☀ 04
Nancy Carter
Existe um ditado que eu ouvi em um programa de TV e percebi que poderia ter razão: o impossível acontece.
Depois de meses, Brian brotou atrás de mim e usava um casaco de time... da minha escola.
— Nancy, eu te vi indo embora de lá da escola e vim atrás de você. — Disse calmo, porém olhando para os lados.
— E é? Depois de dois meses sumido, sem dar notícia nenhuma você aparece dizendo "eu vim atrás de você"?! Corta essa. — Retruco cruzando os meus braços.
— Nancy, eu sinto muito. — Ele fez cara de cãozinho abandonado. — Eu sei que errei e deveria ter pelo menos ter dado uma ligação durante esse tempo.
Olho para o meu relógio, indicando que já era cinco da tarde.
— É, eu também sei muito bem. — Digo, me sentindo enfurecida. — Olhe, Brian. Eu tenho que ir, senão chegarei de noite em casa.
Dou meia volta e desço as escadas da estação. Mas olhando pra trás, ele me seguia e me chamava por várias vezes, tinha pessoas que olhavam pra mim e eu as ignorava.
— Nancy, espere! — Ele me alcança, segurando os meus braços. — Nós estamos na mesma escola, não adianta fugir de mim.
— Fugir?! É isso que está pensando de mim?! — Indago vendo o expresso se aproximar. — Você não tem noção do quanto eu fiquei chateada por você e ainda estou.
Uma de suas mãos foi para o meu rosto, na intenção de me beijar. De reflexo, o empurrei.
— Eu posso ter gostado de você no começo... mas eu não quero você de volta! — Digo e entro no meio de transporte, vendo o loiro me olhar triste.
Foi o melhor que puder fazer afinal. E eu sei de que não vai me deixar em paz nos próximos dias, já que descobriu que estudo na mesma escola que ele.
Cheguei no meu destino e fui andando de uma forma ligeira, já estava ficando completamente escuro o céu e receberia um discurso da minha mãe.
Entrei em casa e só estava o meu pai se arrumando para outro turno, significa que mãe já chegou e está se arrumando para descer e jantar comigo e os meus irmãos.
— Oi, filha. Como foi a sua aula? — Ele pergunta e vejo Nick sair do quintal, me olhando estranho.
— Foi legal, como sempre. — Subo as escadas e entro no meu quarto.
Deixo a minha bolsa em cima da escrivaninha e me sento na cama para tirar os meus tênis. Assim que tirei e olhei pra frente, Nick estava no portal com os braços cruzados.
— Eu deveria estar te esganando, sabia? — Indago e o loiro entra trancando a porta. — Por que foi embora sem mim?
— Lembra que eu me tornei do time de basquete? — Indagou e assenti. — Os veteranos me presentearam com uma bicicleta novinha por eu ser um bom aluno e jogador.
— Tem coisa a mais aí. — Digo olhando pra ele.
Eu sei porque eu vi tudo!
— Eu conheci uma garota incrível hoje, Nancy. — Sorriu timidamente. — Eu a defendi de uns racistas.
— Isso foi heróico da sua parte, Nick. — O abracei de lado.
— Aí descobrimos que somos da mesma turma e eu a levei de volta para casa, ela mora duas quadras daqui. — Gene olhou pra mim. — O nome dela é Deborah Wright.
— Acho que temos um derretido aqui. — Brinco. — Converse muito com ela, talvez seja uma pessoa perfeita para você.
— É, eu vou fazer isso. — Assenti. — E como foi o seu dia?
— Entrei no clube de história e quem ensina é um estudante de faculdade lá de Miami, o nome dele é Kevin, um maior gato. — Digo e ele começa a rir.
— Você já vai se jogar para o seu professor?
— Não, mas... eu acho que talvez tenhamos alguma química. — Digo olhando para a porta, onde continha um poster de Dirty Dancing, um dos melhores filmes que o Patrick Swayze já atuou. — Nick. Aconteceu o impossível quando estava indo pegar o metrô.
— O que houve, Nancy? Eu percebi de que não chegou muito bem.
Pego em sua mão e apoio a minha cabeça em seu ombro. Eu não queria contar, mas o Nick é o meu irmão e ele sabe de tudo sobre mim e eu dele. De alguma forma eu acabaria falando, então, é melhor agora.
— O Brian apareceu. — Digo baixinho, só pra ele ouvir. — Pediu desculpas pelo bolo que me deu nas férias, discuti com ele e fui embora. Tentou até me beijar.
— Como ele te encontrou? — Sinto a sua mão fazer carinho em minhas costas. — FBI?! CIA?! Pentágono?!
— A gente está estudando na mesma escola, Nickolas. — Respondo, sentindo a mágoa vir. — Ele não vai largar do meu pé agora.
— Nancy... só o ignore. — Beijou o topo de minha cabeça. — Por qualquer coisa, vá até a academia durante o almoço e me procure para eu te ajudar.
— É, ele também é do time de basquete, eu acho. — Digo e riu fracamente.
— Da sua área, porque não tem nenhum Brian no meu time. — Disse. — Se ele estivesse, aprenderia como se faz uma cesta humana.
— Às vezes você age cruelmente, mano. — Me afasto olhando pra ele e ria de mim, na forma de me confortar.
— Eu faço de tudo pela minha irmã. — Sorriu. — E por Debby...
— Não é só derretido, está despencando do monte everest! — O corto e o loiro me dá um empurrão.
— Se o Brian ficar no seu pé... — Gene fez uma pausa pensativa e fiquei esperando pelo resto da frase. — Lave e passa talco para se livrar da bactéria e pra tirar essa catinga de chulé! — Começou a gargalhar sozinho e o empurro para fora.
— Saia do meu quarto! — Ri do mesmo e fecho a minha porta.
— Hora do jantar! — Mãe grita lá da cozinha.
— Oh, droga! — Reviro os meus olhos.
Nick Carter
Depois do jantar que foi uma macarronada maravilhosa, fui ajudando a minha mãe limpando a cozinha para amanhã estar perfeito. Acho que tudo pra mim está perfeito, conheci uma garota incrível, me tornei do time e acolhi a minha irmã.
Quando eu terminei de limpar tudo, em torno das nove da noite, o telefone tocou pouco antes de eu sair.
— Quem será agora? — Tiro o telefone do gancho e ponho no meu ouvido. — Se for da conta de luz, eu não vou pagar nem que um galo cante o meu nome completo!
— Não! Não é da conta de luz!
— Então quem é que tá ligando nessa hora?! — Indago vendo a Nancy na porta da cozinha, curiosa demais.
— É a Deborah? — Indagou baixinho.
Cubro o microfone e abaixo.
— Ela não tem uma voz grossa! — Retruco e ela ri permanecendo ali mesmo. — Quem é? Responda.
— Brian Littrell.
Quase ri da voz de medo que o mesmo disse. Eu acho que ele pensou de que eu era o pai.
— Humm... é aquele bicho feio da Conney Island? — Indago e ela me olhou prendendo a risada.
— Presumo que sim. — Respondeu. — Queria saber se a Nancy estar por perto... preciso falar com ela.
Abaixo o telefone sorrindo sarcasticamente para a minha irmã mais velha.
— Ele quer falar contigo. O que eu faço?
— Inventa aí, quero me divertir um pouco. — Cruzou os braços, sorrindo de canto.
— Olha Brian dos litros, não será possível falar com a Nancy neste momento. Sabe, ela deve estar na casa do CARALHO ficando com um CARA que prometeu nunca PARTIR o CORAÇÃO dela como CERTAS PESSOAS que deu um bolo enorme de BAUNILHA! E ela ODEIA baunilha, sabe? — Digo e ela começa a rir.
— Ela está com um cara? — Perguntou, meio triste. — Eu... queria dizer a ela que... eu a amo e me sinto muito arrependido pelo que eu fiz, tive um motivo para não ter me comunicado com ela ultimamente-
— Ah é? Por que não contou quando era tempo?! Mas como você é burro, viu? — Digo quase rindo. — Olhe Brian, se você ligar novamente para este número, juro a você que eu encontro a sua casa, destruo todas suas coleções de edição limitada e cancelo a TV a cabo!
— Espere um momento aí! — A sua voz pareceu brava agora. — Você é o irmão dela! O-o que vomitou!
— CLARO QUE SIM, DUH! — Retruco. — A minha voz engrossou um pouco, né? E ainda mais... você me deve cinquenta e cinco dólares para a minha irmã que gastou para ficar com você! No dia em que você deu o bolo, Nancy se desmanchou em lágrimas por sua causa e agora a fila andou, né? Espero que a sua fila ande e fique com uma garota chata, sem talento nenhum e nem com uma gota de sentimentos só para sentir na pele o que a minha irmã sentiu!
— Olha, eu-
— PASSAR BEM, BRIAN! — Desligo o telefone na cara dele. — Por favor pare de arranjar problemas.
Digo apagando a luz para a Nancy, que ria comigo agora.
— Valeu, Nick. — Ela me abraça e fomos andando até a sala.
— Que gritaria foi essa, Nickolas? — Mãe indaga ajudando o Aaron com as atividades de sua escola.
— É porque Nick fez um amigo que se chama Brian e ele é meio surdo. — Ela diz no meu lugar e olha pra mim, me dando uma piscadela.
Nós dois subimos até o meu quarto e começamos a gargalhar do nada.
— O que ele disse? — Perguntou depois que se acalmou, deitada na minha cama.
— Ah... — Tento me lembrar. — Ele se chamou de feio, disse que te ama e que tinha um motivo de não ter mais se comunicado com você e... acreditou de que está com um cara que mora lá na casa do caralho.
A loira se sentou e fico do seu lado esperando por alguma palavra dela. Mas eu vi os seus olhos se encherem d'água e a puxei logo pra um abraço bem apertado, o que fez ela começar a soluçar.
— Nick, eu disse a ele que eu gostava dele antigamente, sentindo a certeza mas estou completamente enganada. — Disse e quase não entendo nada por causa da sua voz embargada.
— Calma, é normal. — Digo enxugando as suas lágrimas. — Um dia, isso tudo vai passar e se tornará uma piada para você.
— Eu espero que sim, Gene. — Olhou pra mim, dando um sorriso triste. — Mas existe um problema.
— Qual?
— Em que cara você pensou que eu estaria?
— Aquele seu professor do clube. — Respondi simples. — Vai que... ele goste de você? Mais do que esse infeliz?
— Só descobrindo ao passar dos dias.
Nancy Carter
E assim chegou mais um dia de aula, pronta no que eu deveria enfrentar. Brian acha que estou com outro agora e talvez esse plano do Nick funcione, em que ele talvez fiquei longe de mim.
Assim que entrei e peguei os meus materiais para a aula de inglês, dei uma rápida passagem para a biblioteca pegar um livro de artes emprestado, pro meu irmão que procura algo pra estudar.
Assim que dei o meu nome para a bibliotecária, acabei dando de cara com o Kevin que sorria com simpatia pra mim.
— Bom dia, Nancy.
— Bom dia, Kevin. — Acenei para o moreno e fui andando devagar.
“Você já vai se jogar para o seu professor?!” — Lembro de Nick indagando fazendo careta para mim.
— Nancy! — Ele me chama e olho para o mesmo ajustando a minha bolsa. — Quase se esqueceu do papel de devolução do seu livro.
Pego o papel e a sua mão prende a minha em poucos segundos. Nickolas tem razão?
— Ah... — Digo depois de pensar muito olhando para o seu rosto. — Obrigada.
— Disponha, Nancy. — Ele olhou pra trás. — Lembrando que a última aula é aqui no clube, okay?
— Pode deixar. — Dei-lhe uma piscadela e saí da biblioteca, subindo as escadas para o segundo andar.
Entro na sala segundo antes de tocar e me sento ao lado da janela, começando a pegar os meus materiais.
Os alunos foram entrando e sentando nos lugares, até entrar AJ que conversava com o Brian. Coloquei o meu cabelo do lado de meu rosto, mesmo sendo um pouco curto para cobrir e comecei a escrever o que o professor fazia no quadro negro.
Até que, a minha caneta caiu do lado da minha cadeira e pego sem olhar para uma pessoa que estava do meu lado, percebendo de que era o próprio Brian.
— Oi. — Disse com um sorriso curto no rosto.
Falei nada e voltei para o que eu estava fazendo, com muita concentração. AJ estava bem atrás dele, pelo que eu via no espelho que é embutido no meu estojo.
O professor começou a explicar a matéria e presto atenção na aula, começando a me sentir incômoda com o garoto do meu lado, que parecia falar algo para o seu amigo atrás.
— Brian Littrell, sem conversa.
— Desculpe, senhor. — Disse voltando a escrever, até que tem uma caligrafia bonita para um garoto porque se comparar com dos meus irmãos...
— Vejo que a conversa faz parte do seu fundamento. — Digo só pra ele, com sarcasmo, claro.
— E que a curiosidade faz parte do seu barato. — Retrucou.
— Nossa, eu não sabia que alguém tão "certinho" como você poderia ser assim, tão rude. — Retruco de volta. — Pode me chamar de curiosa, mas quando eu demonstrei interesse nas coisas que você escreve ficou todo felizinho!
— Espera aí, vocês dois já se conhecem? — AJ indaga no mesmo volume que a gente.
— Ah... ele não te falou que conheceu uma garota no festival da Conney Island durante as férias? — Olho para o moreno que parecia surpreso. — É, o seu amigo é um mentiroso.
— Nancy, eu sei de que tem raiva de mim, mas isso não é motivo! — O loiro disse e ri olhando incrédula para o mesmo.
— Beleza, dá em nada essa porcaria. — O sinal toca e arrumo as minhas coisas. — Até a vista, poeta!
Saio da sala e essa foi por pouco, Howie acenou pra mim ao me ver e fui para a aula de física, que se juntava com outras turmas, incluindo com turmas da academia.
Me sentei ao lado de uma garota um pouco familiar. Coloquei o meu livro de física e o meu caderno que já tinha o meu lápis ali.
— Oi, eu me chamo Nancy. — Ofereço a minha mão para a garota.
— Deborah. — Eita! É a garota que o meu irmão gosta. — Você me lembra um amigo... ele se chama Nick Carter.
— Ah, o Nickolas! — Sorri para ela. — Ele é o meu irmão mais novo.
— Sério? Que legal, ele já te mencionou em uma de nossas conversas. — Disse sorrindo pra mim. — Disse que você é uma ótima irmã.
— Ele sempre foi um amorzinho, sabe? — Digo e ela assente surpresa. — Tipo, ele me ajuda e eu ajudo ele desde que éramos muito pequenos.
— Que bom, ontem me defendeu de uns garotos brancos ridículos e me levou pra casa. — Deborah pareceu tímida ao falar dele.
— Ele é super protetor, com todos. — Digo e vejo o professor entrar na sala. — Até com desconhecidos faz questão de ajudar. Nick sempre teve um coração enorme, principalmente com pessoas que criou um afeto maior.
— Ainda bem que eu o conheci. Ele é um ótimo amigo, mesmo a gente ter se conhecido ontem.
Riu fracamente.
— Debby, você gostaria de jantar com a gente lá em casa nesta noite?
— Seria fabuloso, Nancy.
Ajudando o meu irmão a ficar com a melhor pessoa desta academia está progredindo.
No almoço, Debby voltou para a academia e foi lanchar com o Nick e eu no lugar de sempre, na sombra de sempre, comendo o lanche que comprei minutos atrás.
— Oi, Nancy. — Brian brota de braços cruzados e os seus amigos estavam atrás dele, parecia de que foi forçado a falar comigo. — Não quer se juntar com a gente?
— Primeiramente, se fala “com licença” quando vai se dirigir a pessoa e segundamente, eu nem tô afim de me sentar contigo, mas os seus amigos são pessoas legais e eu só vou por eles. — Digo me levantando e pegando a minha bolsa.
— Você precisa conhecer o resto do bando! — Howie fica do meu lado e me leva na frente, até uma mesa que tinha mais duas garotas simpáticas. — Está é a Helena e a outra se chama Ingrid. Helena é minha prima e Ingrid namorada do AJ.
— Olá, garotas. — Aceno para ambas, que cederam um lugar entre elas. — Acho que já tivemos uma aula juntas e não demos atenção.
— Pode ter certeza. — Helena diz sorrindo abertamente. — Então, você é daqui do Brooklyn?
— Sou do Queens. — Respondo e os quatro, menos Brian, assentem da minha resposta.
— Tem algum amigo ou amiga para se juntar com a gente? — AJ pergunta depois de ingerir o seu refrigerante.
— Não, só tem o meu irmão e a amiga dele, sendo que estudam lá na academia. — Explico.
— Ah, o seu irmão. — Brian responde entediado. — Ele é muito sem sentimentos.
— Brian... — Ingrid o repreende.
— Deixa ele, é muito sensível com esporros! — Debocho e o mesmo revira os olhos. — Deveria ter mais consideração com as pessoas, senão, poderia perder leitores... já que perdeu uma.
Littrell cobre o rosto e volta a comer, olhando pra baixo. O doidinho tá com raiva.
— Você vai para o clube hoje? — Howie indaga com a sua simpatia.
— Claro que sim, Howie. Vou tentar fazer o Kevin perguntar mais para você. — Digo limpando a minha boca. — Quando eu fui embora da biblioteca ontem, ele não parou de me perguntar!
Ele e as garotas riram, AJ não porque estava longe na hora e Brian permaneceu calado, o almoço inteiro.
Depois de várias aulas, eu me encontrei com o Howard e fomos para a biblioteca, avistando Kevin já a nossa espera.
— Aí estão vocês. — Disse apertando as nossas mãos. — E essas aulas?
— De boa. — Respondo abrindo o meu livro.
— Diria o mesmo dela. — O latino respondeu rindo.
E assim começou a nossa aula de história.
Brian Littrell
A última aula só era eu sozinho, história é um tédio horrível. Comecei a deixar de dar atenção e fui escrevendo coisas aleatórias.
Eu sei de que a Nancy tem razão por ter raiva de mim, mas não precisava ficar jogando na cara o tempo todo durante o almoço.
Lembrei de que eu tinha que ir para a biblioteca devolver um livro de poesias que não gostei muito, depois que peguei emprestado ontem.
Assim que a aula acabou, fui diretamente até lá com cautela. Mas assim que eu abri a porta, vi a Nancy ser beijada pelo professor do clube.
O Nick tinha razão. Ela tá ficando com outro.
Fiz questão de fazer barulho para ambos perceberem de que não estão sozinhos ali.
— Brian?! — A loira diz assustada.
— Eu vim entregar isso. — Jogo o livro na mesa com o papel da devolução. — Tenham uma boa tarde.
Bati a porta com força e fui andando ligeiro para o lado de fora, isso é inadmissível ao ponto de alguém fazer isso na sua frente, logo alguém que te trouxe vários sentimentos e que motivava mais do que qualquer pessoa.
Assim que saí da escola, dei de cara com o seu irmão que conversava com uma garota.
— Olha só se não é o bicho feio da Conney Island!
— O loiro diz ao me ver e a sua amiga ria discretamente. — Espero que tenha deixado ela em paz.
— Pode ser, porque ela roubou todos os meus amigos! — Retruco atravessando a rua.
— QUEM MANDOU PARTIR O CORAÇÃO DELA?!
— CALA A SUA BOCA, CABELO DE XÍCARA! — Grito de volta e vejo algumas pessoas me olharem estranho e daí fui andando ligeiramente. — Que droga.
Nancy Carter
— Que gritaria foi essa aí fora? — Indago me aproximando do meu irmão e da minha futura cunhada.
— O seu amigo, o Brian. — Nick responde dando de ombros. — Que demora foi essa?
— Depois eu te conto... vamos pra casa. — Olho para a morena e começamos a andar.
Pegamos o metrô e fomos andando até a casa da Debby, que foi pedir autorização para a sua mãe que também é gente boa ir jantar com a gente. Daí andamos mais um pouquinho, chegando na nossa casa conversando várias coisas.
— Mãe, chegamos. — Digo vendo ela lá da cozinha com o Aaron. — Temos visita hoje.
Ela saiu e apertou a mão da Deborah, que estava um pouco tímida.
— A Nancy nunca mais havia trazido uma amiga pra cá... — Eu digo que não com a cabeça. — Espero que goste daqui.
— Nick, mostre a ela o meu quarto, vou falar com o Aaron. — Digo e ambos vão subindo para o primeiro andar. — Mãe, ela é a amiga do Nickolas.
— Ah. Só amiga?
— Bem, é só isso que eles dizem, mas acho que não têm certeza de que sentem o clima. — Digo subindo as escadas. — E Aaron, como foi a sua escola?
— Eu resolvi a equação mais difícil de matemática! — Respondeu feliz.
— Muito bem, foi assim que eu te ensinei. — Sorrio para o mais novo orgulhosa. — Tenho certeza de que você vai se tornar um ótimo investidor, já começando com os cinco dólares.
— Eu vou economizar até fazer vinte anos. — Disse e sorri para ele. — Quero fazer uma empresa em que posso ajudar nos benefícios das pessoas.
— Isso é bom. — Assinto. — Se arrume para o jantar.
— Okay.
Entro no meu quarto e ambos estão conversando de uma forma empolgada, nunca vi o meu irmão tão sei lá.
Me sento atrás deles na minha cama e ambos me olham curiosos, talvez querendo saber do que estava acontecendo antes de eu aparecer depois que o Brian foi embora com raiva.
— Eu contei tudo a ela sobre o barraco entre você e o coisinha. — Nick disse simples e assenti compreendida.
— História longa, não Debby? — Indago e a morena assente, ajustando a sua blusa. — Querem saber o que houve, né?
— Mas é claro, Nancy! — Gene responde óbvio.
Então? Eu contei de que o Brian se sentiu mal por eu estar no mesmo grupo de amigos e que me flagrou beijando o Kevin, aliás, o Kevin me beijou e fui retribuindo porque realmente foi bom. O estagiário me pediu desculpas pelo ocorrido e disse ao mesmo para ignorar, lhe dando mais um beijo. E pouco antes de eu sair da escola, ouvi o Brian completamente revoltado comigo.
No começo achei engraçado, mas depois do jantar e depois que a Deborah voltou para a sua casa, eu comecei a me sentir errada de tudo. Bem, isso serviu como um bom troco, mas peguei pesado.
Eu gosto do Brian, queria poder gostar mais se aos passar dos dias, mas ele foi se tornando chato, então me afastei do grupo, voltando a ficar sozinha por um tempo. Até eu ver que o mesmo também ficou só e longe dos seus próximos, por causa de um barraco que teve no time de basquete envolvendo os amigos dele.
Mas a história não acabou daí não, claro que não! Ele só se tornou mais propício para mais coisas acontecerem.
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