The night
[...]
Charlie estava do lado de fora do hotel passeando com o pequeno. Enquanto isso, Vaggie e os outros observavam a loira.
— Ela não abriu o hotel hoje. Não seria melhor falar com ela? — Angel perguntou a Vaggie, que suspirou em resposta.
— Vamos dar um tempo para ela... — respondeu, observando a namorada interagir com o pequeno de maneira fofa. — Vamos lá, nada de corpo mole. Temos muito trabalho para fazer! — Bateu palmas e afastou todos da janela.
— Que trabalho? O hotel está fechado, limpo, e os poucos hóspedes que restam estão em seus quartos. Não há nada para fazer! — Husk reclamou, deixando Vaggie preocupada e pensativa. — Outro dia escutei os demônios falando sobre querer sair daqui. Não sei o que ela planeja, mas seja o quê for, é melhor que faça logo. — comentou, com todos concordando, exceto Vaggie, que continuava a observar a namorada pela janela. Os demais trocaram olhares, deram de ombro e se afastaram. Alastor aproximou-se de Vaggie com seu habitual sorriso, o que a deixou desconfortável.
— Desembucha! — ela exclamou.
— Esse pequeno está atrapalhando os negócios, e talvez eu tenha uma ideia do que fazer com ele... — compartilhou Alastor, com um sorriso ainda maior.
— Envolve matá-lo?
— Por mais que eu aprecie soluções diretas... não! Acho que conheço os candidatos perfeitos para adotar essa coisinha. — revelou ele, despertando o interesse de Vaggie. A atenção dela foi totalmente voltada para ele, ainda que com certa desconfiança. — Não se preocupe, querida~ eu me encarrego disso! — prometeu, aproximando-se e segurando-a pelos ombros. Vaggie bufou e afastou sua mão.
— Está bem. Mas se trouxer loucos criminosos para cá, Charlie vai ficar furiosa. Não quero que ela fique ainda mais estressada do que já está. — Ele assentiu, desaparecendo e deixando apenas seu sorriso para trás.
...
Charlie voltou para o quarto tarde da noite, carregando o pequeno profundamente adormecido nos braços. Ao entrar, encontrou Vaggie de costas, vestindo sua camisola para dormir. Ela virou-se e deparou-se com Charlie encarando-a intensamente.
— Oi, voltou tarde... — Ela cumprimentou com um sorriso tímido. Charlie engoliu em seco e seu coração acelerou. Ele pediu desculpas, colocou o bebê no berço e, em silêncio, dirigiu-se ao banheiro. Minutos depois, voltou vestido com o pijama e se deitou de costas para Vaggie. Em silêncio, o anjo observou a loira até adormecer.
A noite seguia tranquilamente, porém algo acordou Vaggie no meio da noite e ela notou a ausência da loira na cama. Ao verificar o berço e encontrar o bebê lá, pegou sua lança e saiu do quarto para procurar a namorada.
— "Sua chamada está sendo encaminhada para a caixa postal. Por favor, deixe uma mensagem após o sinal!" — Ao seguir o som do telefone, ele descobriu a loira no terraço, onde Charlie estava apoiada na grade com o aparelho próximo ao rosto. Observou-a desligar e ligar para o mesmo número, sendo direcionada para a caixa postal mais uma vez.
— Amor...? — Chamou suavemente, aproximando-se.
— Ah, ei... — Cumprimentou sem sua habitual empolgação, o que fez um aperto surgir no coração de Vaggie. — Desculpe por te acordar... — Pediu com um longo suspiro escapando de seus lábios. Vaggie entrelaçou seus braços e descansou a cabeça em seu ombro.
— Acordei porque senti sua falta! — Explicou, arrancando uma risada suave da loira. — Está com insônia? — Perguntou, pois desde a chegada do bebê, a loira não conseguia dormir por mais de duas horas.
— Acho que sim... — respondeu, inspirando profundamente. Guardou o celular e abraçou Vaggie apertadamente, afundando o rosto em seu cabelo. Vaggie retribuiu o abraço, sentindo falta daquele tipo de carinho.
Charlie se afastou um pouco para observá-la atentamente, acariciando seu rosto antes de selar seus lábios rapidamente. No entanto, Vaggie a atraiu de volta para mais um beijo, abraçando a cabeça da loira e aprofundando o momento. Durante a troca de carícias, um gemido escapou dos lábios de Vaggie, levando-as a perder o controle e a colidir com a grade, levantando uma perna.
— Charlie... espera! — pediu, afastando-se da loira. — Vamos para o quarto... — sugeriu, enquanto a outra distribuía beijos em seu pescoço.
— O bebê está lá. — sussurrou, deixando marcas carinhosas em seu pescoço que desciam em direção ao meio de seus seios. Vaggie segurou a nuca da loira, puxando gentilmente seus cabelos, fazendo-a erguer o rosto.
— Há um quarto disponível nesse andar... e a chave está comigo. — mencionou com um sorriso. Charlie corou levemente, assentindo e seguindo o anjo até o aposento.
Ao adentrarem o ambiente, Charlie empurrou Vaggie delicadamente contra a porta, precisando se inclinar um pouco devido à diferença de altura para alcançar o pescoço dela, gesto apreciado por Vaggie. Suas mãos deslizaram suavemente pelo corpo dela, segurando seus braços elevados acima da cabeça, ao mesmo tempo em que posicionava a perna entre as dela e pressionava o joelho em sua intimidade.
— C-Charlie... — sussurrou Vaggie, emitindo um gemido enquanto a loira intensificava a pressão em sua intimidade e erguia sua saia com a mão livre. Liberando seus braços, Charlie a ergueu no colo, fazendo com que envolvesse as pernas em torno de sua cintura e trocasse beijos enquanto a levava até a cama. Com cuidado, a colocou na cama e se deitou entre suas pernas. Ao erguer-se, contemplou o anjo por um momento, com o rosto corado, boca entreaberta, respiração acelerada e um calor que as envolvia, apenas aumentando a excitação mútua.
Aproximando seus rostos, roçaram seus narizes. — Você é linda, Vaggie... Tão linda... — murmurou. Vaggie levou a mão ao rosto da loira e o acariciou, deixando transparecer um sorriso.
Charlie abriu os olhos e uma lágrima escorreu, levando Vaggie a franzir a testa, confusa. Antes que pudesse falar, a loira saiu de cima e sentou-se na beira da cama, com a cabeça baixa.
— Charlie? O que foi? Por que está chorando? — indagou preocupada, aproximando-se da loira.
— Você estava certa... sobre tudo! Minha mãe, o bebê, tenho sido irracional e isso está causando problemas ao hotel — respondeu, enxugando as lágrimas. — Tenho responsabilidades e não posso me fechar agora que todos finalmente querem conhecer o hotel.
— Você está se cobrando demais, amor... — Vaggie suspirou, abraçando a loira por trás. — Eu deveria ter feito mais para ajudar...
— O quê...? Não! Não, Vaggie... — a loira se virou e segurou o rosto de Vaggie, encostando suas testas. — Vocês já fizeram muito, e eu só atrapalhei. — acariciou o rosto dela. — Mas vou resolver isso. — Vaggie afastou-se um pouco, segurando a mão da loira.
— O que quer dizer? — perguntou, enquanto a loira mantinha um olhar sério.
— Vamos voltar com as entrevistas, e chame o casal que me falou antes, vamos encontrar um lar para ele e voltaremos a trabalhar. — disse com um leve sorriso, e Vaggie fez o mesmo.
— Que bom ouvir isso. — murmurou, selando os lábios de Charlie e voltando a se acomodar em seu colo, deitando-a na cama. Charlie segurou as coxas de Vaggie, a intensidade do beijo aumentou e ela puxou levemente o cabelo da anja. Separaram-se apenas por falta de ar, retomando o beijo com fervor. Charlie inverteu as posições, ficando por cima, e desceu até o pescoço de Vaggie, que soltou um gemido suave. — Charlie...!
Desceu em direção ao centro de seus seios, apertando um lado, descendo a mão até sua calcinha e olhando para Vaggie, em busca de permissão, que consentiu com um aceno. Subitamente, um choro alto ecoou, interrompendo-as abruptamente. Trocaram olhares e saíram apressadas em direção ao quarto da loira, onde encontraram o pequeno chorando no berço.
Assim que avistou as duas, o jovem diabinho cessou seu choro e exibiu um amplo sorriso, provocando suspiros. Vaggie segurou o pequeno, porém ele ansiava pelo colo da outra, a chamando com suas mãos pequenas.
— Oh... que fofo! — disse ao pegá-lo nos braços. Vaggie respirou profundamente, seguiu a loira até a cama, deitou-se e acomodou o pequeno entre elas.
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