo que poderia me trazer consequências fisiológicas depois, além da queda.
— BRIAN, CHEGA! —Berro com todo o esforço voltando a chorar na mesma hora, me sentando no sofá. — Você sabe que não é assim que se resolve e você não é assim!
O loiro parou dando um empurrão no meu pai como o último ato e olhou preocupado para mim. Eu não sabia mais o que fazer, se chorava ou chorava mais ainda.
— Obrigado, filha.
— CALA A SUA BOCA! — Grito para ele, sentindo a minha garganta doer muito e o meu peito comprimir. — EU NÃO QUERO MAIS FALAR COM VOCÊ! NÃO QUERO MAIS QUE VOCÊ ME CHAMA DE FILHA, VOCÊ SÓ TEM O NICK E O AARON AGORA, OKAY?!
— ESSE DRAMA TODO SÓ POR CAUSA DISSO DAÍ?! — Ele retruca apontando para o Brian, que estava ofegante e passava o dedo em seu lábio inferior vendo um pouco de sangue. — Você não percebe, né?! Ele nunca foi digno de ser o meu genro, é um pobretão!
Olho para o loiro que ficou cabisbaixo e evitou de olhar para mim. Do que o meu pai estava querendo dizer agora?!
— Os pais dele ganham nem um salário mínimo, só para constar! — Disse se sentando em sua poltrona. — Você e o seu irmão só sabem se envolver com pessoas sem condições que não querem saber do próprio futuro e estão levando vocês no mesmo caminho!
— OLHA, SENHOR CARTER! — Brian ficou vermelho de raiva. — Só porque a minha família tem uma renda um pouco baixa que a sua, não significa que sejamos miseráveis! Eu estava juntando uma grana desde que virou esse ano para a matrícula da faculdade e ganhar uma bolsa através da escola. Mas, sempre existe segundos planos... eu não sabia qual curso me dedicar e apareceu a resposta bem do meu lado. — Ele apontou pra mim e sorriu caridoso. — Se não fosse a Nancy, eu ainda estaria em dúvida até... não sei quando. Descobri que a amo mais do que eu já amei alguém antes e sabia que deveria dar algo como agradecimento. Eu gastei todo o dinheiro que eu tinha por um objeto que dei a ela de presente, declarando todo o meu amor a ela. E ainda vem você com essa palhaçada dizendo que sou problema?! Será que é você, já que não sabe como apoiar os seus próprios filhos com as suas escolhas?!
Thomas foi até mim e me abraçou apertado, como no sábado e começo a me sentir tranquila aos poucos.
— A vida é dela e é ela quem vai cuidar, já que não é mais nenhuma criança. — Completou, beijando o topo da minha cabeça. — Eu sempre vou amar ela e se me ouvir dizendo que não, é a maior mentira.
— E também não fale mal da Deborah, ela será uma mulher forte de caráter. E tenho a absoluta certeza de que terá o Carter como sobrenome. — AJ diz lá da entrada da casa. — Senhora Carter, perdão pelo ocorrido. Vamos voltar.
Eu e Brian ficamos no banco de trás e ficamos abraçados, hoje foi um dia louco. AJ passou em uma farmácia e comprou uma pomada para dor pra mim e uns band-aid para o Brian, que cortou por cima de sua sombrancelha, onde estava uma hematoma maior do que as outras que tinham em seus braços e em outra parte de seu lindo rosto. O nosso amigo pegou as coordenadas dos nossos armários e voltou com as nossas coisas, nos levando para a casa dos Littrell.
— Nancy, hoje foi um dia muito louco. — McLean diz antes de eu sair do seu automóvel. — Além de tenso, foi legal. Eu fugi da aula de geografia que é um saco! Bem, até amanhã.
— Até, AJ. — Digo assim que saio e o mesmo dá partida.
Brian pegou na minha mão e fomos andando para casa. Ele me ajudou a arrumar as minhas coisas e passou pomada de onde doía muito no meu braço direito, com uma massagem suave.
— Estamos parecendo aquele casal de adolescentes bem rebeldes que não obedecem os pais e que picham o muro da delegacia. — O mesmo brinca, me fazendo gargalhar. — Nancy.
Olho atenciosamente para ele que me olhava fixamente e começou a acariciar o meu rosto.
— Você não sabe o quanto eu me senti destruído quando ele falava aquelas coisas para você. — Disse ficando mais próximo de mim. — É que... eu nunca vi um parente primário destratar alguém que criou e que tem o mesmo sangue e acho isso tão sem caráter.
— Tem razão. Eu também não imaginaria isso vindo dele, Brian. — Me apoio em Brian, encostado a minha cabeça em seu ombro. — Ele nem te conhece e te insulta.
— E eu não ligo pra isso. — Sorriu, me puxando junto com ele para se deitar. — Porque já recebi esporros maiores e vem de uma mocinha que está bem do meu lado.
— Você é muito chato. — Digo entrelaçando as nossas mãos e beijo o seu rosto.
— Chata é você que foi teimosa cuidando de mim. — Disse fazendo desenhos em minha barriga. — Mas você é a chata que eu amo.
Sorri timidamente e sinto as minhas bochechas queimarem. Me sento e fico olhando em seus olhos, passando os meus dedos em seus lábios.
— Te amo infinito. — Digo sorrindo de leve e vejo o mesmo ficar com as suas bochechas vermelhas.
— Que lindo, Nancy. — Disse ainda surpreso e se sentou, sem quebrar o nosso contato. — Eu também te amo infinito.
Pego com calma o seu rosto e colo os meus lábios nos seus, iniciando o nosso beijo longo e cheio de sentimentos.
A melhor coisa que já aconteceu em toda a minha vida, foi pelo fato do Nick ter negado de ir comigo para a montanha russa no festival. Eu nunca consegui parar pra imaginar, até hoje, se eu não tivesse conhecido o Brian.
É impossível imaginar como isso quase aconteceu por causa das frescuras do meu irmão! E se ele fosse?! Eu ficaria com outro cara e o Brian nem seria um conhecido daquela escola?! Melhor deixar pra lá, não?
Bem, depois daquela briga entre os dois, a minha mãe, Nick e Aaron nos visitaram naquela noite e trouxeram o maior apoio sobre a nossa relação e que por qualquer coisa, poderíamos contar com eles. E falei para a mamãe sobre o baile de inverno que está por vir, falei de que poderíamos dar um vestido de presente para a minha futura cunhada no dia antes do baile.
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