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NOTA: Eu sei que quando chegar em uma parte deste capítulo você vai ficar tipo “ué, mas isso não é de ‘98?!” Já deixando claro que é uma fanfic, nem tudo eu vou colocar é no ano exato e tals, o que importa é que seja legal e divertido. Tenha uma boa leitura!

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Nancy Carter

Halloween pode ser um feriado muito louco, com certeza, mas já experimentou se fantasiar dez minutos antes de sair de casa? É claro que não, mas isso aconteceu. Daqui a pouco poderia haver alguém te pressionando um técnico do time de futebol americano!

— Vamos, Nick! É só se vestir e pronto, você já é uma múmia sem a fantasia! — Grito com o meu irmão batendo várias vezes na porta do seu quarto.

— Só um segundo, Nancy! —Gritou completamente irritado.

Desço as escadas e vejo o Aaron de Frankstein saindo de seu quarto, querendo me assustar de propósito.

— Bu! — Ele grita e me viro para ele. — Nancy... essa não é você!

É, eu usando uma peruca preta com duas tranças e um vestido antiquado com uma boneca sem cabeça... não sou eu mesmo!

— Claro que não, eu sou a Wednesday Addams. Respondi dando um sorriso psicopata. — Acho que eu vou precisar do seu coração para dar ao meu namorado.

— Não posso, como eu vou viver?!

Do nada, ouço o Gene rir da cara do caçula. Finalmente ele ficou pronto, não sei pra quê tanta vaidade se a intenção é ficar feio.

— Mas como você é burro, Aaron. — Disse ficando junto de mim. — Quem vai precisar do seu coração?

— Um lobisomem. — Completo sorrindo para o mais novo.

— Vocês dois parem de traumatizar o seu irmão. — Pai reclama pegando a chave do carro. — Vamos logo antes que eu resolva dormir.

Nos despedimos da mamãe e do Aaron e fomos até a rua, entrando no carro a caminho para a escola. No meio do caminho, fui colocando mais um pouco de pó mais branco que a minha pele no meu rosto e nas mãos, para entrar mais na personagem e passei o meu batom preto ficando completamente sombria. Por pouco tempo, chegamos na escola e pai disse que viria nos buscar de onze horas e levar a gente para a sessão da meia noite na estreia de um filme de terror.

Nós dois entramos no ginásio que já estava lotado e procuramos pela gangue. Até Nick se assustar do Brian que apareceu atrás dele.

— Eu ia te trazer um coração fresco, mas o meu irmão não quis dar o dele. — Digo indo abraçar o mesmo que estava de lobisomem.

— Eu já estou cheio o suficiente de coração. — Continuou a brincadeira. — E aí, Nick? Cadê os seus órgãos?

— Ha ha ha muito engraçado, Brian! — O loiro cruza os braços fazendo bico.

E foi daí que chegou os Dorough, Howie de vampiro e a Helena como uma vítima dele, com duas gotas de sangue escorrendo em seu pescoço.

— Nancy?! Tás muito gótica! — Hellie diz me girando.

— Gostei das suas lentes, Helena. — Digo e ela sorriu agradecida. — Vocês dois já estavam aqui?

— Já, bebemos uns cinco copos de ponche e comemos aqueles bolinhos em forma de esqueleto.
— Howie diz após de tirar a sua dentadura e coloca de volta depois de falar. — Brian, voxê tá nada mál!

Disse todo embolado por causa do aparelho em sua boca. Nós cinco fomos andando até o meio do salão e começamos a dançar, até chegar AJ e Ingrid.

— Que droga de fantasia é essa, Alex?! — Howie diz olhando o mesmo de cima pra baixo. — É o fantasma da ópera, é?

— Se isso é o óbvio, idiota! — O mesmo retruca pegando um copo de ponche azul.

— É porque vocês não viram um cara vestido de metade normal e metade peixe! — Ingrid diz arracando risadas da Hellie.

— E quem é? — Indago olhando para os lados.

— Alí ó! — Nick aponta e o meio fantasiado vem até a gente.

Oh droga, agora encrencou tudo comigo! É o Kevin, meu ex professor de história que é um maior gato.

— Nancy?! Meu Deus, eu quase não te reconheço. — Disse sorrindo pra mim.

Com tanto pó que eu tenho na cara não irá amostrar a minha cara vermelha. Eu só senti o Brian soltar uma lufada de ar atrás de mim.

— Oi, Kevin. — Digo naturalmente e aperto a sua mão.

— Howie, tudo bom? — O moreno aperta também a mão do latino. — Gostei da sua fantasia.

— É, não posso falar o mesmo do seu. — Ouço o Brian seriamente falar com uma expressão incrédula na cara.

— Bem... eu tô aqui de novo por passagem e aproveitar essa linda festa. — O mais velho dizia olhando pra mim de relance. — E soube que foi você, Nancy, que você ajudou a projetar. Está incrível.

Alguém prepara uma cova pra eu me enterrar????

— É, a minha namorada é muito criativa com as coisas. — Sinto a mão do Brian ir para a minha cintura e o seu busto em minhas costas.

Kevin entendeu o recado e assentiu, se despedindo de todos nós, voltando a se juntar com os professores.

— Poxa, até que ele valia a pena. — Helena diz olhando para o moreno.

Eu puxei o Brian para um lugar mais reservado, no lado de fora da quadra. O mesmo estava perdido com o meu modo de agir.

— Que show foi esse, Brian?! — Indago vendo o mesmo se sentir intimidado. — Você nunca foi assim com ninguém!

— Aquele animal estava querendo azarar você! — Se defendeu. — Eu só fiz com que ele baixasse a bola.

Cubro o meu rosto e olho para o mesmo entediada.

— Pelo menos deveria ser educado, não acha? — Entro de volta sozinha.

Fui andando até Nickolas que agora estava sozinho, dançando meio frustrado. Peguei a sua mão e começamos a dançar ao som de I Swear, aquela música bem famosa e romântica que tem.

— Cadê o Brian? — O loiro indaga olhando para o lado de fora.

— Levando um ar fresco. —Digo dando de ombros.

Nick começou a rir do nada, sem motivo algum. Então, eu cheguei a pensar se era sobre algo que o AJ falou quando eu não estava por perto ou de algum momento engraçado que teve com a Debby.

— Qual o motivo da graça?

— É que você deveria estar dançando com o seu namorado, não com o seu irmão! — Disse se acalmando. — Eu estava indo para a mesa de comidas.

— Você tá falando isso porque queria que a Debby estivesse aqui contigo. — Digo deixando o mesmo sem jeito. — Eu sei que não queria vir pra cá por obrigação.

— Tem razão. Ela faz falta para completar a minha noite. — Disse respirando fundo.

— Mas eu acho que ela está satisfeita por você estar aqui. — Digo mexendo na faixa que tinha na sua cabeça. — Se ficasse em casa, estaria ajudando a mãe para entregar os doces para as crianças.

Ele ficou pensativo e assentiu por várias vezes.

— É tem razão, ainda bem que eu vim. — Disse e ri do mais novo, até senti uma mão em meu ombro.

— Oi, Nancy. — Kevin diz com um sorriso constrangedor no rosto. — Eu peço desculpas pelo jeito que agi perto de você, não sabia que estava namorando com ele.

— Tem problema não, Kevin. — Assinto para o mesmo lhe dando um rápido sorriso. — Não fique com isso na cabeça não.

— Claro que eu vou fazer isso. — Riu de si. — Bem, até outro dia Nancy.

— Até, Kevin. — Aceno para o mesmo e fui andando para a mesa de ponches tomar um de blueberry.

Começou a tocar Remember The Time, do Michael Jackson e comecei a dançar sozinha com a música, até que alguém me cutuca por trás me assustando e derramando a bebida azul em sua roupa branca.

— OLHA O QUE VOCÊ FEZ, SUA DESGRAÇADA! — Era a Sophia surtando olhando para o seu vestido. — VOCÊ ME DEVE UM VESTIDO NOVO!

— Garota, vai ao vestuário e lava ou até mesmo fique assim, faz estilo! — Lhe dei uma piscadela e fui andando até Helena e Howie, começando a dançar com eles.

— Olha aqui, Carter! — Aquela vadia puxa o meu braço com força para eu virar até ela. — Fica com a sua ironia para o meu lado de novo que você vai conhecer o que é noção do perigo!

— Eu não tenho culpa se você me assustou, portadora de praga! — Retruco e vejo o Howard ficar perto da gente. — Se tá achando ruim, vá embora daqui! Ninguém é obrigado a ouvir as suas lamentações por causa de uma droga de vestido feio!

— Nancy, tá pegando pesado. — O latino me leva para mais longe da morena. — Por favor, isso é uma festa, não um cortiço!

— Ah é?! — Ela sorriu pra mim. Nojenta. — Eu vou ficar aqui pra ver se eles realmente vão comparecer nessa festa de mexerica!

Deu a meia volta e foi embora, a caminho do vestuário.

— Eles quem, amiga? — Hellie indaga ficando do meu lado.

— É surpresa. — Digo.

Nossa, tudo o que eu menos esperava está acontecendo hoje. Fui andando até a arquibancada e me sentei, vendo todos se divertirem menos eu.

— Eu preferia estar entregando doces para as crianças. — Digo cobrindo o meu rosto.

Faltava pouco para eu chorar, ainda mais com o jeito duvidoso da Sophia que sempre estraga a minha auto estima todos os dias. Mas aquele ponche no vestido dela foi a única coisa que me animou ali, até que, involuntariamente, sinto os meus olhos se encherem d'água e faço o possível para eles não descerem.

— Essa foi a pior noite da minha vida. — Digo pegando um lenço que deixei na minha bolsa.

Até que, tudo foi desligado assustando todo mundo. Fiquei sem entender muito bem, até que fiquei escutando vozes fazendo contagem regressiva de cinco até um, e assim as luzes voltaram.

E lá estava as pessoas que eu pedi, quase implorando que viessem para o baile.

Baby when the lights go out! — Five canta tirando todos do chão e eu só via a Helena surtar, correndo para a frente do palco e acenar para a boyband.

— Nancy? -— Olho e era o Brian sentando um pouco na minha frente. — Você tá bem?

— Melhor agora! — Vou até ele e o abraço bem apertado, sentindo o seu cheiro entrar em minhas narinas. — Eu pensei que ficaria mal comigo.

— Claro que não. E ainda mais, só foi um pequeno surto de ciúmes que eu tive. —Disse pegando no meu rosto. — Para completar, o Kevin foi até mim e pediu desculpas.

Assenti e o beijei com intensidade, porém atrapalhado por conta de suas dentaduras.

— Como eu te amo, seu idiota. — Digo olhando para o mesmo sorrindo.

— Vamos dançar! — Littrell se levanta e nós dois descemos até o aglomerado de gente, acompanhando a apresentação da boyband lá em cima.

Depois de algumas músicas que eles cantaram e dançaram, me chamaram ao palco e disseram estar gratos pelo meu convite e que desejou o melhor halloween para todos. Os ingleses me abraçaram e se despediram do palco, mas claro, a Hellie conseguiu falar com o seu integrante favorito e voltou para a festa.

— Valeu, Nancy! — A morena me abraça toda sorridente. — Nossa, isso foi tão surreal.

— Com certeza. — Brian concorda com a mesma olhando pra mim, com um sorriso meigo no rosto.

— Aí estão vocês! — AJ grita chegando até nós quatro. — Vamos para a sessão da meia noite naquele cinema que fica na avenida principal? Vai estrear um filme chamado Lua Negra!

— Eu e Nick vamos pra lá mais tarde. — Digo para o mesmo.

— Ótimo! O Nick vai no porta malas de novo! — Disse rindo do meu irmão.

— Isso é bullying com a minha pessoa! — Gene retruca fazendo bico.

— Mas deixa de birra, criança! — McLean nega com a cabeça.

Começou a tocar Please Don't Go e todos nós começamos a dançar. Vi a Dodger toda emburrada sendo consolada pelas suas amigas que vivem elogiando ela de alguma forma.

— Eu vou ao vestuário guardar esse casaco e algumas coisas. — Brian disse mais alto que a música. — Daqui a pouco eu volto, okay?

— Okay. — Lhe dou um selinho e o mesmo foi correndo para a segunda saída, que dá no corredor.

Ficamos dançando por um bom tempo e Brian começou a demorar um pouco.

Depois mais nenhum sinal de vida do meu namorado.

— Cadê ele?! — Howie indaga olhando para os lados. — Já são quase onze horas e nós vamos perder a hora de pegar a sessão!

— Se houvesse alguma forma de comunicar com ele... mas não tem! — Digo andando para os lados.

Brian Littrell

Eu estava fazendo de tudo para alguém me ouvir, estou trancado do lado de fora há trinta minutos!

— ABREM AQUI POR FAVOR! — Grito mais do que a minha garganta permitia e começo a sentir uma tontura.

Continuo batendo na porta, até cansar e me sento no banco já sem esperanças, até a porta ser destrancada por um aluno.

— Valeu, cara! — Digo saindo correndo até o lado de fora da quadra.

Helena e Ingrid estavam entrando no carro, e fui até lá pedindo para abrir.

— Onde você tava?! — Helena indaga cruzando os braços e olhando feio pra mim. — A Nancy e o Nick já foram no cinema porque o pai deles não esperaria por você.

É, agora tenho certeza de que o senhor Carter me odeia mais do que tudo agora.

— Me trancaram no vestuário. — Digo ofegante. — Não sei quem foi, mas fez com intenções.

— Pode ser. — Howie diz olhando desconfiado para o AJ e as garotas.

Espero que estejam pensando em besteiras. Em poucos minutos, por causa do trânsito livre, chegamos no cinema e entramos vendo o Nick e a Nancy comprarem os seus lanches.

Eu e Howie ficamos para comprar os ingressos e AJ com as garotas compraram os lanches para todos nós. Fui até a loira que já estava entrando na sala.

— Hey, Nancy! — Fico junto da mesma que me olha sorrindo, porém com um olhar de estranheza. — Foi mal pela demora, me trancaram no vestuário.

— Que estranho. — Disse e assinto. — Será que foi a Sophia?

— O que quer dizer? — Indago sentando ao seu lado e vejo o resto da turma se sentar nas cadeiras vagas ao lado.

— Ela foi embora toda sorridente e disse a mim que estamos quites... faz sentido? — Disse dividindo a sua pipoca comigo.

— Eu teria a certeza que sim. — Lhe respondo, dando um beijo em seu pescoço. — Será que esse filme vai te dar medo? É de lobisomem.

— Se for você atuando, eu vou ter medo. — Respondeu e olhei para a mesma incrédulo. — Fica com raiva não.

A loira pega em meu rosto e sela os seus lábios carnudos nos meus com calma, até que as luzes são desligadas com um barulho bem alto que vinha do filme.

— AI MISERICÓRDIA! — Howie e Nick deram um grito alto e a galera que também estavam assistindo chiaram para os dois.

O filme começou a ser reproduzido e eu só fazia comer e roubar uns doces da Nancy, que percebeu horas depois batendo em mim.

— Misericórdia, gente. — AJ comenta bem baixinho. — O bicho mordeu o cara e matou a namorada... ainda bem que estamos com carro.

— Ainda bem que não existe um lobisomem, isso sim! — Nick diz todo repreendido.

É, ele realmente é muito medroso.

Nancy brincava com a minha mão e a sua mão subia para o meu rosto e às vezes descia para a minha perna. Pego na sua mão e a entrelaço.

— Você não vai ficar perdendo tempo aqui me assediando, né? — Sussurro em seu ouvido, fazendo a mesma se arrepiar. — Eu sei que o seu pai tá aqui.

— Você é um desmancha prazer. — Retrucou me puxando para mais um beijo.

— Não, você ainda não viu nada garota. — Digo mordiscando o seu lóbulo que havia um brinco pequeno ali.

— Quem é você? — A loira fica olhando pra mim indiferente.

— O amor da sua vida. — Respondo sorrindo para a mesma. — Eu devo estar com os lábios pretos por causa do seu batom.

— Só um pouquinho. — Disse encostando o seu nariz no meu.

— Vocês dois vão ficar nisso ou vão assistir o filme?! — AJ indaga chamando a nossa atenção.
— Tenham vergonha, isso é um lugar público!

— Isso não vai acabar por aqui não, né? — Nancy indaga em sussurro.

Aquela tontura chata voltou a mexer comigo e uma sensação estranha no peito, porém fraca surge de repente e procuro ficar um pouco calmo com essa situação.

— Eu não sei. Acho que isso vai depender muito de mim. — Digo vendo tudo girar sobre mim.

— Você tá quente. — Ela diz preocupada pondo a mão sobre o meu pescoço.

AJ me cutucou e olho para o mesmo confuso, ele citou "doença".

— Eu acho que o seu médico anda mentindo para você. — O moreno diz apenas para eu ouvir e assinto digerindo as informações.

Eu tenho que descobrir o que eu tenho afinal. Vai que…?

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