Training
Onde você foi?
Eu deveria saber, mas está frio
E eu não quero ficar sozinha
Então me diga que você vai para casa
Mesmo que seja apenas uma mentira
Eu tentei não te aborrecer
Deixei você me resgatar no dia em que te conheci
Eu só queria te proteger
Mas agora eu nunca poderei
Ilomilo - Billie Eilish
- Eu só não confio nele. - Enterro o rosto nas mãos, Abel ri. - O que foi?
- Ahn nada. - Ele brinca com as cartas que estão na cama. - É só que você parece estar sempre brava com alguma coisa, ontem foi o Cain que caiu durante o treino e fugiu chorando, hoje foi o anjo que cruzou com você no corredor.
- Ele não caiu, foi derrubado pelo Jaken, acho que ele leva muito para o pessoal, sabe? - Ele me encara curioso com seus novos olhos azuis. - Quando Jaken nos adotou ele deixou claro que não gostava do Cain nem um pouco então eu me sinto culpada.
- Só por ser a favorita?
- Por ele ter pisado na mão do Cain quando ele tentou pegar o chicote também. - Bufo. - Jaken age como se tivesse a nossa idade às vezes.
- Oh-oh! - Abel para de montar castelos com as cartas e bate palmas. - Quando é meu aniversário? E quantos anos eu tenho?
- Nem isso te contaram? - Suspiro. - Você tem catorze anos, faz aniversário no dia 10 de outubro... - Afasto uma mecha do seu cabelo agora quase totalmente branco e a coloco atrás da orelha.
- E você? - Ele sorri inclinando a cabeça.
- Ahn tenho doze ainda. - Sorrio e minhas bochechas esquentam. - Meu aniversário é em quinze de dezembro...
- Ah, então você não pode ficar com o Caleb por aí. - Ele bufa. - É muito nova para pensar em namorar.
- Cain é um ano mais velho! - Dou risada.
- Cain tem um parafuso a menos você sabe disso e o Toby também. - Abel puxa sua perna para perto do corpo fazendo uma careta. - Eles precisam um do outro.
- Como está sua perna...? - Me sento ao lado dele e Abel se deita em mim.
- Na verdade bem, eu acho que não estou mais sentindo ela nem dor. - Ele ri, acaricio seus cabelos. - Mas eu sinto falta de andar. - Sua expressão muda para tristeza depois raiva. - Argh ainda é difícil sentir coisas misturadas... - Abel trinca os dentes e balança a cabeça. - Droga.
- Está tudo bem... - Suspiro.
- Me fala como é a casa? Eu só vi seu quarto.
- Ahn... Bem começamos pelo térreo, feche os olhos. - Abel franze as sobrancelhas, ainda bravo, mas fecha os olhos. - No térreo temos o hall é bem pequeno, sala de estar, sala de jantar, temos duas e uma é quase inútil porque nem todos comem juntos. - Ele ri. - Cozinha e chegamos aos fundos da casa, tem um quartinho para a Doll e sempre fica trancado, e a escada para o porão que é uma sala de armas.
- Isso é sério? - Abel ri. - Eu quero muito visitar ela.
- Acho que precisamos de uma chave... E por fim tem um corredor que vai para os quartos da enfermaria, a de baixo onde a Babel está, tem uma sala para o Scorpio guardar suas coisas. Bem depois tem o primeiro andar onde nossos quartos ficam e os banheiros também.
- Todos dormem neste andar? - Abel indaga.
- Na verdade não, os membros da Nonsense dormem no andar de cima, nesse andar temos nós, Barbie, Toby, Caleb, Helena e Scorpio. Também tem um quarto embaixo da escada que era do Jared... O segundo andar é da Nonsense e ele quase nunca aparece...
- Não aparece? - Abel abre os olhos. - Como?
- Bem se eles quiserem que você entre ele aparece, se não você só vai continuar subindo até o terceiro andar. É nesse andar onde os membros da Nonsense dormem e onde fica a sala da Fox também... Ela tem gárgulas que guardam a entrada, geralmente eu vou no quarto da Meddi lá em cima, ou Chevonne e Emmeline...
- Essa casa realmente não faz sentido... Eu estou no terceiro andar? - Consinto. - E o que tem aqui além dessa enfermaria?
- A sala do Marcel... - Bufo. - E quartos que eu nunca explorei. Caso você vá para o oeste tem uma escada que dá no porão o Cain passou um tempo se escondendo por lá quando estava triste.
- Bem, eu não posso julgar porque também fazia isso. - Abel ri.
- E agora temos o quarto andar. - Continuo. - É tão estranho, sabe? Não existia nada e agora temos a ala leste que tem uma escada para uma arena e jardim. E bem o Bill ficou preso em algum lugar dessa casa e conseguiu fugir.
- Eu acho que vou me perder caso saia daqui... - Ele sorri. - Um dia podemos dar uma volta, eu consigo me equilibrar nas mãos e podemos andar assim.
- Vai ser exaustivo subir tantas escadas. - Suspiro e o abraço. - Eu vou dar um jeito de você conhecer a casa.
- Eu acredito em você. - Abel me abraça de volta. - Agora onde está o Cain? Podíamos passar um tempo juntos.
- Encontrar o Cain é mais complicado do que andar pela casa. - Reviro os olhos. - Não é só no sótão que ele se esconde tem também os banheiros, ele entra nas banheiras e se deita, às vezes está com o Toby também acho que ele não conseguiu assimilar tudo que aconteceu ainda.
- Se ele for o novo rei de Copas... Eu vou ser o que? - Abel sussurra, seus olhos estão quase se fechando. - Eu posso ser príncipe?
- Acho que ele vai ser só o Cain. - Sorrio. - Já está tarde e eu vou para meu quarto, com sorte o Cain está por lá.
- Quando eu estiver melhor você dorme aqui? - Consinto e dou um beijo em sua testa. - Boa noite Lily.
- Boa noite, Bell. - Sorrio e me levanto.
Desço o lance de escadas e não passo pelo segundo andar indo direto para o primeiro, as portas sempre ficam fechadas e eu nunca sei se tem alguém nos quartos. Saltito devagar pelo corredor até abrir minha porta e me assusto com Cain e Toby, Cain está na cama com um caderno de couro sobre o colo enquanto Toby está no chão também anotando algo.
- Oi Lilith. - Ele sorri. - Caleb está querendo entrar também. - Me viro para trás e vejo Caleb atrás de mim. - Não estamos fazendo nada de errado.
- Falar isso só te torna mais suspeito. - Caleb resmunga, sorrio e entro com ele. - E você?
- Estou anotando coisas, você sabe o que é isso? - Cain o responde.
- Anotando o que? - Caminho até sua cama e me sento.
- Ataques... - Ele fica vermelho. - Eu não quero levar outra surra do Jaken nem do Bankotsu, então estou memorizando os movimentos deles.
- Isso é inútil. - Caleb revira os olhos sentado no chão.
- Eu disse pra ele. - Toby responde e vira seu caderno pra mim. - Olha só Lily eu fiz a gente!
Vejo um desenho torto e engraçado de dois meninos Toby é o que sorri e Cain está carrancudo, a palavra Jared está escrita do lado dele e circulada, dou risada e Cain bufa.
- Scorpio disse que estou recuperado. - Caleb anuncia. - Sei que desse lado não poderemos ter a mesma ligação de Wonderland, mas posso evitar que Jaken te dê outra surra.
- Esse é o meu papel. - Toby bufa e se levanta. - Jeez minhas costas. - Ele ri. - Eu preciso de uma boa noite de sono, Lilith você cuida dele? - Olho de um para outro.
- Ele está me dispensando. - Cain continua com seu caderno. - Boa noite.
- E se eu estou saindo o Caleb deveria sair também. - Toby se abaixa e o puxa pelo braço. - Vamos brutamontes, amanhã temos um longo dia pela frente e você vai poder me bater no treino, empolgado?
- Você é tão estranho. - Caleb balança a cabeça, mas sorri. - Boa noite.
Os dois saem conversando e a porta se bate deixando o quarto em silêncio, sorrio e me levanto, mas Cain se estica abruptamente me fazendo congelar no lugar.
- Você pode dormir aqui se quiser. - Ele me olha e engole em seco.
- Se não quer dormir sozinho é só falar. - Bufo e me sento de volta, sua mão esquerda está enfaixada e suja de tinta, suspiro e levantou a manga da sua camisa e existem marcas vermelhas por todo seu braço.
- Eu queria que outra pessoa dessa casa usasse um chicote como arma. - Bufo. - Eu gosto do Jaken, mas a forma como ele te trata...
- Não é como se eu nunca tivesse tomado algumas chicotadas por não gostarem de mim antes. - Cain sorri voltando a manga para baixo. - Pelo menos dessa vez eu estou aprendendo algo.
- Você não consegue girar seu chicote e bater nele como bateu no Bill?
- Quem me dera. - Ele ri. - Mas o chicote que me deram é leve e fraco? - Cain revira os olhos. - Eu não posso controlá-lo.
- Lute com outra arma então. - Sorrio e dou um soquinho nele.
- Como você consegue lutar corpo a corpo? - Cain resmunga fechando o tinteiro. - Você só tem 12 anos, não deveria ter força para isso.
- Tecnicamente eu faço 13 logo. - Sorrio. - E não somos normais de qualquer forma senão por que você teria um chicote mágico?
- Você tem um ponto. - Cain ri de novo, eu gosto quando ele ri, e se levanta para colocar o caderno sobre a mesa. - Ahn me desculpe por estar tão... Ausente eu diria.
- Se escondendo em banheiras? - Suspiro. - Tudo bem, eu... Eu mal consigo imaginar o que passa pela sua cabeça, o medo de ficar aqui também não só por você... - Mordo o lábio.
- Me separar de novo. - Cain volta e se joga na cama ao meu lado. - Sabe agora que estamos juntos e nos dando bem eu... - Ele balança a cabeça.
- Eu sei... - Balanço ele pelos ombros. - E-eu também vou sentir sua falta...
Ele suspira e me abraça, o aperto até ouvir uma reclamação e me afasto dando risada e secando as lágrimas que escorrem involuntariamente.
- Abel queria que você passasse mais tempo com ele e comigo.
- Eu estou devendo algumas visitas a ele... - Cain passa as mãos pelo cabelo. - Tudo bem, amanhã? Passamos o chá da tarde com ele?
- Podemos levar comida também. - Concordo. - Posso mesmo dormir aqui?
- Toby deve ter trancado a porta do quarto. - Ele ri. - Então sim.
- Você anda rindo bem mais ultimamente. - Começo. - Toby?
- De fato ele me faz feliz, mais do que eu imaginaria quando acordei com um garoto estranho vindo de um orfanato fazendo piada do meu lado. - Cain se deita e se vira para a parede. - Mas foi bom ter dado uma chance para ele, acho que eu precisava mesmo de alguém.
- Eu estava sempre aqui! - Reclamo tirando as botas.
- Alguém para superar o Jared... - Ele resmunga com raiva. - Superar, não esquecer.
- Não anula que eu disse que estava aqui para te ouvir. - Bufo e tiro o vestido pela cabeça. - Ainda sinto falta dele.
- Você nem imagina o quanto eu sinto, mas ele não vai mais voltar.
- É você de fato cresceu. - Suspiro e me deito de costas para ele. - Amo você.
- Também te amo. - Ele sussurra. - Eu falar dos meus sentimentos prova que eu evolui? - Dou risada e dou uma cotovelada nele. - Ok, boa noite.
- Boa noite.
Fecho os olhos e pela primeira vez em muito tempo me sinto leve o suficiente para dormir como se não tivesse nenhuma preocupação.
XXX
Acordo primeiro e Cain continua adormecido, suspiro e saio devagar da cama, talvez ele mereça um pouco mais de sono. Me arrumo o mais silenciosamente que consigo e vou para fora, acredito que a Chevonne deve estar preparando o café ainda por isso subo para o terceiro andar com o objetivo de ir para o quarto do Bell, mas desisto quando chego a sua porta porque está cedo demais. Respiro fundo e vou em direção as escadas para o quarto andar talvez agora o anjo não esteja no jardim e eu posso aproveitá-lo, ando até a nova ala e subo as escadas sem fazer nenhum barulho e assim vou até a porta de vidro espiando lá dentro: nada. Abro a porta e entro vendo alguns fracos raios de sol cruzando o teto de vidro, suspiro e relaxo meus ombros.
- Você gosta de sol? - Dou um salto e me viro para trás vendo Ângelus sorrir. - Então você vem me evitando Lilith?
- Sim. - Empino meu nariz. - Caso você não saiba eu não confio em você.
- Imagino. - Ele dá de ombros e caminha, Ângelus se senta em um banco de pedra e dá uma batidinha ao seu lado. - Não? - Ângelus ergue as mãos para prender os cabelos e quando faz isso inexplicavelmente se torna humano, arregalo os olhos. - Melhor?
- O que você quer? - Ando até ele e me sento.
- O que você quer...? - Ele dá seu sorriso cínico. - O que eu preciso para ganhar sua confiança?
- Eu não sei... - Olho para ele e esfrego meus braços.
- Não é estranho você me afastar de si, Copas também não gostava de mim, sabe? - Ele ri. - Eu era para Mira o que Mandrake era para ela.
- Um amante? - Arrisco.
- Não. - Ele bufa. - Você não deveria pensar nessas coisas com essa idade mocinha e eu era o braço direito de Mira assim como o dragão era de Copas, como dois cavalos no xadrez, preto e branco. - Ele suspira. - Queria que Mandrake não tivesse morrido, mas também gosto do seu irmão não me entenda mal.
- Nada parece bom vindo de você. - Rebato.
- E nada é. - Ângelus sorri. - Não quero que confie em mim, mas caso queira... - Seu olhar se foca na minha mão. - Ora que peculiar.
- O que?! - Puxo a mão contra o peito. - O anel era de Copas, não era?!
- Ahn não... - Ele ri. - Eu só achei bonito. Você é noiva?
- NÃO! - Sinto meu rosto esquentar. - Esse anel é ou não de Copas? - Repito.
- Eu não sei, não convivia com Copas. - Ângelus dá de ombros.
- Por que você fica no jardim? - Ergo uma sobrancelha.
- A maioria dos habitantes me evita, inclusive você, por isso eu prefiro ficar aqui que é mais vazio e silencioso.
- Você pode nos treinar se quiser? Usar seus poderes?
- Eu não uso meus poderes, não mais. - Seu rosto fica sombrio. - Mas posso pensar no seu caso do treinamento, inclusive. - Ele olha um relógio de bolso imaginário. - É sua hora de ir.
- Você é estranho. - Me levanto e dou uma última encarada nele que sorri. - Uma última coisa, você acha que Alice vai invadir logo?
- Alice tem poder para isso e teria o fator surpresa, ninguém desse lado esperaria um ataque, mas não. - Ergo as sobrancelhas. - Alice é apegada demais aquela terra e teme a você. - O olhar dele me faz ter medo. - Alice está se armando para se defender, acredito que a paranóia vai fazer ela invadir em algum momento... Mas isso apenas se você não for até ela, Alice vai estar te esperando, por isso treine para se tornar melhor do que ela.
Penso em responder a ele, mas as palavras ficam presas na minha garganta e saio de lá o deixando sobre os fracos raios de sol e vou para a arena tentando afastar a sensação de medo da sua última sentença.
XXX
- Ele só está te confundindo. - Caleb resmunga enquanto enrola faixas nas suas mãos. - É um traidor nato.
- Você não deveria treinar, já sabe lutar. - Resmungo. - Seu braço...
- Eu estou bem. - Caleb sorri. - Você deveria se preocupar com ele.
Ele indica uma direção com a cabeça e vejo Cain, ele corre em direção a Jaken, nada confiante, e seu chicote emprestado não dança ao seu redor como o mágico nem parece ameaçador, suspiro quando Jaken enrola sua mão no chicote e o puxa fazendo Cair ser arrastado alguns metros antes de cair. Bufo e me levanto batendo no vestido fino, Chevonne disse que é melhor aprendermos a lutar com roupas que usamos normalmente, e marcho até onde Cain está me abaixando para pegar seu chicote caído.
- Minha pequena lady? - Jaken franze as sobrancelhas.
- Quebra a cara dele, Lilith! - Toby me incentiva antes de desviar de Emmeline que o ataca com um bastão.
- Quero que você finja que eu sou o Cain. - Faço a cara mais azeda que eu tenho. - E pro inferno todo esse papo de pequena lady.
- Eu não falo assim! - Cain bufa se levantando, mas não faz objeção de me impedir ou pegar seu chicote de volta.
- Tudo bem então. - Jaken pondera.
- Não! - Balanço a mão em frente ao corpo. - Antes de mais nada quero que prometa que se eu vencer você vai parar de tratar o Cain assim.
- Tudo bem. - Jaken revira os olhos. - Mas se eu vencer quero que Cain devolva o brinquedo que eu te dei.
- Se você fazia tanta questão, por que o deu? - Resmungo.
- Não era para ele de qualquer forma. - Jaken dá de ombros e pega seu chicote também. - Pronta minha dama?
Suspiro e consinto, tudo que eu aprendi vai ser útil agora e como o anjo me disse eu preciso estar pronta para tirar Alice de Wonderland.
Jaken se mexe rápido e corre na minha direção, espero e quando ele está perto o suficiente me desvio dele, Jaken lança seu chicote para baixo e eu já o vi fazer isso com o Cain, salto conseguindo desviar do fio, caio de volta no chão e me agacho como já vi Caleb muitas vezes fazer e pego impulso saltando quase tão alto quanto ele, vejo Jaken virar o corpo e sei que seu chicote vai me acertar, mas ele retesa o braço me deixando mais brava, bato com meus pés sobre seu peito e me desequilibro caindo ao menos consigo derrubar ele também. Volto a ficar de pé e pulo contra Jaken que bate os pés na minha barriga me jogando alto, soltou um gritinho e quando caio de volta ele me segura rindo.
- Eu venci. - Jaken sorri e me coloca no chão. - Agora Cain devolva o Mr. Punch da Lilith para ela e voltamos ao nosso treinamento.
Cain suspira e aperta a ponte do nariz, suspiro e me levanto sentindo meu corpo dolorido em vários pontos, mas me sinto bem de ter conseguido lutar com Jaken.
- Você tentou. - Cain sorri e me dá batidinhas no ombro. - Foi melhor do que eu, sabia? - Sorrio e devolvo seu chicote. - Você nasceu para ser uma guerreira.
- E você nasceu para ser um perdedor? - Bufo. - Faça melhor do que eu agora, seu idiota.
Ele ri e se volta para Jaken mas sem retrucar, bufo, quando o Cain ficou tão calmo assim? Balanço a cabeça e caminho em busca de um novo desafio por agora.
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