Uma noite que jamais será esquecida (Parte 01)

"O que era para ser uma noite feliz, acaba se tornando uma das mais traumatizantes de nossas vidas". — Beatrice Hayes

Flashback ~modo on~

Cinco anos atrás...

Hoje irá começar as aulas do meu segundo ano do Ensino Médio, eu mal consegui dormir de tão ansiosa que estava. Tudo isso, porque sinto que está mais perto de realizar o meu sonho de ingressar na Universidade de Columbia para cursar a graduação de Arquitetura junto com a minha melhor amiga, Maggie. Sei que ainda faltam uns dois anos para isso acontecer, porém, eu mal posso esperar por este dia.

Mas enfim, só que preciso controlar esta ansiedade para poder terminar de me arrumar, antes que a minha mãe bata na porta de meu quarto. Para buscar entender a tamanha de minha demora para descer e tomar o café da manhã com o pessoal. Eu apenas inspirei e expirei várias vezes, feito isso, voltei a pentear o meu cabelo que o deixarei solto como sempre. Levantei da cadeira em frente à penteadeira, andei em direção a minha cama onde se encontrava a minha mochila, a peguei e fui até a porta já o abrindo logo em seguida.

Hoje será o grande dia, tenho certeza disso. E a noite, os meus pais me prometeram nos levar até ao nosso restaurante favorito para comemorar o aniversário da mamãe atrasado...

A minha mãe faz aniversário no dia trinta de Janeiro, mas só agora que conseguimos ter a oportunidade de comemorar já que os meus pais trabalham muito e, raramente conseguem tirar folgas no mesmo dia. Então, hoje será o dia mais do que especial porque não são todos os dias que tanto meu irmão e eu, iremos conseguir tirar um tempo de qualidade ao lado deles.

E assim que desci as escadas rumo em direção a cozinha, andei em passos lentos como uma forma de controlar a minha ansiedade para o que este ano irá me mostrar. Espero muito que seja somente coisa boa tanto para mim e para a minha família também. Enfim, assim que adentrei ao cômodo onde se encontravam os meus pais e o meu irmão mais velho, a minha mãe me encarava de uma forma que demonstrava que tinha perdido toda a paciência por conta da minha demora para aparecer e tomar o bendito café da manhã que ela nos preparou com todo o carinho do mundo:

— Beatrice, por que você gosta tanto de nos fazer esperar, hein? Já estamos muito atrasados e parace que você esquece que o nosso tempo é muito precioso. Por favor, tente ser mais responsável com os seus horários, a sua mãe iria agradecer demais. Agora, vem me dar um abraço e um beijo de bom dia. — Me deu um sermão com um semblante de quem não aguentava mais em ter que me esperar para poder comer o café da manhã e depois, me puxou para poder me abraçar.

— Bom dia, mamãe. Me desculpe, eu juro que me esforçarei para mudar este meu lado e... — A abraçava enquanto tentava me desculpar, mas acabei sendo interrompida pelo meu irmão idiota.

— Ahhhh gente, por favor. Ainda são 07:00am e vocês já estão neste grude todo aí, credo. Estou quase perdendo a fome aqui, então peço que parem com isso nem que seja uns cinco minutos ou até que eu termine o meu café da manhã. Ficarei grato se puderem atender o meu pedido. — Reclamou, Anthony, enquanto esboçava uma expressão de nojo em seu rosto ao nos ver se abraçando.

— Mas que exagero, meu filho. Olhando assim, parece que está com ciúmes das duas, hein? — Dizia, meu pai, enquanto soltava uma risada singela e o meu irmão começou a ficar emburrado após este comentário dele.

— Ciúmes!? Eu!? Até parece, pai, estas duas parecem que não conseguem ficar um dia sem ficar nesta melação toda aí, aff. — Reclamou e revirou os olhos logo em seguida, depois tomou um gole de seu suco de uva.

— Mas é um ciumento mesmo, né? Vem cá, meu filho, que eu irei te abraçar e te encher de beijinhos também. — Disse e logo foi em sua direção que se encontrava sentado ao lado do nosso pai, o abraçou e ele resmungou em todos os beijos que ela o dava em seu rosto.

— Pronto, irmãozinho. Agora conseguiu ter um pouco de atenção da nossa mãe, satisfeito? — Dizia, enquanto soltava uma risada ao ponto da minha barriga começar a doer e depois disso, sentei do outro lado da mesa e peguei uma torrada para comer junto com uma geléia de framboesa.

— Ah, não foi nada disso que eu queria dizer e você, idiota, fica na sua que é melhor para você e... — Dizia, mas acabou sendo interrompido por nossa mãe.

— Ah, por favor, não comecem com esta implicância. Devo lembrar à vocês dois que hoje, começam as aulas e se continuar com esta idiotice, não irão conseguir entrar nem na segunda aula do dia. Então, comam o mais rápido possível e em silêncio, obrigada. — Nos chamou a atenção com um tom de voz firme e com um olhar que botaria até os mais desaforados na linha.

— Sim, senhora Megan Hayes. — Dissemos nós dois em uníssono.

Meia hora depois...

Já nos encontrávamos no colégio, quer dizer eu e a minha melhor amiga, Maggie, já que o meu irmão foi resolver as últimas coisas para poder se mudar com a intenção de começar a estudar na Universidade de Stamford, Califórnia. Acho que a minha mãe se esqueceu deste pequeno detalhe de que, o meu irmão não irá mais morar conosco e que, ele só não se mudou ainda porque precisava de resolver alguns assuntos pendentes aqui. Já que as suas aulas começam em Março deste ano e o idiota tinha deixado para resolver, ainda faltando algumas semanas para o seu primeiro dia de aula lá.

Ele já se formou no Ensino Médio já faz uns dois anos, porém, ele resolveu arrumar um emprego para juntar o dinheiro o suficiente para sobreviver em uma outra cidade sozinho, até conseguir arrumar um outro lá. E também, preferiu entrar em um cursinho preparatório, para entrar em uma Universidade melhor do que ele tinha conseguido à bolsa naquela época. E após muito esforço, ele finalmente conseguiu uma bolsa para estudar na Universidade que tanto queria que era a de Stamford. Ele conseguiu após passar em uma prova deles e conseguiu ficar entre os dez, que era o número total de bolsas que eles tinham disponíveis para o curso de Direito.

Mas enfim, enquanto o Tony foi resolver as coisas na diretoria. Maggie e eu fomos em direção aos nossos armários com a intenção de guardar as coisas que não iremos usar nas primeiras aulas antes do intervalo. Feito isso, olhamos no aplicativo do colégio para ver quais salas que iremos, já que a nossa memória não permitiu que decorassêmos a grade por completo ainda. E acabei vendo que a minha primeira aula será de álgebra, porém, a Maggie será de língua estrangeira, ou seja, não iremos entrar na mesma sala.

Mas depois, vimos que iremos estudar juntas nas matérias de artes e educação física de hoje. E com isso, fizemos uma pequena comemoração discreta, mas mesmo assim torcemos para que ninguém nos tenha visto fazendo isso. Nos despedimos e cada uma, foi em direção as salas para terem as suas primeiras aulas do dia. Só espero que a turma deste ano, seja tranquila e que, esqueçam que eu seja dona destas sardas que cobrem o meu rosto e do meu cabelo cor de cobre ou de ferrugem, como muitos já o se referiram durante muitos anos.

Apenas respirei fundo e juntei toda a coragem do mundo, dei os primeiros passos para dentro da sala que era enorme na minha humilde opinião. Acho que era a primeira vez que entro neste lugar, bom, pelo menos não estou lembrada de ter tido alguma aula nesta sala. Andei com os passos mais rápidos desta vez, com a intenção de sentar na última cadeira do lado da porta. E buscava fazer isso, torcendo para passar de despercebida, mas para a minha infelicidade, a minha adorável colega que se chamava, Kimberly Hawking, se sentou à poucos metros de mim e quando me viu, soltou um sorrisinho de quem iria acabar com a minha autoestima neste ano que mal começou:

— Olá, querida. Alguém já te falou o quanto que o seu cabelo lembra uma menstruação hoje? — Falou, a dona dos cabelos louros que nos faziam lembrar claramente de uma patricinha de filmes dos anos 2000. E ela soltou uma risada, como se estivesse contado a melhor piada do mundo e as suas capangas, riam até não poder mais.

— Nossa, acho que alguém acordou muito engraçada hoje, não? Bom, melhor ter um cabelo que lembra uma menstruação do que, um cabelo que não ver uma hidratação há séculos, né? — Comentei, já sabendo que isso seria o suficiente para ofendê-la e sim, sei que isso está parecendo duas garotas do fundamental discutindo, mas não estava com vontade de gastar os meus neurônios com esta idiota.

— Oh, como ousa falar assim do meu cabelo!? Ontem, eu fui no melhor cabeleireiro de Nova Iorque e tu, resolve dizer uma coisa desta!? Ahhh, eu vou te matar, sua maldita. — Vociferou e quando, ela elevava a sua mão direita com a intenção de me dar um tapa, fui salva pelo congo quando avistei o professor de álgebra entrando na sala. Com isso, a querida não teve uma outra alternativa a não ser voltar para o seu lugar e ficar caladinha.

Algumas horas depois...

As aulas já tinham finalmente acabado e eu fui em direção à saída do colégio, só parei porque estava esperando a bonita da Maggie terminar de fazer uma manobra nada segura na escada que continha um número razoável de degraus ao ponto que, se ela errasse um passo, ela iria se espatifar no chão. Mas para a minha felicidade, ela conseguiu finalizar o que tanto queria fazer e fomos rumo em direção ao ônibus amarelo. Entramos no veículo e como sempre, sentamos no fundo para podermos conversar mais à vontade.

E por sorte, a minha adorável colega, Kimberly, resolveu ir embora de carona do carro que era de uma das meninas que as nomeei de capangas dela. Às vezes, só queria entender o motivo dela ter me escolhido para ser a sua vítima para praticar bullying como se fosse algo mais divertido de se fazer com alguém. Mas segundo a Maggie, era por pura inveja já que provavelmente, ela queria ter a mesma cor de cabelo no qual eu nasci. E que, eu deveria ter orgulho de ter herdado estes fios da minha avó materna, Charlotte.

E eu realmente, sinto orgulho e a minha mãe sempre me ensinou a amá-lo. Por mais que eu queresse tingí-lo de uma cor que a sociedade o considerasse normal...

Enfim, quanto menos esperava, já tinha chego em casa e corri em direção às escadas rumo ao meu quarto para depois entrar em meu banheiro. Sinceramente, eu amo o fato de ter um banheiro lá, isso facilita muito a minha vida e evita, principalmente as brigas com o meu irmão que parece que faz um verdadeiro ritual para tomar um simples banho. Sério, ele demora uns trezentos anos para sair do banheiro que fica localizado no corredor do segundo andar de nossa casa.

Banho tomado, me encontrava em frente ao meu guarda-roupa, torcendo para que as roupas se decidam entre si em qual deles irão querer sair comigo hoje. Sei que isso soou no tanto bizarro de minha parte, mas era por conta que estava extremamente indecisa em qual iria usar. Mas após alguns ou longos minutos, resolvi pegar um vestido da cor terra cota e que, batia dois dedos acima dos meus joelhos. Ele era simples, mas lembro que a minha mãe o comprou e disse que combinava muito com a minha aura, a fazia também lembrar de uma raposa super fofa.

Mães sendo mães, né? Mas irei usá-lo para poder ver aquele sorriso tão lindo que só ela tem a capacidade de dar...

Após ter colocado vestido, calcei um par de tênis brancos. Não sei se combina, mas estava afim de me sentir confortável hoje e depois de ter os calçado, passei uma maquiagem só para dar um ar de "saudável". Escovei os meus cabelos, fiz tranças em duas mechas e os uni, prendendo com uma simples presilha. E peguei uma pequena bolsa branca para combinar com os tênis, saí do quarto rumo às escadas para encontrar com os meus pais, já que sabia que o meu digníssimo irmão, estava longe de está pronto ainda.

E quando estava quase subindo às escadas para bater na porta do quarto de Tony, ele resolveu nos dar o ar da graça de finalmente aparecer. Após os meus pais brigarem com ele por nos ter feito esperar que nem um bando de palhaços, saímos em direção a garagem que tinha a porta ao lado da cozinha como o seu acesso principal. Entramos no carro prata de nosso pai, ele ligou o veículo e apertou o botão para abrir o portão da garagem.

Ele colocou uma música que a minha mãe gostava muito, se não me engano foi uma que tocou no baile deles na época da escola e no qual, eles se conheceram, dançaram juntos e acabaram se apaixonando ao ponto de estarem juntos até os dias de hoje. Sei que isso possa parecer bem brega, mas acho a relação deles tão linda e tão filme de comédia-romântica. Se um dia, eu entrar em um relacionamento, espero que seja parecido com à deles.

E finalmente, chegamos ao nosso restaurante favorito e quê, se chamava O'Tolle's Way. A culinária deles é fantástica e em todas as vezes que viemos à este lugar, sempre fomos bem recebidos ao ponto que não dava nem vontade de ir embora. Enfim, meu pai estava estacionando o seu carro no estacionamento do local mesmo e enquanto ele estava fazendo isso, minha mãe foi até a funcionária do estabelecimento e disse que tínhamos reservado uma mesa às 07:30pm.

A jovem funcionária no mesmo minuto, checou nos papéis que estavam dentro de uma pequena pasta e depois, disse que estava tudo certo e que poderíamos ir até a nossa mesa, no qual ela nos acompanhou com um sorriso simpático estampado em seu rosto. E com isso, nos sentamos e ela se retirou rapidamente. O meu pai não demorou muito para aparecer e se sentou ao lado de nossa mãe, às vezes sinto que eles queriam sair à sós já que eles se olhavam como se estivessem em um primeiro encontro ou algo do tipo.

Enquanto eles estavam se olhando como se só estivessem os dois nesta mesa. Resolvi olhar para cada detalhe deste restaurante, mesmo que eu já tenha praticamente decorado cada meio metro deste lugar. Porém, eu não me canso de reparar o quanto que aqui parece ser de outro mundo de tão perfeito que é. Meus olhos sempre brilham, quando arrumamos um tempo para vir para cá, aqui guardo tantas memórias inesquecíveis.

O teto é feita de madeira da cor marrom no tom mais escuro que existe na paleta, tem piscas-piscas brancas em toda a sua extensão, com isso, acaba se criando um lugar super aconchegante na minha humilde opinião. As mesas foram decoradas com os panos brancos e que, continham detalhes belos. Tanto as cadeiras e as mesas eram do mesmo tom de madeira do teto. E para completar, sempre tinham pequenos vasos de pratas com as flores brancas ou amarelas, era como se fosse uma marca registrada deles.

Meus pensamentos foram interrompidos, quando a minha mãe me cutucou como forma de chamar a minha atenção. E com isso, percebi que os garçons já tinham trazido os nossos pratos e sempre eram o mesmo cardápio, já que éramos meio que viciados neles. Mas mesmo sendo os mesmos, parece que em todas as vezes que viemos aqui, eles sempre conseguem nos surpreender por conta que fica mil vezes melhor do que nas outras vezes.

Cerca de uma hora depois...

Já tínhamos finalizado a parte de comer estes pratos que como sempre, estavam maravilhosos na minha humilde opinião. Até que em um determinado momento, acabei sentindo uma forte dor na cabeça ao ponto que comecei a ficar pálida e a contorcer de tanta dor que estava sentindo. Busquei ao máximo de tentar disfarçar no que estava sentindo para não estragar a nossa noite em família. Mas para o meu azar, a minha mãe acabou percebendo e ela me chamou para ir ao banheiro.

De início não tinha entendido muito bem o real motivo de ela ter me chamado para ir lá, mas preferi não questioná-la. Apenas a segui, mesmo com uma certa dificuldade e buscava mais uma vez, disfarçar para que o meu irmão e o meu pai não percebessem também. Assim que adentramos ao cômodo mencionado, ela segurou uma das minhas mãos delicadamente e me encarou com um olhar preocupado que todas as mães fazem quando se tratam de seus filhos:

— Filha, o que está acontecendo? De repente, vejo você calada e fazendo umas expressões como se estivesse sentindo algum tipo de dor. — Me indagou, enquanto me forçava a encarar como uma forma de extrair alguma verdade de mim.

— Relaxa, mãe. Eu estou bem, sério, acho que só estou cansada por conta que as aulas foram muito puxadas hoje. — Falei, buscando transparecer a mais sincera possível.

— Não minta para mim. Eu lhe conheço muito bem para saber quando está mentindo ou não. Vamos para o médico e será agora, não aceito desculpas para não ir. Vou pedir para o seu pai para pagar as contas e irei pedir um Uber para nos levar até ao hospital, enquanto isso. — Disse com um tom de determinação em sua voz e me puxou sem que ao menos, pudesse pensar em algum argumento para convencê-la de deixar isso pra lá.

Ela nos levou até a mesa onde se encontravam os rapazes. Os comunicou e é claro, meu pai ficou extremamente preocupado, porém, a minha mãe o tranquilizou dizendo que provavelmente, deve ser apenas uma dor de cabeça. E que não era uma possível doença herdada da família dela, digamos que tenho uma pequena porcentagem de herdar o que matou a vovó Charlotte, que seria algum tipo de câncer cerebral.

Mas prefiro acreditar que eu faça parte da outra porcentagem daqueles que irão escapar desta pequena possibilidade. Não quero viver achando que à qualquer momento, irei ser diagnosticada por esta doença que tirou uma das melhores pessoas que já conheci na vida. Sinto muito falta dela, mas creio que ela esteja em um lugar melhor e é claro, sendo uma pessoa feliz que ela sempre buscou ser para nós.

Não demorou mais do que sete minutos até chegar o carro do aplicativo e adentramos devagar respeitando as dores que ainda estava sentindo, a minha mãe o pediu para chegar ao local rapidamente já que ela achava que desta vez, era algo grave. E sim, não é a primeira vez que a gente vai correndo em direção aos hospitais. Na verdade, não posso sentir uma simples dor de cabeça, que ela já reage assim comigo.

Poucos minutos se passaram e que aparentemente, o aplicativo de GPs do celular do motorista estava o levando para entrar em uma estrada desconhecida por mim. Bom, pelo menos achava isso até perceber que o cara estava completamente bêbado, acho que a minha mãe estava tão nervosa que não conseguiu perceber este pequeno detalhe. Só sei que a minha cabeça começou a doer ao ponto que não consegui segurar a vontade de gritar como uma forma falha de amenizar a dor que estou sentindo.

E por conta do meu grito, acabou fazendo aquele motorista bêbado desviar o olhar na estrada e direcionar os seus olhos para nós, já que acabou levando um grande susto. E isso foi por uma fração de segundos, quando a sua atenção voltou ao volante, tivemos o azar de se deparar com um cervo que se encontrava parado no meio da estrada. O motorista conseguiu desviar e ao tentar controlar o veículo, acabou fazendo que o automóvel perdesse mais ainda a direção até acabar saindo da pista.

E com isso, o carro foi em direção à uma ladeira de uma floresta, nos fazendo cair com o veículo até que uma árvore enorme acabou nos servindo como uma forma de fazer o carro parar de vez. Só sei que a cada segundo que tinha durado àquela queda, era como se passasse um filme da minha vida toda diante de meus olhos e foi quando tive a certeza de que não iríamos sobreviver após este acidente. Depois disso, não lembro de mais nada já que acabei perdendo todos os meus sentidos e por fim, desmaiei por conta do impacto.

Nunca pensei que uma simples dor de cabeça, acabaria estragando a nossa noite em família da pior maneira possível...

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