09- School sucks

Guk Saemi's point of view

O meu alarme soou em meus ouvidos fazendo com que toda a raiva que eu tenho de acumulasse em mim. Eram cerca de quatro da manhã e eu pensava em o que diabos eu tinha na cabeça em colocar o alarme para esse horário. Até que eu vi o que estava escrito no alarme.

"Prova de inglês hoje".

A ideia brilhante de uma estudante procrastinadora como eu foi simplesmente deixar para estudar para a prova no dia da prova, as quatro da manhã. Eu levantei da cama como um zumbi daqueles filmes de terror, me sentei a mesa que ficava no meu quarto e comecei a revisar como uma condenada. Eu passei duas horas estudando, mais pareceram dois minutos. Não era o suficiente para alguém que não sabe nada de inglês, eu tinha que ir para a escola, a solução era: estudar durante as aulas.

(...)

Eu cheguei na escola olhando para o livro enquanto repetia a mesma coisa para mim mesma.

Firefighter é bombeiro, nurse é enfermeiro...

Eu não estava prestando atenção em nada a minha frente, só em aprender sobre o verbo to be ou algo do tipo quando senti que estava prestes a acertar alguma coisa, até que senti uma mão em minha testa —ainda muito perto de uma árvore.

—Você deveria tomar cuidado.— Minho disse. —Com essa testa do tamanho do mundo, achei que você fosse derrubar a árvore, a coitadinha.

—Ah, você é engraçado.— Dei um sorriso falso. —Agora me deixa em paz, eu tenho que estudar pra prova de inglês.— Desviei da árvore voltando a fazer meu caminho.

—Prova de inglês?

—Que foi? Você não sabia?— Perguntei. —Parece que a minha nota não vai ser a mais baixa da sala dessa vez.

—Eu vou garantir que seja.

(...)

Depois de um dia inteiro estudando por horas, finalmente chegou a hora da prova de inglês, ou melhor, meu maior pesadelo. Eu posso ter estudado esse tempo todo, mas eu não sabia de absolutamente nada da prova, eu devo ter errado tudo. Mas pelo menos a esperança de que Minho soubesse ainda menos que eu ainda me deixava menos triste.

Aparentemente eu não era a única nessa situação questionável. Assim que saí da sala, vi Boram e Kaeun sentadas em um banco, a Choi estava chorando enquanto a Yoo tentava a consolar. Me aproximei das duas sem entender muito bem o que acontecia, então perguntei:

—O que aconteceu?

—Eu vou tirar zero!— Boram exclamou chorando.

—Não pode ter sido tão ruim assim.— Kaeun disse.

—Foi tão ruim assim!

De fato, eu não estava sozinha.

—Ei, Boram...— Eu falei com voz calma. —Tudo bem tirar uma nota baixa, o que você acha de sairmos um pouco pra esquecer isso?

—Sair? Pra onde?

—Hm...— Pensei um pouco. —Vamos naquela sorveteria aqui perto.

(...)

Estávamos nós três comendo sorvete juntas, já fazia um bom tempo que nós não saíamos juntas, pelo menos desde todo esse drama com a Boram e o Hyunjin. A sensação de estar com elas novamente era ótima, era como reencontrar alguém especial depois de um tempo. Nós conversamos e rimos por algum tempo, até o celular de Boram tocar.

—Alô...— Ela atendeu. —Amor?... Sim... Eu tô com a Kaeun e a Saemi... Sim... É verdade... O que?... Voltar?... Espera.— Ela tirou o telefone da orelha por alguns segundos. —Foi mal gente, o Hyunjin tá me pedindo pra voltar pra casa e...

—Espera.— Falei. —Me passa esse telefone, eu preciso falar uma coisinha com ele.— A Choi me entregou seu celular. —Ei.

—Saemi?— Ele indagou do outro lado da linha.

—Quer parar de ser idiota e deixar a sua namorada sair um pouquinho com as amigas dela? Quem é você? O pai dela? Para de ser imbecil e deixa a sua namorada viver!— Falei desligando a chamada. —Não vai embora.

—Tá bom...

—Boram...— Kaeun disse. —Você tem certeza de está bem com o Hyunjin agindo assim?

—Não, não, eu tô bem.— Ela disse tentando nos acalmar de alguma forma. —Ele tem um pouco de ciúmes as vezes, mas eu estou bem com isso.

—Bem com isso?— Eu Indaguei. —Eu quero saber como você fica bem em saber que seu namorado tenta te impedir de passar um tempo com suas amigas.

—Pois é amiga!— Kaeun disse. —Ou ele muda, ou você tem que sair dessa.

Eu sinceramente preferia a segunda opção.

(...)

Eu estava sozinha no meu quarto, sem fazer nada. Apenas pensando, pensando sobre toda essa história do Hyunjin e da Boram, se eu realmente deveria contar tudo para a Boram, quando eu sei que suas chances de continuar com ele são grandes. Fui retirada desses pensamentos com o som de meu telefone tocando, era uma ligação de Beomgyu. Estranho, ele não me ligou desde aquele dia.

—Alô.— Eu disse atendendo o telefone.

—Oi Saemi, como você tá?— Ele indagou.

—Eu tô bem, por que você me ligou?

—É que eu tô muito entediado e eu queria saber se você tá livre, pra a gente sair um pouquinho.

—Eu também não tô fazendo nada.

—Que bom! O que acha de irmos tomar sorvete? Tem uma sorveteria aqui perto de casa.

—Pode me mandar a localização por mensagem?

—Uhum.— Ele disse. —Te vejo lá.

—Até.

Desliguei a chamada e comecei a me arrumar. Assim que estava pronta, me despedi de minha mãe e saí do meu apartamento, dando de cara com Minho, que parecia estar indo até seu apartamento.

—Você tá menos feia que o normal hoje.— Ele disse. —O que? Vai pra um encontro?

—Na verdade sim.— Respondi. —E aliás, você tá mais feio que o normal hoje.

(...)

Aquele encontro até me animou. Ele é legal, engraçado e ainda se ofereceu para pagar o meu sorvete. Eu não queria ir embora, mas já estava ficando tarde e eu tinha que voltar para casa.

—Eu acho que vou ter que ir agora.— Falei me colocando de pé.

—Mas já? Que horas são?— Ele conferiu a hora em seu telefone. —Ah, o tempo passou tão rápido! Mas você vai andando sozinha? Essa hora?

—Bem... Esse era o objetivo.

—Não, eu não posso deixar isso! Tem estado perigoso recentemente, eu vou com você.

—Não, não precisa.

—Eu faço questão.

Não importa o quanto eu insistisse para ele ir direto para casa. Nós dois saímos da sorveteria e começamos a caminhar um ao lado do outro, em silêncio. Fui surpreendida quando ele segurou a minha mão repentinamente, não é como se eu não tivesse gostado, só foi uma surpresa. Quando finalmente chegamos na frente do meu prédio, Beomgyu perguntou:

—É aqui?

—Sim.— Eu respondi. Antes que eu pudesse soltar a mão dele, o Choi me puxou para perto e me abraçou.

—Tchau Saemi.— Ele disse se separando. —Fica bem, tá bom?

—Tchau.— Eu disse entrando. —Fica bem também.

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