10
Capítulo 10
OS TIE FIGHTERS DA PRIMEIRA ORDEM RODOPIAVAM PELO VAZIO PERSEGUINDO O ESQUADRÃO DA RESISTÊNCIA. General Hux gritava ordens aos comandantes, eles estavam atacando a nave principal, mas o veículo estava com os escudos ativados para proteção. Porém, os rebeldes estavam encurralados e uma hora o combustível iria acabar desabilitando o escudo. Eles não tinham para onde correr.
Gaevr esperava que Rey estivesse com eles, mas depois de procurar senti-la, não a encontrava. Ela pode sentir Kylo Ren que havia saído em Tie Fighter e explodira a sala de comando da Resistência, ela sentiu quando ele percebeu a presen da mãe. Mas nada de Rey. A última vez que havia a visto fora na base da Starkiller, delonge entre a destruição e o caos.
Ela saiu da sala de comando de Hux e caminhou pelo corredor intrigada, Rey não estava com os rebeldes.
Foi quando de repente ela sentiu o ar ao redor de si mudar, como se a brisa fresca estivesse soprando, sentia o cheiro de grama, sentia o sol em sua pele. Ela olhou para o corredor à sua frente, mas ele continuava o mesmo. Gaevr ouviu o barulho do mar e sentiu que algo se aproximava e quando ela se virou para trás viu Rey.
A garota arregalou os olhos se mostrando surpresa também. Rey rapidamente alcançou o blaster preso em sua cintura.
Gaevr levantou as mãos em um sinal rápido.
— Por favor… — Ela murmurou com a voz suave. — Não atire.
Rey segurou o blaster apontando para ela e Gaevr percebeu que ela estava em outro lugar, talve uma ilha. Mas não conseguia visualizar.
— Onde está Ren? — A garota perguntou como se esperasse por uma armadilha.
Gaevr abaixou as mãos devagar enquanto falava:
— Ele não está aqui agora.
Rey olhou ao redor como se só então percebesse que ela e Gaevr estavam em lugares diferentes.
— Eu não consigo ver onde você está. — Ela disse para Rey e sentiu que a garota acalmou por um instante.
Elas se olharam nos olhos e Gaevr se lembrou de quando a viu na base da Starkiller meio às sombras da floresta. Mesmo que não estivessem no mesmo local naquele momento, era como se fossem ainda mais próxima. Ela sentia Rey como sentia Kylo Ren, mas era diferente. Como se Rey fosse em uma frequência alterada, havia tanta luz e esperança ali que Gaevr duvidava que fosse encontrar algo assim pela galáxia.
— Quem é você? — Rey perguntou e naquela indagação, Gaevr pode sentir a Força da menina se aproximar de sua mente. Ela resistiu.
— A Tormenta da galáxia. — Ela murmurou e então caminhou um passo até Rey e continuou em um tom provocativo. — E você?
REY!
As duas ouviram a voz, apesar de não conseguir vê-lo Gaevr sabia que era Luke Skywalker. Ela sorriu por dentro, Rey e toda a sua presença se esvaiu com a brisa do mar. Mas agora Darth Gaevr sabia que a garota estava com o mestre covarde dos Jedi e estava pronta para pegar dois coelhos em uma só armadilha.
**
Kylo Ren estava em seus aposentos sentado sobre a cama longe do barulho da sala de comando, longe dos gritos nervosos de Hux. Seu rosto ainda ardia com a cicatriz que ele nem mesmo se deu o trabalho de cuidar, havia um corte em seu braço e um pequeno droide acoplado em um drone costurava sua pele para fechar o ferimento no braço.
Precisou tirar o uniforme, a camisa e as botas. Foi quando ele ouviu a porta de seus aposentos se abrir e fechar, do outro lado da sala uma sombra se moveu em sua direção.
Ele sabia quem era mesmo se não a olhasse. Mas ele a olhou enquanto ela se aproximava, porque era impossível não olhar.
Agora mais de perto e mesmo que houvesse apenas uma luz sobre a cama iluminando o local, ele podia ver os detalhes das expressões de Gaevr. Ela não estava usando o capacete e carregava em suas mãos um pequeno recipiente metálico e preto.
— Vejo que ainda está impressionado. — Ela comentou notando que ele ainda estava a encarando. Sua voz soava mais suave sem a acústica da máscara.
Ela se aproximou de Ben, ele continuou sentado e como ela estava em pé naquele momento estava mais alta que ele. O cabelo estava meio preso e suas mechas ruivas se alongavam até sua cintura e por sobre os ombros. Ela abriu o recipiente metálico, havia uma produto dentro dele que parecia uma pomada transparente.
Seus olhos encararam o cabelo de Gaevr e ele ergueu a mão colocando uma das mechas entre os dedos, observando a cor viva dos fios.
— Eu ia dizer para você bater antes de entrar, mas você já vive na minha cabeça. — Ele murmurou a observando tirar as luvas escuras e colocá-las sobre a cama. — Não é como se eu tivesse alguma privacidade.
Gaevr olhou para a mão dele na ponta do seu cabelo como se tentasse ler aquilo. Com a mão direita ela passou a ponta dos dedos na pomada e com esquerda ergueu o rosto de Ben. Enquanto ela observava a cicatriz que ainda era uma ferida aberta, ele focou nos olhos dela. Nunca alguém diria que havia tanta escuridão ali. Um gesto como aquele era tão estranho, mas Ben se percebeu ansiando por aquilo.
— Você sente a ligação? — Ele perguntou.
Ela passou a pomada pela ferida dele, um toque cuidadoso que o fez lembrar que ela também empunhava um sabre com maestria. Mesmo assim a ferida doeu e ele sabia que ela estava enxergando além do machucado.
— O tempo todo. — Ela murmurou como se estivesse reclamando de uma pedra em suas botas. — O pior é que…
— Está se acostumando. — Ren completou e ela concordou em silêncio distribuindo a pomada pelo seu rosto.
Por um instante ele apenas a observou, não se lembrava de qual fora a última vez que alguém estivera tão próximo dele, sem as máscaras e sem que ele pudesse esconder suas emoções.
— Eu fico preocupado também. — Ele disse ao perceber que conseguia ler ela, a ideia de que um sabia bem demais sobre o outro agora. — Mas houve um momento, depois que matei Han Solo, meu primeiro pensamento foi… você.
— Eu acho que Snoke fez de propósito. — Ela murmurou ignorando o que ele havia dito. — Ele quer que monitoramos um ao outro, mas talvez ele também queira que sejamos afeiçoados. Poderia ser mais uma forma dele nos manipular.
— O Supremo Líder tem um propósito. — Ele cortou estranhando a forma como ela estava falando.
Ela soltou o rosto dele e balançou a cabeça de forma negativa.
— Ele teria te matado. — Ela afirmou em um sussurro.
— Você fez algo? Quando o encontramos, você fez algo? — Ele perguntou ao pensar que a reação de seu mestre havia sido mais branda do que esperava.
— Suas emoções estavam uma bagunça, gritando em cada parte da minha mente. Eu precisei inibir um pouco isso ou ele perceberia. — Ela observou uma última vez o machucado e então se moveu para se afastar.
Mas Ren segurou seu braço a mantendo perto, não foi grosseiro. Foi um toque suave, quase como um pedido silencioso enquanto ele tentava organizar os pensamentos em sua mente.
— Por quê? Você também me salvou na base, não foi?
Ela sorriu com desdém.
— Por que eu faria isso? Capitã Phasma te tirou da base, você e Rey adentraram na floresta durante aquela luta ridícula.
Ele se levantou e Gaevr deu um passo para trás para o olhar diretamente nos olhos, Ren soltou o braço dela.
— Você está mentindo. Eu vi você, eu só não sabia que era você. — Ele murmurou e então tocou de novo o cabelo de Gaevr. — Eu vi o seu cabelo, eu vi os seus sonhos.
Ela não respondeu tentando ler a mente dele, e então encontrou suas lembranças fragmentadas ali como se fossem a vida de outra pessoa.
— Por quê? — Ren perguntou.
— Por que no momento pode haver alguma vantagem nisso tudo. — Ela disse como se estivesse refletindo sobre aquilo. — Talvez possamos negociar algo.
Kylo Ren franziu a testa.
— Você se refere à garota? Rey? — Ele desviou os olhos dela sentindo-se irritado com a lembrança dela. — Eu vou encontrá-la.
— Deixe ela pra mim. — Gaevr se moveu mais perto dele, quase tocando o peito dele. — Você não dá conta.
Ele abriu a boca para a contradizer, mas nenhuma palavra saiu. Faltou-lhe o ar, ele levou a mão até a garganta e tossiu.
— O que foi, Ren? Está engasgando com sua masculinidade tóxica? — Gaevr disse sorrindo e então a sensação passou.
Kylo Ren normalmente ficaria com raiva. Mas ele apenas sorriu como se não acreditasse nela e voltou a se sentar na cama.
— Veremos quando a hora chegar. — Ele disse em um tom dúbio e sombrio. — Vaenir.
Ela colocou de volta as luvas, mas deixou o recipiente com a pomada sobre a cama dele.
— Cuide-se para quando a hora chegar. — Ela indicou a pomada, mas estava falando muito maos do que apenas os ferimentos físicos dele. — Ben.
Gaevr saiu do quarto, mas a presença dela ficou pelo resto da noite. Era um amalgama de sentimentos, pensamentos e sonhos conturbados que lhe eram estranhamente reconfortante por lhe fazer perceber que não era a única alma assombrada na galáxia.
*****
notas: o wattpad tá dando tanto erro que eu não consegui arrumar a diagramação do capítulo, mas vou tentar corrigir tudo assim que parar de travar. vou começar a explorar mais o Force Bond a partir de agora e se preparem para as próximas cenas, é tudo o que eu posso dizer hahaha um beijo cheio de estrelas <3
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