☀ 08

Brian Littrell

— Brian, você pode estar com imunidade baixa para obter um desses sintomas. — O médico disse depois de ouvir os meus pulmões e o meu coração.

Coloco a minha camisa e desço da maca, a espera de alguma coisa a mais para ele falar.

— Só isso?! — Indago pegando o meu casaco. — Realmente eu não tenho nada sério?

— Claro que não, Brian. — Sorriu pra mim. — É só comer algo mais saudável que se sentirá melhor.

— Okay. Obrigado. — Saio do consultório e vou andando até me encontrar com o AJ que me esperava em seu carro. — Baixa imunidade.

— Assim espero. Não quero ver o meu amigo cair morto por aí por causa de falta de informação. — Disse sério, acelerando o automóvel.

Nancy Carter

Fiquei na entrada sul do Central Park a espera do Brian chegar, já que no dia em que me prometeu entregar algo pra mim, faltou e no dia seguinte também.

Até que, vejo o famoso carro azul do AJ e o loiro sai de lá, se despedindo do amigo. Ele me viu e correu até mim, me abraçando e me beijando logo em seguida.

— Onde fica a loja de fantasia que você encontrou? — Indagou olhando fixamente em mim.

— Acho que a gente vai andar um pouco para chegar lá, fica ruas depois da entrada leste. — Digo entrelaçando a minha mão na dele e começamos a andar. — Mas como a gente vai andar um pouco, não quer me amostrar a tal surpresa que me prometeu naquele dia?

— Claro, vamos procurar por um lugar vago para sentar. — Respondeu, juntando o seu corpo no meu.

Encontramos um banco vago e nos sentamos ali, começando a conversar aleatoriamente. Até que, Brian tirou um papel bem dobrado e deu pra mim.

— Eu escrevi isso na semana passada. — Disse enquanto eu desdobrava o papel de caderno. — Não saía da minha cabeça.

Você me vê sentado aqui, um sorriso em meu rosto
A hora chegou mas você sabe que não é tarde
Havia muitas coisas, juntos temos visto
Não é tão difícil se começarmos a acreditar
E não vamos mais suportar
Podemos tentar apagar toda a dor?
Por favor

Mostre-me um razão, dê-me um sinal
Diga-me de que jeito saimos da linha
É hoje ou é hoje?
Nós vamos encontrar a resposta para nossas vidas

Este mundo não está à vontade, parece esconder a verdade
Pensar que há tanto o que se fazer
Cabe a você e a mim, enfrentar o nosso destino
O juramento está aqui, vamos seguir adiante
E nós não vamos aceitar mais

Diga-me porque temos de chorar
E não tentar
Quando há tantas coisas que podemos fazer
Para ajudar este mundo conturbado, iniciar um novo

Eu preciso de uma razão, eu preciso de um sinal
Não há como voltar atrás Eu estou aqui ao seu lado
É hoje ou talvez esta noite?
Encontraremos
A resposta para a nossa vida
Mostre-me o caminho, me dê um sinal
Diga-me o jeito saimos da linha
É hoje, é hoje à noite
A resposta para a nossas vidas

— Brian... é simplesmente perfeito! — Falo arrancando um sorriso do mesmo. — Você realmente deve escrever um livro. Se der certo ou não, eu vou ler e vou influenciar várias pessoas a conhecerem o seu talento.

— Agora eu tenho certeza de que o seu apoio, é a minha maior gratidão e razão de eu estar absolutamente apaixonado por você.

Nossa, isso foi a coisa mais profunda que o Brian já falou pra mim em pouco tempo. A sensação que me deu sobre as suas palavras foram tão desmedidas e eu simplesmente não saberia como retribuir, eu sempre acabo achando de que eu faço é pouco demais, que nem chega a um terço do que o próprio diz pra mim.

— Brian, e-eu não sei o que dizer...

O mesmo me corta com os seus lábios colados nos meus. É doce essa sensação, como sempre fosse pela primeira vez. Lembra o sol no verão.

— O que você fala pra mim, o que você me faz motivar é um "eu te amo muito". É o que eu vejo em seus olhos todos os dias. — Sinto as minhas bochechas queimarem depois de ouví-lo e assinto por várias vezes, sentindo a sua mão brincar com o meu pulso direito.

— O que é isso? — Pergunto até ver a pulseira levemente dourada com uma pedrinha azul, como na cor dos meus olhos, escura. — Mas Brian, isso deve ter custado muito.

— Não, quem vendeu isso pra mim foi um tio do Howie. — Respondeu tranquilo. — Por trás do suporte que está a pedrinha, está a data em que nos conhecemos.

Viro a pedra e lá estava, 14 de junho.

— Que lindo, Brian. — Beijei o seu rosto. — Nunca vou tirar isso em nenhuma circunstância!

Falo no meu jeito de sempre e me levanto, puxando a sua mão para irmos até a loja de fantasias para o halloween. Andamos praticamente um quilômetro até chegar lá.

Fui andando na frente a procura de uma fantasia digna e enquanto isso, eu dançava a música que tocava na loja.

— BRIAN, OLHE O QUE EU ACHEI! — Berro olhando para a fantasia dos meus sonhos. — BRIAN!

Me viro para o loiro que via a fantasia de vampiro no outro lado da loja, vendo o mesmo vermelho de vergonha, mas sei de que ele gosta disso.

— Quem é Brian? Tem nenhum Brian aqui. — Brincou olhando pra mim incrédulo.

— Vem cá! — Vou até ele e o puxo até onde estava a minha fantasia. — O que acha?

Ele pega a roupa pelo cabide e analisa, assentindo.

— É perfeito, mas não vai precisar de uma peruca? — Olhou pra mim com um sorriso meigo.

— Eu tenho uma em casa, foi de um evento que eu fui em que todos tinham que estar totalmente de preto.

— Tava no cemitério? — Brincou e lhe dei um empurrão.

— Você me deu uma lembrança agora! — Digo estalando os meus dedos. — Segura essa fantasia, Nick não disse se vai ou não, mas ele vai.

— Quê?! — Franziu o cenho e fomos até a parte de monstros.

— O Nick combina tanto de múmia, sabe? — Digo e ouço o mesmo começar a rir. — Qual é a graça?

— É que... — Retornou a rir, praticamente chorando de tanto rir. — Ele já é magro e ainda mais com uma fantasia de múmia?! Faz sentido, porque tem aquelas histórias de que quando um faraó morria tiravam todos os seus órgãos.

— Respeite o meu irmão, cara! — O empurro de novo, que quase caiu dessa vez. — Ele já sofre falando do cabelo dele, quanto mais do físico!

Depois dele ter ficado indeciso em qual fantasia vai levar e que eu acabei escolhendo por ele, nós juntamos o nosso dinheiro e pagamos as fantasias. A gente acabou se encontrando com o AJ e Ingrid em um Starbucks que fomos lanchar e o mesmo nos levou para as nossas casas.

Procurei por Nickolas pela casa, até encontrá-lo olhando para a porta do meu quarto todo catatônico.

— Que foi, besta fera? — Indago fazendo o mesmo me dar atenção. — Olhe, eu comprei isso pra você.

— Eu não vou para o baile, Nancy. — Disse meio cabisbaixo.

— Por que não?! Tava tão animado que iria com a Debby.

— Ela não vai mais. — Respondeu sorrindo tristemente. — Disse que vai ter que trabalhar com a mãe o dia inteiro.

Senti tanta pena do meu irmãozinho bonitinho, que me deu uma ideia. Ele não será o único que irá só para o baile.

— Não tem os primos Dorough? — Indago e ele assente. — Eles não conseguiram acompanhante e vão como um par.

— Me explica melhor porque não sou um dicionário. — Cruzou os braços, está curioso.

— Você pode ser o meu acompanhante. — Digo e ele me olha torto. — Eu sei que você deve tá "mas e o Brian?" Bem... ele pode ficar de acordo se for nós três. Porque eu sei muito bem de que você vai passar a noite do baile chorando na cama!

— Nancy, não precisa. Eu vou ficar bem. — Disse e cubro o meu rosto.

Às vezes convencer o Nick é muito difícil, ele chega a ser chato.

— Olha aqui! — Ponho o meu dedo com força em seu peito. — Eu gastei mais uma vez por você! Trinta dólares com a sua fantasia! E vem me dizer que vai ficar aqui em casa?! Na na nina não! Você vai ao baile comigo e ainda mais, no final do ano terá outro baile e tenha certeza de que essa a Deborah vai!

— Então eu vou com essa fantasia na próxima! — Restrucou e reviro os meus olhos. — Que foi?

— Larga a mão de ser burro, Nickolas! — Grito com o mesmo. — Eu quero ser a sua acompanhante para não te fazer se sentir só e triste, enxerga! Eu sei de que não sou a Debby, mas eu sou a sua irmã e esse é o meu papel, Gene... e o próximo baile é de inverno, por que diabos estaria vestido de múmia?!

— Que gritaria é essa com o seu irmão, Nancy?! — Mãe brota no começo do corredor de braços cruzados e de cara feia para a gente. — Grita de novo que uma sandália vai subir a escada e bater na sua boca!

Ela desce e olho para o mesmo. Lhe entrego a sua fantasia e lhe digo que tem até a noite do baile para dizer que vai e se não for, vai ter que me reembolsar com trinta, aliás, oitenta dólares.

Entro em meu quarto e escrevo o meu dia no diário de como foi louco.

Eu não esperava o dia do baile chegar e eu usar a minha fantasia de Wednesday, da Família Addams. Só sabia em pentear a minha peruca preta ao passar dos dias e na escola eu era infernizada pela Sophia Dodger, aquela vadia. Dizia que eu não precisava de fantasia e que eu não iria conseguir arranjar alguém para ser DJ ou para cantar na festa. Não faria ideia de que as merdas que ela falava pra mim estavam me afetando, e os meus estudos estavam decaindo aos poucos porque simplesmente não tinha paz.

Mas quem disse que isso será pra sempre?

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