☀ 06
Brian Littrell
É engraçado pensar de que quando está tudo bem, tudo numa nice, acontece alguma besteira em sua vida. Já basta os problemas do mundo que acabo lidando e vem mais um pior do que tudo junto.
Deve estar bem confuso sobre o que estou falando... eu ainda estou, tenha certeza.
É melhor começar essa longa história, antes, mas bem antes mesmo.
Estava eu em plena manhã de sábado, terminando de organizar o meu trabalho de filosofia, uma das disciplinas que fazem você pensar mil e uma vezes sobre o bom e o ruim das coisas. O meu telefone tocou e eu abaixei o meu rádio que tocava Crazy, aquela música clássica do Seal.
— Alô? — Digo assim que atendo, grampeando as folhas.
— Brian? Sou eu, Nancy!
Sorri ao ouvir a sua voz. Dessa vez não era mais um trote do seu irmão mais novo um pouco ciumento com ela.
— Oi, Nancy. Como vão as coisas? — Indago, pondo o trabalho dentro da minha mochila.
— Bem, vão tudo bem! — Disse com a sua animação de sempre. — Você não sabe da última, Brian!
— Claro, não tenho nenhum jornal aqui perto. — Brinco, indo me deitar na minha cama.
— O AJ não te falou nada?! Vai ter um...
— Desliga isso, tá acabando com a conta telefônica! — Ouço o Nick no outro lado da linha, perto dela eu acho. — Daqui a pouco é a cobrança que tá ligando!
— Eu não te chamei para o meu quarto, xô mosquito! — Começo a rir da loira. — Continuando, vai ter o baile de halloween daqui a algumas semanas lá na escola e adivinha quem tem tá ajudando as meninas que planejaram isso?! EU! EU!
— Parabéns, deixa um ponche exclusivo pra mim, okay?
— Doido, vai ter dor de barriga! — Disse e ouvi as risadas de Nick.
— Existe coisa pior do que dor de barriga. — Digo acenando para o Howie que vinha até a porta de casa. — Então... tem aquelas baboseiras de um convidar o outro?
— Ha ha ha, muito engraçado! Isso não é uma baboseira, é consideração que a pessoa têm pela outra.
— Mas às vezes a pessoa usa a outra, ué. — Provoco ela e vejo o latino entrar no meu quarto.
— VOCÊ É MUITO CHATO, BRIAN! — Afasto o meu ouvido do objeto. — Então eu vou com outra pessoa dessa escola! Pensei que iria me convidar para o baile, tô de mal com você.
— Nancy, eu só tava—
Ouço uns bipes. Ela desligou na minha cara fazendo drama.
— Brincando. — Completo a minha frase e ponho o telefone de volta ao gancho. — Uma coisa eu digo: a Nancy é louca.
— Deveria estar acostumado, Thomas. — Howie cruza os braços olhando pra mim com ar de riso.
— É, eu sei. Mas é impossível, eu me impressiono com ela todo dia. — Digo olhando para o moreno.
— E você tá muito apaixonado por ela... já assumiram?
— Já, claro que sim. — Respondo. — E corrigindo: não estou muito, estou louco por ela você não tem noção disso!
Ele riu de mim na hora e depois parou, me olhando estranho.
— O que foi? — Indago porque o olhar dele não era legal.
— Você tá nervoso ou com calor?
— Nenhum dos dois, eu mal tenho calor, sabe disso. — Digo me levantando para aumentar o volume do rádio. — Por que a pergunta?
— Porque você tá suando como tivesse corrido sete quilômetros! — Disse e me olho no espelho que tem no espaço na parede do guarda roupa.
— Eu hein... — Limpo a minha testa. — Nunca tive isso na minha vida, Howie. Será que isso faz parte das consequências de eu estar loucamente apaixonado pela Nancy?
— Acho que essa pergunta quem sabe responder é o AJ. — Assinto de sua resposta, ele tem razão.
— Espero que seja isso. — Sorri para o latino. — Tem sorvete, quer um pouco?
— Se for de chocolate eu quero urgente!
Descemos para a cozinha e começamos a separar a sobremesa em pequenas tigelas, começando a comer e logo após fomos para a sala assistir a programação da MTV.
Nancy Carter
— Ele não vai te ligar de volta, mana. — Nickolas diz fazendo algum desenho nas últimas folhas do meu caderno. — Acho que ele deve estar assistindo à MTV.
— Acho que ele se acostumou. — Digo olhando para o teto. — Você não tá desenhando merda no meu caderno não, né?
Ouvi a sua risada sarcástica e me sento nas costas do mesmo, o que fez ele virar de vez me derrubando.
— Devolva o meu caderno, Nick. — Digo gargalhando junto com o mesmo.
— Toma, você vai odiar. — O loiro me entrega o material fechado.
Folheei até a folha em que ele estava desenhando e era eu com o Brian com vários corações em volta da gente.
— Esse não é o seu desenho. — Digo apertando o rosto do mesmo.
— Estou feliz por vocês estarem felizes juntos. — Sorriu pra mim.
— Sobre estar feliz... como está as coisas com a Debby?
O loiro se sentou, suspirando e sorrindo timidamente. Ele tá apaixonado, galera!
— Vão tudo bem, Nancy. — Disse e eu assenti, mas não é isso que ele quer contar.
— Eu apenas quero saber de você... o que sente por ela. Sabe, ela é uma pessoa maravilhosa, é respeitável, divertida e ainda mais não tem como negar de que ela é muito linda. — Olho para o loiro, que reagia nervosismo.
Gene cobriu o seu rosto e passou as mãos em seus cabelos que precisam urgentemente de um corte legal. Ele tá mais vermelho do que qualquer coisa, o que me fez rir do mesmo e fui para perto do mesmo, o sacudindo para voltar ao neutro.
— Vamos, Nick. É hora de retribuir. — Sorri para o mesmo e cruzei os meus braços.
— Okay! — Gritou rindo de nervoso. — Eu amo a Deborah Wright, tás satisfeita?! Eu simplesmente a amo tanto, que não sei como definir isso e isso acaba me deixando como um doente mental, é isto!
Tampo a minha boca chocada de sua resposta e assinto, digerindo tudo.
— Você acha que isso pode ser... recíproco? — Pergunto novamente e ele me olha confuso.
— Isso é entrevista ou o quê? — Rebateu. — Eu não sei, Nancy! Debby é simplesmente discreta com tudo!
— Calma, garoto. — Pego em seu rosto, lhe dando uns tapas de leve. — Talvez ela goste de você pra caramba, porque você é a melhor pessoa que eu já conheci e não tô falando isso por fraternidade não, tô falando porque você é o meu amigo de sangue. Eu vou te ajudar a conquistar ela, okay?
— Você é a melhor irmã do mundo, Nancy. — Nick me abraçou e o acolhi, com um bom plano em mãos.
Segunda-feira
Estava em meu armário lá na escola, pegando as coisas necessárias para todas as aulas, como sempre. Assim que fechei a porta, lá estava ele. Brian, com o casaco do time e encostado no armário ao lado.
Ele estava um pouco estranho.
— Brian, tava mascando chiclete com corante? — Indago sorrindo para o mesmo.
— Não, por quê? — Disse pondo as mãos em seus lábios.
— Tá azul. — Digo pegando em seu rosto. — Tá sentindo alguma coisa?
— Não. — Disse, ficando mais próximo de mim. — Se eu tivesse, nem estaria aqui em princípio de conversa.
Assenti e lhe dei um selinho rápido.
— Mas se sentir qualquer coisa, vá pra casa. — Digo pondo as minhas mãos em volta de sua nuca. — Não quero o meu amor doente.
— Eu sei, Nancy. — Sorriu timidamente após de ter me dado mais um selinho. — Vou procurar saber sobre o azul em meus lábios daqui a pouco. Mudando de assunto, e o baile?
— Pensei que não iria contar! —Digo dando uma risada. — Já ouvi várias pessoas daqui e da academia estarem bem ansiosos para o baile! Brian, vai ser um sucesso.
— Isso é espetacular. —Me abraçou de lado e começamos a andar. — Então... quer ser a minha acompanhante para este incrível baile do dia das bruxas?
Meus batimentos cardíacos se tornaram fracos para se tornarem fortes ao ouvir a sua proposta. Dei vários pulos dizendo que sim e eu o beijei tanto, tanto... que não imaginaria de que ele participaria dessas "baboseiras" como o mesmo disse dois dias atrás.
Até que...
— Oi, Brian.
Miserável, era a nojenta, rude, vaca e líder de torcida. A droga da Sophia Dodger. Ela é mais bonita do que eu, tem cabelos longos e pretos, olhos verdes claros e usa a droga do batom vermelho. Típico de vilã descarada de novela das nove.
Um dia, eu corto todo esse cabelo.
— Você vai ao baile? — Indagou, pondo a mão no ombro dele, como eu não estivesse alí!
— Vou e já tenho acompanhante. — Ele retrucou. — Se você estiver enxergando ela.
Que orgulho eu tenho por ele...
— Ah... — A morena me olhou com nojo. — Isso é o que você chama de acompanhante?!
— Olha, Sophia... — Me pronuncio. — Você pode ser aparentemente mais bonita do que eu, mas tem algo em mim que não tem em você. E adivinha o que é? Cérebro. Vamos, meu amor.
Trombo em seu ombro com força e fomos andando para o outro corredor se encontrar com o Howie ou o AJ.
Brian começou a gargalhar assim que nós afastamos daquela alma negra ali.
— Isso foi incrível, Nancy! — Thomas pega a minha cintura e me eleva para o alto, depois deixando o meu corpo mais próximo do seu. — Eu te amo!
Peguei em seu rosto e aprofundei o meu beijo, sentindo as suas mãos apertarem um pouco aonde tocou segundos atrás.
— Eca, bem na frente do meu armário!
Nos afastamos, vendo o AJ com o Howie fazendo expressão de nojo e deboche para nós dois. Ai, eles estão aprendendo a agir como um Carter convivendo comigo.
— Quando é você com a Ingrid é bonito? — Cruzo os meus braços olhando incrédula para ele.
— Eu nunca disse isso, Carter. — Rebateu, prendendo a risada.
— Não pague de doido não, McLean. — Me aproximo do mesmo. — É muito nojento vocês dois juntos. ECA!
— Vocês são muito idiotas! - Howie negava olhando pra gente. — Vai, AJ pegar logo o seu livro e vai pra sua aula.
Ele olhou para o latino e fez o que tinha de fazer e pegou os seus livros.
— Chato. — Disse indo para a sua aula.
Howie ficou conversando com a gente até o sinal tocar e depois nós dois fomos para a aula de história.
Nós dois sentamos juntos e longe desse professor nojento que cospe na galera da frente. Mas como ele não havia entrado ainda, resolvemos conversar aleatoriamente.
— Nancy, eu tenho algo pra te falar. É sobre o Brian. — Disse calmo e preocupado.
Será que tem haver com aquela vadia da Sophia?!
— O que tem haver ele? — Indago ficando curiosa.
— Acho que ele está doente. — Disse e fico sem entender. — Sábado eu dei uma passada na casa dele e estava suando como tivesse corrido muito e hoje estava com os lábios azuis.
— Que estranho. Eu nunca vi algo assim na vida. — Digo coçando a minha nuca. — Você falou em suor, quando ele me tirou do chão, parecia ter falta de ar.
— Eu vou perguntar a ele se tem algum tipo de problema porque não é normal. — Disse e assinto, começando a assistir a aula.
Já na hora da saída, Nick convidou o Brian e Debby para jantarem com a gente nesta noite. Pegamos o metrô parador sem prestar atenção e demorou um pouco para chegar em casa, então assim que nós chegamos, pai já estava saindo de casa. Ele é o único que não sabe sobre o meu namorado.
— Olá. Vejo que trouxe um amigo seu, Nick. — Disse apertando a mão do Thomas.
— Ele é meu amigo, porém é mais próximo da Nancy. — O loiro disse e vi o Brian suar como o Howie me disse mais cedo.
— Pai, ele é o meu namorado, Brian. — Digo abraçando o seu braço direito.
Agora quem está suando sou eu.
Pai me olhou sério e me afastei dele imediatamente, ele vai me dar um discurso agora.
— Ah... — Assentiu. — Cuide dela, tá bom?
— É o que mais faço, senhor Carter. — Disse sorrindo.
Ele suspirou e se despediu da gente, indo para mais um turno de seu emprego que até hoje não sei explicar como é.
Nós quatro entramos, falamos com a mãe e Aaron e amostrei a ele o meu quarto, que começou a ler os meus quadrinhos do Quarteto Fantástico.
— Até que o seu pai foi legal. — Disse sorrindo pra mim.
— É... — Digo sem graça.
— O que foi? Ficou murcha do nada.
— Tem razão. — Me sento ao seu lado. — É porque ele não foi legal contigo. Não percebeu?
— Não. — Disse pondo o seu braço em volta dos meus ombros. — Tem algum problema sobre a gente?
— Tem. Eu ainda não tinha dito que estamos namorando e agora que ele sabe, está furioso comigo. Até Nick percebeu outro ponto.
Brian ficou esperando para eu prosseguir. Não quero chatear ele, mas tenho que dizer senão será da pior forma.
— Ele não gostou de você.
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