0.7 | 𝐏𝐀𝐏𝐀𝐈 𝐍𝐎𝐄𝐋





"O ACAMPAMENTO de Aslan é perto da Mesa de Pedra, do outro lado do rio congelado," informou a Sra. Castor quando o grupo chegou à beira de um penhasco. A vista dali era deslumbrante, com o horizonte se estendendo infinitamente e o sol refletindo nas superfícies geladas do rio congelado.


"Rio?" Pedro, que estava ao lado de Arabella, questionou, franzindo as sobrancelhas em confusão enquanto olhava para os Castores.

"Ah, o rio está congelado há cem anos," respondeu a Sra. Castor. Arabella, como sempre, estava hipnotizada pela paisagem, seus olhos fixos no horizonte e no rio congelado que serpenteava pela terra como uma fita prateada.

"É imenso," murmurou Pedro, impressionado com a vastidão do rio e a distância até onde ele terminava.

"Igual ao nosso mundo. Pensou que fosse pequeno?" perguntou a Sra. Castor.

"Menor," corrigiu Susana, ainda se ajustando às proporções grandiosas de Nárnia.

Enquanto o grupo começava a se afastar, Arabella permaneceu onde estava, absorvendo a beleza e a serenidade da vista diante dela. O vento frio acariciava seu rosto, e ela sentia uma paz rara em meio ao caos de suas aventuras. Perdeu-se no espetáculo natural, contemplando as montanhas distantes e a vastidão do céu.

Não sabia ao certo quanto tempo havia passado até que sentiu uma mão pousar suavemente sobre seu ombro. Ela desviou o olhar do horizonte, encontrando Pedro ao seu lado, seus olhos refletindo preocupação e gentileza.

"Você está bem, Bella?" Pedro perguntou, notando o suspiro de Arabella enquanto ela observava a paisagem diante deles."Ela soltou um suspiro antes de responder.

"Apenas apreciando a vista," respondeu ela, seus olhos se encontrando brevemente com os dele antes de desviar o olhar. "É engraçado como algo tão frio e duro pode nos proporcionar uma vista tão bela," ela admitiu, seus olhos agora fixos no horizonte à frente.

Vendo a expressão pensativa no rosto dela, Pedro ficou em silêncio, permitindo que ela compartilhasse seus pensamentos. Arabella virou-se para ele de repente, seus olhos buscando os dele. "Ver essa maravilha diante de mim me fez pensar... e se eu nunca tivesse voltado?" ela perguntou, sua voz carregada de incerteza e contemplação.

Pedro permaneceu em silêncio por um momento, seus ombros se encolhendo ligeiramente, lutando para encontrar as palavras certas para responder à pergunta profundamente pessoal de Arabella. "Eu realmente não sei o que..." ele começou, sua voz um pouco hesitante.

Antes que pudesse terminar, Arabella interrompeu suavemente. "Melhor encontrarmos os outros," ela sugeriu, percebendo a dificuldade dele. Ela sorriu gentilmente para ele antes de se virar para seguir em direção aos outros membros do grupo.

Pedro observou-a afastar-se por um momento antes de começar a segui-la, seus próprios pensamentos girando em sua mente enquanto ele refletia sobre as palavras de Arabella.

"Venham, humanos, enquanto ainda somos jovens," apressou Sr. Castor, liderando o grupo enquanto caminhavam pela neve.

Arabella soltou um gemido baixo, sentindo seus pés doloridos e cansados, como se estivessem prestes a ceder a qualquer momento. A jornada parecia interminável, com horas de caminhada em um terreno coberto de neve que tornava a progressão ainda mais difícil.

"Se ele nos apressar mais uma vez," reclamou Pedro, interrompendo sua caminhada para ajoelhar e colocar Lúcia nas costas, "eu vou fazer dele um chapéu bem fofo."

Arabella não pôde conter uma risada ao imaginar a cena do Sr. Castor como um chapéu. Pedro notou o sorriso dela e percebeu o quão bonita ela ficava mesmo quando ria. Trocando olhares com Lúcia, que sorria de volta para ela, eles retomaram a marcha.

"Rápido! Venham!" gritou Sra. Castor à frente.

"E ele está ficando mandão," comentou Lúcia, fazendo Arabella e Pedro concordarem com a cabeça.

"Não, olhem para trás," alertou Sra. Castor de repente.

"Corram!" gritou Pedro, colocando Lúcia no chão e segurando sua mão enquanto começavam a correr.

Ignorando a dor em seus pés e pernas, Arabella correu para salvar sua vida. Assim que deixaram o lago congelado para trás, Sr. Castor os levou a uma pequena caverna para se esconderem, proporcionando um breve alívio para o grupo exausto.

"Ali dentro! Entrem," disse o Sr. Castor, com urgência na voz.

Arabella se jogou dentro da caverna, sentindo suas costas baterem contra a rocha. Lúcia se inclinou contra ela quando uma sombra apareceu na entrada. Passos pesados ecoaram pelo ambiente, e todos permaneceram em silêncio, observando a sombra se mover e depois desaparecer. Um silêncio absoluto tomou conta do lugar.

"Parece que já foi," Lúcia sussurrou, tentando controlar o medo.

"É melhor eu ir ver," disse Pedro, tentando se levantar.

"Não, não vai servir a Nárnia morto," protestou o Sr. Castor, segurando o braço de Pedro.

"E nem você, meu velho," retrucou a Sra. Castor, fazendo seu marido agarrar sua patinha e olhar para ela com amor.

"Obrigada, querida," disse o Sr. Castor à esposa. Quando ele estava prestes a sair, Arabella o segurou pelo braço.

"Eu irei," ela falou, fazendo todos olharem para ela como se ela tivesse duas cabeças. "Se tem alguém que pode enfrentá-la, essa sou eu."

"Não, jovem Hope," protestou o Sr. Castor. "É perigoso demais."

"Confie em mim, conheço ela como a palma da minha mão," Arabella se desencostou da rocha e afastou Lúcia de sua frente.

"Ela irá matá-la," argumentou Susana, com preocupação na voz.

"Ela teria que ter poder o suficiente para conseguir me matar," Arabella falou enquanto se arrastava até a entrada da pequena caverna."Fiquem a salvo."

Saindo do pequeno esconderijo, Arabella subiu a pequena montanha de neve. Ao ver a figura à sua frente, seus olhos se arregalaram de surpresa e felicidade, pois ela sabia exatamente o que aquilo significava. O fim da Feiticeira Branca estava próximo.

"Oh, meu Aslan," sussurrou Arabella, sentindo uma onda de felicidade invadir seu coração. Rapidamente, voltou até a caverna e, com um sorriso radiante no rosto, anunciou: "Venham, saiam!"

Sua aparição repentina fez Lúcia dar um pequeno grito de susto, mas Arabella logo tranquilizou todos. "Espero que vocês tenham sido bonzinhos, porque temos visita."

Os irmãos Pevensie franziram as sobrancelhas em confusão, tentando entender o que Arabella queria dizer.

Quando finalmente saíram da caverna, viram, ao lado de Arabella, um homem de casaco vermelho, com longos cabelos grisalhos e uma barba a combinar. Ele sorriu calorosamente para eles.

"Feliz Natal, senhor!" exclamou Lúcia, correndo até ele com um enorme sorriso estampado no rosto.

"Com certeza, Lúcia... desde que vocês chegaram," respondeu o homem alegremente.

"Olha, eu aguentei muita coisa desde que chegamos aqui, mas isso..." começou Susana, ainda um pouco incrédula, mas foi interrompida por Pedro.

"Pensamos que fosse a Feiticeira."

Papai Noel esboçou um sorriso compreensivo ao ver a expressão confusa de Pedro. "Eu sei, eu sei... desculpe o mal jeito. Mas devo dizer que dirijo um desses há mais tempo que a feiticeira," explicou ele, referindo-se ao seu trenó.

"Achei que não houvesse Natal em Nárnia," disse Susana, ainda tentando processar a presença do Papai Noel.

"Não por muito tempo. Mas a esperança que trouxeram, majestades, como a enfraquecer o poder na feiticeira. Porém, ouse dizer que vocês vão precisar disso!" ele pegou sua bolsa do trenó.

"Presentes!" Lúcia gritou animada enquanto corria até o Papai Noel, que havia colocado sua bolsa no chão.

Ele estendeu a mão para tirar uma pequena garrafa de cristal com uma rolha e uma cabeça de leão dourada na tampa, envolvida em um estojo de couro vermelho com bordas douradas. Na outra mão, havia uma pequena adaga envolvida por uma bainha de couro vermelho, também com uma cabeça de leão dourada no topo da adaga, assim como na garrafa.

"O suco da floresta de fogo. Uma só gota cura qualquer ferida," explicou Papai Noel, entregando a garrafa a Lúcia antes de entregar a adaga. "A persa de torcer para que nunca use."

Lúcia recebeu os presentes com olhos arregalados de admiração, sentindo-se honrada por receber algo tão especial. Ela segurou os itens com cuidado, entendendo a responsabilidade que vinha com eles, e olhou para Papai Noel com gratidão.

"Obrigada, senhor. Mas eu seria capaz de não ter medo," disse Lúcia timidamente, tentando demonstrar sua coragem diante do Papai Noel.

"Aposto que seria. Mas batalhas são brigas feias," explicou Papai Noel com cuidado, enfatizando a seriedade da situação e o desafio que estavam prestes a enfrentar.

Lúcia voltou para o lado de Arabella com entusiasmo, segurando firmemente seus presentes. Seus olhos brilhavam de excitação ao pensar nas aventuras que estavam por vir. Arabella sorriu ao ver a empolgação da amiga, lembrando-se de como já esteve no lugar dela anos atrás, cheia de esperança e expectativa.

Voltando sua atenção para Papai Noel, que havia enfiado a mão na bolsa novamente, Arabella observou enquanto ele retirava um arco e uma aljava cheia de flechas, junto com um chifre. Cada item parecia carregar consigo um significado especial, uma ferramenta indispensável para a batalha iminente que teriam que enfrentar em Nárnia.

A aljava, uma obra-prima de artesanato, exibia uma majestosa elegância esculpida em marfim. Na parte superior, arabescos intricados de redemoinhos e narcisos entrelaçavam-se em um delicado emaranhado, como se dançassem em harmonia. Já na parte inferior, mais redemoinhos adornavam a superfície ao redor de uma imponente cabeça de leão esculpida com detalhes impressionantes, cada traço capturando a nobreza e a ferocidade da criatura. Arabella não pôde deixar de notar as siglas "SP" gravadas logo abaixo da abertura da aljava, em letras prateadas.

O arco, uma peça de beleza singular, apresentava uma curvatura graciosa para fora, com pontas de marfim esculpidas com precisão. Suas extremidades eram adornadas com um metal puro em espiral, conferindo-lhe um brilho mágico. As flechas, cuidadosamente alinhadas na aljava, eram feitas da mesma madeira nobre do arco, cada uma exibindo penas vermelhas que adicionavam um toque de cor vibrante e distinção.

Por fim, o chifre, também esculpido em marfim, representava a figura de um leão em toda a sua majestade, parecendo prestes a rugir com poder e autoridade. Cada detalhe das armas parecia contar uma história por si só, revelando uma aura de mistério e grandeza que despertava a imaginação de Arabella sobre suas origens e propósitos.

"Susana," Papai Noel chamou, virando-se para ela. Susana olhava confusa para os presentes enquanto caminhava hesitante para a frente.

"Confie neste arco," disse ele, entregando-lhe o arco e a aljava esculpida com redemoinhos e narcisos. "Ele quase nunca vai errar."

"Mas não disse que batalhas são brigas feias?" ela questionou, levantando uma sobrancelha.

"Apesar de não ter problemas em si expressar," respondeu ele, com um sorriso. Ele então entregou-lhe o chifre de marfim em forma de leão rugindo. "Sopre isto, e onde estiver, o auxílio virá."

"Obrigada," Susana disse, abraçando seus presentes.

"Pedro," Papai Noel chamou então. Ele enfiou a mão na bolsa novamente e tirou uma espada com um punho vermelho e dourado, cuja ponta continha a cabeça de um leão. Também trouxe um escudo prateado com um leão vermelho estampado.

"A hora de usar isto pode estar próxima," Papai Noel disse enquanto entregava a espada e o escudo a Pedro. Pedro agarrou o punho da espada e a desembainhou da bainha de couro vermelho, revelando uma lâmina larga e longa incrustada em ouro. Arabella notou que no meio da lâmina havia uma frase gravada.

"Obrigado, senhor," Pedro agradeceu, seus olhos fixados na bela espada.

"Não pense que me esqueci de você," Papai Noel disse, olhando diretamente para Arabella. Seus olhos brilharam com uma combinação de surpresa e curiosidade enquanto ela se aproximava dele.

O bom senhor mergulhou a mão na bolsa mais uma vez e tirou um arco e flechas que se destacavam das de Susana. Este arco era preto com detalhes em laranja flamejante. A aljava, feita de couro preto, apresentava os mesmos padrões em laranja, criando uma aparência elegante e intimidadora. As flechas eram feitas de uma madeira escura, com penas que misturavam o laranja vibrante e o azul profundo, dando-lhes uma aparência única e impressionante.

Arabella percebeu que Papai Noel segurava também uma adaga. O punho da adaga era de madeira preta, com detalhes em ouro intrincados. Diferente das outras peças, no lugar de uma cabeça de leão, havia um cristal vermelho-vinho em formato de coração, cercado por um ninho de ouro que parecia proteger e exibir a pedra preciosa ao mesmo tempo.

"Arabella," Papai Noel a chamou, sua voz cheia de gentileza e importância.

Ela deu um passo à frente, sentindo todos os olhares fixos nela. Papai Noel entregou-lhe o arco e a aljava. "Este arco foi feito especialmente para você. Ele é preciso e poderoso, assim como você será em suas batalhas."

Arabella passou os dedos pelo arco, sentindo a suavidade do couro e a robustez da madeira. "Obrigada," disse ela, sua voz cheia de gratidão e respeito.

Em seguida, Papai Noel lhe entregou a adaga. "Esta adaga, com seu cristal especial, representa a força e a coragem dentro do seu coração. Use-a sabiamente."

Arabella segurou a adaga, admirando os detalhes intricados e a beleza do cristal. Sentiu uma onda de poder e determinação ao segurar a arma, como se estivesse destinada a empunhá-la.

"Obrigada, senhor," disse ela, emocionada. "Prometo que usarei com sabedoria e coragem."

"Tenho algo que pertencia a uma pessoa muito especial para você," disse Papai Noel, sua voz carregada de emoção e solenidade. Ele mergulhou a mão na bolsa mais uma vez e retirou uma pequena caixinha ornamentada. "Isto pertenceu ao seu pai, e a adaga pertenceu à sua mãe."

"Meus pais?" Arabella sussurrou, sentindo uma onda de emoção tomar conta dela.

"Sim, aos seus pais," confirmou Papai Noel com um sorriso gentil. "A flecha yaka seguirá seu comando com apenas um assobio e destruirá seus inimigos ao seu comando."

Arabella, com as mãos trêmulas de emoção e curiosidade, pegou a pequena caixinha e a abriu cuidadosamente. Dentro, repousava uma flecha média de prata, adornada com detalhes intrincados em azul claro. A flecha parecia irradiar uma energia especial, como se estivesse aguardando o momento de ser utilizada.

"Obrigada, senhor," disse Arabella, sua voz carregada de gratidão. "Isso significa muito para mim."

Papai Noel assentiu, satisfeito por ver a emoção nos olhos da jovem princesa. "Seus pais eram pessoas extraordinárias, e sei que você carregará seu legado com coragem e honra."

Arabella segurou a flecha e a adaga, sentindo o peso da responsabilidade e o poder que vinham com elas. Ela se virou para se juntar aos Pevensies e aos Castores, que observavam a cena com respeito e admiração.

"Arabella, você está bem?" perguntou Lúcia, notando a mistura de emoções no rosto da amiga.

"Sim, estou," respondeu Arabella, respirando fundo para controlar as lágrimas que ameaçavam cair. "Estou pronta para o que vier."

"São armas... não brinquedos. Usem-nas bem e com sabedoria," disse Papai Noel, sua voz grave mas gentil. Os presentes nas mãos das crianças agora pareciam ainda mais preciosos e importantes.

"Agora, eu preciso ir. O inverno está quase no fim, e tudo se acumula quando você some por cem anos," ele falou com um sorriso travesso, enquanto levantava sua bolsa pesada e a colocava de volta em seu trenó."Vida longa a Aslan!" Papai Noel declarou, virando-se para os futuros reis e rainhas de Nárnia, assim como para o Sr. Castor e a Sra. Castor. "E Feliz Natal!"

Seu grito alegre ecoou pela floresta enquanto ele estalava as rédeas, e as renas começaram a se mover com um vigor renovado. Todos acenaram e gritaram em despedida, seus rostos iluminados por grandes sorrisos. O som das risadas e dos gritos alegres continuou até que a figura do trenó de Papai Noel desapareceu na distância.

Lúcia foi a primeira a quebrar o silêncio que se seguiu, sua expressão cheia de triunfo. "Eu disse que ele existia!"

Pedro olhou para suas irmãs e Arabella, seus olhos brilhando de realização. "Ele disse que o inverno está quase no fim," ele falou, sua voz cheia de surpresa e esperança.

De repente, a compreensão atingiu a todos ao mesmo tempo. "Chega de gelo," Pedro e Arabella disseram em uníssono, suas expressões refletindo a mesma mistura de espanto e preocupação.

"O rio," murmurou Arabella, sua voz tingida de preocupação. Parte de sua jornada envolvia atravessar um rio congelado, e o derretimento do gelo poderia complicar seriamente seus planos.

Os Castores, percebendo a gravidade da situação, trocaram olhares ansiosos. "Precisamos nos apressar," disse o Sr. Castor, sua voz firme. "Se o gelo começar a derreter, não conseguiremos atravessar o rio em segurança."

Pedro assentiu, assumindo a liderança. "Vamos, não temos tempo a perder." Ele embainhou sua nova espada e ajustou o escudo nas costas, pronto para a jornada à frente.

Arabella, ainda segurando a flecha e a adaga de seus pais, respirou fundo e se preparou mentalmente para o que estava por vir. Sentia a presença e a força de seus pais ao seu lado, encorajando-a a seguir em frente.

Susana verificou seu arco e aljava, ajustando-os para facilitar o acesso rápido. Lúcia, segurando seus presentes com cuidado, deu um último olhar para o horizonte onde Papai Noel desapareceu e depois se virou, pronta para enfrentar o que viesse a seguir.

Juntos, o grupo começou a mover-se rapidamente pela floresta, cada passo cheio de propósito e determinação. A neve começou a amolecer sob seus pés, sinal claro de que o inverno estava realmente chegando ao fim. O som de água corrente começou a se fazer ouvir à distância, aumentando a urgência em seus corações.

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