☀ 13

Helena Dorough

Já se passaram três dias depois daquela briga que a Nancy teve com o Brian. Motivo? Ninguém entendeu foi nada. AJ e o meu primo ficaram revezando de quem levava as atividades da escola para o mesmo, que ficou um pouco doente assim que brigou com ela.

Porém, eu e Debby pensamos muito bem em como animar a Nancy, que estava indo para a escola e não falava com ninguém fazendo cara de mistério e raiva. E foi daí que surgiu uma ideia na minha mente.

Alô? — Era o Nick que atendeu.

— Oi, Nick. É a Helena. — Digo vendo o Howie cruzar os braços.

— O que você tá fazendo?! — Indagou e faço sinal para ele esperar.

Oi, Hellie. Se quiser conversar com a Nancy... será um pouco complicado. — Disse e parecia estar fazendo algo.

— Pode ser com você. — Respondo e ouço um "Ah" vindo dele. — Todo mundo sabe sobre o que aconteceu e muito mais, e, eu e a Debby estávamos pensando em deixar a Nancy pelo menos um pouco melhor.

Entendi... o que pretendem fazer? — Perguntou curiosamente.

— Eu conversei com a minha mãe e ela deixou que a Nancy, a Ingrid e a Deborah virem aqui em casa passar esse final de semana. — Dou uma rápida pausa para entregar o meu livro para o meu primo. — Sabe, para fazer a sua irmã se sentir melhor.

É uma ótima ideia. Acho que ela não anda tomando banho. — Disse preocupado. — Vou tentar convencer ela a ir e te ligo de volta para confirmar tudo.

— Okay, Nick. Eu fico agradecida. — Sorri e ouço a sua risada fraca. — Quando ligar de volta, eu falo o horário para trazer ela e a Deborah.

Sim, a Deborah. — Disse soltando um suspiro. — Bem, até daqui a pouco.

— Até. — Desligo o meu telefone e já começo a arrumar o meu quarto para haver espaço para as três dormirem aqui.

Espero que tudo dê certo.

Nick Carter

Termino de mexer o molho do macarrão e desligo o fogão, pondo a massa dentro da panela. Tiro o avental da minha mãe e subo para o quarto da Nancy, que estava trancada.

— Nancy, sou eu. — Digo batendo na porta. — Tenho uma boa notícia para você e vem da Helena.

Após uns segundos, a mesma abre a porta. É, ela está deplorável.

— O que é, Nickolas?! — Indagou passando a mão em seu nariz.

— Helena ligou dizendo que você foi convidada para passar esse final de semana na casa dela, com a Debby e Ingrid também. — Explico vendo o seu quarto, em que só a cama estava completamente bagunçada. — Ela disse que vocês vão se divertir, vão comer tanta coisa boa, vão perturbar os vizinhos com música alta-

— Eu não vou. — Ela me corta e tenta fechar a porta. — Diga a ela que quero ficar sozinha.

— Nem se ela alugou dois filme com o Patrick Swayze?! — Indago e a mesma para de andar e dá a meia volta. — Eu não tô brincando, ela deu um destaque tão grande em Ghost... Tem certeza que não vai?

A loira sorriu pensativa e soltou uma lufada de ar.

— Que horas você vai me levar pra lá?

Helena Dorough

Assim que terminei de fazer as unhas do meu pé, o meu telefone toca. Provavelmente é o Nick ligando de volta.

— Sim? — Digo virando a minha cabeça para um lado, pra segurar o telefone assim que eu pinto o meu dedão.

Ela vai. — Nick afirma e sorri contente.

— Beleza, então em torno das três e meia ou quatro horas, podem chegar. Diz pra ela levar uma roupa extra, tô pensando se vamos sair para um lugar legal que tem aqui perto de casa. — Respondo terminando a última unha do meu pé um pouco feioso.

Pode deixar. Agora eu tenho uma pergunta...

— Garotos não são bem-vindos. — Retruco e ouço o mesmo rir.

Não é isso não! — Disse desesperado. — É... você alugou duas fitas?

— Claro e tenho mais outras, porquê?

Se uma delas for com o Patrick Swayze ela vai ficar bem melhor.

— Claro que eu tenho! Eu também adoro ele e também o Tom Cruise que meu Deus...

Okay, Hellie! — Começo a rir do mesmo. — Quatro horas Nancy e Debby chegarão na sua casa.

— Ótima conjugação, Nick. Tchau. — Desligo e ponho o objeto de volta ao gancho.

Assim que terminei de fazer o que eu estava fazendo, subi para a sala e confirmei tudo a minha mãe que havia chegado do mercado.

Tomei um banho depois que limpei o jardim junto com o Howie e o meu tio e esperei a hora de todas elas chegarem.

— Uma pergunta. — O meu primo se senta do meu lado no sofá. — Garotos são bem-vindos?

Revirei os olhos e cruzei os meus braços olhando para o mesmo entediado.

— É ÓBVIO que NÃO. — Respondo fazendo o mesmo assentir e depois começou a rir. — Se for perturbar a gente, você vai se ver comigo.

— Okay, Hellie. Não vai precisar pegar pesado com o seu querido primo aqui né? Eu vou sair com o AJ e o Brian para um evento que vai ter perto da Times Square.

— ¿Quién dice que vas a este evento, Howard? ¡Tus amigos acaban de llamar y solo verán el partido de la NBA en la televisión! — Tio retruca mexendo o abacate e comecei a rir da cara dele.

[TRADUÇÃO: Quem falou que você vai pra esse evento, Howard?! Seus amigos acabaram de ligar e irão ver a partida do NBA pela televisão!]

— Que droga. — Howie cruzou os braços.

Uns minutos depois, ouvi a buzina na frente de casa e saí de dentro de casa.

— Olá. — Digo pegando a bolsa da Nancy e a abraço. — Tô agradecida por você ter vindo.

A loira sorriu e foi andando para dentro. Ajudei também a Debby e acenei para o Nick que estava no motorista, até que o Howie brota pra conversar com o mesmo.

— Valeu, Nick! — Digo.

— Disponha.

Entro em casa e ambas conversavam com a minha mãe, que já estava servindo o bolo que mal saiu do forno. Desci para o meu quarto e deixei as suas mochilas em cima dos colchões, depois voltando para a sala conversar com elas aleatoriamente.

— A Ingrid vem? — Nancy indaga partindo o bolo com o garfo.

— Ela não ligou até agora. Acho que ela não vem. — Digo voltando para o meu lugar.

— Pelo menos sobra mais do que a gente trouxe do mercado. — Debby diz levantando sacos de papel cheios de guloseimas. — Vamos fazer as nossas vidas com isso!

Sorri para a mesma.

— Eu vou deixar lá no meu quarto antes que o Howie vá roubar. — Digo pegando os pacotes. — Ele é perigoso em relação a comida.

— Eu só me lembro da gaivota correndo atrás de vocês por causa da pipoca! — A loira brinca e ri junto.

— Isso foi culpa dele! — Digo vendo o mesmo entrar olhando pra mim desconfiado. — Tá vendo? É só falar mal do diabo que já aparece.

— E você é um anjo?! — Fez careta, subindo para o seu quarto.

— Sou, porque não penso só em festa! — Retruco no fim da escada. — Vamos para o meu quarto?

— Vamos. —  Ambas se levantam e me seguem até o porão, mais conhecido como o meu quarto.

Debby pegou os pacotes e jogou tudo em cima do tapete novo.

— Seu quarto é lindo, Hellie! — Nancy disse olhando para todos os lados. — Ele é tão diferente.

O meu quarto é cinza médio, com vários pôsteres dos filmes que eu mais gostei dos anos oitenta, o meu tapete é aveludado e violeta que combina com alguns móveis e objetos.

— Verdade, era um porão. — Digo rindo. — Bem, o que vamos fazer primeiro?

Uma hora depois...

Estávamos rindo de algo que nem a gente se lembra, até que a Nancy começou a respirar de forma ofegante depois de ter rindo tanto.

— Espera um momento. — Debby disse pegando um pirulito. — Vocês já falaram mal de alguém?

— Não. - Nancy responde.

— Eu já. Uma dez vezes por semana. — Digo e as duas me olham surpresas. — Ué?! Eu sempre falo mal daquele Erick não sei das contas!

— Quem é esse? — Carter indaga curiosa.

— Um mala que é da turma do Howie. — Digo pegando uns doces. — Ele é um tremendo idiota valentão filhinho da mamãe. Teve um dia, em que ele roubou o almoço do meu primo e eu fui até ele pegar de volta!

— O que você fez?

— Eu ameacei ligar para a mãe dele se não me entregasse e assim fez. — Digo ficando de cabeça pra baixo na minha cama. — Queria pegar o meu lanche e dei: um sanduíche de emergência que deixo no meu armário.

— Como assim emergência? — Debby sorria ao ouvir a história.

— Foi um sanduíche de manteiga de amendoim com uma geleia horrível que o meu tio fez pra mim e deixei guardado no meu armário por dois meses. Aí eu dei para o Erick, o pão já tava verde e criando cogumelo... ele comeu como fosse algo normal. Depois teve uma infecção na flora intestinal duas horas depois.

— Nossa, isso lembrou da pizza estragada! — Wright começou a rir sozinha.

— Isso foi um bom troco. — Nancy comenta pegando um chocolate.

— É, realmente foi. No entanto ele nunca mais roubou os lanches dos Dorough. E para completar, ele agora é o namorado da Denise Kendrick... outra idiota.

— Irmã da Ariel? — Nancy indaga cruzando os braços e assinto.

— Nem me fale dela. — Wright revirou os olhos. — Ontem ela ficou mandando cartinhas para o Nick em todas as aulas. Ele só fazia rir das "palavras de amor" dela.

— Debby, Debby... — Nancy cruza os braços sorrindo para a mesma. — O cheiro de ciúmes está insensando o quarto da Lena.

Coitada, Nancy adora fazer isso com ela, deixando a mesma corada.

— Nancy, ela só irá ter certeza disso quando estiver pronta. — Eu a defendo, fazendo a loira me olhar feio.

— Valeu, Hellie. — Deborah sorriu pra mim. — Bem, vamos ver alguma coisa?

— Sim, garotas! — Me levanto pegando as fitas cassetes. — Eu ganhei essa fita do New Kids on the Block!

— AAAAAAAAMMOOOO??? — Debby surtou e Nancy só fazia rir. — Coloque isso agora mesmo, Helena!

Brian Littrell

— E aí, cara! — Nick aperta a minha mão. — Quando você vai voltar para a escola, hein?

— Nesta semana estou de volta. — Digo colocando a minha tigela de sopa na pia na cozinha. — Estou sentindo mais nenhuma sintoma estranha.

— Ainda bem, eu já tava pensando se já era pra ir. — O loiro diz e olho para o mesmo incrédulo.

— Se eu não fosse educado, te daria uma surra e ainda te expulsaria da minha casa através de chutes. — Sorri ironicamente fazendo o mesmo sorrir amarelo.

Queria tanto perguntar sobre a Nancy, mas não sei se ele está do lado da irmã ou algo parecido. Ficamos conversando aleatoriamente sobre várias coisas, Nick falava como são as coisas na academia até falar sem querer sobre a Debby.

— Ela é tão... — O mesmo fica procurando alguma palavra. — Sabe, o que eu sinto pela Deborah não tem medidas e eu sei de que vou sentir eternamente. Mas eu tenho medo de que ela... não seja a pessoa certa.

— Eu tive a mesma coisa com a sua irmã. — Digo me sentindo mais lamentável. — Mesmo a gente ter terminado tudo, eu não vou deixar de amar ela nem tão cedo.

— É perceptível, a Nancy às vezes é chata demais. — Sorriu de uma forma repreendida pra mim e mexeu em seus cabelos. — Depois que ela me explicou todo o motivo eu discordei dela e depois deixou de falar comigo, só hoje que falou umas frases.

— Ela é a sua irmã, por quê fez isso?! — Indago cruzando os braços.

— Me diga, você acha o certo a pessoa acreditar na outra que é só veneno disfarçada de cobra?! — Indagou e olhei para o mesmo sem entender nada. — Não, eu falei errado. Nancy confiou em Sophia tipo... oi? Como assim?! Eu tentei abrir os olhos dela, mas só faltou me matar com o seu bocão!

— Nick, às vezes é melhor deixar as coisas pra lá. — Digo tranquilamente para o loiro que assentia por várias vezes. — Se foi algo entre a gente, fica entre a gente.

O mais novo olho para baixo meio cabisbaixo e depois olha pra mim.

— Brian, tava tão bom quando estavam namorando... eu realmente via a felicidade se refletindo na Nancy e agora, ela não fala com mais ninguém, a não ser a Debby ou a Helena. — Se explicou. — Pense direitinho, com calma... vocês têm chances de voltarem, eu sei disso muito bem.

Sorri tristemente para o Nickolas e peguei em sem ombro. Me perdoem no que eu vou falar, mas é por uma boa causa.

— Nick... não existe nenhumas chances de nós reatarmos. — Digo sensatamente pra ele que murchou na mesma hora. — Eu vou ficar com essa culpa em cima de mim e seria muito errado se eu pedisse a ela em perdão. Sabe de que foi a Sophia, é ela quem tem de fazer isso.

O mesmo assente se levantando e faço a mesma coisa, o acompanhando até a frente da minha residência.

— Brian, não é sobre a Nancy que estou falando. — Disse abrindo a porta de seu carro. — É sobre você. Não está agindo como você mesmo, eu sei disso.

— Não estou. É a minha decisão.

— Tá bom... — Ele coçou a sua nuca pensativo. — Eu preciso de uma dica sua, é sobre a Debby.

Espero o mesmo falar sobre, cruzando os meus braços. Do nada começou a corar como eu nunca vi antes, é ele está muito apaixonada por ela.

— Eu quero saber como eu vou declarar a ela que a amo e que eu quero muito, tanto, que ela seja a minha namorada. — Disse sorrindo timidamente.

— Olhe, faça isso de coração. — Digo fazendo o mesmo assentir, foi o que eu fiz para a Nancy. — Tem que ser em um momento "cara a cara", você e ela sozinhos que a segurança fica melhor. Diz tudo o que sente, diz o quanto a ama, olhe bem nos olhos dela para ela ver o quão isso é tão real.

Solto um suspiro profundo e olho para o nada, sorrindo sem graça. É, isso está me matando de alguma forma.

— Valeu, cara. — Sorriu agradecido. — Eu sabia que eu poderia contar com você, até depois de amanhã.

— Disponha e até depois de amanhã. — Digo acenando para ele antes de partir com o automóvel.

Espero que um dia, no futuro, a gente se reencontre e nos tornamos grandes amigos e mais do que estamos tornando agora.

Dou meia volta e entro em casa, trancando a porta. Mais uma vez sozinho, mais uma vez sentindo o peso da tristeza pelo término.

Por mais que eu deseja que a Nancy seja feliz futuramente, eu não vejo isso pra mim e não tem como pensar em outra forma. Até agora não sei o que eu tenho, mesmo me sentindo melhor, não sei quando isso vai atacar de novo.

Entro em meu quarto e deito em minha cama, sentindo exaustão de tudo, entrando em um sono profundo e foi o que me fez não ouvir os meus pais voltando.

— Brian, querido? — Ouço a minha mãe e abro os meus olhos vendo a mesma preocupada. — Tás sentindo algo?

— Não, eu só fui tirar um cochilo. — Digo pegando em suas mãos.

— Ainda bem, espero que continue e fique assim. — Disso passando a sua mão sobre os meus cabelos. — Descanse para poder ir com disposição para a escola.

— Okay. — Assinto recebendo um beijo seu em minha testa. — Qualquer coisa eu grito. — Brinco.

Helena Dorough
Horas depois

— Irmãs, eu queria muito ser a Jennifer Grey para ser elevada pelo Patrick. — Disse ficando um pouco mais perto da tela da televisão. — Ele é tão perfeito, né?

Ela olhou atrás de si e Debby a olhava incrédula, eu estava descendo com água para a gente beber por conta de tantos doces que comemos.

— Se você sair da frente, eu posso concordar. — Wright diz e Nancy ri fracamente da morena.

— Gente, já são quase onze da noite. — Digo me sentando no meu tapete recolhendo os pacotes fechados dos chocolates e dos outros doces, deixando em cima de minha escrivaninha. — Eu trouxe água para vocês beberem caso acordarem de madrugada.

— Obrigada, mana. — Deborah se levanta sorrindo e pega o seu pijama, indo para o banheiro.

— Cadê o seu sono, Nancy Carter? — Pergunto sentando do meu lado apreciando o filme.

— Eu não sei, Hellie D. — A loira sorriu olhando para as suas mãos. — Isso faz parte dos velhos hábitos.

Ah, saquei. É, ela não deixou de gostar do Brian nem um pouquinho, mas vou ficar calada porque né...? Eu nem tenho direito de me envolver na relação alheia.

— Então, vamos tentar deixar os velhos hábitos? —  Debby se aproxima de nós e depois se deitou na sua cama. — Eu tô morta e nós temos muitas coisas a fazer amanhã ainda.

— Ela tem razão. — Digo me levantando, indo para a minha cama. — Amanhã vai ser muito mais legal do que hoje.

Nancy só colocou o seu casaco e se deitou em sua cama depois que o filme acabou. Ficamos conversando bobagem até o sono chegar mais intenso a cada minuto.

— Gente... — Debby diz bocejando. — Eu simplesmente... adoro o Nick.

— Brian é muito lindo, mais do que qualquer galã do cinema. — Nancy diz já dormindo. Deve estar sonhando. — Boa noite, garotas.

— É, boa noite.

Digo apagando a luz e viro para um lado, me relaxando para dormir tranquilamente.

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