13- Faz muito tempo

Guk Saemi's point of view

Sabe um daqueles feriados que você nem sabe do que se trata? Um daqueles que você acha que não vai fazer nada o dia todo, era um desses dias. Porém, esse foi diferente, eu acordei como um zumbi saindo de seu túmulo já que eu não tinha dormido direito na noite passada, saindo do meu quarto para comer meu café da manhã, me deparei com uma agradável surpresa, estavam sentadas no sofá, minha mãe, minha prima Kim Yurim e sua irmã mais velha, vulgo minha outra prima Kim Areum, ou melhor, Bang Areum, já que ela havia se casado recentemente. Em seu colo, estava uma criança, seu filho Dongbin que havia nascido há cerca de dois anos atrás.

—Sae!— Yurim se levantou do sofá, correu até mim e me abraçou. —Ah, faz tanto tempo!

—É mesmo!— Eu a abracei de volta.

—Oi Saemi.— Areum se aproximou de nós duas enquanto segurava a criança que dormia em seu colo.

—Oi senhora Bang.— Eu sorri me separando do abraço.

—Não fala isso, eu vou me sentir velha.

—Mas você não é?— A Kim indagou.

—Não, eu não sou.— Areum olhou para sua irmã por alguns instantes. —O Dongbin tava tão animado pra conhecer você, só que ele acabou dormindo.

—Mas e o seu marido? Ele não veio?

—O Chan ficou doente ontem.— Ela respondeu. —Ele disse que eu deveria ir encontrar vocês e que ele ia se virar sozinho, mas eu chamei a minha sogra pra cuidar dele.

—Claro, o Chan nunca deixaria você perder esse tempo com a gente...— Yurim suspirou. —Eu queria que todos os homens fosse iguais a ele.

Claro, Yurim é tão viciada em livros de romance quanto minhas amigas, o que faz ela ter essas reflexões esquisitas igual a elas. Acho que isso causou algum tipo de obsessão pela ideia de viver um romance por parte de Yurim.

—Você deu sorte.— Eu disse. —Todos os homens na minha vida são um tanto questionáveis.— Minha barriga roncou por um momento. —Eu acho que tenho que tomar café.

(...)

Após um bom café da manhã, eu e Yurim fomos caminhas por aí, Areum ficou em casa para cuidar do Dongbin. Eu e minha prima estávamos apenas conversando como pessoas normais quando eu senti uma bicicleta colidir contra meu corpo, fazendo me cair no chão.

—Merda...— Ergui minha cabeça na direção do motorista daquele veículo, então, dei de cara com alguém que eu não esperava ver. —Min?

O irmãozinho de oito anos do Lee Minho, Lee Min sorria alegremente enquanto olhava para mim. Eu me levantei incrédula, já que até então acreditava que o rapazinho ainda estivesse na outra cidade.

—Noona!— Ele me abraçou.

Eu abracei o garotinho em completa confusão, quando vi Minho caminhando calmamente de longe, como se seu irmão não estivesse em uma velocidade perigosamente alta na bicicleta. A medida que ele ia se aproximando, eu ia desfazendo o abraço.

—Sae, quem é aquele?— Yurim apontou para Minho que estava cada vez mais próximo. —Ele é gatinho.

—É o Lee Minho, você não lembra?

Yurim me encarou como se todas as memórias de infância voltassem, como ela puxando o cabelo do Lee quando ele fez o mesmo que eu ou de quando eles dois brigaram fisicamente porque ele disse que eu era feia. Pode ter certeza que as brigas deles dois eram piores do que as nossas. Eu tenho a lembrança perfeita de Areum, já adolescente rindo de longe enquanto Minho chorava com a mão em seu olho roxo, Yurim estava levando uma bronca da mãe e eu apenas observava em choque.

—Aquele Lee Minho?

—Sim, é ele mesmo.

—Aí, Min, vê se não vai tão rápido na bicicleta.— Minho apareceu ao lado de seu irmãozinho, deixando sua mão no ombro do garotinho.

—Tá bom hyung!— Ele sorriu. —Olha, a Saemi noona tá aqui!

—Eu sei, ela é minha vizinha.

—Vizinha? Que legal! Deve ser muito legal ver a noona todo o dia!

—Eu não sei se diria o mesmo.— Eu murmurei.

—Você... Lembra de mim?— Yurim perguntou para Minho.

—Bem...— O rapaz pareceu analisá-la por alguns segundos parecendo estar confuso. —Não.

—É a minha prima, Kim Yurim.— Eu disse.

—Kim Yurim?— Ele pensou um pouco enquanto encarava ela. —Ah, você não era aquela que bateu em mim?

—Sim.— Ela riu, provavelmente constrangida. —Faz bastante tempo, não?

—É, faz um bom tempo.

(...)

Eu não imaginava que isso poderia acontecer, mas estávamos eu, Yurim, Minho e Min em uma praça perto da minha casa. Eu estava brincando de esconde esconde com o Min, enquanto Yurim e Minho estavam conversando em um banco. Claro, eu poderia ter as minhas dúvidas, mas parece até que eles estavam se dando bem, será que Minho poderia encontrar uma garota louca ou desesperada o suficiente para namorar com ele? Isso me parecia surreal.

—Hyung!— Min se aproximou de seu irmão depois de ter me encontrado pela a quarta vez. —Vem brincar com a gente! Você também, noona.

—Eu não...— Minho começou.

—Vamos, vai ser legal.— Yurim disse.

Em não muito tempo, estávamos nós três, correndo para se esconder em algum lugar, antes que Min chegasse no vinte. Eu me escondi atrás de um escorregador, apenas esperando o garotinho aparecer e falar algo como "noona, eu te encontrei". Quando eu ouvi Min gritar:

—Hyung! Noona! Eu encontrei vocês!

"Eles se esconderam juntos?" Eu pensei. Tentei procurar os dois com o olhar, o que resultou em Min correndo até onde eu estava.

—Noona! Eu te encontrei!

—Mas eu não sou a sua noona, eu sou um arbusto.— Voltei a me esconder atrás do escorregador.

—Aí, Saemi, vê se para de roubar!— O Lee exclamou de longe.

—Pois é Sae!— Foi a vez de Yurim gritar.

—Vamos noona!— O rapazinho me puxou pelo o braço até o encontro deles dois.

—Ei, pirralho.— Minho disse para seu irmão logo após olhar a hora. —A gente tem que voltar pra casa agora.

—Ah, mas hyung, eu quero brincar mais!— O Lee mais novo disse desanimado.

—Quando você voltar, eu deixo você fazer carinho no meu gato.

—Ele sabe sobre o Soonie?— Eu indaguei.

—Eu seu sim.— Min disse. —Mas eu prometi pro Minho que eu não ia falar nada pra nossa mãe.

—Vamos?— O Lee perguntou.

—Vamos!— O mais novo respondeu.

—Aí, eu ia me esquecendo.— Ele se virou para nós. —O pessoal da turma vai se reunir aqui hoje mais tarde e o pediram pra te convidar.— Ele olhou diretamente para mim. —Mas se você quiser levar a Yurim, você pode.

—Eu...

—A gente vai.— A Kim sorriu.

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