0.5 | 𝐏𝐑𝐎𝐅𝐄𝐂𝐈𝐀

ARABELLA se envolveu na preparação do chá e do peixe frito junto com a Sra. Castor. Enquanto fervia a água e preparava o chá, ela observava a Sra. Castor cortar os vegetais com habilidade, maravilhada com sua destreza na cozinha. Quando o Sr. Castor e Pedro voltaram com o peixe que haviam pescado no lago congelado, Arabella ajudou a limpá-lo e a temperá-lo antes de colocá-lo para fritar na panela.

Depois que tudo estava pronto, Arabella serviu o chá em canecas e o peixe em um prato, distribuindo-os na mesa improvisada. Com os lugares limitados, ela acabou se sentando entre Pedro e Lúcia, sentindo-se reconfortada pela presença deles ao seu lado."

Poderia nos contar o que aconteceu ao Sr. Tumnus?" perguntou Lúcia ao Sr. Castor.

"Ah, é uma triste história," respondeu o Sr. Castor, com um olhar sombrio. "Muito triste mesmo. Mas não há dúvida de que foi levado pela polícia secreta. Quem me contou foi um passarinho, que assistiu à cena."

As palavras do Sr. Castor causaram um silêncio pesado na sala, e Arabella sentiu o peso da tristeza nos ombros de Lúcia. Ela colocou gentilmente a mão sobre o ombro da amiga e apertou, transmitindo seu apoio silencioso.

"Mas para onde é que o levaram?" perguntou Pedro, ansioso por respostas.

"Bem, iam em direção ao norte, devem tê-lo levado para o castelo da Feiticeira. E você sabe o que dizem; são poucos que passam pelos portões e saem de novo," explicou o Sr. Castor sombriamente.

"Só duas pessoas conseguiram," acrescentou a Sra. Castor, lançando um olhar significativo para Arabella, que apenas encolheu os ombros modestamente.

"E o que vão fazer com ele, Sra. Castor?" perguntou Lúcia, sua voz carregada de aflição.

"Nunca se sabe exatamente. Mas poucos podem dizer que lá entraram e de lá conseguiram sair," começou o Sr. Castor. Arabella sentiu um arrepio percorrer sua espinha ao lembrar das estátuas no pátio do castelo.

"Estátuas! O pátio é cheio de estátuas de pedra; todos são seres que ela capturou ou a desobedeceu. Ela os transforma..." Arabella fez uma pausa, lembrando-se vividamente das figuras petrificadas. "Ela os transforma em estátuas de pedra."

"Mas, Sra. Castor, não podemos... quero dizer, temos que fazer de tudo para salvá-lo. É terrível... por minha causa," Lúcia falou com angústia, culpando-se pela situação do Sr. Tumnus.

"Tenho certeza de que você iria salvá-lo se pudesse, minha menina," disse a Sra. Castor, com carinho. "Mas pretende entrar naquele castelo, contra a vontade dela, e sair de lá com vida?"

Um silêncio constrangedor se instalou na sala, carregado com a gravidade da situação.

"Peixe com batatas fritas," interveio Arabella, tentando dissipar a tensão que pairava no ar.

"Mas há esperança, querida," disse a Sra. Castor, ao notar a expressão triste de Lúcia. "Muita esperança."

"Ah, sim, há mais esperança," concordou o Sr. Castor, enquanto quase engasgava com sua bebida e a cuspia de volta na xícara. "Aslan está a caminho."

"Oh, sim!" exclamou Arabella, animada, quase saltando de sua cadeira de felicidade. "Eu sabia que um dia ele voltaria."

"Quem é Aslan?" perguntou Edmundo, demonstrando sua confusão.

Ao invés de deixara Arabella explicar, o Sr. Castor começou a rir, olhando para o menino.

"Quem é Aslan? Ele é muito engraçado," continuou rindo até que sua esposa o cutucou, percebendo a expressão de confusão nos rostos dos irmãos Pevensie. "O que foi?"

"Vocês não sabem, não é?" ele perguntou, parando de rir quando eles negaram com a cabeça.

"Bom, não estamos aqui há muito tempo," explicou Pedro.

"Posso falar?" perguntou Arabella, animada, para o Sr. Castor, que acenou para que ela prosseguisse. "Ele é apenas o senhor dos Bosques, o maioral, o verdadeiro rei de Nárnia."

"Ele esteve fora por algum tempo," começou a Sra. Castor, sua voz carregada de emoção enquanto seus olhos percorriam Arabella e seus amigos com ternura e esperança.

"Mas ele voltou! E os aguarda na Mesa de Pedra," acrescentou o Sr. Castor, seus olhos brilhando com a expectativa de um reencontro tão aguardado.

"Ele nos aguarda?" perguntou Lúcia, seus olhos demonstrando confusão e anseio pelo que está por vir.

" E se ela transformar ele em pedra também?" murmurou Edmundo, seu tom era curioso enquanto lançava um olhar para Arabella, em busca de resposta.

"Transformar Aslan em pedra?" interveio Arabella assim que escutou a curiosidade de Edmundo. "Para isso, ela teria que ter poder o suficiente," ela declarou.

"Só pode estar brincando! Eles nem conhecem a profecia," exclamou o Sr. Castor, surpreso com a ignorância dos Pevensie em relação aos acontecimentos de Nárnia, enquanto lançava um olhar de incredulidade para sua esposa.

"Bem, então," disse a Sra. Castor, fazendo um gesto para que ele pudesse explicar aos Pevensie a gravidade da situação,

"Escutem. O retorno de Aslan, a prisão de Tumnus, a volta de Bella e a polícia secreta... tudo isso está acontecendo por causa de vocês."

"Você está nos culpando?" perguntou Susana, sua voz carregada de incredulidade.

"Não,culpando não, agradecendo," respondeu a Sra. Castor, com um sorriso gentil e reconfortante no rosto.

"Há um velho poema que costumávamos cantar," explicou a Sra. Castor, sua voz ecoando com uma suavidade melódica, enquanto recitava:

O mal será bem quando Aslan chegar,  Ao seu rugido, a dor fugirá,  Nos seus dentes, o inverno morrerá,  Na sua juba, a flor há de voltar.

"Quando vocês virem Aslan, vão entender tudo," ela continuou, seus olhos brilhando com esperança.

"E chegaremos a vê-lo, um dia?" perguntou Susana, com um tom de curiosidade em sua voz.

"Mas é claro, foi para isso que eu os trouxe até aqui. Vou guiá-los até ele," afirmou o Sr. Castor com determinação, seu olhar transmitindo confiança e convicção.

"E ele é um homem?" questionou Lúcia, buscando esclarecimento.

"Aslan, um homem?" respondeu o Sr. Castor, surpreso com a pergunta.

"Não, Lu, Aslan é um leão. Não falei que ele é o Rei dos Bosques, filho do grande Imperador de Além-Mar? Então, não sabem quem é o rei dos animais? Aslan é um leão... o Leão, o grande Leão," Arabella explicou com entusiasmo.

"Ah!" exclamou Susana, com um brilho de compreensão em seus olhos. "E ele... é de confiança? Perigoso?"

"Claro que é, perigosíssimo. Mas acontece que é bom," Arabella respondeu, rindo com leveza. "Afinal, ele é o Rei."

"Vocês estão perdendo o foco!" interveio a Sra. Castor, colocando gentilmente a mão no ombro do marido, indicando que ele deveria continuar com a explicação.

"Há muito tempo foi previsto que dois filhos de Adão, duas filhas de Eva e os filhos de Nárnia derrotariam a Feiticeira Branca e trariam paz a Nárnia," explicou a Sr. Castor, sua voz carregada de significado histórico e esperança para o futuro.

Os irmãos Pevensie se entreolharam, suas expressões uma mistura de surpresa e preocupação diante da responsabilidade que recaía sobre eles.

"Você acham que somos nós?" Pedro perguntou, seu rosto revelando incredulidade diante da ideia.

"É melhor que sejam. Aslan já preparou o exército de vocês!" interveio o Sr. Castor, deixando escapar parte do plano.

"Nosso exército?" indagou Lúcia, buscando compreender a magnitude do que estava sendo proposto.

"Nossa mãe nos deixou para não nos envolvermos em uma guerra," disse Susana, dirigindo um olhar sério para Pedro.

"Acho que vocês estão enganados. Não somos heróis!" argumentou Pedro, tentando encontrar uma maneira de recusar o fardo que lhes fora imposto.

"Somos de Finchley!" exclamou Susana, como se o simples fato de sua origem bastasse para invalidar a profecia.

"Escutem, obrigado pela hospitalidade, mas precisamos ir," disse Susana, levantando-se em um gesto de partida.

"Mas não podem sair assim," implorou o Sr. Castor. "Recebi uma mensagem hoje anunciando que vocês devem encontrá-lo amanhã, na Mesa de Pedra."

"Ele está certo. Temos que ajudar o Sr. Tumnus," disse Lúcia, olhando para o irmão mais velho em busca de apoio.

"Aslan é o único que pode ajudar o Sr. Tumnus," concordou Arabella, endossando as palavras de Lúcia.

"Ela está certa. O melhor meio de salvá-lo é procurar Aslan. Existe outra antiga das nossas canções," acrescentou o Sr. Castor, recitando:

Quando a carne de Adão,
Quando o osso de Adão,
Em Cair Paravel,
No trono sentar,
Então há de chegar
Ao fim a aflição.

"Essa rima não é muito boa," comentou Susana, tentando trazer leveza à tensão que pairava sobre o grupo.

" Eu sei, que não é muito boa " falou Sr.Castor

"Será que não percebem?"

" Mas nós temos mesmo que ir! " disse Susana.

"Mas não podem sair assim. "

" Desculpem!Mas está na hora de voltamos para casa " Pedro fala "Ed!Ed? " Pedro se virar,mas não havia nenhum Edmund presente no dique.

Arabella percebe que o menino havia deixado o casaco para trás,o que significa que ele deve estar morrendo de frio.

" Eu mato ele " murmura Pedro,olhando para Susana com nos olhos cheios de raiva pelo o irmão.

" Talvez não precise... o Edmundo já esteve em Nárnia antes " falou Sr.Castor.

" Droga! " Arabella exclama se levantar rapidamente " Ele a conheceu " dito isso ela saiu apressada pela porta do dique é começa a correr.

" Vamos! " grita para os outros, segurando o casaco em seus braço.

Chegando ao todo na colina primeiro que outros Arabella avista Edmundo passando pelos portões do castelo.Os passos apressados dos Pevensie e do Sr.Castor pararam ao seu lado.

" Edmundo! " gritou Lúcia.

" Oh,não grite,eles vão te ouvir " Arabella fala apressadamente.

Pedro ameaçou a correr atrás de Edmund,mas foi impedido por Arabella e o Sr.Castor que o seguram.

" Você não pode ir " a jovem Kirke o alertou.

" Não " gritou Sr.Castor.

" Me larguem " exigiu Pedro.

" Está fazendo o que ela quer!"

" Não podemos deixá-lo entrar " Susana olhou para o Sr.Castor enquanto falava.

" Ele é nosso irmão " falou Lúcia. " Ele é isca!A Feiticeira quer vocês seis " argumenta Sr.Castor " Principalmente Arabella e seu irmão " ele apontou para a jovem.

"O que?Irmão?Por que? " Pedro bombardeia o pobre castor de perguntas.

" Para impedir que a profecia se realize!Matá-los " Sr.Castor gritou enquanto todos observa as portas do castelo fecharem.

" Isso é tudo culpa sua! " Susana culpou Pedro, o que honestamente fez Arabella revirar os olhos.

" Minha culpa? —"Pedro retrucou indignado ao ser acusado.

" Para começar nada disso teria acontecido se tivesse me escutado. "

"Ah,e você sabia que isso ia acontecer! "

" Eu não sabia " Susana escolheu os ombros na defenciva "Nós devíamos ter saído enquanto podíamos"

" Parem! " grito Lúcia.

" Isso não vai ajudar o irmão de vocês " Arabella fala parando ao lado os irmãos Pevensie mais velhos que se encaravam

" Ela tem razão.Só Aslan pode ajudar seu irmão agora " informa o Sr.Castor.

" Nos leve até ele " Pedro fala olhando para o castelo.


Primeiro de tudo, gostaria de pedir desculpas por não ter postado outro capítulo ontem. Infelizmente, meu Wattpad bugou e não estava conseguindo fazer o upload.

• Nesse capítulo, temos referências do livro misturadas com elementos do filme. Espero que gostem dessa combinação e que a leitura seja agradável.

Até o próximo capítulo, Narnianos! Vida longa a Aslan! 🦁

2024©


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